O Brasil é um país abençoado e uma potência agrícola. Tenho meus motivos para dizer isso. O primeiro é que se pode aumentar a quantidade de terras para a agricultura sem a necessidade de novos desmatamentos.
Aliás, essa possibilidade de aumento da produção deveria ser explorada por meio de uma política agrícola que estabelecesse objetivos factíveis e destinasse recursos para financiar, por exemplo, a recuperação de antigas áreas de pastagem.
Hoje, mesmo a dita agricultura familiar é uma atividade que requer dedicação e conhecimento técnico. Também é sujeita a vários riscos, às intempéries da natureza e dos mercados consumidores.
Não tenho dúvidas da pertinência da agricultura num mundo carente de alimentos, onde só cresce a multidão de chineses que rompe a barreira da miséria e bota mais comida no prato.
E no Brasil, os mesmos programas sociais que eu tanto desconfiava e criticava conseguem resultados positivos. Mais gente comendo mais.
A equação é simples. Mais prosperidade significa mais consumo de alimentos.
Não há sentido em se falar de distribuição de terras a quem não tem capacidade nem vontade de utilizá-las. Terra tem que produzir e não ser usada para especulação econômica ou política.
O sujeito que vive do campo não precisa de discursos bonitos, de marchas na Esplanada dos Ministérios, de foice e facão para desfile. Ele precisa é de ajuda técnica, financiamento, condições de escoamento de sua produção, segurança contra intempéries.
Por isso, não gosto do MST, que desperdiça o nosso tempo e o de milhares de agricultores num discurso vazio, anacrônico, fossilizado.
Quer saber? Bolsa Verde neles!
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