sábado, 22 de março de 2014

Civilização

Quando discutimos aqui os problemas da Rússia e da Crimeia, deixamos de ser moradores do bairro, da cidade ou mesmo do Brasil para nos tornarmos cidadãos do mundo.
O leste europeu é muito longe daqui, mas se enganam os que pensam que nada do que passa por lá nos afeta.
Com os recursos que dispomos hoje, não seria difícil apresentar dados e informações aos montes comprovando os laços econômicos e comerciais entre, por exemplo, o Brasil e a Rússia.
Nossos destinos estão entrelaçados e nem é mais preciso recorrer à imagem das mortais nuvens radioativas de uma guerra nuclear para demonstrar que todos nós sofreremos as consequências de um conflito armado entre o ocidente e a Rússia.
Talvez essa crise e seus desdobramentos tenham um lado positivo, a de difundir e consolidar os valores da democracia liberal, tão característica da civilização ocidental, para aqueles países que padeceram tantos anos sob o jugo do totalitarismo soviético.
Acredito que países como Letônia, Lituânia, Estônia e agora Ucrânia estão perto de se incorporarem integralmente à realidade ocidental, com todas suas virtudes, defeitos e contradições.
Os russos, esses ainda terão um longo caminho para se transformarem em europeus.

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