quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Xeque

Deixa ver se entendi bem: os separatistas ucranianos conquistaram território do inimigo; Obama acena com o fornecimento de armas para Kiev; e Merkel e Hollande correm para Minsk tentando descolar um tratado de paz.
Então, justo na hora em que a Rússia obtém uma vantagem e se oferece para negociar, a França e a Alemanha resolvem deixar para trás conceitos como livre determinação dos povos e respeito à soberania das nações. Todos sabemos o que russos, alemães e franceses farão em Minsk: um leilão sobre a posse de território da Ucrânia e da alma de seu povo.
Particularmente os alemães decepcionam os que esperavam por sua liderança. Eles incentivaram os ucranianos em seu movimento pró-ocidente e agora os deixam com a brocha na mão. Ao mesmo tempo em que dizem sim senhor ao homem de Moscou,  Merkel e Hollande unem as mãos, formam uma paredinha e bloqueiam a única jogada de Obama que poderia dar certo.
A Rússia aguentou o tranco das sanções até obter uma posição vantajosa no tabuleiro. Quanto a alemães e franceses, esses querem mais é que a partida acabe.
Nesse jogo, os russos podem ficar com todos os peões, bispos, cavalos e até as torres. Só precisam deixar o rei vivo e não comer a rainha, pelo menos não na frente de ninguém.

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