quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ainda Bin Liden

Há quem se perturbe com o fato de Bin Laden ter sido morto quando estava desarmado e poderia ser capturado vivo; também há os que reclamam da ação norte-americana em solo paquistanês, sem o conhecimento prévio daquele país. 
 
Os Estados Unidos caçavam o terrorista havia quase uma década. Ele mantinha residência no Paquistão e morava numa casa espacosa, muito próxima à principal Academia Militar daquele País. Há quem acredite que pelo menos algumas autoridades paquistanesas sabiam, sim, da presença de Bin Laden naquelas redondezas.

Bem, o Paquistão é um país com quase a população do Brasil, dispõe de um forte aparato militar, possui artefatos nucleares e há décadas mantém uma disputa territorial com a Índia. Para resumir, situa-se numa região sensível do mundo e é um país muito poderoso militarmente.

Na minha opinião, não se pode pensar que uma guerra ao Paquistão seria algo fácil e indolor. Muito pelo contrário.

Bin Laden foi o promotor de diversos atentados terroristas em vários países. Suas ações influenciaram na decisão dos Estados Unidos em invadir o Iraque e o Afeganistão. Sem grande exagero, pode-se afirmar que ele foi o responsável, direta ou indiretamente, pela perda de várias dezenas de milhares de vidas. Desde os atentados de 2001, o povo norte-americano aspirava pela sua captura ou morte, bem como pela liquidação da Al-Qaeda.

Diante de tudo isso, será que os Estados Unidos erraram em realizar, à revelia do conhecimento do governo paquistanês, a operação que resultou na execução de Bin Laden? 

Será que a alternativa de avisar o Paquistão resultaria na fuga de Bin Laden e no prolongamento da caçada?

Por fim, será mesmo que o assassinato de Osama Bin Laden merece todo esse debate?






Nenhum comentário:

Postar um comentário