Draconiano. Essa era a palavrinha que passei o dia quase todo querendo lembrar. Eu a buscava no fundo da minha mente, mas quando chegava perto, ela me fugia.
Isso acontece rotineiramente. Nós passamos a vida juntando um bom vocabulário e vamos guardando as palavras como se nossa cabeça fosse um baú, o que seria muito bom se os vocábulos não fossem seres animados, com suas perninhas velozes.
Então, passei por uma rua e vi a placa de proibido buzinar. Meditei, meditei e meditei e concluí como é injusto impor regras num bairro diferentes das dos demais. Isso seria ... e aí me esqueci da palavrinha mágica, o draconiano.
Veio o anacrônico, que nem de perto explicava o que queria dizer. O injusto servia, mas precisava fazer a bainha. Só o draconiano se ajustava como uma luva ao meu pensamento.
E eu busquei o draconiano por cinco horas seguidas. Fui a uma torteria, tomei o café com leite mais caro da história e não conseguia pensar em outra coisa. Que palavra era aquila que eu não lembrava?
Voltei e encontrei o almoço pronto! Milagres de se hospedar gente caridosa como minha irmã e meu cunhado, que fazem que o anfitrião seja tratado como visita.
Mas a caça continuava. E continuou até que numa das gôndolas do supermercado cheio, veio a resposta: draconiano. E fui logo tratando de me lembrar de dragões, para não esquece-la.
Essas palavras de hoje são impossíveis. Têm pernas, braços e rodas. Fogem a toda hora. Para caçá-las, se as tem que perseguir, com armas e laços em punho, para capturá-las. Parecem que elas não gostam do cativeiro do baú.
Palavras são protagonistas da escrita. Só ficam felizes quando lançadas no papel ou na tela, para todos as vejam.
Draconiano. Quando será que vou esquecer dessa palavra outra vez?
Esse meu esquecimento já é um hábito e tenho medo de estar rumando à demência. Mas, tenho um truque para saber se estou, ou não, fraco da cabeça. Sempre procuro me lembrar do nome da Cybil Sheppard.
Para quem não a conhece, ela é a gata do Gata e o Rato. Contracenava com um Bruce Willis com cabelo, nos anos oitenta. A mulher arrasava. Uma loira bonita e muito da gostosa. Como costuma acontecer, línguas pouco generosas diziam que a câmara sempre a mirava desfocada, para esconder suas rugas. Pura maldade.
Cybil sofria do mesmo mal que o Robert Redford, um galã dos anos 70 que ficou com jeito de maracujá de gaveta. Fazer o que? Vamos convir que o sujeito é um bom ator e é bonito mesmo. No seu trabalho, o Redford carregava quilos de maquiagem no rosto e se expunha aos mil e um quilowats dos holofotes.
É natural que os atores fiquem com a pele arrasada, do jeitinho de determinada parte do corpo componente da genitália masculina. Ou seja, toda enrugada.
Não me digam que isso é injusto. Envelhecer faz parte das regras da vida e as leis da natureza são mesmo draconianas.
sábado, 31 de dezembro de 2011
Filho de, filho da
Leiam só a historinha abaixo:
Peguei a imagem do Facebook. Postei o seguinte comentário:
"O Brasil mudou. Nos anos setenta, a piadinha era com dois filhos de generais. Hoje, ser militar ou filho de não quer dizer mais nada. Tem gente que até hoje fala de ditadura aqui, ditadura lá, tudo é culpa da ditadura. Quarenta anos depois e tem gente culpando os milicos de tudo de ruim no nosso país. Só que a ditadura de hoje é diferente. Na historinha, um era filho de delegado e o outro de juiz. Vamos convir que esse papo de filho usando o cargo do pai não está com nada, não é mesmo? Então, é a minha vez de dizer: ABAIXO A TODO TIPO DE DITADURA!!!"
Dizem que nós, militares de hoje, somos diferentes dos militares de ontem. Nada mais falso. A turma que goza e usufrui do poder não gosta de admitir, mas os militares servem ao Estado, não a governos. Tem sido assim há muito, muito tempo.
Por isso, respeitamos nossos companheiros tombados na Intentona Comunista de 1935 ou na luta contra a guerrilha urbana e rural.
E viva o Brasil!!!
Peguei a imagem do Facebook. Postei o seguinte comentário:
"O Brasil mudou. Nos anos setenta, a piadinha era com dois filhos de generais. Hoje, ser militar ou filho de não quer dizer mais nada. Tem gente que até hoje fala de ditadura aqui, ditadura lá, tudo é culpa da ditadura. Quarenta anos depois e tem gente culpando os milicos de tudo de ruim no nosso país. Só que a ditadura de hoje é diferente. Na historinha, um era filho de delegado e o outro de juiz. Vamos convir que esse papo de filho usando o cargo do pai não está com nada, não é mesmo? Então, é a minha vez de dizer: ABAIXO A TODO TIPO DE DITADURA!!!"
Dizem que nós, militares de hoje, somos diferentes dos militares de ontem. Nada mais falso. A turma que goza e usufrui do poder não gosta de admitir, mas os militares servem ao Estado, não a governos. Tem sido assim há muito, muito tempo.
Por isso, respeitamos nossos companheiros tombados na Intentona Comunista de 1935 ou na luta contra a guerrilha urbana e rural.
E viva o Brasil!!!
DITADURA DO JUDICIÁRIO
Hoje, transcrevi no Facebook um texto do Nelson Mota sobre a ditadura do Judiciário, que havia sido publicado ontem no Globo. Um amigo, o Coronel Braga, fez um comentário que, para mim, diz tudo. Pedi e ele me autorizou que o transcrevesse aqui.
