quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Argentinos

Faz pouco tempo que voltei de uma pequena temporada em Buenos Aires. Passei uns dias de verão realmente quentes por lá e, no Shopping Abasto da Av Corrientes, experimentei o McDonalds Kosher. Nada demais. Escolhi o lugar porque a fila era menor, mas pude perceber como é numerosa  a comunidade judia daquele país portenho.
Pela minha convivência com os nativos, também percebi uma forte atração dos argentinos pelo mesticismo, pelo inexplicável, pelo mistério. Ora, convenhamos que não há mesmo muita racionalidade no culto a Evita e ao Maradona, nem na extensa disseminação de astrólogos, cartomantes, e psicólogos na capital dos hermanos. Eles estão na pior. Menos mal que o papa é argentino, mas a carestia come o poder de compra do cidadão comum que vive com dificuldade.
É claro que minhas percepções podem estar completamente furadas, mas elas se encaixam direitinho na absurda conspiração que ronda a morte do promotor.
O fato foi estranhíssimo. Ele passou anos investigando para morrer justo na véspera do grande dia em que apresentaria sua acusação contra a dirigente maior daquele país. Eis uma história difícil de acreditar, digna de um romance com ingredientes sobrenaturais ou recheado de hipóteses absurdas, tal como, só para citar um bem famoso, o Código da Vinci.
Até agora, há duas vítimas nesse caso: o promotor e o Serviço de Inteligência. Ah, sim, tem uma terceira vítima que eu ia esquecendo: a verdade.
Não sei quem puxou o gatilho da arma, se foi um espião argentino, o próprio promotor ou um tenebroso agente da Iluminati, mas é mesmo muito plausível a hipótese do acobertamento dos autores do atentado terrorista de 1994 em troca de vantagens comerciais.
Para finalizar, esse caso tem todos os ingredientes de uma emocionante história de ficção. Pena que a realidade seja tão dura para aqueles nossos rivais no futebol que teimam em escolher mal seus governantes.

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