Eu sou contra a ideia de que a Amazônia seja uma espécie de santuário e não acho que a floresta seja intocável. Mesmo assim, não gosto que ela seja derrubada para a extração ilegal de madeira ou para virar carvão de siderúrgica.
A lógica econômica é quem dita o ritmo do desmatamento. Alguns dizem que a floresta em pé vale mais do que derrubada. Pois não parece.
Nesta semana, publicaram que no Pará, uma castanheira vale R$ 50,00.
(http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=8&idnot=55058)
Ora, a mesma castanheira que podia produzir óleos e frutos por um longo período de tempo, quando derrubada vale apenas cinquenta reais. Qual é a lógica disso?
Respostas: 1) o lucro imediato para vender a madeira; e 2) falta de incentivos para manter a castanheira em pé.
Quanto à venda ilegal da madeira, é certo investigar e prender os criminosos; quanto a manter a castanheira em pé, o certo é subsidiar a atividade silvoextrativista. O preço final da castanha deve incluir o serviço de manter a castanheira em pé.
Quanto voltamos os olhos para a produção de soja na Amazônia, vemos que, felizmente o Brasil tem alternativas para ampliar sua produção da oleaginosa, sem necessidade de ampliar o desmatamento.
Uma alternativa é sua plantação em área de pastagens abandonadas. Evidentemente, produzir soja nessa área implica em maiores custos para a adequação da terra, mas a demanda está aquecida e esses custos adicionais podem ser incorporados ao preço de venda do grão.
A floresta não é intocável. Os rios amazônicos contêm importante parcela da capacidade hidrelétrica do país. Esse potencial deve ser aproveitado, conforme as leis vigentes.
Além disso, a Amazônia encerra reservas de minerais, petróleo e gás, que são patrimônio dos brasileiros e devem ser exploradas para financiar a melhoria da qualidade de vida de nosso povo.
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