A 4ª Parte do último Boletim do Exército deste ano publica a solução de um processo que me chamou a atenção. Trata-se do requerimento, datado de 12 NOV 12, em que o Reservista de 1ª Categoria ALFREDO FERREIRA, Certificado de Reservista nº 7502-C, por intermédio do seu procurador, Dr JOSÉ ANTONIO KRAUSE DE ALMEIDA GOMES, solicita ao Comandante do Exército a nulidade do ato administrativo do seu licenciamento das fileiras do Exército, por falta de publicação no Diário Oficial da União, com todos os direitos e vantagens inerentes a que teria direito.
O requerente sentou praça em 1952, no 2º Regimento de Cavalaria Mecanizado, em São Borja, e foi licenciado em 1961. Seu licenciamento foi publicado no BI do regimento, em abril daquele ano, por término do tempo de serviço. Em sua alegação, o reservista buscou amparo no Decreto Federal nº 572, de 12 JUL 1890. Em resumo, o reservista solicita todos os salários e benefícios acumulados em cinquenta anos, escorando-se num dispositvo legal de mais de 122 anos.
Li satisfeito a solução que o Gab Cmt Ex deu ao requerimento, negando a pretenção com tal fartura de argumentos que tornará muito difícil que o requerente recorra à Justiça. Se o fizer, estará fadado ao insucesso.
Os argumentos do Exército são sólidos e lógicos. A pretenção do requerente, por outro lado, mostra o lado escuro do caráter de uma boa parcela de nosso povo, oportunista e mal acostumado a buscar levar vantagem em tudo. Por isso, fiz questão de citar o nome e sobrenome do requerente e de seu procurador. É importante que todos saibamos quem é quem, até porque, seríamos nós, sociedade brasileira, quem pagaríamos essa conta descabida.
Estou convencido que a pretenção é abusiva; o que bem nos cabe, então, é ler a solução do processo. Esse conselho vale, especialmente, para os colegas das Forças irmãs que podem se ver diante de outros requerimentos desse tipo.
A solução do processo obedeceu ao princípio da publicidade, estando disponível para leitura por todos que buscarem o arquivo do boletim na página da Secretaria Geral do Exército.
domingo, 30 de dezembro de 2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
A falsidade na campanha de desarmamento
Fazem uns quinze anos que eu li o Chatô, do Fernando Moraes. De todas as
centenas de páginas do livro, o que se fixou na minha memória foi apenas o
trecho em que Assis Chateaubriand explica para um de seus empregados que, se
ele quisesse publicar sua opinião política, deveria comprar o seu próprio
jornal.
O Globo segue esse ensinamento a risca. Isso fica evidente na sua
campanha contra as armas. A edição de hoje publica o artigo “falta um efetivo
controle de armas”, assinado por Robert Muggah e Ilona Szabó de Carvalho.
Uma breve busca no google aponta que o primeiro autor é um estrangeiro,
especialista em segurança e que escreve sobre a violência no Brasil. A pesquisa sobre a Sra Ilona mostra que é uma
jovem brasileira, provavelmente niteroiense, especialista em relações
internacionais. Ambos os autores estão vinculados ao instituto Igarapé, uma ONG
fundada em 2008, com sede no Rio de Janeiro e que se propõe a tratar sobre política
sobre drogas nacional e global; prevenção e redução da violência; e assistência
internacional.
Até aí, tudo bem. Os autores seriam especialistas no assunto que
trataram. O verdadeiro problema está no artigo que escreveram. Para começar, eles
afirmam que há menos de 20 milhões de armas
de fogo em circulação no Brasil. Essa número pode estar tremendamente
inflado. As ONG não conseguem provar essa quantidade de armas, que está muito
acima do estimado pelos órgãos de controle do governo.
Os autores afirmam que apenas um terço das armas estaria licenciada e
registrada. A quantidade de armas ilegais me parece absurdamente alta, o que
reforça minha suspeita que a ONG infla sua estimativas para causar maior
impacto.
Depois, os autores dizem que a maioria das armas ilegais pertence a
colecionadores individuais, empresas de segurança privada e a facções
criminosas. Eis aí uma acusação perigosa. Os primeiros a violar a lei seriam os
colecionadores de armas e depois as empresas de vigilância. São duas categorias
de possuidores de armas sujeitos a fiscalização do Exército e da Polícia
Federal. De maneira enviezada, os autores acabam rotulando de incompetentes aquelas
duas instituições. Na minha opinião, foi um atrevimento irresponsável dos
autores.
O artigo continua e vai alimentando o alarmismo. Diz que o Brasil é um
dos maiores produtores e vendedores de armas leves e munições do mundo, ficando
atrás apenas de Estados Unidos, Itália e Alemanha. Para mim, essa informação é
boa. Uma pequenina parcela das armas produzidas no Brasil é vendida no mercado
interno. A grande maioria é exportada. Além disso, Itália e Alemanha, que
vendem mais que nossas empresas, não são países conhecidos por roubos ou homicídios
em seus territórios.
Então, o artigo é infeliz quando tenta vincular produção de armas à violência.
O texto louva o Estatuto do Desarmamento, de 2003, e diz que ele poupou
cerca de 5000 vidas no primeiro ano de sua implantação. Muito bem, parece um número
elevado, mas o mesmo artigo diz que cerca de 35000 homicídios no Brasil ocorrem
a cada ano com o uso de armas de fogo. Então, no ápice dos efeitos da campanha
de desarmamento, a supressão dos direitos do cidadão em possuir armas resultou
em apenas uma leve redução das mortes.
Fica evidente que desarmou-se o cidadão honesto e as mortes por armas de
fogo continuaram tão altas como antes.
Fui chefe de Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados e nunca
concordei com o uso indiscriminado de armas. Para mim, o cidadão tem todo o
direito em possuir uma arma de uso permitido para defender a sua vida e de sua
família. Sempre fui contra o porte de arma, que é a possibilidade do sujeito
conduzir sua arma consigo na rua. Arma é para ficar em casa e ponto final.
Se o dono do jornal publica apenas a sua própria opinião, que ela seja então baseada na verdade, e não apenas mais um instrumento de promoção política.
sábado, 8 de dezembro de 2012
Boechato
COMENTÁRIO DE MÁRIO KOZEL, NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO, SOBRE O BOECHATO
Mario Kozel
-
08/12/2012 às 9:30
Na manhã de 23 de fevereiro de 2011 esse idiota mal intencionado
do Boechat tecia mais um dos seus comentários idiotas sobre as Forças
Armadas do Brasil.O ápresentador citou a compra do porta-avião Minas
Gerais, ocorrida em 1956, como um dos exemplos “desastrosos”,
“ridículos” e contraproducentes, de aquisições de equipamentos bélicos,
levadas a cabo pelas Forças Armadas do Brasil.Segundo ele, o navio teria
sido submetido as melhorias tecnológicas à custos exorbitantes e, na
sua visão (e fala), desnecessários. Chegou a “ressuscitar”, digo, citar,
Juca Chaves, cantarolando uma de suas “brilhantes” composições, de
mesmo teor leviano e nulo de informações. A despeito da sua chacota
infundada e, já que falta-lhe conhecimento técnico sobre o assunto (sim,
porque ele provou que nunca se informou a respeito), os DADOS sobre a
compra são o seguinte:
1º – a compra foi feita em fins de 1956, portanto, não foi a “ditadura militar” que executou,foi o então Presidente da República Federativa do Brasil – Sr Juscelino Kubitschek – que a autorizou. O alto escalão militar apenas o assessorou, pois, essa é uma das suas funções;
2º – a embarcação não estava decrépita, haja vista que, fora construída no Reino Unido (secular e mundialmente reconhecido por sua magnífica indústria naval de guerra) entre 1942 e 1945, portanto, o HMS Vengeance (nome de batismo) era novo para um navio de guerra;
3º – O assessoramento feito pelos militares ao Presidente foi no sentido de que, o Brasil – com seus 7.367 km de costa – não poderia mais continuar prescindindo de um “porta-aviões” para operar aeronaves anti-submarinos, haja vista que, entre 1941 e 1944, durante a Segunda Guerra (12 anos antes da aquisição do equipamento), o Brasil tivera 34 navios torpedeados pelos submarinos do Eixo. Desse total, 17 foram a pique na costa do Brasil, sendo que 15 por torpedos lançados a partir de submarinos, com um saldo total de mortes na ordem de 1.081 pessoas. Alem, é claro, do fator de que o risco na época (1956) era o recrudescimento no cenário mundial da chamada guerra fria;
Portanto, no caso da compra do Porta-aviões Minas Gerais, o assessoramento feito pelos militares, à luz da doutrina militar para o combate (estratégia proativa) e, porque não dizer: do bom senso e da racionalidade, fora, oportuno e, sobretudo, útil ao Brasil. Acredito que nem o Sr Ricardo Boechat, nem o Sr Juca Chaves, ou os dois juntos, estiveram algum dia de suas vidas, mais habilitados em questões afetas a segurança e a soberania nacional, que a junta militar que assessorou seu comandante em chefe – o Presidente da República.Talvez pelo fato de outro bufão da “casa” o chamar de “melhor ÂNCORA do Brasil”, o idiota tenha se achado habilitado para comentar sobre…navios.
MEU COMENTÁRIO
Ao colega Mario Kozel – 08/12/2012 às 9:30.
Brilhante registro. Você guardou até a data do comentário infeliz daquele infeliz.
Quanto às suas observações sobre o Minas Gerais, não há reparo algum a se fazer. Trinta anos atrás, a Guerra das Malvinas demonstrou a imensa vantagem operacional dos aviões ingleses que decolavam de seus porta-aviões bem lado das ilhas, enquanto a Força Aérea Argentina tinha que viajar 700 km de ida e outros 700 km de volta para combater. Logo, o Brasil fez muito bem em comprar o Minas Gerais.
Poucos países do mundo constroem esse tipo de navios e só recentemente a China conseguiu finalizar seu primeiro porta-aviões.
O Boechat tem dois grandes problemas. O primeiro, é que ele dá pitaco naquilo que não entende patavinas. O resultado é que fala muita besteira. Tem gente que o ouve, até gosta, mas acaba cansando. Isso por causa do segundo problema.
É que o Boechat é chato, muito chato, mas muito chato mesmo. Devia até trocar de nome e passar a se chamar BOECHATO.
Por isso que eu gostei do texto do Reinaldo batendo no chato. Foi uma autêntica Blogcacetada.
1º – a compra foi feita em fins de 1956, portanto, não foi a “ditadura militar” que executou,foi o então Presidente da República Federativa do Brasil – Sr Juscelino Kubitschek – que a autorizou. O alto escalão militar apenas o assessorou, pois, essa é uma das suas funções;
2º – a embarcação não estava decrépita, haja vista que, fora construída no Reino Unido (secular e mundialmente reconhecido por sua magnífica indústria naval de guerra) entre 1942 e 1945, portanto, o HMS Vengeance (nome de batismo) era novo para um navio de guerra;
3º – O assessoramento feito pelos militares ao Presidente foi no sentido de que, o Brasil – com seus 7.367 km de costa – não poderia mais continuar prescindindo de um “porta-aviões” para operar aeronaves anti-submarinos, haja vista que, entre 1941 e 1944, durante a Segunda Guerra (12 anos antes da aquisição do equipamento), o Brasil tivera 34 navios torpedeados pelos submarinos do Eixo. Desse total, 17 foram a pique na costa do Brasil, sendo que 15 por torpedos lançados a partir de submarinos, com um saldo total de mortes na ordem de 1.081 pessoas. Alem, é claro, do fator de que o risco na época (1956) era o recrudescimento no cenário mundial da chamada guerra fria;
Portanto, no caso da compra do Porta-aviões Minas Gerais, o assessoramento feito pelos militares, à luz da doutrina militar para o combate (estratégia proativa) e, porque não dizer: do bom senso e da racionalidade, fora, oportuno e, sobretudo, útil ao Brasil. Acredito que nem o Sr Ricardo Boechat, nem o Sr Juca Chaves, ou os dois juntos, estiveram algum dia de suas vidas, mais habilitados em questões afetas a segurança e a soberania nacional, que a junta militar que assessorou seu comandante em chefe – o Presidente da República.Talvez pelo fato de outro bufão da “casa” o chamar de “melhor ÂNCORA do Brasil”, o idiota tenha se achado habilitado para comentar sobre…navios.
MEU COMENTÁRIO
Ao colega Mario Kozel – 08/12/2012 às 9:30.
Brilhante registro. Você guardou até a data do comentário infeliz daquele infeliz.
Quanto às suas observações sobre o Minas Gerais, não há reparo algum a se fazer. Trinta anos atrás, a Guerra das Malvinas demonstrou a imensa vantagem operacional dos aviões ingleses que decolavam de seus porta-aviões bem lado das ilhas, enquanto a Força Aérea Argentina tinha que viajar 700 km de ida e outros 700 km de volta para combater. Logo, o Brasil fez muito bem em comprar o Minas Gerais.
Poucos países do mundo constroem esse tipo de navios e só recentemente a China conseguiu finalizar seu primeiro porta-aviões.
O Boechat tem dois grandes problemas. O primeiro, é que ele dá pitaco naquilo que não entende patavinas. O resultado é que fala muita besteira. Tem gente que o ouve, até gosta, mas acaba cansando. Isso por causa do segundo problema.
É que o Boechat é chato, muito chato, mas muito chato mesmo. Devia até trocar de nome e passar a se chamar BOECHATO.
Por isso que eu gostei do texto do Reinaldo batendo no chato. Foi uma autêntica Blogcacetada.
Tadinho do Boechat
Reproduzo aqui só para não esquecer do Reinaldo Azevedo e sua maldade com o Ricardo Boechat. Tadinho do Boechat.
Por Reinaldo Azevedo
07/12/2012
às 13:01O dono da opinião e a opinião que tem dono. Ou: Um tal Boechat
Fiquei
sabendo que Ricardo Boechat, na rádio (acho que é na Band), me atacou,
mas sem citar o nome porque não valeria a pena e coisa e tal. Chegou a
fazer especulações sobre o que vai acontecer quando eu morrer. Tudo por
causa, claro!, das mentiras que contei sobre o pensamento de Niemeyer.
Como sou um homem bom, chamei a defesa que o arquiteto fazia de alguns
homicidas de seu “lado idiota”. É claro que merecia qualificação mais
dura.
Boechat
não fala o meu nome, mas eu falo o dele. Abaixo, segue uma reportagem de
2001 da VEJA explicando por que ele foi sumariamente demitido do jornal
O Globo e da TV Globo.
Pois é, Boechat… Você pode não gostar das minhas opiniões, mas são minhas. Sobre as suas, com quem se deve falar no momento?
*
Escândalo no setor de telefonia faz Globo demitir Ricardo Boechat
*
Escândalo no setor de telefonia faz Globo demitir Ricardo Boechat
O jornalista Ricardo Boechat, que assinava a coluna mais lida do jornal O Globo,
foi demitido neste domingo, depois que uma reportagem de VEJA revelou
bastidores da guerra entre o grupo canadense TIW e o presidente do Banco
Opportunity, Daniel Dantas, pelo controle de das empresas de telefonia
celular Telemig Celular e Tele Norte Celular. Nesta segunda-feira, o
jornal carioca não explica a saída de Boechat, mas informa na capa que a
coluna Swann volta a ser publicada. O jornalista também foi afastado
do Bom Dia Brasil, da Rede Globo.
Reportagem
de VEJA desta semana divulga uma série de ligações telefônicas que
desvenda a guerra entre dois grupos pelo controle de empresas de
telefonia móvel. Em uma das ligações, Boechat conversa com Paulo
Marinho, assessor de Nelson Tanure, aliado da TIW e acionista
majoritário do Jornal do Brasil. Em um telefonema de 15 de
abril, o jornalista conta a Marinho o teor do texto que seria publicado
no dia seguinte sobre a disputa no setor de telefonia e explica detalhes
dos procedimentos internos do jornal.
Pela conversa, fica claro que a direção de O Globo não
sabia sobre o grau de ligação do jornalista com Tanure nem que a
reportagem havia sido discutida com Marinho. Não há menção a favor,
pagamento ou outras práticas irregulares de compensação. Dez dias depois
da publicação, o texto foi usado como peça de processo na ação judicial
dos fundos de pensão, aliados da TIW, contra o Opportunity.
