Putin se revela pelas suas ações. Um ano atrás, tomou a Crimeia de um golpe só e, quase ao mesmo tempo, montou e armou a resistência do Donbas.
As sanções econômicas impostas pelo ocidente ainda surtem seus efeitos, refreiam o impulso do avanço russo, mas não afastam a ameaça que paira sobre a Ucrânia.
E o que revelam as ações do nosso homem de Moscou?
Em primeiro lugar, o mais evidente. Putin é persistente. Seu objetivo é manter a Ucrânia sob sua órbita de influência e, embora isso não seja possível por enquanto, seu apoio aos separatistas coloca Kiev sob permanente pressão.
O segundo traço evidente de sua personalidade é que ele foi e continua sendo um comunista, um homem forjado pelo Estado, um produto do Partido Comunista da União Soviética. Seu pensamento é o de um dirigente soviético centralizador, rígido, impiedoso. Promove, sim, uma nova nobreza russa, mas composta por olicargas da economia de sua inteira confiança. Sufocamos opositores e afasta quem se atrever a se postar em seu caminho.
O terceiro traço de Putin resulta de seu patriotismo. Ele acredita no grande destino de sua pátria, que é o centro do mundo. Os outros países pouco ou nada significam. Não lhe interessa o que anseiam ucranianos, lituanos, georgianos e muito menos os chechenos. A Rússia de Putin não se submete a desejos ou anseios de ninguém.
Putin é o Homem de Aço de Moscou. Palavras e promessas não convencem o aço, acordos em pedaços de papel não protegem nada contra o aço, só o aço vence o aço.
Não acredito no acordo de Minsk. Não se pode barganhar com um homem como Putin. Não adianta oferecer boa vontade e paz ao homem de Moscou. Ele não quer isso. Ele agora quer é o território e as almas dos ucranianos.
Mais do que armas, será preciso uma vontade férrea para impedir o avanço do Homem de Aço. Isso, nem Merkel, nem Hollande e nem Obama demonstraram possuir.
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