quarta-feira, 27 de abril de 2011

Transporte público

Aqui em Brasília, o transporte público deixa muito a desejar. Acrescente a isto o fato de que a média do nível salarial na capital federal é maior que nos outros estados. A ssim, uma parcela maior dos brasilienses consegue comprar um carro. Contudo, o normal é que os compradores submetam-se ao financiamento dos bancos privados e adquiram seus veículos em quase uma centena de prestações. 
 
No frigir dos ovos, o comprador paga um duas ou mais vezes o valor do carro adquirido.

Quem ganha dinheiro com isso? Em primeiro lugar, as montadoras; e, em segundo, os bancos. Note que estes muitas vezes pertencem aos próprios fabricantes, como é o caso dos Bancos Fiat, GM, etc.

O sujeito, então, compra um carro por um preço muito acima daquele que pagaria a vista, passa anos pagando um financiamento caro e passa a enxergar os engarrafamentos sob um novo ponto de vista. Ele não ficará mais em pé, espremido num coletivo por horas a fio, mas agora estará em outra posição, parado em seu próprio veículo. Pelo menos, dessa vez ele estará sentado, defronte o parabrisa, com vista privilegiada da traseira do carro em frente. Que coisa boa.

Nessa história toda, ganham as montadoras e ganham os bancos. Até as empresas de ônibus ganham com isso, pois o sujeito que comprou o carro deixa de encher o saco do Governo para melhorar a qualidade dos coletivos.

E o Zé Povinho também ganha. Ganha, sim, mas somente a ilusão de que se deu bem e que só faltam noventa e quatro prestações para o possante ser somente dele.

E vamos assim… de carro, parados no engarrafamento, felizes e contentes.

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