Bastidores
De acordo com o Jornal do Brasil, Boechat conversou na manhã de domingo com o editor-chefe do jornal, Rodolfo Fernandes. O jornalista perguntou se deveria escrever um artigo explicando seu diálogo ou apresentar pedido de demissão. Como resposta, escutou que sua situação já estava insustentável. À noite, o diretor-executivo do jornal foi até a casa de Boechat e oficializou a demissão.
De acordo com o Jornal do Brasil, Boechat conversou na manhã de domingo com o editor-chefe do jornal, Rodolfo Fernandes. O jornalista perguntou se deveria escrever um artigo explicando seu diálogo ou apresentar pedido de demissão. Como resposta, escutou que sua situação já estava insustentável. À noite, o diretor-executivo do jornal foi até a casa de Boechat e oficializou a demissão.
A decisão de demitir o jornalista foi unânime, ainda segundo o Jornal do Brasil.
Os responsáveis pelo jornalismo das Organizações Globo consideraram que
a conduta de Boechat feriu as normas do código de ética da empresa.
Eles concordaram que o jornalista não poderia ter lido seu texto para
Marinho nem discutir questões internas do jornal.
Instrução
As conversas gravadas sugerem que a participação de Boechat foi além da reportagem por encomenda que acabou por derrubá-lo. Em outro diálogo, não reproduzido por VEJA, Boechat instruiu Tanure sobre como agir e o que falar em uma conversa com o vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho. O objetivo era passar a imagem de um empresário sem ambições políticas nem projeto de poder, o que seria visto com maus olhos no concorrente dono do Jornal do Brasil. Análise feita pelo perito Ricardo Molina comprova que a voz gravada na fita é de Boechat e aponta que não há indícios de que a gravação tenha sido editada.
As conversas gravadas sugerem que a participação de Boechat foi além da reportagem por encomenda que acabou por derrubá-lo. Em outro diálogo, não reproduzido por VEJA, Boechat instruiu Tanure sobre como agir e o que falar em uma conversa com o vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho. O objetivo era passar a imagem de um empresário sem ambições políticas nem projeto de poder, o que seria visto com maus olhos no concorrente dono do Jornal do Brasil. Análise feita pelo perito Ricardo Molina comprova que a voz gravada na fita é de Boechat e aponta que não há indícios de que a gravação tenha sido editada.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Homoafetivo
Essa tá no Petralhas II e vale repetir
REINALDO AZEVEDO
06/05/2011 às 17:41
Por Reinaldo Azevedo
REINALDO AZEVEDO
06/05/2011 às 17:41
Abaixo o mundo da fornicação, da procriação e da propriedade privada dos heterossexuais!
Depois que os homoafetivos leram estas palavras de Lewandowski — faço questão de repeti-las —, tomaram uma decisão histórica:
“(…) estão
surgindo, entre nós e em diversos países do mundo, ao lado da
tradicional família patriarcal, de base patrimonial e constituída,
predominantemente, para os fins de procriação, outras formas de
convivência familiar, fundadas no afeto, e nas quais se valoriza, de
forma particular, a busca da felicidade, o bem estar, o respeito e o
desenvolvimento pessoal de seus integrantes.”
Descobriram
que a verdadeira “homoafetividade” é muito diferente da sujeira que
junta “sexo, propriedade e procriação” — essas coisas que praticam os
heterossexuais, vocês sabem, e que acabaram dando origem ao Estado e ao
capitalismo, a todas essas coisas que nos oprimem. A verdadeira
“homoafetividade” deveria dispensar a carne, abrindo mão de toda posse,
inclusive a do outro, em nome da busca da felicidade.
Assim,
comunidades gays decidiram montar templos nas montanhas em que os
“homoafetos”, muito puros, pisando em nuvens, quase levitando, podem
exercer essa forma superior de amor…
A coisa toda
é de um ridículo incurável. A quantidade de bobagem que vai na imprensa
a respeito é uma coisa espantosa! Parece que a homoafetividade é um
neobudismo, alguma nova manifestação de ascetismo. Quando um homoafeto sente lhe ferverem os hormônios, começa a repetir algum mantra até passar a comichão…
sábado, 1 de dezembro de 2012
Deus seja louvado
Essa notícia, eu acompanhei no Blog do Reinaldo.
O procurador Jefferson Aparecido Dias, do Ministério Público Federal, ingressou com uma ação na justiça para tirar a expressão Seja Louvado das cédulas do Real. Na ação, ele argumentou que o Estado é laico e que deve-se prover um tratamento igualitário entre todas as religiões e mesmo com aqueles que não acreditam em Deus.
A Juíza Diana Brunstein, da 7ª Vara Federal, em São Paulo, indeferiu o pedido. Graças a Deus!
A quase totalidade dos brasileiros acredita em Deus, seja ele Jeová, Alá ou Deus mesmo.
Deus é Deus e é o objeto de quase todas as religiões brasileiras já que o politeísmo não é muito difundido por aqui.
Quanto aos ateus, eles são muito pouco numerosos. Alguns artistas gostam de recitar que acreditam numa força superior, na energia cósmica ou no poder do universo. Coisa de bacana, mas mesmo os bacanas acreditam em alguma coisa. Agora, gente que não acredita em nada, nada mesmo, eu acho que não conheço nenhuma.
Resumindo, o procurador quer podar o nome de Deus das cédulas para proteger uma minoria quase insignificante de nossa população, um fino traço nas estatísticas, quase um erro de cálculo.
O procurador é coerente. O nosso MP é campeão em ações desse tipo, que retiram direitos de todos para favorecer uns pouquíssimos. É o caso dos indígenas, que não chegam a 0,5% da população e detêm o controle de 13% de nosso território.
Mas, pelo menos nesse caso, os índios têm algo de melhor que o nosso procurador. Afinal, Tupã também é Deus.
O procurador Jefferson Aparecido Dias, do Ministério Público Federal, ingressou com uma ação na justiça para tirar a expressão Seja Louvado das cédulas do Real. Na ação, ele argumentou que o Estado é laico e que deve-se prover um tratamento igualitário entre todas as religiões e mesmo com aqueles que não acreditam em Deus.
A Juíza Diana Brunstein, da 7ª Vara Federal, em São Paulo, indeferiu o pedido. Graças a Deus!
A quase totalidade dos brasileiros acredita em Deus, seja ele Jeová, Alá ou Deus mesmo.
Deus é Deus e é o objeto de quase todas as religiões brasileiras já que o politeísmo não é muito difundido por aqui.
Quanto aos ateus, eles são muito pouco numerosos. Alguns artistas gostam de recitar que acreditam numa força superior, na energia cósmica ou no poder do universo. Coisa de bacana, mas mesmo os bacanas acreditam em alguma coisa. Agora, gente que não acredita em nada, nada mesmo, eu acho que não conheço nenhuma.
Resumindo, o procurador quer podar o nome de Deus das cédulas para proteger uma minoria quase insignificante de nossa população, um fino traço nas estatísticas, quase um erro de cálculo.
O procurador é coerente. O nosso MP é campeão em ações desse tipo, que retiram direitos de todos para favorecer uns pouquíssimos. É o caso dos indígenas, que não chegam a 0,5% da população e detêm o controle de 13% de nosso território.
Mas, pelo menos nesse caso, os índios têm algo de melhor que o nosso procurador. Afinal, Tupã também é Deus.
Rosemary Roronha
Mais um escândalo envolvendo o ex-presidente. Dessa vez, os jornais noticiam que Rosemary Noronha, assessora de Lula e ex-chefe do Escritório da Presidência da República em São Paulo, participou ativiamente de um amplo esquema de corrupção e de tráfico de influência.
Hoje, o blog do Reinaldo Azevedo publica que jornais e revistas esconderam que Lula e Rosemary eram amantes desde 1993. Isso mostra que, há pelo menos duas décadas, a mídia protege o ex-presidente.
Talvez por uma questão de coerência, a mesma mídia tenha ocultado o caso extra-conjugal de FHC.
A diferença entre os dois ex-presidentes está no respeito ao povo que os elegeu. Afinal, há muitos que defendem que Lula merecia um lugar no banco dos reus no caso do Mensalão.
Não sei se por algum decoro republicano ou qual outro motivo que o livrou da acusação, mas o fató é que Lula está novamente implicado na dilapidação do patrimônio público.
Hoje, o blog do Reinaldo Azevedo publica que jornais e revistas esconderam que Lula e Rosemary eram amantes desde 1993. Isso mostra que, há pelo menos duas décadas, a mídia protege o ex-presidente.
Talvez por uma questão de coerência, a mesma mídia tenha ocultado o caso extra-conjugal de FHC.
A diferença entre os dois ex-presidentes está no respeito ao povo que os elegeu. Afinal, há muitos que defendem que Lula merecia um lugar no banco dos reus no caso do Mensalão.
Não sei se por algum decoro republicano ou qual outro motivo que o livrou da acusação, mas o fató é que Lula está novamente implicado na dilapidação do patrimônio público.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Entrevista do Collor
Um dos novos lançamentos do Netflix que me chamou a atenção é a
entrevista de Fernando Collor, no Roda Vida, numa noite de 1989, antes
das eleições daquele ano. Coube ao jornalista Augusto Nunes a tarefa de
conduzir aquele programa.
Assisti os dez primeiros minutos e me faltam outros cinquenta, mas, desde logo, sou obrigado a concordar com o Luiz Fernando Veríssimo: não se podia mesmo deixar o Collor falar, que ele convencia todo mundo.
É impressionante a figura daquele então jovem, bonito e eloquente governador de Alagoas, discursando com habilidade e firmando no eleitorado a imagem de ser uma figura nova no quadro eleitoral, de excelentes intenções, um homem que renovaria a política brasileira.
Augusto Nunes e Carlos Nascimento questionaram as alianças de Collor com os políticos tradicionais da época, aqueles que o povo queria ver aposentados. Collor enfatizou que sua candidatura surgira e se firmara sem o apoio de nenhum grupo, mas que ele aceitaria as alianças de quem aceitasse ou mesmo se convertesse ao seu projeto político.
Muita coisa aconteceu desde então. O mundo girou, o tempo passou e quem era inimigo mortal de Collor vinte anos atrás agora dita as regras neste País.
Houve mudanças, mas nem tanto. Um ou outro político da época ainda está na ativa, mas a maioria realmente se aposentou. Agora, são seus descendentes que estão nos palácios, congressos e assembleias deste país.
Boa parte dos novos políticos já veio ao mundo virando a casaca dos partidos tradicionais, já trajando camisas vermelhas com estrelinhas penduradas e gritando “tudo pelo social”. Parecem diferentes, mas continuam cometendo os mesmos pecados da velha politicagem: socializam os problemas e privatizam os lucros.
Nas últimas três décadas, a experiência política no Brasil me faz lembrar um trecho de um livro que li na escola: “na prática, a teoria é outra”. Com isso em mente, lanço, então, minha própria frase de efeito: “no poder, toda ideologia é igual”
Assisti os dez primeiros minutos e me faltam outros cinquenta, mas, desde logo, sou obrigado a concordar com o Luiz Fernando Veríssimo: não se podia mesmo deixar o Collor falar, que ele convencia todo mundo.
É impressionante a figura daquele então jovem, bonito e eloquente governador de Alagoas, discursando com habilidade e firmando no eleitorado a imagem de ser uma figura nova no quadro eleitoral, de excelentes intenções, um homem que renovaria a política brasileira.
Augusto Nunes e Carlos Nascimento questionaram as alianças de Collor com os políticos tradicionais da época, aqueles que o povo queria ver aposentados. Collor enfatizou que sua candidatura surgira e se firmara sem o apoio de nenhum grupo, mas que ele aceitaria as alianças de quem aceitasse ou mesmo se convertesse ao seu projeto político.
Muita coisa aconteceu desde então. O mundo girou, o tempo passou e quem era inimigo mortal de Collor vinte anos atrás agora dita as regras neste País.
Houve mudanças, mas nem tanto. Um ou outro político da época ainda está na ativa, mas a maioria realmente se aposentou. Agora, são seus descendentes que estão nos palácios, congressos e assembleias deste país.
Boa parte dos novos políticos já veio ao mundo virando a casaca dos partidos tradicionais, já trajando camisas vermelhas com estrelinhas penduradas e gritando “tudo pelo social”. Parecem diferentes, mas continuam cometendo os mesmos pecados da velha politicagem: socializam os problemas e privatizam os lucros.
Nas últimas três décadas, a experiência política no Brasil me faz lembrar um trecho de um livro que li na escola: “na prática, a teoria é outra”. Com isso em mente, lanço, então, minha própria frase de efeito: “no poder, toda ideologia é igual”
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Um mar de ideias
A reportagem "Um mar de ideias", publicada pela Revista Veja, Edição 2292, mostra que as demandas em produtos e serviços para a exploração do pré-sal impulsiona os investimentos em ciência e tecnologia, com a criação de novos polos de pesquisa.
Um dos produtos criados pela engenharia brasileira é Riserbot, um robô com aparência de anel gigante que carrega uma câmera altamente resistente à pressão e às baixíssimas temperaturas nas profundezas do pré-sal. Pilotado a distância, ele pode monitorar os canos de extração de óleo a 300 quilômetros da costa, indicando falhas e rachaduras na estrutura em tempo real.
É possível aproveitar os avanços em robótica para fins de defesa.
Um dos produtos criados pela engenharia brasileira é Riserbot, um robô com aparência de anel gigante que carrega uma câmera altamente resistente à pressão e às baixíssimas temperaturas nas profundezas do pré-sal. Pilotado a distância, ele pode monitorar os canos de extração de óleo a 300 quilômetros da costa, indicando falhas e rachaduras na estrutura em tempo real.
É possível aproveitar os avanços em robótica para fins de defesa.
Desenvolvimento e infraestrutura no Brasil
A notícia "Desenvolvimento e infraestrutura no Brasil", publicado pelo Valor Econômico, de 24 OUT 12, mostra que os investimentos de 4% ao ano, necessários para sustentar um crescimento de 4% do PIB, são muito vultosos para atual capacidade econômica do Brasil.
Com um investimento em infraestrutura em torno de 2% do PIB, o país está abaixo do mínimo necessário.
Com um investimento em infraestrutura em torno de 2% do PIB, o país está abaixo do mínimo necessário.
Brasil vai entrar na mineração submarina
A notícia "Brasil vai entrar na mineração submarina", Publicado pelo Globo, de 24 OUT 12, mostra que o MCTI, a Petrobras, a Marinha e a Vale assinaram acordo de cooperação para aquisição de um navio de pesquisas oceanográficas no valor de R$ 162 milhões. A embarcação permitirá o levantamento de informações detalhadas sobre os recursos minerais e biológicos da chamada Amazônia Azul, a zona econômica exclusiva do mar territorial brasileiro que cobre 3,6 milhões de quilômetros quadrados.
As pesquisas em mineração submarina poderão resultar na produção de minérios de alto valor, o que reforçará os investimentos em ciência e tecnologia.
As pesquisas em mineração submarina poderão resultar na produção de minérios de alto valor, o que reforçará os investimentos em ciência e tecnologia.
País dos bacharéis
A notícia "faltam 150 mil engenheiros no País", publicada pelo Estado de São Paulo de 22 OUT 12, mostra que apenas 10% dos universitários brasileiros cursam carreiras ligadas às engenharias.
Uma das explicações para esse fato é que o ensino de engenharia demanda professores qualificados e boa estrutura da universidade.
Para muitas faculdades particulares, é melhor ensinar matériss como administração e direito, que não necessitam de investimentos em laboratórios e equipamentos caros.
No final das contas, ainda seremos por muito temponum país de bacharéis...
Uma das explicações para esse fato é que o ensino de engenharia demanda professores qualificados e boa estrutura da universidade.
Para muitas faculdades particulares, é melhor ensinar matériss como administração e direito, que não necessitam de investimentos em laboratórios e equipamentos caros.
No final das contas, ainda seremos por muito temponum país de bacharéis...
Floresta intocada
A notícia "novas usinas na Amazônia exigirão mudança nos limites das unidades", publicada pelo Valor Econômico de 22 OUT 12, mostra que a construção da infraestrutura energética deverá aproveitar os recursos hidráulicos na Amazônia. Para isso, será necessário redefinir algumas das unidades de conservação, o que poderá provocar reações contrárias de grupos ambientalistas e de direitos humanos.
