O Valor Econômico de hoje tem uma matéria sobre uma nova corrida para exploração de petróleo na Amazônia.
A empresa HRT Oil & Gas iniciou há um mês a perfuração de seu primeiro poço perto de Tefé. A companhia é operadora de 21 blocos no Amazonas, numa área de 48.485 km2, duas vezes maior que a da
Petrobras na região e equivalente a duas Dinamarcas.
Para azeitar o lado ambiental dessa exploração, a empresa contratou o advogado Graco Fregapani para ser o gerente-geral em Manaus. O sujeito em questão é ex-presidente do Ipaaam, órgão ambiental do Estado do Amazonas, que concedeu o licenciamento prévio à HRT.
Essa contratação é, para dizer o mínimo, fora dos padrões. Humm… sente-se no ar o cheiro de tráfico de influência.
Pelo sim, pelo não, o presidente da HRT perguntou: “Qual a companhia que vai explorar petróleo na Amazônia e bota como chefe máximo da exploração o cara que era responsável por toda a política ambiental do Estado?” Então, arrematou: “Ou sou louco ou sou um cara que quer fazer a coisa diferente.”
Louco ou não, a contratação foi uma ousadia.
É bom deixar a HRT trabalhar dentro das regras. Por enquanto, ela tem autorização apenas para pesquisa. Quando ela descobrir o petróleo, aí vai ter que se entender com a Agência Nacional do Petróleo, fazer estudos de impacto ambiental e audiências públicas nos municípios afetados.
Quer saber? Tomara que ela ache bastante petróleo.
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