Nos últimos dias, tem sido noticiada um polêmico abaixo-assinado de de moradores de Higienópolis, em São Paulo, que se manifestaram contra a construção de uma estação de metrô naquele bairro.
O Sakamoto tratou essa notícia falando da luta de São Paulo contra um burgo murado. Ou seja, aproveitou-se do assunto para alimentar as velhas discussões da exploração dos pobres pelos burgueses ricos e insensíveis. Já o Paulo Moreira Leita foi bem mais racional em seu comentário.
Para início de conversa, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
A discussão não é mesmo sobre ricos contra pobres, mas da influência do poder econômico sobre as decisões governamentais; é sobre o Governo dobrar-se à pressão de um grupo influente.
Faço, então, um paralelo com Belo Monte. Ali, defendo a construção da hidrelétrica, mesmo sabendo que ela causará prejuízos à população local. Defendo a obra porque sei que haverá muito e muito mais beneficiados do que prejudicados com a sua construção.
Esse é o princípio de que o sacrifício de alguns valem pelo benefício de muitos. Aplico o mesmo princípio a Higienópolis, que nem sei onde fica, e ao Lago Norte, daqui de Brasília, que conheço muito bem.
Alguns moradores do Lago Norte não querem a construção de mais uma ponte ligando a península a um dos eixos rodoviários da cidade. Essa ponte facilitaria a vida de muita gente de bairros mais afastados, mas a turma do Lago alega problemas de segurança, ruído dos carros, estresse nos passarinhos e sei lá mais o que.
Para mim, o Governo tem que pensar no bem da coletividade; tem que lutar pelo que for melhor para todos, ricos e pobres.
Isso tem que valer para Belo Monte, Lago Norte, Higienópolis, Morumbi, Avenida Atlântica, Favela da Maré e todo e qualquer lugar no nosso país.
Quer saber? Tomara que construam a estação de Higienópolis.
PS: Preciso escolher um bairro para fixar a residência do Asqueroso. De preferência, um lugar bem barulhento e empoeirado. Pode ser em frente a uma obra do metrô. Por favor, me ajudem.
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