A quem interessa, afinal, manter a floresta intocada? Aos brasileiros que precisam de energia ou aos estrangeiros que desejam impedir o desenvolvimento de nosso país?
Diante dos sucessivos apagões de energia, será que a sociedade brasileira continuará indiferente quanto à construção do futuro de nossos filhos?
A quem interessa, afinal, manter a floresta intocada? Aos brasileiros que precisam de energia ou aos estrangeiros que desejam impedir o desenvolvimento de nosso país?
Diante dos sucessivos apagões de energia, será que a sociedade brasileira continuará indiferente quanto à construção do futuro de nossos filhos?
Ocupações irregulares em florestas protegidas.
Informação publicada no Valor Econômico de 22 OUT 12.
Artigo Ocupações irregulares tomam 23% das florestas protegidas
O Brasil tem hoje 312 unidades de conservação, um mosaico de riqueza natural que envolve praticamente 10% de todo o território nacional, somando 75,1 milhões de hectares. Desse total, segundo o relatório do ICMBio, 16,9 milhões de hectares estão ocupados irregularmente por propriedades privadas. Na média, isso significa que, de cada 100 metros quadrados de floresta protegida, 23 metros são ocupados de forma irregular.
Artigo Ocupações irregulares tomam 23% das florestas protegidas
O Brasil tem hoje 312 unidades de conservação, um mosaico de riqueza natural que envolve praticamente 10% de todo o território nacional, somando 75,1 milhões de hectares. Desse total, segundo o relatório do ICMBio, 16,9 milhões de hectares estão ocupados irregularmente por propriedades privadas. Na média, isso significa que, de cada 100 metros quadrados de floresta protegida, 23 metros são ocupados de forma irregular.
Insegurança Jurídica
O artigo "Insegurança jurídica", de Denis Rosenfield, publicado no GLOBO de 22 OUT 12, mostra que a indefinição sobre as possibilidades de ação do Estado nas áreas indígenas causa insegurança jurídica, prejudicando os setores agrícola e energético. Pressões de movimentos sociais, da Igreja, Funai, do MPF e de setores do PT levaram o Governo a suspender a Portaria 303, da AGU, que regulamenta as condiconantes do Julgamento da Raposa Serra do Sol.
O povo brasileiro deve reagir a essa situação. Não podemos ser reféns de grupos organizados em torno de interesses que ferem a nossa liberdade e limitam a capacidade do Brasil em gerir seus recursos.
O povo brasileiro deve reagir a essa situação. Não podemos ser reféns de grupos organizados em torno de interesses que ferem a nossa liberdade e limitam a capacidade do Brasil em gerir seus recursos.
Feira da AUSA
Estive em Washington entre 21 e 27 de outubro para participar da Feira Anual da Associação do Exército dos Estados Unidos.
Foi uma atividade bastante instrutiva e creio que nós da delegação do EME atingiremos nosso objetivo de obter informações úteis para o processo de transformação do nosso Exército.
Foi uma atividade bastante instrutiva e creio que nós da delegação do EME atingiremos nosso objetivo de obter informações úteis para o processo de transformação do nosso Exército.
domingo, 14 de outubro de 2012
Bacana mesmo é o Colégio Militar
Bacana mesmo é o Colégio Militar. A admissão é por consurso ou o garoto entre no colégio quando o pai militar é movimentado. A maioria dos meninos e meninas é de filho de sargento. Como os pais ganham mal, a gurizada já sabe desde cedo como a toda a banda da vida. Para ter sucesso, precisa se esforçar.
Os sargentos vêm dos estratos sociais mais baixos. Quase sempre, são filhos de famílias pobres. Na carreira, trabalham muito e ganham mal. Sem grana para pagar pelo estudo dos filhos, sabem da importância do Colégio Militar, que oferece um bom ensino por um custo muito menor que as escolas particulares.
No Colégio Militar, não há moleza ou esse negócio de tadinho. Também não interessa a cor da pele do garoto. Ele pode ser marrom, preto, branco, amarelo, vermelho ou até azul. O que importa mesmo é seu desempenho. Para passar, tem que estudar; o menino que reprovar mais de um ano é expulso do colégio e ponto final.
O estudo é puxado, mas a regra é se esforçar e passar. Daí, todos se dedicam e o índice de reprovação é muito baixo.
Tem gente que acha cruel botar o menino novinho no mundo militar e se choca ao ver aqueles pirralhos de dez anos de idade, mal passando de um metro e meio de altura, fardados, imóveis, nas formaturas no início de todas manhãs.
Mas o regime militar não é nenhum absurdo, muito pelo contrário. Tudo tem uma finalidade e quem passa pelo colégio aprende a respeitar os outros, a superar as dificuldades e a valorizar o mérito.
Ali não tem "kit gay", "tadinho de mim que sou pobre" ou "papai mandou me passar". Também não tem droga no banheiro, greve de professor e a história do Brasil que se ensina é a que se baseia nos fatos que realmente ocorreram, não a que os governantes de plantão querem impor.
Não é à toa que os alunos e alunas do Colégio Militar se destacam nos vestibulares e nas provas do ENEM. Basta ter um ensino sério, igualitário e que valorize o mérito.
Ah, faltou dizer que quando se olha o rosto da meninada, o que predomina é o marrom bombom, mas isso pouco importa. Todas as fardas têm a mesma cor.
Os sargentos vêm dos estratos sociais mais baixos. Quase sempre, são filhos de famílias pobres. Na carreira, trabalham muito e ganham mal. Sem grana para pagar pelo estudo dos filhos, sabem da importância do Colégio Militar, que oferece um bom ensino por um custo muito menor que as escolas particulares.
No Colégio Militar, não há moleza ou esse negócio de tadinho. Também não interessa a cor da pele do garoto. Ele pode ser marrom, preto, branco, amarelo, vermelho ou até azul. O que importa mesmo é seu desempenho. Para passar, tem que estudar; o menino que reprovar mais de um ano é expulso do colégio e ponto final.
O estudo é puxado, mas a regra é se esforçar e passar. Daí, todos se dedicam e o índice de reprovação é muito baixo.
Tem gente que acha cruel botar o menino novinho no mundo militar e se choca ao ver aqueles pirralhos de dez anos de idade, mal passando de um metro e meio de altura, fardados, imóveis, nas formaturas no início de todas manhãs.
Mas o regime militar não é nenhum absurdo, muito pelo contrário. Tudo tem uma finalidade e quem passa pelo colégio aprende a respeitar os outros, a superar as dificuldades e a valorizar o mérito.
Ali não tem "kit gay", "tadinho de mim que sou pobre" ou "papai mandou me passar". Também não tem droga no banheiro, greve de professor e a história do Brasil que se ensina é a que se baseia nos fatos que realmente ocorreram, não a que os governantes de plantão querem impor.
Não é à toa que os alunos e alunas do Colégio Militar se destacam nos vestibulares e nas provas do ENEM. Basta ter um ensino sério, igualitário e que valorize o mérito.
Ah, faltou dizer que quando se olha o rosto da meninada, o que predomina é o marrom bombom, mas isso pouco importa. Todas as fardas têm a mesma cor.
sábado, 13 de outubro de 2012
Chute no saco e dedo no olho
Outro dia, lamentei que a mídia esteja tratando quase que exclusivamente do julgamento do Mensalão e das eleições de São Paulo.
Sem dúvida, são assuntos da maior relevância, mas, como se diz no popular, o buraco é mais embaixo.
A briga de verdade não se resume à condenação dos corruptos ou à eleição para a prefeitura importante do Brasil. A porrada tá comendo mesmo é na disputa do bem e do mal neste País.
Peraí, deixa esclarecer que eu não sou e nem pretendo ser algum desses profetas do apocalipse que pipocam no notíciário brasileiro. Não sou vidente, mas também não sou cego.
Já faz tempo que presenciamos à velha guerra por corações e mentes. Ela é tão rotineira que nem nos damos mais conta de sua gravidade.
Nessa disputa vale unhada e dedo no olho. A turma do mal joga sujo. Torce e retorce a verdade, mente descaradamente, cospe na cara, xinga a mãe, grita alto e levanta as duas mãos na hora da contagem dos votos.
O pessoal do bem não deveria tentar igualar essas maldades. Não dá para ganhar dos profissionais do mal onde eles são mais fortes, mas podemos berrar bem alto toda vez que presenciarmos alguma mentira.
Como sou do bem, darei meu berro.
Eu mantenho um banco de dados com as principais notícias que vou recolhendo da imprensa. O arquivo já tá meio pesado e resolvi apagar alguns registros.
Daí, encontrei essa manchete do dia 19 de abril do ano passado: "Agronegócio e hidrelétricas intensificam conflitos no campo, diz analista".
Para quem quiser ler, o texto está em http://www.redebrasilatual.com.br/temas/ambiente/2011/04/agronegocio-e-hidreletricas-aumentam-conflitos-no-campo-diz-analista
Li a matéria e descobri que o tal analista da manchete era o padre Dirceu Fumagalli, coordenador Nacional da Comissão Pastoral da Terra.
Resumo da ópera: a mídia "companheira e camadara" botou o termo "analista" na manchete da matéria, quando o termo correto seria "militante".
Quem leu a notícia desatentamente ficou com a impressão que houve um estudo sério e imparcial sobre os impactos do agronegócio e das hidrelétricas no meio ambiente.
Não foi o caso. O padre Dirceu, além de Xará daquele outro grande expoente da turma do mal, é um poderoso militante das chamadas "causas sociais e ambientais". Ele soltou uma frase emblemática logo no final da entrevista: "O modelo de desenvolvimento do agronegócio ainda conserva o que é de mais retrógrado e abominável: o trabalho escravo"
E pimba na gorduchinha! O tal analista vinculou agronegócio à escravidão. É como aquelas mensagens subliminares, escondidas nas propagandas, que entram na nossa mente sem nem percebermos.
O sujeito lê a matéria e já conclui: "esses ruralistas são uns sanguessugas destruidores da natureza!"
Golaço dos ambientalistas militantes! Só que foi de mão, e de mão não vale. Ou será que vale?
Esse é um dos muitos e muitos exemplos do jogo sujo que tá rolando sem que a gente se dê conta. Como não sou bom em morder a orelha dos outros, dou meu berro por aqui.
E durma-se com um barulho desses!
Sem dúvida, são assuntos da maior relevância, mas, como se diz no popular, o buraco é mais embaixo.
A briga de verdade não se resume à condenação dos corruptos ou à eleição para a prefeitura importante do Brasil. A porrada tá comendo mesmo é na disputa do bem e do mal neste País.
Peraí, deixa esclarecer que eu não sou e nem pretendo ser algum desses profetas do apocalipse que pipocam no notíciário brasileiro. Não sou vidente, mas também não sou cego.
Já faz tempo que presenciamos à velha guerra por corações e mentes. Ela é tão rotineira que nem nos damos mais conta de sua gravidade.
Nessa disputa vale unhada e dedo no olho. A turma do mal joga sujo. Torce e retorce a verdade, mente descaradamente, cospe na cara, xinga a mãe, grita alto e levanta as duas mãos na hora da contagem dos votos.
O pessoal do bem não deveria tentar igualar essas maldades. Não dá para ganhar dos profissionais do mal onde eles são mais fortes, mas podemos berrar bem alto toda vez que presenciarmos alguma mentira.
Como sou do bem, darei meu berro.
Eu mantenho um banco de dados com as principais notícias que vou recolhendo da imprensa. O arquivo já tá meio pesado e resolvi apagar alguns registros.
Daí, encontrei essa manchete do dia 19 de abril do ano passado: "Agronegócio e hidrelétricas intensificam conflitos no campo, diz analista".
Para quem quiser ler, o texto está em http://www.redebrasilatual.com.br/temas/ambiente/2011/04/agronegocio-e-hidreletricas-aumentam-conflitos-no-campo-diz-analista
Li a matéria e descobri que o tal analista da manchete era o padre Dirceu Fumagalli, coordenador Nacional da Comissão Pastoral da Terra.
Resumo da ópera: a mídia "companheira e camadara" botou o termo "analista" na manchete da matéria, quando o termo correto seria "militante".
Quem leu a notícia desatentamente ficou com a impressão que houve um estudo sério e imparcial sobre os impactos do agronegócio e das hidrelétricas no meio ambiente.
Não foi o caso. O padre Dirceu, além de Xará daquele outro grande expoente da turma do mal, é um poderoso militante das chamadas "causas sociais e ambientais". Ele soltou uma frase emblemática logo no final da entrevista: "O modelo de desenvolvimento do agronegócio ainda conserva o que é de mais retrógrado e abominável: o trabalho escravo"
E pimba na gorduchinha! O tal analista vinculou agronegócio à escravidão. É como aquelas mensagens subliminares, escondidas nas propagandas, que entram na nossa mente sem nem percebermos.
O sujeito lê a matéria e já conclui: "esses ruralistas são uns sanguessugas destruidores da natureza!"
Golaço dos ambientalistas militantes! Só que foi de mão, e de mão não vale. Ou será que vale?
Esse é um dos muitos e muitos exemplos do jogo sujo que tá rolando sem que a gente se dê conta. Como não sou bom em morder a orelha dos outros, dou meu berro por aqui.
E durma-se com um barulho desses!
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Ser lido
Esqueçam a frase famosa, aquela do "penso, logo exito". Eu imaginava que ela era de algum filósofo grego, mas a maravilha da Wikipedia acaba de me ensinar que foi de Descartes, aquele matemático francês que muita gente não gosta porque o considera cartesiano.
Não, a frase do francês já teve sua época. Hoje, o mais correto seria: "sou lido, logo existo".
Anos atrás, li o Chatô, aquele livro do Fernando Morais. Achei emblemática a frase de Assis Chateaubriand de que se um jornalista queria ter opinião, deveria comprar seu próprio jornal.
Os tempos mudaram e também os valores. Hoje, temos acesso instantâneo a notícias e, outro dia, me surpreendi com a notícia de uma moça leiloando sua virgindade. Por outro lado, no que tange à opinião, qualquer um pode escrever e publicar seu pensamento na Internet. Basta ter um blog. Eu tenho o meu e não pago nada por isso.
Então, é fácil escrever e publicar, o difícil é ser lido. O sujeito para ser bom mesmo é aquele que escreve, é lido e comentado. Alguns conseguem espaço e até patrocínio para isso.
Os donos do dinheiro não se preocupam mais tem montar seus jornais. Fica mais fácil comprar os jornalistas. Afinal, nossa imprensa é pródiga em repórteres companheiros e colunistas camaradas.
Daí, pessoal da estrelinha vermelha deve ficar incomodado quando se publica a notícia da maracutaia de uma governante viajar num avião da FAB, gastando o dinheiro do povo para tratar de interesses de seu partido.
Tenho certeza que a imprensa chapa-branca não vai noticiar esse fato. Afinal, em tempos de leilão de himen, opinião também tem seu preço.
Não, a frase do francês já teve sua época. Hoje, o mais correto seria: "sou lido, logo existo".
Anos atrás, li o Chatô, aquele livro do Fernando Morais. Achei emblemática a frase de Assis Chateaubriand de que se um jornalista queria ter opinião, deveria comprar seu próprio jornal.
Os tempos mudaram e também os valores. Hoje, temos acesso instantâneo a notícias e, outro dia, me surpreendi com a notícia de uma moça leiloando sua virgindade. Por outro lado, no que tange à opinião, qualquer um pode escrever e publicar seu pensamento na Internet. Basta ter um blog. Eu tenho o meu e não pago nada por isso.
Então, é fácil escrever e publicar, o difícil é ser lido. O sujeito para ser bom mesmo é aquele que escreve, é lido e comentado. Alguns conseguem espaço e até patrocínio para isso.
Os donos do dinheiro não se preocupam mais tem montar seus jornais. Fica mais fácil comprar os jornalistas. Afinal, nossa imprensa é pródiga em repórteres companheiros e colunistas camaradas.
Daí, pessoal da estrelinha vermelha deve ficar incomodado quando se publica a notícia da maracutaia de uma governante viajar num avião da FAB, gastando o dinheiro do povo para tratar de interesses de seu partido.
Tenho certeza que a imprensa chapa-branca não vai noticiar esse fato. Afinal, em tempos de leilão de himen, opinião também tem seu preço.
