A ex-senadora Marina Silva posiciona-se contra a construção de Belo Monte, o asfaltamento da BR-319 e o novo código florestal. Ela considera que a hidrelétrica não possui sequer viabilidade econômica; a rodovia ameaça a floresta e o novo código é um retrocesso nas leis ambientais.
Discordo de todas essas posições.
Sou favorável à utilização dos recursos amazônicos, do aproveitamento de seu potencial hidráulico e da integração rodoviária de Manaus ao restante do país.
Nesta última semana, a imprensa publicou farto material sobre o aumento do desmatamento na Amazônia. Os dados do DETER/INPE referem-se à derrubada das matas entre agosto e abril, mas não são tão alarmantes assim. Basta comparar os números com os apresentados anteriormente
2008/2009 – 2.835,30 km2
2009/2010 – 1.455,71 km2
2010/2011 – 1.848,87 km2.
Os dados de 2010/2011 são 27% maiores que os verificados no período imediatamente anterior; mas também são 35% menores que os apontados entre 2008/2009.
Nilo D´Ávila, coordenador de políticas públicas do Greenpeace é enfático em associar o desmatamento à expectativa de aprovação do Novo Código Florestal, Para Márcio Astrini, coordenador da campanha Amazônia daquela ONG, o salto não pode ser explicado por fatores econômicos, como a alta de commodities como soja ou carne no mercado internacional.
Desse modo, o Greenpeace e outras ONG ambientalistas foram enfáticas em vincular o desmatamento ao Novo Código e rápidas em desvinculá-lo de quaisquer outras motivações, como o aumento das commodities.
Quase a metade do desmatamento verificado entre agosto de 2010 e abril de 2011 ocorreu em Mato Grosso, justamente o maior produtor de soja do Brasil. Mesmo assim, para Alexandre Torres Maia, Secretário do Meio Ambiente daquele Estado, a maior parte da derrubada das árvores foi motivada para a extração ilegal de madeira e não foi realizada por produtores rurais.
Não dá, portanto, para se dizer que o aumento do ritmo da derrubada da floresta é resultado do novo código e nem que seja tão desastrosa como querem nos convencer.
Há uma evidente manipulação do aumento do desmatamento pelos ambientalistas, que buscam a imposição de seus pontos de vista. Eles aplicam a Doutrina Ricuperana de amplificar o que lhes interessa e esconder o que não lhes convém.
Marina Silva é uma boa aliada das ONG internacionais. Seus discursos e práticas mostram que ela considera a Amazônia intocável. Seus amigos europeus defendem que a Floresta Amazônica é patrimônio da Humanidade e que deveria estar submetida a uma direção internacional
Eu não confio nas boas intenções dessas ONG. Quanto à ilustre ex-senadora, lembro daquele dito popular: diga-me com quem andas que lhe direi quem és.
Nenhum comentário:
Postar um comentário