terça-feira, 10 de maio de 2011

A proteção a Bin Laden

Uma notícia publicada no Estado de São Paulo do dia 3 de maio revelou a existência de filiais da Al-Qaeda em território afegão, na Somália, na península arábica e no Norte da África. Para um analista do Council on Foreign Relations, de Washington, essas filiais operariam de forma independente em relação a Bin Laden.

O ataque de 2008, em Mumbai, teria sido executado por outro grupo, o Lashkar-i-Taiba; enquanto que o assassinato de Benazir Bhutto poderia ser atribuído ao Taleban paquistanês.

Percebe-se uma multiplicidade e comandos e organizações terroristas atuando dentro e fora das fronteiras paquistanesas. Contudo, a história registra várias ações combinadas em que diferentes grupos auxiliam-se mutuamente. Isso deve ter ocorrido diversas vezes naquela região.

O abrigo de Bin Laden a poucas centenas de metros de importantes instalações militares não apenas indica, mas comprova, que ele dispunha de alguma proteção oficial. É bom lembrar que o Paquistão é um país com forte poderio militar, possui artefatos nucleares, há décadas mantém uma disputa territorial com a Índia e situa-se numa explosiva região do planeta. Por isso, não acredito que a proteção ao terrorista deva-se a alguma iniciativa do conhecimento governo paquistanês, que tem a dura tarefa de conduzir a administração daquele país ao mesmo tempo em que se equilibra na corda bamba da política internacional.


Ressalto que a Inteligência paquistanesa é reconhecidamente eficaz.

Por isso, o mais provável é que o terrorista tenha desfrutado da cobertura de algum grupo independente, nominalmente pertencente à estrutura governamental mas agindo sem o devido controle das principais autoridades paquistanesas.

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