Eleição e mensalão
São Paulo é importante, mas não é o Brasil. O paulistano que eleger Haddad ou Serra sofrerá ou usufruirá as consequencias de sua escolha nas urnas. É certo que essa eleição poderá influenciar o cenário nacional, mas ela não deve monopolizar o noticiário político brasileiro.
Do mesmo modo, é importante acompanhar o julgamento do mensalão, sobretudo pelas suas consequencias no comportamento político brasileiro, mas há muito mais lances ocorrendo no tabuleiro desse jogo.
Sem dúvida, a corrupção é deplorável e merece ser punida com rigor, mas a hipocrisia dessa gente incomoda a ponto de arder o estômago.
Na segunda-feira passada, o site da Veja publicou que a Comissão da Verdade vai recomendar às Forças Armadas que alterem os currículos das Escolas Militares. Para Paulo Sérgio Pinheiro, é anacrônico referir-se ao 31 de março como um movimento que barrou o comunismo no Brasil. Para ele, o correto é dizer que foi um golpe na democracia que atentou contra a ordem institucional.
Certamente, essas alterações interessariam a algumas figuras políticas atuais, especialmente os que optaram pela luta armada naquele período, já que lustrariam seu verniz de defensores da democracia.
Pura hipocrisia que não resiste a uma pesquisa na internet. Basta acessar as páginas dos jornais da época para entender porque o governo João Goulart morreu de podre.
Ontem, o Globo trouxe um artigo do Carlos Alberto Sardenberg que todou na ferida. Os jovens da esquerda revolucionária dos anos 60 e 70 não lutaram pela democracia, mas pela imposição de um regime autoritário de esquerda no Brasil. Dizer o contrário é mentir.
Uma figurinha carimbada da época, José Dirceu foi preso, exilado e anistiado. Voltou e reconstruiu sua carreira política. Chegou perto do topo, mas foi denunciado como autor do maior esquema de corrupção política do Brasil de todos os tempos. Tudo indica que irá para a cadeia.
Também ontem, o Estadão publicou a notícia que José Dirceu teria enfrentado uma manifestação de militares da reserva quando saía do Diretório Nacional do PT, lá pelas seis horas da tarde da quarta-feira. Os manifestantes gritavam que aquele político era corrupto e merecia ir para a cadeia. Evidentemente, aquele pequeno grupo foi rapidamente neutralizado pela tropa de choque daquele partido, sempre a postos e acompanhada de um reporter amigo.
A tropa de choque enfrentou os militares da reserva com palavras de ordem do tipo "viúvas da ditadura".
Mais uma hipocrisia!
O que se viu nas ruas, se repete nos blogs e noticiários. O que tem que ser visto é que briga não é de esquerda contra direita, mas de gente decente contra a canalhada.
Tem canalha que escreve bem, até convence os incautos, mas continua sendo canalha.
O que falta para essa gente é um minimo de decência e autocrítica.
A decência serviria para não tentar reconstruir a história. Isso podia ser feito lá pelos anos trinta, pelos stalinistas que retocavam fotografias oficiais, apagando elementos indesejáveis. Hoje, com os recursos da internet, é impossível apagar os passos que o manco deixou na areia. Mentir não cola e não convence.
Melhor que enganar, seria mudar de postura, olhar para frente e construir um futuro de consenso.
Repito que São Paulo não é o Brasil e o mensalão não define todo cenário político; mas reconheço que a eleição paulista e o julgamento dos corruptos é uma boa plataforma de ataque à canalhada que tenta nos dominar.
Do mesmo modo, é importante acompanhar o julgamento do mensalão, sobretudo pelas suas consequencias no comportamento político brasileiro, mas há muito mais lances ocorrendo no tabuleiro desse jogo.
Sem dúvida, a corrupção é deplorável e merece ser punida com rigor, mas a hipocrisia dessa gente incomoda a ponto de arder o estômago.
Na segunda-feira passada, o site da Veja publicou que a Comissão da Verdade vai recomendar às Forças Armadas que alterem os currículos das Escolas Militares. Para Paulo Sérgio Pinheiro, é anacrônico referir-se ao 31 de março como um movimento que barrou o comunismo no Brasil. Para ele, o correto é dizer que foi um golpe na democracia que atentou contra a ordem institucional.
Certamente, essas alterações interessariam a algumas figuras políticas atuais, especialmente os que optaram pela luta armada naquele período, já que lustrariam seu verniz de defensores da democracia.
Pura hipocrisia que não resiste a uma pesquisa na internet. Basta acessar as páginas dos jornais da época para entender porque o governo João Goulart morreu de podre.
Ontem, o Globo trouxe um artigo do Carlos Alberto Sardenberg que todou na ferida. Os jovens da esquerda revolucionária dos anos 60 e 70 não lutaram pela democracia, mas pela imposição de um regime autoritário de esquerda no Brasil. Dizer o contrário é mentir.
Uma figurinha carimbada da época, José Dirceu foi preso, exilado e anistiado. Voltou e reconstruiu sua carreira política. Chegou perto do topo, mas foi denunciado como autor do maior esquema de corrupção política do Brasil de todos os tempos. Tudo indica que irá para a cadeia.
Também ontem, o Estadão publicou a notícia que José Dirceu teria enfrentado uma manifestação de militares da reserva quando saía do Diretório Nacional do PT, lá pelas seis horas da tarde da quarta-feira. Os manifestantes gritavam que aquele político era corrupto e merecia ir para a cadeia. Evidentemente, aquele pequeno grupo foi rapidamente neutralizado pela tropa de choque daquele partido, sempre a postos e acompanhada de um reporter amigo.
A tropa de choque enfrentou os militares da reserva com palavras de ordem do tipo "viúvas da ditadura".
Mais uma hipocrisia!
O que se viu nas ruas, se repete nos blogs e noticiários. O que tem que ser visto é que briga não é de esquerda contra direita, mas de gente decente contra a canalhada.
Tem canalha que escreve bem, até convence os incautos, mas continua sendo canalha.
O que falta para essa gente é um minimo de decência e autocrítica.
A decência serviria para não tentar reconstruir a história. Isso podia ser feito lá pelos anos trinta, pelos stalinistas que retocavam fotografias oficiais, apagando elementos indesejáveis. Hoje, com os recursos da internet, é impossível apagar os passos que o manco deixou na areia. Mentir não cola e não convence.
Melhor que enganar, seria mudar de postura, olhar para frente e construir um futuro de consenso.
Repito que São Paulo não é o Brasil e o mensalão não define todo cenário político; mas reconheço que a eleição paulista e o julgamento dos corruptos é uma boa plataforma de ataque à canalhada que tenta nos dominar.
domingo, 7 de outubro de 2012
Hobsbawn
Eric Hobsbawn morreu aos 95 anos, o que é uma idade muito avançada. Sua vida tão prolongada trouxe, pelo menos, um benefício à humanidade.
Se sua morte tivesse ocorrido dez ou vinte anos atrás, não teria despertado tantas críticas à sua obra e sua ideologia.
Volto no tempo e lembro que, cem anos atrás, a Virgem de Fátima apareceu seguidas vezes a três crianças portuguesas e lhes confidenciou que a Rússia comunista espalharia seus erros pelo mundo, provocando guerras e mortes. Muitos não acreditam nessas aparições, mas as professias se realizaram.
A igualdade entre os homens é uma ideia louvável, mas os métodos empregados pelos marxistas são terríveis. Eles mentiram e ainda mentem, mataram aos milhões, enganam e maltratam os homens. Os fieis da seita comunista fecham os olhos, os ouvidos e as bocas e nada noticiam sobre tantas atrocidades. Tudo vale pela causa e os fins justificam os meios.
No entanto, há esperanças. Mais e mais gente acorda da utopia comunista e se dá conta dos absurdos cometidos em nome dessa ideologia.
Com a morte de Hobsbawn, os marxistas perderam um fiel porta-voz. Sua perda é um tijolo a menos nesse Muro de Berlim que insiste em dividir a humanidade.
Se sua morte tivesse ocorrido dez ou vinte anos atrás, não teria despertado tantas críticas à sua obra e sua ideologia.
Volto no tempo e lembro que, cem anos atrás, a Virgem de Fátima apareceu seguidas vezes a três crianças portuguesas e lhes confidenciou que a Rússia comunista espalharia seus erros pelo mundo, provocando guerras e mortes. Muitos não acreditam nessas aparições, mas as professias se realizaram.
A igualdade entre os homens é uma ideia louvável, mas os métodos empregados pelos marxistas são terríveis. Eles mentiram e ainda mentem, mataram aos milhões, enganam e maltratam os homens. Os fieis da seita comunista fecham os olhos, os ouvidos e as bocas e nada noticiam sobre tantas atrocidades. Tudo vale pela causa e os fins justificam os meios.
No entanto, há esperanças. Mais e mais gente acorda da utopia comunista e se dá conta dos absurdos cometidos em nome dessa ideologia.
Com a morte de Hobsbawn, os marxistas perderam um fiel porta-voz. Sua perda é um tijolo a menos nesse Muro de Berlim que insiste em dividir a humanidade.
domingo, 30 de setembro de 2012
Índios e imigrantes
Em 11 de agosto do ano passado, o Correio Brasiliense publicou um artigo sobre imigrantes que vivem no Brasil. Pelos dados apresentados, vivem em nosso país quase um milhão de estrangeiros que não pretendem regressar à sua terra natal.
O número de estrangeiros no Brasil supera em pouco o dos indígenas, que somam cerca de 900 mil.
Os imigrantes chegam ao nosso país para trabalhar, produzir e se integrar ao conjunto dos brasileiros. Já os índios ocupam uma área superior à maioria dos países do mundo, correspondente a treze porcento do nosso território e contam com a leniência do nosso povo em tolerar a ação de organizações internacionais que defendem que a internacionalização das terras em que vivem.
Já vivi em outro país e sei o que é ser estrangeiro. Não é fácil adaptar-se a um novo estilo de vida. Quem vem de fora e quer ficar por aqui merece o nosso apoio. Afinal, somos um povo tolerante e amigo, embora haja quem goste de nos fazer de otários.
O número de estrangeiros no Brasil supera em pouco o dos indígenas, que somam cerca de 900 mil.
Os imigrantes chegam ao nosso país para trabalhar, produzir e se integrar ao conjunto dos brasileiros. Já os índios ocupam uma área superior à maioria dos países do mundo, correspondente a treze porcento do nosso território e contam com a leniência do nosso povo em tolerar a ação de organizações internacionais que defendem que a internacionalização das terras em que vivem.
Já vivi em outro país e sei o que é ser estrangeiro. Não é fácil adaptar-se a um novo estilo de vida. Quem vem de fora e quer ficar por aqui merece o nosso apoio. Afinal, somos um povo tolerante e amigo, embora haja quem goste de nos fazer de otários.
sábado, 29 de setembro de 2012
Código Florestal
Não há lugar no mundo igual ao Brasil e nosso povo é reconhecidamente
tolerante. O problema é que por causa de sua leniência, o brasileiro
pode se passar por otário.
As discussões sobre o código florestal são férteis exemplos de vigarice intelectual.
Em 6 de dezembro do ano passado, o Estado de São Paulo publicou uma matéria de Karina Ninni afirmando que uma região de 400 mil km2, equivalente a dois Estados de São Paulo, poderia ficar desprotegida na Amazônia caso fosse aprovada a proposta do novo Código Florestal.
Em 01 de julho de 2011, o então Secretário do Meio Ambiente do Mato Grosso jurou que o aumento de 14% do desmatamento verificado na época se relacionava ao novo código florestal.
A própria Veja, em sua edição 2260, afirmou que o novo Código Florestal poderia agravar a depredação dos manguezais, ecossistemas que se estendem por dezesseis estados e são a base da biodiversidade no litoral.
Matérias catastrofistas como essas pipocaram em diversos cantos e em diversas mídias do país.
Houve gente que não gostou que o novo código tivesse surgido de um entendimento suprapartidário, que percebera que era necessário modernizar a legislação e prover segurança jurídica ao produtor rural.
Logo, apareceu um movimento de bacanas procurando detonar o código . Uma atriz bonita, hoje moça propaganda da Caixa Econômica e enteada da petista Benedita da Silva, aproveitou sua proximidade do poder e, na presença da presidenta, sussurou no microfone um “Veta Dilma”.
Aplausos!!!
Na grama seca da Esplanada dos Ministérios, estudantes vermelhos e onguistas grimpicianos fizeram malabarismos verbais e teatrais imitando a morte da floresta.
Mais aplausos!!!
Brasileiros gostam de teatro e tudo isso compôs o grande embuste da esquerda, onde se abriga o radicalismo ambiental de viés autoritário.
No Brasil de hoje, treze porcento do país é território indígena, outros Dezessete porcento são de áreas de proteção ambiental. A produção agropecuária ocupa apenas um quarto da extensão territorial brasileira.
Mesmo assim, conseguimos ser um dos líderes mundiais na produção de alimentos. Podemos dizer que produzimos comida que mata a fome de muita gente.
Boa parte das conquistas de nossa agricultura se deve ao uso de novas tecnologias, inclusive com organismos geneticamente modificados.
Os famigerados transgênicos são alvo do ódio da esquerda, que os considera meros instrumentos de dominação imperialista dos EUA.
A verdade é que, até hoje, não se descobriu algum caso relevante de que esse tipo de alimento faça mal, mas isso pouco importa. A grita contra os transgênicos só recentemente diminuiu e isso porque os branquelas europeus estão em crise e comida geneticamente modificada também enche a barriga.
Mas isso é apenas mais um exemplo da vigarice intelectual que grassa no nosso país.
Talvez por sermos tão tolerantes, os vermelhos e os onguistas convidam os brasileiros a fazer papel de bobos.
Seremos mesmo otários se aceitarmos o convite.
As discussões sobre o código florestal são férteis exemplos de vigarice intelectual.
Em 6 de dezembro do ano passado, o Estado de São Paulo publicou uma matéria de Karina Ninni afirmando que uma região de 400 mil km2, equivalente a dois Estados de São Paulo, poderia ficar desprotegida na Amazônia caso fosse aprovada a proposta do novo Código Florestal.
Em 01 de julho de 2011, o então Secretário do Meio Ambiente do Mato Grosso jurou que o aumento de 14% do desmatamento verificado na época se relacionava ao novo código florestal.
A própria Veja, em sua edição 2260, afirmou que o novo Código Florestal poderia agravar a depredação dos manguezais, ecossistemas que se estendem por dezesseis estados e são a base da biodiversidade no litoral.
Matérias catastrofistas como essas pipocaram em diversos cantos e em diversas mídias do país.
Houve gente que não gostou que o novo código tivesse surgido de um entendimento suprapartidário, que percebera que era necessário modernizar a legislação e prover segurança jurídica ao produtor rural.
Logo, apareceu um movimento de bacanas procurando detonar o código . Uma atriz bonita, hoje moça propaganda da Caixa Econômica e enteada da petista Benedita da Silva, aproveitou sua proximidade do poder e, na presença da presidenta, sussurou no microfone um “Veta Dilma”.
Aplausos!!!
Na grama seca da Esplanada dos Ministérios, estudantes vermelhos e onguistas grimpicianos fizeram malabarismos verbais e teatrais imitando a morte da floresta.
Mais aplausos!!!
Brasileiros gostam de teatro e tudo isso compôs o grande embuste da esquerda, onde se abriga o radicalismo ambiental de viés autoritário.
No Brasil de hoje, treze porcento do país é território indígena, outros Dezessete porcento são de áreas de proteção ambiental. A produção agropecuária ocupa apenas um quarto da extensão territorial brasileira.
Mesmo assim, conseguimos ser um dos líderes mundiais na produção de alimentos. Podemos dizer que produzimos comida que mata a fome de muita gente.
Boa parte das conquistas de nossa agricultura se deve ao uso de novas tecnologias, inclusive com organismos geneticamente modificados.
Os famigerados transgênicos são alvo do ódio da esquerda, que os considera meros instrumentos de dominação imperialista dos EUA.
A verdade é que, até hoje, não se descobriu algum caso relevante de que esse tipo de alimento faça mal, mas isso pouco importa. A grita contra os transgênicos só recentemente diminuiu e isso porque os branquelas europeus estão em crise e comida geneticamente modificada também enche a barriga.
Mas isso é apenas mais um exemplo da vigarice intelectual que grassa no nosso país.
