O Blog do Alon Feuerwerker hoje trata da “pax americana”, que impõe cuidados, principalmente aos países detentores de riquezas.
Aquele blogueiro mencionou o caso do Iraque. Por isso, tratarei sobre aquele país mesopotâmico. É bem verdade que a invasão do Kuwait pelos iraquianos, em 1990, impunha um corretivo exemplar ao agressor. Só que ele foi devidamente aplicado.
Durante o período entre as duas guerras do Golfo, os Estados Unidos, por meio da ONU, impôs ao Iraque um embargo draconiano. O país de Sadam Hussein enfrentou mais de uma década de sanções. Um programa das Nações Unidas, maldosamente batizado de “oil for food”, determinava restrições comerciais que impediram até a manutenção da infraestrutura que existia antes da guerra de 1991.
Pelo "oil for food", o Iraque podia exportar anualmente algo como dois bilhões de dólares em petróleo e usar as receitas exclusivamente para importar alimentos e algumas peças sobressalentes. Estive naquele país nessa época. O pão era muito barato, mas o baixo salário de um trabalhador não lhe permitia comprar mais do que algumas poucas dúzias de laranjas por mês. Não havia fome, mas muita gente mal nutrida.
Pelo "oil for food", o Iraque podia exportar anualmente algo como dois bilhões de dólares em petróleo e usar as receitas exclusivamente para importar alimentos e algumas peças sobressalentes. Estive naquele país nessa época. O pão era muito barato, mas o baixo salário de um trabalhador não lhe permitia comprar mais do que algumas poucas dúzias de laranjas por mês. Não havia fome, mas muita gente mal nutrida.
Os atentados de onze de setembro representaram um duro golpe ao orgulho norte-americano. Alguém teria que pagar por isso e quem melhor que um velho inimigo? Reza a lenda que, nos dias seguintes à queda das Torres Gêmeas, a cúpula governamental de Washington já havia decidido pela queda do regime de Saddam Hussein.
Dessa vez, juntou-se a fome de vingança com o desejo pelo petróleo iraquiano. A justificativa? Ora, as temidas Armas de Destruição em Massa que, diziam, o Iraque escondia. Essas armas foram exaustivamente procuradas e nunca encontradas pela ONU. Mesmo depois da invasão e da ocupação daquele país, ninguém as achou.
Indo direto ao ponto, não havia porque procurar um motivo para a guerra, quando um simples pretexto bastava.
Por isso, os países detentores de riquezas devem estar atentos para onde seguem os ventos da política norte-americana. No momento, sopra uma suave brisa para nosso lado, mas sempre há o risco de uma nova temporada de furacões.
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