Hoje, o Blog do Noblat reproduz uma das crônicas do Veríssimo, em que ele comenta sobre a influência do computador sobre o hábito de escrever.
Sem dúvida, o computador simplificou a vida do escritor, mas paradoxalmente escreve-se menos hoje do que na época daquelas máquinas de escrever, com seus teclados duros, ou mesmo quando os textos era elaborados a base de caneta tinteiro.
Quando comecei a trabalhar, não havia computadores. Ou melhor, eles existiam, sim, mas em amplas salas de luzes potentes, refrigeradas ao ponto de congelar os ossos. Ali, não se entrava de manga de camisa e a máquina perfuradora de cartões era tratada com reverência quase sacrossanta.
Assim eram os computadores daquela época. Os da ficção eram mil vezes melhores. Como aquele, do Túnel do Tempo, tão poderoso que mandava os homens para o passado e para o futuro. Que máquina!
Melhor ainda era o do robô do Perdidos no Espaço. Aquele computador era o máximo. Acoplado à geringonça tão desprezada pelo Dr Smith, era tão bom que conseguia me deixar em dúvida se aquilo era mesmo um robô ou se havia um homem debaixo de toda aquela lata velha.
O Will Robinson era o moleque da turma. Um geniozinho chato para danar, que vira e mexe, safava o Dr Smith de alguma enrascada. Ele tinha uns dez anos de idade e não lembro de nenhum episódio em que aparecesse estudando. Pelo contrário, estava sempre dando duro num experimento científico qualquer.
Daí a ligação com o tema de hoje do Blog do Sakamoto. Acho que o Conselho Tutelar de Alfa Centauri preparou uma intimação para o que o Dr Robinson, pai do Will, se explique porque o garoto está fora da escola.
Acho até que foi por isso que encerraram o seriado
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