Talvez por sermos tão tolerantes, os vermelhos e os onguistas convidam os brasileiros a fazer papel de bobos.
Seremos mesmo otários se aceitarmos o convite.
Futuro
Já disseram que é muito difícil prever o futuro e, por isso, o melhor a fazer é construí-lo.
Sem dúvida, previsões de longo prazo são carregadas de incertezas, mas quem assiste aos filmes e desenhos animados de cinquenta anos atrás pode surpreender-se com a realização de alguns desvarios.
O celular com skype que permite que as pessoas se vejam enquanto falam confirma o relógio de pulso do Dick Trace, que prometia a mesma facilidade. Não demorará, teremos robôs fazendo trabalhos domésticos em nossas casas, assim como os Jetsons. Os computadores que carregamos na palma de nossa mão são mais poderosos que todos imaginados nos filmes de antigamente.
Desvarios a parte, temos ferramentas muito melhores hoje do que há algumas poucas décadas. Podemos, então, construir um futuro melhor.
Sem dúvida, previsões de longo prazo são carregadas de incertezas, mas quem assiste aos filmes e desenhos animados de cinquenta anos atrás pode surpreender-se com a realização de alguns desvarios.
O celular com skype que permite que as pessoas se vejam enquanto falam confirma o relógio de pulso do Dick Trace, que prometia a mesma facilidade. Não demorará, teremos robôs fazendo trabalhos domésticos em nossas casas, assim como os Jetsons. Os computadores que carregamos na palma de nossa mão são mais poderosos que todos imaginados nos filmes de antigamente.
Desvarios a parte, temos ferramentas muito melhores hoje do que há algumas poucas décadas. Podemos, então, construir um futuro melhor.
Ferreira Gullar
Espantosa a entrevista de Ferreira Gullar à Veja desta semana. Honesto como poucos, o escritor não se furtou a criticar o socialismo, mesmo sendo um ex-militante comunista.
Ele também expôs sua dolorosa experiência com a doença de seus filhos e se confessou incapaz de espantar-se com o mundo. Uma pena, pois os poetas precisam de espanto para escrever.
Ferreira Gullar é uma vela que ainda ilumina, mas sabe que seu pavio não demorará.
Um poeta lúcido e honesto. Tenho mais um bom motivo para admirá-lo.
Ele também expôs sua dolorosa experiência com a doença de seus filhos e se confessou incapaz de espantar-se com o mundo. Uma pena, pois os poetas precisam de espanto para escrever.
Ferreira Gullar é uma vela que ainda ilumina, mas sabe que seu pavio não demorará.
Um poeta lúcido e honesto. Tenho mais um bom motivo para admirá-lo.
Herzog
Fim de outubro e lembram, mais uma vez, da morte do Wladimir Herzog.
Não sei como mataram, porque mataram ou até se mataram mesmo o Herzog. Sei que ele morreu e que sua morte aconteceu há trinta e sete anos.
Nessas quase quatro décadas, muitos e muitos morreram e ainda morrem sob a tutela do Estado, em presídios ou em celas espalhadas pelas delegacias desse país.
Herzog podia ser inocente. Certamente, muitos encarcerados mortos também eram. Tenho pena de todos, mas, em todos esses quase quarenta outubros, a esquerda que nos domina não se lembra dos que ainda morrem nos presídios sob sua guarda e não nos deixa esquecer de Herzog enforcado na cela.
A esquerda usa Herzog para que o fedor de seu cadáver empesteie a memória dos governos militares. Não adianta dizer que os militares fizeram isso, aquilo ou aquilo outro de bom, porque sempre haverá um vermelho a exibir as fotos do corpo de Herzog, inerte e pendurado pelo pescoço.
Herzog é um mártir da esquerda, uma espécie de Tiradentes vermelho. Não é sequer necessário que alguém assuma tê-lo assassinado, pois mesmo que ele tivesse tirado sua própria vida, sua imagem de inocente morto é tão forte quanto a do Che Gevara estampada numa camiseta.
Outubro vai e outubro vem e é certo que o fantasma de Herzog voltará a nos assombrar.
Não sei como mataram, porque mataram ou até se mataram mesmo o Herzog. Sei que ele morreu e que sua morte aconteceu há trinta e sete anos.
Nessas quase quatro décadas, muitos e muitos morreram e ainda morrem sob a tutela do Estado, em presídios ou em celas espalhadas pelas delegacias desse país.
Herzog podia ser inocente. Certamente, muitos encarcerados mortos também eram. Tenho pena de todos, mas, em todos esses quase quarenta outubros, a esquerda que nos domina não se lembra dos que ainda morrem nos presídios sob sua guarda e não nos deixa esquecer de Herzog enforcado na cela.
A esquerda usa Herzog para que o fedor de seu cadáver empesteie a memória dos governos militares. Não adianta dizer que os militares fizeram isso, aquilo ou aquilo outro de bom, porque sempre haverá um vermelho a exibir as fotos do corpo de Herzog, inerte e pendurado pelo pescoço.
Herzog é um mártir da esquerda, uma espécie de Tiradentes vermelho. Não é sequer necessário que alguém assuma tê-lo assassinado, pois mesmo que ele tivesse tirado sua própria vida, sua imagem de inocente morto é tão forte quanto a do Che Gevara estampada numa camiseta.
Outubro vai e outubro vem e é certo que o fantasma de Herzog voltará a nos assombrar.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Carta para Isabela
Isabela,
fiquei
surpreso quando li, na mensagem do celular, o pedido de sua mãe para que eu lhe
escrevesse uma carta. Logo percebi que, para cumprir a tarefa, teria que refletir
um pouco sobre o tempo. Então, me espantei de novo, dessa vez com o rumo dos meus
pensamentos.
Eu me dei
conta que o conceito de tempo não se explica somente pelas leis da física, pela
mecânica que rege o universo ou pelo relativismo do movimento dos objetos.
Certamente,
o tempo é mais do que a simples contagem dos segundos, dias ou horas e mesmo as
mais complicadas fórmulas matemáticas não alcançam toda a sua complexidade.
É espantoso
que o tempo, que é tão complexo, possa ter outra definição, bem mais simples,
mas também profunda. O tempo que realmente importa é apenas a coleção das marcas
que a vida deixa quando passa.
Depois de
pensar nisso, é que comecei a escrever a
carta. Então, a minha sobrinha Isabela, que já é uma moça, vai para um encontro
de jovens neste fim de semana.
Mas como isso
é possível se eu, outro dia mesmo, também fui a um encontro igualzinho a esse? Peraí. Quando foi que
isso aconteceu mesmo? Ah, foi em 1982.
Trinta anos
atrás, eu, que era jovem, fui a um encontro com outros jovens. Arrisco a dizer
que eramos gente quase igual aos amigos de minha sobrinha.
Mas porque
falo disso tudo? Para que tanta lenga-lenga sobre tempo e jovens?
Talvez seja
porque, para o jovem, o tempo que se tem pela frente é tão longo que parece
infinito.
O jovem é
impaciente e, de tanto ouvir que é preciso ter calma, que ele tem todo o tempo
do mundo pela frente, acaba se convencendo de que é imortal e indestrutível.
Não, nada é
eterno, nem mesmo o jovem. A juventude também acaba, mas é insubstituível.
Gosto de lembrar
de como eu era nos meus dias de jovem. É bom recordar o espírito solto e
ansioso por ter diante de mim tantas e tantas possibilidades. Sei que não sou mais o que fui, mas aquilo em que
me tornei.
Pelo tempo
das minhas lembranças, aquele encontro de trinta anos atrás foi tão bom que
parece que aconteceu ontem.
Então,
Isabela, tomara que você aproveite esse seu encontro de jovens tanto quanto eu
aproveitei o meu. Quem sabe se algum dia ele não vai lhe inspirar também a
filosofar um pouco sobre a vida e o tempo?
Beijos do
seu tio Clóvis.
domingo, 23 de setembro de 2012
Abrir os olhos
Já faz tempo que nossa sociedade fechou os olhos à mediocridade em nome da democracia. Explico que não sou elitista, muito pelo contrário, mas prezo muito o princípio da meritocracia e não tenho pena de coitadinhos.
Quem acorda cedo e trabalha o dia inteiro merece respeito, sobretudo dos governantes deste país.
Tenho urticária quando me defronto com os ditos movimentos sociais, cujos líderes brigam mesmo é por projeção política.
Não gosto desses movimentos e tenho cautela com muitas ONG, que prejudicam os interesses da maioria dos brasileiros, em nome de privilégios de minorias.
Fiz mestrado e doutorado, conheço o ambiente acadêmico e, por isso mesmo, sei que alguns professores universitários são meros porta-vozes de grupos políticos.
Acho muito bom que os mensaleiros sejam exemplarmente punidos. Isso servirá de lição para determinados grupos políticos que acreditam que o Brasil poderia sujeitar-se a um esquema partidário dos moldes do PRI mexicano ou peronismo argentino, que tanto mal fizeram e fazem a seus países.
Termino esse comentário-discurso com boas perspectivas, já que observo que mais e mais gente desperta para os malefícios do proselitismo e discurso fácil e vazio de uma esquerda imbecil e canhesta.
O buraco é muito mais embaixo no que compete aos problemas econômicos e sociais do Brasil. Não é uma mera questão de ricos contra pobres, mas também de medíocres contra empreendedores, acomodados contra esforçados, vigaristas e honestos.
Não se consegue justiça social com fórmulas mágicas, mes em trabalho duro e solidariedade.
Daí que é bom ser cético, é bom ter pé no chão e é melhor ainda botar as mãos a obra.
Estamos abrindo os olhos.
Quem acorda cedo e trabalha o dia inteiro merece respeito, sobretudo dos governantes deste país.
Tenho urticária quando me defronto com os ditos movimentos sociais, cujos líderes brigam mesmo é por projeção política.
Não gosto desses movimentos e tenho cautela com muitas ONG, que prejudicam os interesses da maioria dos brasileiros, em nome de privilégios de minorias.
Fiz mestrado e doutorado, conheço o ambiente acadêmico e, por isso mesmo, sei que alguns professores universitários são meros porta-vozes de grupos políticos.
Acho muito bom que os mensaleiros sejam exemplarmente punidos. Isso servirá de lição para determinados grupos políticos que acreditam que o Brasil poderia sujeitar-se a um esquema partidário dos moldes do PRI mexicano ou peronismo argentino, que tanto mal fizeram e fazem a seus países.
Termino esse comentário-discurso com boas perspectivas, já que observo que mais e mais gente desperta para os malefícios do proselitismo e discurso fácil e vazio de uma esquerda imbecil e canhesta.
O buraco é muito mais embaixo no que compete aos problemas econômicos e sociais do Brasil. Não é uma mera questão de ricos contra pobres, mas também de medíocres contra empreendedores, acomodados contra esforçados, vigaristas e honestos.
Não se consegue justiça social com fórmulas mágicas, mes em trabalho duro e solidariedade.
Daí que é bom ser cético, é bom ter pé no chão e é melhor ainda botar as mãos a obra.
Estamos abrindo os olhos.
domingo, 16 de setembro de 2012
O pior dos mundos.
O artigo já é antigo, tem mais de um ano, mas é esclarecedor em vários aspectos. Foi publicado em 27 de junho do ano passado e, embora seu texto trate especificamente sobre tráfego, ele evidencia diferenças substanciais entre os europeus e os EUA. Enquanto os vemelhos da Europa impõem o transporte coletivo ao cidadão, praticamente impedindo-o de usar seu carro; os EUA adaptam suas cidades ao aumento do número de veículos.
Para mim, fica claro que os esquerdistas restringem a liberdade individual em nome de um suposto bem comum, enquanto os norte-americanos adaptam suas estruturas às escolhas de seus cidadãos. Nesse sentido, os EUA são bem mais democráticos que os socialistas europeus.
No Brasil, os esquerdistas adoram copiar suas matrizes europeias e malhar tudo o que vem dos Estados Unidos. Contudo, por aqui, a incompetência vermelha, depois de trinta anos no poder, não consegue oferecer transporte urbano de qualidade, ao mesmo tempo em que impõe aos brasileiros as maldades inventadas pelos socialistas do além-mar.
Outro fato que me chama a atenção, é que os europeus se apoiam no combate ao aquecimento global para justificar as perfídias contra seus cidadãos. Não é à toa que esse tema tem tanta aceitação na mídia vermelha.
Lembro que os mesmos socialistas foram radicalmente contra os alimentos geneticamente modificados. A campanha contra os transgênicos só arrefeceu recentemente, com a crise econômica que desempregou muitos europeus. Os comunas de lá se convenceram que comida transgênica também enche a barriga. Os de cá, imitaram seus patrões e também pararam de criticar o plantio de transgênicos em nosso país.
Daí, concluo que a Europa é o velho mundo; os EUA, o novo mundo; e nós, o pior dos mundos.
Leiam o artigo e tirem suas conclusões.
Irritar motoristas faz parte da política urbana em boa parte da Europa
ELISABETH ROSENTHAL
DO "NEW YORK TIMES", EM ZURIQUE
Enquanto cidades americanas sincronizam faróis verdes para melhorar o fluxo do tráfego e oferecem aplicativos para ajudar motoristas a encontrar lugares para estacionar, muitas cidades europeias vêm fazendo o contrário: criando ambientais abertamente hostis aos carros. Os métodos variam, mas a missão é clara: encarecer e dificultar o uso do carro, visando pressionar os motoristas a optar por tipos mais ecológicos de transporte.
Viena, Munique, Copenhague e outras cidades já fecharam grandes trechos de ruas para o tráfego de automóveis. Em Barcelona e Paris, as pistas para automóveis vêm sendo reduzidas pelo aumento dos programas populares de aluguel de bicicletas. Em Londres e Estocolmo, os motoristas precisam pagar taxas polpudas de congestionamento simplesmente para entrar no centro da cidade com seus veículos. E, nos últimos dois anos, dezenas de cidades da Alemanha passaram a fazer parte de uma rede nacional de "zonas ambientais" nas quais só podem entrar carros com emissões baixas de dióxido de carbono.
As cidades que aderem a essas políticas recebem novos shopping centers e prédios de apartamentos de braços abertos, mas limitam fortemente o número possível de vagas de estacionamento. A possibilidade de estacionar na rua está deixando de existir. Nos últimos anos, até mesmo capitais automobilísticas como Munique vêm se convertendo em "paraísos para os caminhantes", disse Lee Schipper, engenheiro sênior de pesquisas na Universidade Stanford e especialista em transportes sustentáveis.
"Nos Estados Unidos, a tendência tem sido muito mais de adaptar as cidades para receber carros", disse Peder Jensen, diretor do Grupo de Energia e Transportes da Agência Ambiental Europeia. "Aqui vêm ocorrendo mais movimentos para tornar as cidades mais vivíveis para as pessoas e relativamente livres de automóveis."
Com essa finalidade em vista, o Departamento de Planejamento do Trânsito de Zurique vem se esforçando nos últimos anos para dificultar a vida dos motoristas. As ruas da cidade ganharam faróis vermelhos em intervalos pequenos, provocando demoras e angústia entre os motoristas. Passarelas subterrâneas para pedestres que deixavam o trânsito fluir livremente em cruzamentos importantes foram demolidas. Os operadores do sistema de bondes da cidade, que não pára de crescer, podem mudar os faróis de trânsito em seu favor quando se aproximam, obrigando os carros a parar.
Hoje a circulação de carros é proibida em muitas quadras em volta da Löwenplatz, uma das praças mais movimentadas da cidade. Onde é permitida, a velocidade é fortemente limitada; os carros só podem avançar a passo de lesma, permitindo a remoção total de faixas de pedestres e dando aos pedestres o direito de atravessar quando e onde quiserem.
O chefe de planejamento de trânsito de Zurique, Andy Fellmann, sorriu enquanto observava alguns carros avançando lentamente em meio a uma massa de ciclistas e pedestres. "Por aqui os carros avançam devagar e param a todo momento", disse ele. "É disso que gostamos! Nossa meta é recuperar o espaço público para os pedestres, não facilitar a vida dos motoristas."
Embora algumas cidades americanas tenham feito esforços semelhantes --é o caso, notadamente, de San Francisco, que converteu partes da Market Street em zona de pedestres_, elas ainda constituem exceção nos Estados Unidos, onde, segundo Schipper, é difícil levar as pessoas a imaginar uma vida da qual os carros não constituam uma parte essencial.
