Em artigo publicado no O GLOBO, de 18 de abril, o procurador Felício Pontes Júnior, do Ministério Público Federal no Pará, tratou dos custos de Belo Monte e enfatizou as vantagens das energias solar e eólica.
Os números apresentados naquele artigo foram pouco convincentes. Ele falou de uma usina solar, capaz de abastecer 1500 residências, que a Espanha e Alemanha produzem mais energia do sol do que o Brasil, tudo isso para criticar a construção da hidrelétrica. Para finalizar, Pontes pontou que, em Belo Monte, todos os custos socioambientais serão cobrados se a barragem vier a ser construída.
Sem grandes exercícios de retórica, afirmo que não há alternativa senão construir Belo Monte. Digo isso por um motivo muito direto. O Brasil precisa de energia, rapidamente, com o menor impacto possível ao meio ambiente. A tecnologia atual não permite obter a energia necessária do sol ou dos ventos; e as outras formas de obtenção causam impactos muito maiores ao meio ambiente que a hidrelétrica.
Não sei quais os motivos que levaram o procurador a formar fileiras com ambientalistas e representantes de ONGs, mas seus argumentos não me convenceram.
Há muita discussão a respeito da construção da hidrelétrica, que motivou até ações junto à OEA. Nesse caso específico, o mesmo procurador afirmou, em matéria publicada no O Globo de 4 de abril, que há teorias de que a Corte Internacional de Direitos Humanos estaria no mesmo nível ou acima do próprio Supremo Tribunal Federal. Não sei o que o STF pensa a respeito dessa afirmação, mas me pareceu bastante estranha, ainda mais quando se verifica quem foi o autor da frase.
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