quarta-feira, 11 de maio de 2011

Mais um vez, Belo Monte

Falemos, mais uma vez, de Belo Monte.

Tem gente que confia demais na evolução da ciência para a evolução dos nossos problemas cotidianos. Eu, que já fiquei alguns anos de vida enfurnado em laboratórios, posso dizer que as soluções requerem recursos financeiros, humanos e muito tempo.

Há anos ouço falar de energia solar e eólica. São duas fontes de energia com muitas vantagens, gostaria muito que elas pudessem atender as nossas necessidades, mas o fato é que não atendem.

Algumas poucas décadas atrás, não se ouvia críticas a hidrelétricas. Sempre as tive como uma fonte de energia limpa. Recentemente, li um dirigente de ONG admitindo que o problema de Belo Monte não reside na tecnologia empregada, mas no local de sua construção.

Então, Belo Monte envolve muito mais do que a escolha de uma fonte ou outra de energia, mas a discussão de um conceito. Afinal, os brasileiros podem, ou não podem, usar os recursos da Amazônia?

Antes de aprofundar sua análise, verifique que as características operacionais previstas para Belo Monte minimizam o seu impacto ambiental. Mesmo assim, há quem se esforce em buscar argumentos para impedir sua construção.

Dou um exemplo. Como a usina não inundará terras indígenas, já se fala em alteração do regime dos rios e no impacto na oferta de pesca na região.

A disputa entre os que defendem e os que são contra a Usina ultrapassa nossas fronteiras. É fácil visitar páginas de ONG no exterior que exibem a proteção da amazônia dentro de seu portfolio. Essas organizações sobrevivem do que arrecadam e de seu poder de convencimento. Por isso, muitas vezes agem com pouca atenção às reais necessidades dos brasileiros, mas com voracidade na defesa de seus próprios interesses.

A consolidação dos conceitos de somente preservar ou de utilizar os recursos amazônicos dependerá da opinião que for construída no nosso país. Essa construção se faz por vários meios, dentre os quais incluo a discussão em blogs, mesmo quando isso se faz sob fogo cerrado.



O combate pode ser duro, mas quem disse que seria fácil?

Abraços
Clóvis

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