De maneira geral, as cidades da Europa têm incentivos mais fortes para agir assim. Construídas, em sua maioria, antes do advento do automóvel, suas ruas estreitas têm dificuldade em lidar com tráfego pesado. Os transportes públicos são de maneira geral melhores na Europa que nos Estados Unidos, e a gasolina frequentemente custa mais de US$8 o galão, contribuindo para fazer com que o custo de andar de carro seja duas ou três vezes mais alto por quilômetro do que é nos EUA, disse Schipper.
Além disso, os países da União Europeia provavelmente não conseguirão cumprir seus compromissos de redução de emissões de dióxido de carbono, previstos no protocolo de Kyoto, se não reduzirem a circulação de carros. Os Estados Unidos nunca ratificaram esse pacto.
Ao nível global, as emissões vindas dos transportes continuam a subir implacavelmente, sendo que mais da metade é gerada por automóveis de uso pessoal. Mas um impulso importante por trás das reformas do trânsito adotadas na Europa é algo que é igualmente importante para os prefeitos de Los Angeles e Viena: tornar as cidades mais convidativas, com ar mais limpo e menos trânsito.
Michael Kodransky, gerente de pesquisas globais do Instituto de Transportes e Política do Desenvolvimento, em Nova York, que trabalha com cidades para reduzir as emissões vindas dos transportes, disse que, anteriormente, a Europa estava seguindo "a mesma trajetória que os Estados Unidos, com mais pessoas querendo possuir mais carros". Nos últimos dez anos, porém, disse ele, houve "uma mudança consciente no pensamento, além da adoção de medidas firmes". E isso está tendo efeitos.
Depois de possuir carro próprio por duas décadas, Hans Von Matt, 52, que trabalha no setor de seguros, vendeu seu veículo e hoje se desloca em Zurique de bonde ou bicicleta, usando um serviço de partilha de carros quando quer sair da cidade. As estatísticas da cidade mostram que o número de famílias sem carro aumentou de 40% para 45% nos últimos dez anos e que as pessoas que possuem carros hoje os usam menos.
"Houve grandes brigas em torno do fechamento ou não desta rua, mas agora ela está fechada, e as pessoas se acostumaram", disse ele, descendo de sua bicicleta na Limmatquai, uma zona de pedestres à margem do rio, margeada por cafés, que, no passado, era ocupada por duas pistas de trânsito sempre engarrafado. O fechamento de qualquer rua importante precisa ser aprovado em referendo.
Hoje 91% dos deputados do Parlamento Suíço usam o bonde para chegar ao trabalho.
Mesmo assim, algumas pessoas reclamam. "Há muitas zonas onde só se pode dirigir a 20 ou 30 quilômetros por hora --é estressante", disse o consultor Thomas Rickli, estacionando seu Jaguar na periferia da cidade. "É inútil."
Os planejadores urbanos geralmente concordam que o uso diário do carro para ir ao trabalho não é desejável nas cidades, em qualquer parte do mundo.
Fellmann calculou que uma pessoa em um carro ocupa 115 metros cúbicos de espaço urbano em Zurique, enquanto um pedestre ocupa apenas três. "Logo, se você anda de carro, isso não é justo com as outras pessoas", disse ele.
As cidades europeias também perceberam que não poderiam atender às diretrizes cada vez mais rígidas da Organização Mundial de Saúde referentes à poluição ambiental com partículas finas se os carros continuassem a ter presença dominante. Muitas cidades americanas não cumprem os requisitos da Lei de Ar Limpo, mas esse fato "simplesmente é aceito por aqui", disse Kodransky, do instituto de transportes de Nova York.
Muitas vezes são necessárias medidas extremas para levar as pessoas a deixar seus carros em casa, e um primeiro passo crucial consiste em fornecer transporte público de qualidade. Uma estratégia inovadora empregada na Europa consiste em intencionalmente dificultar e encarecer o estacionamento. "Há lugares para estacionar em toda parte nos Estados Unidos, mas eles estão desaparecendo dos espaços urbanos da Europa", disse Kodransky, cujo relatório recente "Europe's Parking U-Turn" trata dessa mudança.
O novo shopping center Sihl City, em Zurique, é três vezes maior que o Atlantic Mall, no Brooklyn, mas tem apenas metade do número de vagas para estacionar. Em função disso, disse Kodransky, 70% das pessoas que vão ao shopping usam os transportes públicos para chegar.
Em Copenhague, Jensen, da Agência Ambiental Europeia, disse que o edifício comercial onde trabalha tem mais de 150 vagas para bicicletas e apenas uma para um veículo, reservada para um deficiente físico.
Enquanto, na Europa, os códigos de construção muitas vezes limitam o número de vagas de estacionamento em edifícios novos, os códigos americanos tendem a fazer o contrário: estipular um número mínimo de vagas.
Novos complexos residenciais construídos ao lado da linha de trens leves em Denver dedicam seus oito pisos inferiores a estacionamentos. Para Kodransky, isso faz com que seja "fácil demais" para os moradores usarem seus carros, em lugar de aproveitarem o transporte ferroviário ao lado.
Enquanto, em Nova York, o prefeito Michael R. Bloomberg vem gerando controvérsia por converter algumas poucas áreas como a Times Square em zonas de pedestres, muitas cidades europeias já excluíram os carros de áreas enormes. Os comerciantes em Zurique temiam que isso levasse a uma queda no movimento de suas lojas, mas, segundo Fellmann, o temor mostrou ser infundado, porque o tráfego de pedestres aumentou entre 30% e 40% depois de os carros deixarem de circular.
Com o apoio dos políticos e da maioria dos cidadãos, os planejadores de Zurique pretendem seguir adiante em sua campanha para domar o tráfego, encurtando os períodos de farol verde e encompridando os de farol vermelho, para que pedestres não precisem esperar mais de 20 segundos para atravessar uma rua.
"Com nossa filosofia, jamais sincronizaríamos os faróis verdes para facilitar as coisas para os carros", disse um funcionário da prefeitura, Pio Marzolini. "Quando estou em outras cidades, parece que estou sempre esperando para atravessar uma rua. Não consigo me acostumar à ideia de que eu valho menos que um carro."
Tradução de Clara Allain
Para mim, fica claro que os esquerdistas restringem a liberdade individual em nome de um suposto bem comum, enquanto os norte-americanos adaptam suas estruturas às escolhas de seus cidadãos. Nesse sentido, os EUA são bem mais democráticos que os socialistas europeus.
No Brasil, os esquerdistas adoram copiar suas matrizes europeias e malhar tudo o que vem dos Estados Unidos. Contudo, por aqui, a incompetência vermelha, depois de trinta anos no poder, não consegue oferecer transporte urbano de qualidade, ao mesmo tempo em que impõe aos brasileiros as maldades inventadas pelos socialistas do além-mar.
Outro fato que me chama a atenção, é que os europeus se apoiam no combate ao aquecimento global para justificar as perfídias contra seus cidadãos. Não é à toa que esse tema tem tanta aceitação na mídia vermelha.
Lembro que os mesmos socialistas foram radicalmente contra os alimentos geneticamente modificados. A campanha contra os transgênicos só arrefeceu recentemente, com a crise econômica que desempregou muitos europeus. Os comunas de lá se convenceram que comida transgênica também enche a barriga. Os de cá, imitaram seus patrões e também pararam de criticar o plantio de transgênicos em nosso país.
Daí, concluo que a Europa é o velho mundo; os EUA, o novo mundo; e nós, o pior dos mundos.
Leiam o artigo e tirem suas conclusões.
Irritar motoristas faz parte da política urbana em boa parte da Europa
ELISABETH ROSENTHAL
DO "NEW YORK TIMES", EM ZURIQUE
Enquanto cidades americanas sincronizam faróis verdes para melhorar o fluxo do tráfego e oferecem aplicativos para ajudar motoristas a encontrar lugares para estacionar, muitas cidades europeias vêm fazendo o contrário: criando ambientais abertamente hostis aos carros. Os métodos variam, mas a missão é clara: encarecer e dificultar o uso do carro, visando pressionar os motoristas a optar por tipos mais ecológicos de transporte.
Viena, Munique, Copenhague e outras cidades já fecharam grandes trechos de ruas para o tráfego de automóveis. Em Barcelona e Paris, as pistas para automóveis vêm sendo reduzidas pelo aumento dos programas populares de aluguel de bicicletas. Em Londres e Estocolmo, os motoristas precisam pagar taxas polpudas de congestionamento simplesmente para entrar no centro da cidade com seus veículos. E, nos últimos dois anos, dezenas de cidades da Alemanha passaram a fazer parte de uma rede nacional de "zonas ambientais" nas quais só podem entrar carros com emissões baixas de dióxido de carbono.
As cidades que aderem a essas políticas recebem novos shopping centers e prédios de apartamentos de braços abertos, mas limitam fortemente o número possível de vagas de estacionamento. A possibilidade de estacionar na rua está deixando de existir. Nos últimos anos, até mesmo capitais automobilísticas como Munique vêm se convertendo em "paraísos para os caminhantes", disse Lee Schipper, engenheiro sênior de pesquisas na Universidade Stanford e especialista em transportes sustentáveis.
"Nos Estados Unidos, a tendência tem sido muito mais de adaptar as cidades para receber carros", disse Peder Jensen, diretor do Grupo de Energia e Transportes da Agência Ambiental Europeia. "Aqui vêm ocorrendo mais movimentos para tornar as cidades mais vivíveis para as pessoas e relativamente livres de automóveis."
Com essa finalidade em vista, o Departamento de Planejamento do Trânsito de Zurique vem se esforçando nos últimos anos para dificultar a vida dos motoristas. As ruas da cidade ganharam faróis vermelhos em intervalos pequenos, provocando demoras e angústia entre os motoristas. Passarelas subterrâneas para pedestres que deixavam o trânsito fluir livremente em cruzamentos importantes foram demolidas. Os operadores do sistema de bondes da cidade, que não pára de crescer, podem mudar os faróis de trânsito em seu favor quando se aproximam, obrigando os carros a parar.
Hoje a circulação de carros é proibida em muitas quadras em volta da Löwenplatz, uma das praças mais movimentadas da cidade. Onde é permitida, a velocidade é fortemente limitada; os carros só podem avançar a passo de lesma, permitindo a remoção total de faixas de pedestres e dando aos pedestres o direito de atravessar quando e onde quiserem.
O chefe de planejamento de trânsito de Zurique, Andy Fellmann, sorriu enquanto observava alguns carros avançando lentamente em meio a uma massa de ciclistas e pedestres. "Por aqui os carros avançam devagar e param a todo momento", disse ele. "É disso que gostamos! Nossa meta é recuperar o espaço público para os pedestres, não facilitar a vida dos motoristas."
Embora algumas cidades americanas tenham feito esforços semelhantes --é o caso, notadamente, de San Francisco, que converteu partes da Market Street em zona de pedestres_, elas ainda constituem exceção nos Estados Unidos, onde, segundo Schipper, é difícil levar as pessoas a imaginar uma vida da qual os carros não constituam uma parte essencial.
De maneira geral, as cidades da Europa têm incentivos mais fortes para agir assim. Construídas, em sua maioria, antes do advento do automóvel, suas ruas estreitas têm dificuldade em lidar com tráfego pesado. Os transportes públicos são de maneira geral melhores na Europa que nos Estados Unidos, e a gasolina frequentemente custa mais de US$8 o galão, contribuindo para fazer com que o custo de andar de carro seja duas ou três vezes mais alto por quilômetro do que é nos EUA, disse Schipper.
Além disso, os países da União Europeia provavelmente não conseguirão cumprir seus compromissos de redução de emissões de dióxido de carbono, previstos no protocolo de Kyoto, se não reduzirem a circulação de carros. Os Estados Unidos nunca ratificaram esse pacto.
Ao nível global, as emissões vindas dos transportes continuam a subir implacavelmente, sendo que mais da metade é gerada por automóveis de uso pessoal. Mas um impulso importante por trás das reformas do trânsito adotadas na Europa é algo que é igualmente importante para os prefeitos de Los Angeles e Viena: tornar as cidades mais convidativas, com ar mais limpo e menos trânsito.
Michael Kodransky, gerente de pesquisas globais do Instituto de Transportes e Política do Desenvolvimento, em Nova York, que trabalha com cidades para reduzir as emissões vindas dos transportes, disse que, anteriormente, a Europa estava seguindo "a mesma trajetória que os Estados Unidos, com mais pessoas querendo possuir mais carros". Nos últimos dez anos, porém, disse ele, houve "uma mudança consciente no pensamento, além da adoção de medidas firmes". E isso está tendo efeitos.
Depois de possuir carro próprio por duas décadas, Hans Von Matt, 52, que trabalha no setor de seguros, vendeu seu veículo e hoje se desloca em Zurique de bonde ou bicicleta, usando um serviço de partilha de carros quando quer sair da cidade. As estatísticas da cidade mostram que o número de famílias sem carro aumentou de 40% para 45% nos últimos dez anos e que as pessoas que possuem carros hoje os usam menos.
"Houve grandes brigas em torno do fechamento ou não desta rua, mas agora ela está fechada, e as pessoas se acostumaram", disse ele, descendo de sua bicicleta na Limmatquai, uma zona de pedestres à margem do rio, margeada por cafés, que, no passado, era ocupada por duas pistas de trânsito sempre engarrafado. O fechamento de qualquer rua importante precisa ser aprovado em referendo.
Hoje 91% dos deputados do Parlamento Suíço usam o bonde para chegar ao trabalho.
Mesmo assim, algumas pessoas reclamam. "Há muitas zonas onde só se pode dirigir a 20 ou 30 quilômetros por hora --é estressante", disse o consultor Thomas Rickli, estacionando seu Jaguar na periferia da cidade. "É inútil."
Os planejadores urbanos geralmente concordam que o uso diário do carro para ir ao trabalho não é desejável nas cidades, em qualquer parte do mundo.
Fellmann calculou que uma pessoa em um carro ocupa 115 metros cúbicos de espaço urbano em Zurique, enquanto um pedestre ocupa apenas três. "Logo, se você anda de carro, isso não é justo com as outras pessoas", disse ele.
As cidades europeias também perceberam que não poderiam atender às diretrizes cada vez mais rígidas da Organização Mundial de Saúde referentes à poluição ambiental com partículas finas se os carros continuassem a ter presença dominante. Muitas cidades americanas não cumprem os requisitos da Lei de Ar Limpo, mas esse fato "simplesmente é aceito por aqui", disse Kodransky, do instituto de transportes de Nova York.
Muitas vezes são necessárias medidas extremas para levar as pessoas a deixar seus carros em casa, e um primeiro passo crucial consiste em fornecer transporte público de qualidade. Uma estratégia inovadora empregada na Europa consiste em intencionalmente dificultar e encarecer o estacionamento. "Há lugares para estacionar em toda parte nos Estados Unidos, mas eles estão desaparecendo dos espaços urbanos da Europa", disse Kodransky, cujo relatório recente "Europe's Parking U-Turn" trata dessa mudança.
O novo shopping center Sihl City, em Zurique, é três vezes maior que o Atlantic Mall, no Brooklyn, mas tem apenas metade do número de vagas para estacionar. Em função disso, disse Kodransky, 70% das pessoas que vão ao shopping usam os transportes públicos para chegar.
Em Copenhague, Jensen, da Agência Ambiental Europeia, disse que o edifício comercial onde trabalha tem mais de 150 vagas para bicicletas e apenas uma para um veículo, reservada para um deficiente físico.
Enquanto, na Europa, os códigos de construção muitas vezes limitam o número de vagas de estacionamento em edifícios novos, os códigos americanos tendem a fazer o contrário: estipular um número mínimo de vagas.
Novos complexos residenciais construídos ao lado da linha de trens leves em Denver dedicam seus oito pisos inferiores a estacionamentos. Para Kodransky, isso faz com que seja "fácil demais" para os moradores usarem seus carros, em lugar de aproveitarem o transporte ferroviário ao lado.
Enquanto, em Nova York, o prefeito Michael R. Bloomberg vem gerando controvérsia por converter algumas poucas áreas como a Times Square em zonas de pedestres, muitas cidades europeias já excluíram os carros de áreas enormes. Os comerciantes em Zurique temiam que isso levasse a uma queda no movimento de suas lojas, mas, segundo Fellmann, o temor mostrou ser infundado, porque o tráfego de pedestres aumentou entre 30% e 40% depois de os carros deixarem de circular.
