segunda-feira, 4 de abril de 2011

Quem é quem

Para os que quiserem saber um pouco mais do Brasil, transcrevo o texto a seguir, obtido por um companheiro mais antigo e muito mais atento:


Transcreve-se a seguir a carta enviada pelo General Heleno ao jornalista Jânio de Freitas, rebatendo as leviandades publicadas em artigo que este escrevera.

Extrato do Artigo

Dia de Silêncios
Jânio de Freitas

A ausência do 47º ano sucessivo de manifestações mutuamente agressivas, no 31 de março, de representantes militares da ditadura e de parte dos seus opositores, tem significações maiores do que deu a perceber de imediato.
[...]
No lado dos militares, os três comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica reproduziram para os subordinados a instrução do ministro Nelson Jobim contra ordens do dia e outras manifestações sectárias. Mas o primeiro daqueles comandantes, general Enzo Peri, tem no caso um destaque particular. O general Augusto Heleno Pereira, com a ira que o acometeu desde que voltou da missão no Haiti, estava prestes a transgredir a instrução do ministro. O general Peri calou-o, e aos componentes do ato planejado, com uma intervenção firme. Como não houvera ainda em relação ao assunto.

O general Augusto Heleno tornou-se conhecido quando a Procuradoria da República constatou ser destinada a ele, servindo no Palácio do Planalto durante o governo Fernando Henrique, a quantidade injustificável de telefonemas do então juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, que à época fazia fortuna com o dinheiro da construção do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo.

A manifestação no dia 31 seria a última participação do general antes de oficializada, com a passagem para a reserva por prazo no posto, sua troca das fardas por uma roupinha paisana e doméstica. Mas sem motivo para frustração pelo silêncio como encerramento. Na reserva, terá mais oportunidade de se manifestar. Espera-se que até para explicar, de maneira mais convincente do que já fez, também os telefonemas do Lalau, mas sobretudo suas relações com a ONU no Haiti e sua volta imprevista e sem a extensão possível. Este último tema é de interesse amplo.
[...]

A carta enviada ao jornalista pelo General Heleno
Jamais senti ira. Sou um homem de bem com a vida.

Jamais fui interpelado pela Procuradoria da República sobre “quantidade injustificável de telefonemas do então juiz Nicolau dos Santos Neto”.

Jamais servi no Palácio do Planalto durante o governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso.

Durante o governo do Presidente Collor, tinha contatos frequentes com os Presidentes de Tribunais Regionais do Trabalho, por motivo exclusivamente funcional. Os processos de nomeações do Poder Judiciário, de Ministro do STF a juiz classista, passavam por mim, no Gabinete Militar, e eu, pessoalmente, os preparava para despacho do Min da Justiça com o Presidente da  República.

Nada mais razoável que me ligasse com o presidente do TRT/SP, o mais importante do País. Jamais tratei de obras, verbas ou coisa parecida. O Gabinete Militar não possuía qualquer ingerência com o assunto.

Sua ilação é infundada, leviana e inexplicável. Da primeira vez que você tratou do assunto, já se vão alguns anos, coloquei à sua disposição minhas declarações de Imposto de Renda e extratos bancários. Você preferiu seguir a linha das acusações irresponsáveis e mentirosas.

Quanto à volta do Haiti, não entendi suas conclusões.

Ultrapassei em três meses o prazo previsto para a missão. Depois de 15 meses fora do País, retornei para assumir o cargo de Chefe do Gabinete do Comandante.

Fui convidado, insistentemente, pelo Chefe do Departamento de Operações de Paz da ONU e pelo próprio Secretário Geral da ONU, que me ligou pessoalmente, para permanecer no cargo.

Recusei porque considerava minha tarefa cumprida e porque sempre achei saudável a renovação de comandantes, sobretudo em uma missão altamente desgastante. Gostaria que outros generais vivessem a experiência fascinante de comandar a Força Militar da MINUSTAH. Esse rodízio acontece até hoje.

Finalmente, quanto à palestra sobre 31 de março de 1964, não iria ferir os princípios da hierarquia e da disciplina, após 45 anos de serviço e no mais alto posto da carreira. Minhas palavras não iriam modificar os fatos, apenas contar a verdade aos mais jovens.

Gen Augusto Heleno Pereira


Transcrevo também o comentário de um outro companheiro sobre o assunto:
Janio Freitas é um colunista da Folha de SP, recebeu chamamos assim um apoio financeiro e o prêmio Chico Mendes da ONG Grupo Tortura Nunca mais, em 2002, inclusive foi muito criticado pelo colunista econômico da prórpia Folha de SP, o Sergio Malgebier, quando Janio colocou quase 50% dos judeus como não-humanos, na época da ocupação da faixa de Gaza, e Sergio resolveu dar o troco, chamando-o de apenas Meio Nazista... O que ele fala e escreve não se lê e nem se dá atenção!!!E o povo continua sem memória...

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