terça-feira, 4 de março de 2014

Putin

Escrevi o seguinte comentário no texto publicado hoje no blog do Caio Blinder.

Não acho que o Putin seja a encarnação do mal. Ele é um nacionalista e usa o nacionalismo como justificativa para suas intervenções nos países vizinhos, mas seu objetivo não é anexar novos territórios à gigantesca Rússia. Seu objetivo é elevar seu país novamente à condição de superpotência.
Putin é produto da ortodoxa máquina soviética. Não tolera dissidentes simplesmente porque não é um democrata. Ele é e sempre será um comunista soviético. Quando pode, atua com mão de ferro. Mantém seus inimigos em estreita vigilância e não deixa grupos como Greenpeace, Pussy Riots e Black Blocs atuarem no seu território. Afinal, anarquistas são úteis para tumultuar as democracias ocidentais, mas não podem agir na eterna pátria do comunismo mundial.
Putin é um político inteligente, capaz, exibicionista e ambicioso. Não há quem o vença no atual cenário político russo. No plano externo, é bom não dar corda para ele.
A guerra fria não acabou, não. Ela se transformou e é bom mesmo ter cuidado com o Putin.

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