Com o apoio dos políticos e da maioria dos cidadãos, os planejadores de Zurique pretendem seguir adiante em sua campanha para domar o tráfego, encurtando os períodos de farol verde e encompridando os de farol vermelho, para que pedestres não precisem esperar mais de 20 segundos para atravessar uma rua.
"Com nossa filosofia, jamais sincronizaríamos os faróis verdes para facilitar as coisas para os carros", disse um funcionário da prefeitura, Pio Marzolini. "Quando estou em outras cidades, parece que estou sempre esperando para atravessar uma rua. Não consigo me acostumar à ideia de que eu valho menos que um carro."
Tradução de Clara Allain
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Confusão no Oriente Médio
O filme não é motivo, mas pretexto para a revolta que estourou hoje no Oriente Médio. O Iemen, por exemplo, é um cenário perfeito para esse tipo de confusão. País pobre e tribal, não tem como resolver os problemas de seus quase 25 milhões de habitantes, a maioria gente jovem, desempeegada e sem perspectivas. Um prato cheio para a Al Qaeda e seu discurso fácil de culpar os EUA por tudo de ruim que acontece por lá.
Alguns esquerdinhas tolos repetem a mesma lenga-lenga nas terras brasilis. Não é por aí, de jeito nenhum.
O problema árabe não é o explorador inglês do século XIX ou o norte americano do seguinte, mas a absoluta incapacidade de sua sociedade ajustar-se ao século XXI. Frustrados e impotentes, os jovens desocupados buscam pretextos para a revolta. Daí, um americano babaca resolve fazer um filme mais babaca ainda. Jogou gasolina no fogaréu e a coisa azedou novamente.
Soluçào para essa encrenca? Quem achar, ganha um Nobel da Paz.
Alguns esquerdinhas tolos repetem a mesma lenga-lenga nas terras brasilis. Não é por aí, de jeito nenhum.
O problema árabe não é o explorador inglês do século XIX ou o norte americano do seguinte, mas a absoluta incapacidade de sua sociedade ajustar-se ao século XXI. Frustrados e impotentes, os jovens desocupados buscam pretextos para a revolta. Daí, um americano babaca resolve fazer um filme mais babaca ainda. Jogou gasolina no fogaréu e a coisa azedou novamente.
Soluçào para essa encrenca? Quem achar, ganha um Nobel da Paz.
sábado, 8 de setembro de 2012
O marido traído
Há uma piada que eu gosto muito. O marido desconfia que a mulher transava com outro e contratou um detetive para investigar. Uma semana mais tarde, recebe o relatório.
O detetive conta que seguiu a mulher. Ela foi de carro até uma esquina e um homem entrou no veículo. Então, os dois seguiram para o motel, entraram num quarto mas deixaram uma janela aberta. O investigador foi fotografando os dois se beijando, tirando a roupa e deitando na cama. De repente, o homem levantou-se, trancou a janela e fechou a cortina. Não foi possível tirar outras fotos.
O marido diz que precisa saber se os dois transaram e pergunta se o investigador tinha fotos do ato sexual.
O investigador responde que tirara fotos do casal nu, na cama do quarto de motel, mas que não pudera fotografar mais nada depois que o homem fechara a cortina.
O marido faz uma cara de desapontamento, olha para o detetive e diz que não está cem porcento convencido que a mulher transara com o sujeito.
Não sou um bom contador de piadas, mas posso imaginar o que aconteceria se o marido resolvesse entrar na justiça pedindo o divórcio com a justificativa do adultério.
O Juiz Tourinho Neto rechaçaria a alegação marido, por não haver provas cabais da traição da mulher. Ele ainda repreenderia o detetive por incompetência em obter as fotos da transa.
O grupo feminista Fenem faria um protesto no tribunal contra o marido, que estaria reprimindo a liberdade sexual da mulher.
O Sakamoto diria que o motel usaria mão-de-obra escrava.
Depois do que está ocorrendo no julgamento do mensalão, os juízes do STF dariam ganho de causa ao marido, pois é muito óbvia a intenção de um casal nu numa cama de motel.
Pau que bate em Chico baterá em Francisco.
Nas última
semanas, o blog do Reinaldo Azevedo está praticamente todo ocupado por textos
sobre o julgamento do mensalão. Quase não trata de mais nada, parece que nossos
destinos se definirão pelo resultado ditado pelos ministros do STF aos réus daquele
esquema de corrupção.
Eu já ia
reclamando disso quando, num raro lampejo, me dei conta que o futuro deste país
depende, sim, desse julgamento.
Já disse
isso antes por aqui, mas enfatizo. A maioria dos brasileiros não se dá conta que duas forças
antagônicas disputam o poder de ditar o que é certo e o que é errado. O ruim é
que o lado mau está vencendo; o bom é que há cada vez mais gente se dando conta
disso.
O que o
julgamento tem a ver com isso? Vou explicar.
Ao
privilegiarem o entendimento de que o que vale são fatos que ocorreram; e não apenas
os que constam dos autos, os ministros derrubam a principal trincheira dos
advogados. Isso é auspicioso, pois, agora, um bom defensor poderá até minorar a
pena, mas não conseguirá livrar o criminoso da condenação.
Daí,
espera-se que não haja mais a certeza da impunidade e isso, por si só, iniba o
cometimento de novos crimes.
Deixa de
ser certo fazer o errado; passa a ser temerário fazer o mal escudado na
suposição que a Justiça não funcionará, que as brechas da lei abrigarão o
malfeitor.
Cai o
discurso daqueles que fazem o mal porque outros o fizeram e não foram punidos. Uma boa
causa deixa de ser motivo para más ações e os fins não mais justificam
os meios.
Os
advogados reclamam que esse entendimento do STF debilita o arcabouço das garantias
individuais. Contudo, ele diminui a distância entre os brasileiros despossuídos
de defesa e aqueles com recursos para contratar os melhores e mais caros
advogados.
De agora em diante, pau que bate em Chico baterá em Francisco.
Sou
otimista e acho que o resultado do
julgamento ajudará a superar a grande crise moral que nos abate há tanto tempo.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Aprendiz de revolucionário
O Sakamoto é um blogueiro que mantém uma página no portal do UOL. Eu o acompanhei por algum tempo e depois desisti. Hoje, ele publicou um texto sobre seu repúdio ao sete de setembro, espinafrando o patriotismo e o valor dos militares.
Oblogueiro escreveu mal e seu texto é anacrônico. Poderia até figurar num daqueles pasquins lá dos anos setenta ou oitenta, mas destoa do quadro atual da nossa sociedade.
Sakamoto sofre do mesma demência dos esquerdinhas pernas-de-pau dessa terra brasilis: a fixação pela ditadura militar. Os seguidores daquele blogueiro poderiam ler o texto do Cláudio de Moura e Castro, "A meritocracia vacilante", publicado no Estado de São Paulo de 5 de setembro. Castro também critica os militares, mas é mais honesto que o aprendiz de revolucionário que polui seu blog com suas ideias do século passado.
Oblogueiro escreveu mal e seu texto é anacrônico. Poderia até figurar num daqueles pasquins lá dos anos setenta ou oitenta, mas destoa do quadro atual da nossa sociedade.
Sakamoto sofre do mesma demência dos esquerdinhas pernas-de-pau dessa terra brasilis: a fixação pela ditadura militar. Os seguidores daquele blogueiro poderiam ler o texto do Cláudio de Moura e Castro, "A meritocracia vacilante", publicado no Estado de São Paulo de 5 de setembro. Castro também critica os militares, mas é mais honesto que o aprendiz de revolucionário que polui seu blog com suas ideias do século passado.
domingo, 2 de setembro de 2012
Liberadade de imprensa
Toda vez que se discute alguma medida de controle da imprensa vem à tona o princípio da liberdade de pensamento, que eu considero fundamental para o tipo de país e sociedade que julgo adequados.
Mesmo assim, é difícil aceitar a exposição de ideias amorais e sem escrúpulos, com ampla repercussão na imprensa e guarida nas instâncias judiciárias. O que digo aqui se refere principalmente à revista Carta Capital.
Para mim, aquela revista veicula matérias pagas e desconfio mesmo que muitas delas custeadas com dinheiro público. Chego a imaginar uma nova espécie de mensalão envolvendo políticos e algumas redações. Outro dia, li uma matéria que revelava a estratégia de José Dirceu em recrutar um exército de blogueiros para defendê-lo das acusações do Mensalão. Acho que isso serviria como prova de meus argumentos.
Infelizmente, o Ministério Público não compartilha dessa minha desconfiança e desconheço qualquer investigação sobre essa suposta promiscuidade entre maus jornalistas e os arrendatários do poder.
Mesmo assim, é difícil aceitar a exposição de ideias amorais e sem escrúpulos, com ampla repercussão na imprensa e guarida nas instâncias judiciárias. O que digo aqui se refere principalmente à revista Carta Capital.
Para mim, aquela revista veicula matérias pagas e desconfio mesmo que muitas delas custeadas com dinheiro público. Chego a imaginar uma nova espécie de mensalão envolvendo políticos e algumas redações. Outro dia, li uma matéria que revelava a estratégia de José Dirceu em recrutar um exército de blogueiros para defendê-lo das acusações do Mensalão. Acho que isso serviria como prova de meus argumentos.
Infelizmente, o Ministério Público não compartilha dessa minha desconfiança e desconheço qualquer investigação sobre essa suposta promiscuidade entre maus jornalistas e os arrendatários do poder.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Levandogranowski
Estou aqui no país do Mickey e do Pato Donald já fazem cinco dias e tenho visto muita coisa boa; e também algumas coisas ruins. Para começar, no país mais capitalista do mundo, é admirável como esses caras se vendem bem.
Os parques da Disney são todos monumentais; os brinquedos são ótimos; os shows, todos eles, incrivelmente ótimos. Tudo muito bom e caro, mas longe de ser aquele mundo de sonhos que domina nossa imaginação desde que nos damos por gente. O resumo da ópera é que a Disney World é muito boa, mas não é essa coca-cola toda. Os caras sào bons de propaganda.
Aqui, tudo é caro. Os ingressos dos parques, as bugigangas, o hotel. Mesmo assim, desconfio que pago menos por aqui do que pagaria num hotelzinho meia boca de qualquer cidade praiana do meu país.
Nos EUA, sempre levo um susto quando a conta vem mais alta por causa das taxas, mas não dá para criticar os seis e meio porcento de impostos do Tio Sam quando a Tia Dilma me leva pelo menos uns quarenta. Issojuntando ICMS e outras tantas tramóias.
Aqui na Flórida, paga-se caro pelas coisas, mas ninguém é obrigado a comprar nada. Para cá, vem quem quer; e saibam tem muita gente vindo feliz da vida. Tudo tudo por aqui está muito lotado. Já o nosso Brasil, il, il, il é considerado, mesmo pelos gringos rosados do hemisfério norte, um país muito caro, onde o governo dá una bela mordida em tudo o que se compra ou se faz.
Por isso, fico revoltado quando leio nos jornais as notícias da corrupção em terras brasilis. Pior é quando um Levandogranowski resolve inocentar a quadrilha da estrelinha vermelha. A vontade que dá não é de ficar por aqui, mas de voltar e aplicar meus conhecimentos em bombas caseiras e outras cositas más.
Paro por aqui antes que alguém chame o 911. Afinal, na terra do Tio Sam, o imposto é baixo, mas a tolerância é zero.
Os parques da Disney são todos monumentais; os brinquedos são ótimos; os shows, todos eles, incrivelmente ótimos. Tudo muito bom e caro, mas longe de ser aquele mundo de sonhos que domina nossa imaginação desde que nos damos por gente. O resumo da ópera é que a Disney World é muito boa, mas não é essa coca-cola toda. Os caras sào bons de propaganda.
Aqui, tudo é caro. Os ingressos dos parques, as bugigangas, o hotel. Mesmo assim, desconfio que pago menos por aqui do que pagaria num hotelzinho meia boca de qualquer cidade praiana do meu país.
Nos EUA, sempre levo um susto quando a conta vem mais alta por causa das taxas, mas não dá para criticar os seis e meio porcento de impostos do Tio Sam quando a Tia Dilma me leva pelo menos uns quarenta. Issojuntando ICMS e outras tantas tramóias.
Aqui na Flórida, paga-se caro pelas coisas, mas ninguém é obrigado a comprar nada. Para cá, vem quem quer; e saibam tem muita gente vindo feliz da vida. Tudo tudo por aqui está muito lotado. Já o nosso Brasil, il, il, il é considerado, mesmo pelos gringos rosados do hemisfério norte, um país muito caro, onde o governo dá una bela mordida em tudo o que se compra ou se faz.
Por isso, fico revoltado quando leio nos jornais as notícias da corrupção em terras brasilis. Pior é quando um Levandogranowski resolve inocentar a quadrilha da estrelinha vermelha. A vontade que dá não é de ficar por aqui, mas de voltar e aplicar meus conhecimentos em bombas caseiras e outras cositas más.
Paro por aqui antes que alguém chame o 911. Afinal, na terra do Tio Sam, o imposto é baixo, mas a tolerância é zero.
sábado, 11 de agosto de 2012
IME
Trinta anos atrás, fiz o concurso do IME e foi uma dureza. Frequantava um bom colégio, estudava muito e meu objetivo era passar na UnB. A prova do IME era apenas uma etapa de minha preparação. Obviamente, não deu certo. Entrar no IME requeria muito mais do que ser um bom estudante.
Anos depois, pelas voltas da vida, acabei ingressando no IME e, durante cinco anos, me matei de estudar. Naquele instituto, basta a reprovação numa única matéria para o aluno ser sumariamente desligado do curso. Ali, não há repetência, aproveitamento de crédito, repescagem, piedade ou misericórdia. Via de regra, as provas são difíceis e exigem muita dedicação.
O aluno aprende, mas tem que ralar. Ele precisa dedicar-se, mas só conseguirá concluir o curso se tiver uma boa base.
No primeiro ano do básico, havia um garoto alto, magrinho, espinhento, com dezesseis anos de idade. Ele era pobre, negro, morava em Nilópolis e dava um duro danado para chegar no horário das aulas. Aquele nerdezinho simplesmente foi, durante boa parte daquele ano, o primeiro aluno da turma.
O geniozinho negro e pobre não se beneficiou de nenhuma cota, mas de sua dedicação e talento. Evidentemente, ele não veio do zero absoluto, mas ninguém poderia duvidar de seus méritos. Todos nós, mesmo os oficiais mais velhos, o respeitávamos.
Para falar a verdade, a maioria de meus colegas do IME morava mesmo era no subúrbio do Rio. Eram adolescentes que não tinham grana em casa, mas muita garra para vencer na vida.
Hoje, o IME tem alunos e alunas, mas o estrato social é o mesmo, com a diferença que há mais gente de fora do Rio de Janeiro, com um destaque para os cearenses.
Essa turma se mexe para se manter e conseguir concluir o curso. Realizam uma trajetória igual à dos antigos alunos da Escola Militar da Praia Vermelha, que funcionava onde hoje se situa a Praça General Tibúrcio, cento e tantos anos atrás. O IME segue as tradições do Exército.
Ninguém veio da cota; as provas valem de zero a dez; quem tem nota boa passa; quem não tem vai embora.
Conto essa história para adicionar meu argumento na questão das cotas. A reserva de vagas nas universidades federais para alunos oriundos da escolas públicas pode ser uma medida muito correta, mas sozinha não resolverá nada. O grande perigo dessa medida é que ela derrube a qualidade da universidade pública.
Muitos apontam a contradição no Brasil dos alunos ricos ingressarem nas universidades públicas, restando aos mais pobres os encargos de pagar caro pela sua educação em instituições privadas. Eu digo que não é bem assim. As greves nas universidades federais já levam aos estudantes de maior posse a preferirem as boas faculdades particulares, onde têm maiores garantias de concluir seu curso com um bom ensino e no prazo previsto.
É muito importante fazer um bom curso de graduação. Isso depende do nível de ensino e de exigência das universidades, mas muito mais da dedicação e talento dos alunos.
Costumo dizer que é o aluno quem faz a universidade.
