Não há lugar no mundo igual ao Brasil e nosso povo é reconhecidamente
tolerante. O problema é que por causa de sua leniência, o brasileiro
pode se passar por otário.
As discussões sobre o código florestal são férteis exemplos de vigarice intelectual.
Em 6 de dezembro do ano passado, o Estado de São Paulo publicou uma
matéria de Karina Ninni afirmando que uma região de 400 mil km2,
equivalente a dois Estados de São Paulo, poderia ficar desprotegida na
Amazônia caso fosse aprovada a proposta do novo Código Florestal.
Em 01 de julho de 2011, o então Secretário do Meio Ambiente do Mato
Grosso jurou que o aumento de 14% do desmatamento verificado na época se
relacionava ao novo código florestal.
A própria Veja, em sua edição 2260, afirmou que o novo Código Florestal
poderia agravar a depredação dos manguezais, ecossistemas que se
estendem por dezesseis estados e são a base da biodiversidade no
litoral.
Matérias catastrofistas como essas pipocaram em diversos cantos e em diversas mídias do país.
Houve gente que não gostou que o novo código tivesse surgido de um
entendimento suprapartidário, que percebera que era necessário
modernizar a legislação e prover segurança jurídica ao produtor rural.
Logo, apareceu um movimento de bacanas procurando detonar o código . Uma
atriz bonita, hoje moça propaganda da Caixa Econômica e enteada da
petista Benedita da Silva, aproveitou sua proximidade do poder e, na
presença da presidenta, sussurou no microfone um “Veta Dilma”.
Aplausos!!!
Na grama seca da Esplanada dos Ministérios, estudantes vermelhos e
onguistas grimpicianos fizeram malabarismos verbais e teatrais imitando a
morte da floresta.
Mais aplausos!!!
Brasileiros gostam de teatro e tudo isso compôs o grande embuste da
esquerda, onde se abriga o radicalismo ambiental de viés autoritário.
No Brasil de hoje, treze porcento do país é território indígena, outros
Dezessete porcento são de áreas de proteção ambiental. A produção
agropecuária ocupa apenas um quarto da extensão territorial brasileira.
Mesmo assim, conseguimos ser um dos líderes mundiais na produção de
alimentos. Podemos dizer que produzimos comida que mata a fome de muita
gente.
Boa parte das conquistas de nossa agricultura se deve ao uso de novas
tecnologias, inclusive com organismos geneticamente modificados.
Os famigerados transgênicos são alvo do ódio da esquerda, que os considera meros instrumentos de dominação imperialista dos EUA.
A verdade é que, até hoje, não se descobriu algum caso relevante de que
esse tipo de alimento faça mal, mas isso pouco importa. A grita contra
os transgênicos só recentemente diminuiu e isso porque os branquelas
europeus estão em crise e comida geneticamente modificada também enche a
barriga.
Mas isso é apenas mais um exemplo da vigarice intelectual que grassa no nosso país.
Talvez por sermos tão tolerantes, os vermelhos e os onguistas convidam os brasileiros a fazer papel de bobos.
Seremos mesmo otários se aceitarmos o convite.
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