Assim como meus colegas do subúrbio, os aspirantes a uma boa formação acadêmica têm que estudar muito, mas também precisam de apoio e seriedade. Sem isso, não há chance de sucesso.
Anos depois, pelas voltas da vida, acabei ingressando no IME e, durante cinco anos, me matei de estudar. Naquele instituto, basta a reprovação numa única matéria para o aluno ser sumariamente desligado do curso. Ali, não há repetência, aproveitamento de crédito, repescagem, piedade ou misericórdia. Via de regra, as provas são difíceis e exigem muita dedicação.
O aluno aprende, mas tem que ralar. Ele precisa dedicar-se, mas só conseguirá concluir o curso se tiver uma boa base.
No primeiro ano do básico, havia um garoto alto, magrinho, espinhento, com dezesseis anos de idade. Ele era pobre, negro, morava em Nilópolis e dava um duro danado para chegar no horário das aulas. Aquele nerdezinho simplesmente foi, durante boa parte daquele ano, o primeiro aluno da turma.
O geniozinho negro e pobre não se beneficiou de nenhuma cota, mas de sua dedicação e talento. Evidentemente, ele não veio do zero absoluto, mas ninguém poderia duvidar de seus méritos. Todos nós, mesmo os oficiais mais velhos, o respeitávamos.
Para falar a verdade, a maioria de meus colegas do IME morava mesmo era no subúrbio do Rio. Eram adolescentes que não tinham grana em casa, mas muita garra para vencer na vida.
Hoje, o IME tem alunos e alunas, mas o estrato social é o mesmo, com a diferença que há mais gente de fora do Rio de Janeiro, com um destaque para os cearenses.
Essa turma se mexe para se manter e conseguir concluir o curso. Realizam uma trajetória igual à dos antigos alunos da Escola Militar da Praia Vermelha, que funcionava onde hoje se situa a Praça General Tibúrcio, cento e tantos anos atrás. O IME segue as tradições do Exército.
Ninguém veio da cota; as provas valem de zero a dez; quem tem nota boa passa; quem não tem vai embora.
Conto essa história para adicionar meu argumento na questão das cotas. A reserva de vagas nas universidades federais para alunos oriundos da escolas públicas pode ser uma medida muito correta, mas sozinha não resolverá nada. O grande perigo dessa medida é que ela derrube a qualidade da universidade pública.
Muitos apontam a contradição no Brasil dos alunos ricos ingressarem nas universidades públicas, restando aos mais pobres os encargos de pagar caro pela sua educação em instituições privadas. Eu digo que não é bem assim. As greves nas universidades federais já levam aos estudantes de maior posse a preferirem as boas faculdades particulares, onde têm maiores garantias de concluir seu curso com um bom ensino e no prazo previsto.
É muito importante fazer um bom curso de graduação. Isso depende do nível de ensino e de exigência das universidades, mas muito mais da dedicação e talento dos alunos.
Costumo dizer que é o aluno quem faz a universidade.
Assim como meus colegas do subúrbio, os aspirantes a uma boa formação acadêmica têm que estudar muito, mas também precisam de apoio e seriedade. Sem isso, não há chance de sucesso.
domingo, 5 de agosto de 2012
Jack Bauer
Este texto segue com bem uns dez anos de atraso. Graças ao Netflix, estou assistindo à primeira temporada do 24 horas, que foi ao ar em 2001, pouco depois dos atentados do 11 de setembro.
Já fazem onze anos, mas lembro que comecei a acompanhar o seriado a partir dos últimos episódios de 2001. Comecei e não parei mais. No total, foram oito temporadas e eu não perdi mais nenhuma hora das que foram exibidas sobre a vida de Jack Bauer.
O agente da Unidade Contra Terrorismo do governo americano é um personagem no mínimo controverso. Minha esposa, por exemplo, o considera um crápula; para mim, ele é um sujeito complicado, que busca o bem, mesmo que tenha que fazer muita maldade para conseguí-lo.
No final das oito temporadas, Bauer se transformou quase numa paródia de si mesmo. Finalmente, pude vê-lo no início de sua trajetória, quando Kiefer Sutherland ainda o construía, dando vida à personagem mais importante de sua carreira artística.
O Jack Bauer de 2001 era um sujeito muito mais próximo do homem comum, com suas virtudes e falhas. Jack errava alguns tiros e também dava suas mancadas. Estava longe do super-herói que se tornaria ao longo da série.
Bauer foi a encarnação do governo Bush, pego de surpresa pela violência dos atentados e que via a si mesmo como o dono infalível da verdade e da virtude.
O ambiente político do início da última década contribuiu para o estrondoso sucesso do seriado. Foi um dos melhores programas que assisti. Lamento que tenha perdido episódios de 2001. Eles fizeram falta quando tentei entender o Jack Bauer que foi se tornando menos humano e vulnerável com o passar do tempo.
Mais que um homem complicado, Bauer encarna o comportamento dos Estados Unidos do governo Bush, bem intencionado, mas violento e amoral em sua luta anti-terror.
Assim como o governo Bush, também comemoro que todas as 24 horas da vida de Jack Bauer tenham terminado.
Já fazem onze anos, mas lembro que comecei a acompanhar o seriado a partir dos últimos episódios de 2001. Comecei e não parei mais. No total, foram oito temporadas e eu não perdi mais nenhuma hora das que foram exibidas sobre a vida de Jack Bauer.
O agente da Unidade Contra Terrorismo do governo americano é um personagem no mínimo controverso. Minha esposa, por exemplo, o considera um crápula; para mim, ele é um sujeito complicado, que busca o bem, mesmo que tenha que fazer muita maldade para conseguí-lo.
No final das oito temporadas, Bauer se transformou quase numa paródia de si mesmo. Finalmente, pude vê-lo no início de sua trajetória, quando Kiefer Sutherland ainda o construía, dando vida à personagem mais importante de sua carreira artística.
O Jack Bauer de 2001 era um sujeito muito mais próximo do homem comum, com suas virtudes e falhas. Jack errava alguns tiros e também dava suas mancadas. Estava longe do super-herói que se tornaria ao longo da série.
Bauer foi a encarnação do governo Bush, pego de surpresa pela violência dos atentados e que via a si mesmo como o dono infalível da verdade e da virtude.
O ambiente político do início da última década contribuiu para o estrondoso sucesso do seriado. Foi um dos melhores programas que assisti. Lamento que tenha perdido episódios de 2001. Eles fizeram falta quando tentei entender o Jack Bauer que foi se tornando menos humano e vulnerável com o passar do tempo.
Mais que um homem complicado, Bauer encarna o comportamento dos Estados Unidos do governo Bush, bem intencionado, mas violento e amoral em sua luta anti-terror.
Assim como o governo Bush, também comemoro que todas as 24 horas da vida de Jack Bauer tenham terminado.
sábado, 4 de agosto de 2012
Engenheiros-militares
Gosto muito de ser engenheiro-militar. Desejo que, no futuro, nosso quadro esteja presente nas fábricas, nos laboratórios, estradas e tenha seu lugar reconhecido, também, no campo de batalha. Como diz nossa canção, somos e queremos ser, cada vez mais, os combatentes da tecnologia.
Chico Buarque
O mais curioso é que as músicas de Chico Buarque, compostas nos anos setenta, falavam de escabrosas armações para farta roubalheira. Na prática, os ditos governos militares terminaram no início da década de 1980. Três décadas se passaram e a esquerda esquadrinhou cada ato, cada atitude dos governantes da época. NADA ENCONTRARAM quanto a corrupção. Daí, centram seus fogos nos casos de tortura e na morte dos guerrilheiros do Araguaia. Hoje, os que se autodenominaram de "heróis da resistência" são constantemente flagrados com dinheiros nas cuecas e Chico Buarque é um sonoro mudo, mas muito bem pago, da geração dos rebeldes sem causa. COMUNISTA GOSTA MESMO É DE DINHEIRO!
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Nunca fomos tão felizes
Na época da cruel e sanguinária ditadura militar, a imprensa publicava as mazelas dos governos tecnocratas, que privilegiavam o planejamento e executavam o que planejavam. Criticava-se os governantes que queriam fazercrescer o bolo primeiro para só depois repartí-lo. Há vinte e sete anos vivemos na democracia.
Nosso país é chefiado pelos políticos, homens de bem(ns) que ouvem os anseios do povo; partem e repartem os bolos conforme a vontade popular (e de votos que vão ganhar). É verdade que não planejam muito, executam pouco, mas fazem uma tremenda propaganda.
Nunca fomos tão felizes!
Nosso país é chefiado pelos políticos, homens de bem(ns) que ouvem os anseios do povo; partem e repartem os bolos conforme a vontade popular (e de votos que vão ganhar). É verdade que não planejam muito, executam pouco, mas fazem uma tremenda propaganda.
Nunca fomos tão felizes!
Defensores públicos
Estamos em guerra! E não é de hoje; já faz tanto tempo que os combates vão nos consumindo, que nem nos damos mais conta que eles ocorrem todos os dias, todas as horas. Pior que isso, estamos perdendo!
Hoje e agora, como ontem e anteontem, há uma guerra entre o certo e o errado; o justo e o injusto; o razoável e o absurdo. Disputam a integridade de nossos valores. A cada dia, os vamos cedendo aos poucos; quando os perdermos de vez, seremos escravos da ditadura do proletariado.
Nos convenceram que justiça social nada tem a ver com meritocracia; que a luta de classes é justa; que é certo privilegiar raças; que é correto matar fetos para que as mulheres tenham plenos direitos sobre seus corpos; que os chamados excluídos são inimputáveis; e que somos todos culpados, mesmo pelos pecados que não cometemos.
Hoje, a Defensoria Pública de São Paulo já é território inimigo. Ainda temos terreno a defender, mas não se iludam. No dia em que cair a última trincheira da nossa moral, os defensores do povo não terão a menor compaixão conosco.
Hoje e agora, como ontem e anteontem, há uma guerra entre o certo e o errado; o justo e o injusto; o razoável e o absurdo. Disputam a integridade de nossos valores. A cada dia, os vamos cedendo aos poucos; quando os perdermos de vez, seremos escravos da ditadura do proletariado.
Nos convenceram que justiça social nada tem a ver com meritocracia; que a luta de classes é justa; que é certo privilegiar raças; que é correto matar fetos para que as mulheres tenham plenos direitos sobre seus corpos; que os chamados excluídos são inimputáveis; e que somos todos culpados, mesmo pelos pecados que não cometemos.
Hoje, a Defensoria Pública de São Paulo já é território inimigo. Ainda temos terreno a defender, mas não se iludam. No dia em que cair a última trincheira da nossa moral, os defensores do povo não terão a menor compaixão conosco.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Nossa terra treme
Gramci percebeu que a cultura ocidental cristã impediria a tomada por um ataque frontal às instituições. Assim, elaborou uma estratégia de conquista de posições, onde cada trincheira dos valores morais de nossa sociedade seria conquistada.
Daí, a dissolução da família, a descriminalização das drogas, o enfraquecimento da fé cristã, tudo isso e muito mais são ações que visam a ruptura de nossa sociedade.
A estratégia de Gramci beneficia-se das obras produzidas pela chamada "Escola de Frankfurt". Concentrada na Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, essa linha de pensamento filosófico, com expoentes como Marcuse e Sartre, pregou a contracultura e o ateísmo, inspirou o movimento hippie e atacou os valores da sociedade ocidental.
O que se deseja é modificar o senso comum, esgarçar o tecido social, minar a hegemonia do pensamento liberal, romper o Estado, tomar o poder e implantar a ditadura do proletariado.
As atitudes de Toffoli e de tantos outros mostram que ese movimento existe e está muito ativo.
Vivi algum tempo no Chile, país de muitos terremotos, onde as famílias costumam colocar lustres nas salas e nos quartos. Quando os lustres balançam, avisam que a terra está tremendo.
Por aqui, os vermelhos balançam a base de nossa sociedade, fazendo tremer nossos valores, mas nem notamos mais. Já achamos normal ver os lustres oscilando sobre nossas cabeças. Mais dia, menos dia, o edifício de nossa sociedade desabará.
Daí, a dissolução da família, a descriminalização das drogas, o enfraquecimento da fé cristã, tudo isso e muito mais são ações que visam a ruptura de nossa sociedade.
A estratégia de Gramci beneficia-se das obras produzidas pela chamada "Escola de Frankfurt". Concentrada na Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, essa linha de pensamento filosófico, com expoentes como Marcuse e Sartre, pregou a contracultura e o ateísmo, inspirou o movimento hippie e atacou os valores da sociedade ocidental.
O que se deseja é modificar o senso comum, esgarçar o tecido social, minar a hegemonia do pensamento liberal, romper o Estado, tomar o poder e implantar a ditadura do proletariado.
As atitudes de Toffoli e de tantos outros mostram que ese movimento existe e está muito ativo.
Vivi algum tempo no Chile, país de muitos terremotos, onde as famílias costumam colocar lustres nas salas e nos quartos. Quando os lustres balançam, avisam que a terra está tremendo.
Por aqui, os vermelhos balançam a base de nossa sociedade, fazendo tremer nossos valores, mas nem notamos mais. Já achamos normal ver os lustres oscilando sobre nossas cabeças. Mais dia, menos dia, o edifício de nossa sociedade desabará.
domingo, 29 de julho de 2012
Crepúsculo
A fofoca quente da semana foi a traição da Kristen Stewart, agora ex-namorada do Robert Pattinson. Uma pena que isso tenha ocorrido, mas o caso serve como ensinamento a todos nós. Um relacionamento só perdura quando há respeito e comprometimento das duas pessoas. Acho difícil que Pattinson perdõe a traição sofrida.
Argentina
Li agira no Clarín. Estão liberando os presos das penitenciárias argentinas para participarem de "actos culturales". É que lá los hermanos entendem que comício político também é cultura.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Durma-se com um barulho desses
Pensem na seguinte cena: o marido chega em casa às duas da manhã, camisa amarrotada, marca de batom no colarinho, um tremendo cheiro de perfume barato de mulher.
A esposa abre a porta e exige explicações. Ele diz que estava jogando biriba com os amigos. Ela diz que acredita, pede para que na próxima vez ele avise antes, pois já era tarde e ela estava preocupada. Os dois dão aos mãos e vão dormir felizes e tranquilos.
Pois é, tem político e tem eleitor como esse casal. O político é flagrado no erro, o eleitor exige explicações e as recebe. O político não diz a verdade, mas o eleitor fica feliz assim mesmo, afinal, recebeu as satisfações exigidas.
O lema dos canalhas é mentir, mentir muito, mentir sempre; já os imbecis querem uma satisfação, mesmo que seja mentirosa.
Na nossa cena, a mulher foi dormir satisfeita, afinal, o marido voltou para casa e lhe deu uma explicação; já o marido, ele não acha que sua esposa seja idiota, não. Ele tem é certeza disso.
E durma-se com um barulho desses.
A esposa abre a porta e exige explicações. Ele diz que estava jogando biriba com os amigos. Ela diz que acredita, pede para que na próxima vez ele avise antes, pois já era tarde e ela estava preocupada. Os dois dão aos mãos e vão dormir felizes e tranquilos.
Pois é, tem político e tem eleitor como esse casal. O político é flagrado no erro, o eleitor exige explicações e as recebe. O político não diz a verdade, mas o eleitor fica feliz assim mesmo, afinal, recebeu as satisfações exigidas.
O lema dos canalhas é mentir, mentir muito, mentir sempre; já os imbecis querem uma satisfação, mesmo que seja mentirosa.
Na nossa cena, a mulher foi dormir satisfeita, afinal, o marido voltou para casa e lhe deu uma explicação; já o marido, ele não acha que sua esposa seja idiota, não. Ele tem é certeza disso.
E durma-se com um barulho desses.
Mensagens falsas
Quando se está na iminência de uma batalha, é comum adotar-se o procedimento de "silêncio rádio". Outro procedimento é manter o fluxo de transmissões, mas com mensagens falsas. Parece que esta tem sido a maneira pela qual o governo tem conduzido a questão salarial dos militares. Nos útlimos meses, tenho recebido uma série de emails garantindo que há intensos esforços para viabilizar nossa recomposição salarial. Contudo, a LDO 2013 mostra que não há garantia alguma para os reajustes. A impressão é que as autoridades responsáveis pela gestão desse assunto são nossas inimigas.