Meu caro amigo Clovis Ilha, o "pessoal da velha guarda revolucionária" do Salgueiro, Portela, Mangueira ... dizia e eu era um jovem "garoto", que a Revolução DEMOCRÁTICA de 1964 fez a Reforma Política - cassou corrupto, subversivo, AI-5, o 477 - cassou estudante "profissional" pelego de UNE, ... a Reforma Econômica, proporcionando uma valorização financeira, monetária, da nova classe média urbana emergente brasileira (o que marxista de cobertura na Av Atlântica e de whisky 12 anos chama de BURGUESIA!), criou o BNH pra financiar casa própria pra essa "nova classe média urbana" -> o melhor antídoto ao comunismo e ao socialismo - é distribuir riqueza e não repartir miséria como gostam esses "socialistas fazendeiros do Uruguai", .......!!! - mas, essa "velha guarda" reclamou da falta da Reforma do Judiciário! Por quê? Ora perguntarás como eu perguntei na época. Porque as FFAA e "o Comando Revolucionário de 1964" necessitava de um arcabouço jurídico que respaldasse as incursões no Araguaia-Xambioá-OBAN-DOI' s-CODI's da vida!!! Pois, como todos NÓS MILITARES PROFISSIONAIS BRASILEIROS SABEMOS QUE -> a guerrilha ou contraguerrilha, seja urbana ou rural, não DECLARA FORMALMENTE "GUERRA" de acordo com os Acordos internacionais em que o BRASIL, EUA, FRANÇA, INGLATERRA, PORTUGAL, ESPANHA, ARGENTINA, URUGUAI, CHILE, ..... são SIGNATÁRIOS, certo? Entendeu? São grupos guerrilheiros homiziados, disfarçados, covardemente, que se aproveitam de uma situação aparentemente favoráveis pra eles e começam a montar "acampamentos nas selvas brasileiras e aparelhos subversivos humanitários, filantrópicos, com fins pacíficos e "atlânticos" em SP, RJ, MG, PE, ... pra distribuírem a riqueza que eles traziam de CUBA, URSS, CHINA, ALBÂNIA,..."!!! Vc viu Tupamaros, Montoneros, PCB, PCdoB, ... declararem guerra formal ao EB, à FAB ou à MB. Alguém soube disso? ME AVISA!!! Muito interessante essa lógica, não? Portanto o Judiciário cresceu, como a GLOBO, o Roberto Marinho e a casta Marinho, os Ermírio de Moraes, os Magalhães Pinto, os Paulo Maluf, etc, etc, etc, .... Como tinham advogados de "presos políticos" que se tornaram "deputados constituintes" transformaram a Constituição de 1988 em um "acerto de contas de cassados e caçadores, censurados e censores" com uma faca na boca cheia de sangue de vingança querendo inverter a lógica constitucional - proteger e enaltecer quem agrediu OS PODERES CONSTITUÍDOS e condenar os fiéis depositários e guardiões desses mesmos poderes constituídos - OS MILITARES, basicamente, ... daí surgiu essa alcunha popular "DITADURA DO JUDICIÁRIO", colocando-os acima do bem e do mal, ... É MINHA OPINIÃO COMO CIDADÃO, CONTRIBUINTE (PAGANTE DESSA FARRA DEMOCRÁTICA) e que por vocação é CORONEL DO EXÉRCITO - UM CIDADÃO FARDADO!! O mico em 1964 virou um King-Kong de privilégios que nem nós militares tivemos de 1964 a 1985!!! VIVA LA REVOLUCIÓN! VIVAA!! Fui!
Meu caro amigo Clovis Ilha, o "pessoal da velha guarda revolucionária" do Salgueiro, Portela, Mangueira ... dizia e eu era um jovem "garoto", que a Revolução DEMOCRÁTICA de 1964 fez a Reforma Política - cassou corrupto, subversivo, AI-5, o 477 - cassou estudante "profissional" pelego de UNE, ... a Reforma Econômica, proporcionando uma valorização financeira, monetária, da nova classe média urbana emergente brasileira (o que marxista de cobertura na Av Atlântica e de whisky 12 anos chama de BURGUESIA!), criou o BNH pra financiar casa própria pra essa "nova classe média urbana" -> o melhor antídoto ao comunismo e ao socialismo - é distribuir riqueza e não repartir miséria como gostam esses "socialistas fazendeiros do Uruguai", .......!!! - mas, essa "velha guarda" reclamou da falta da Reforma do Judiciário! Por quê? Ora perguntarás como eu perguntei na época. Porque as FFAA e "o Comando Revolucionário de 1964" necessitava de um arcabouço jurídico que respaldasse as incursões no Araguaia-Xambioá-OBAN-DOI'
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Jantar alemão
Hoje, tivemos o primeiro reencontro dos amigos do DEPE 2011. Dos dezoito companheiros de curso, comparecemos a metade. Fomos ao Lili Marlene, um restaurante alemão, que fica numa casa antiga, numa ruazinha escondida na Providência, uns mil metros distante do metrô Salvador. Cheguei ao local a pé, por conta própria, graças à presença de espírito de imprimir o mapa do google maps.
O Lili Marlene fica numa casa térrea, repleta de fotografias de militares alemães e chilenos. O Pinochet é o herói nacional por ali. Era frequentador assíduo e seu retrato comparece em quase todas as paredes.
Há miniaturas de soldados, capacetes alemães, quepes das forças armadas e carabineros chilenos, placas e mais placas sobre os móveis e paredes. O ambiente é animado por música clássica alemã e hinos e canções militares. Não é um local de flores, mas de quem aprecia a vida militar.
A comida é boa, muito boa, e a conta até que não foi tão cara como pensei. Tomei uma cerveja alemã Edel...alguma coisa. Não gostei. Perde da nossa Antártica. A comida foi típica alemã. Salada de batata, linguiça e salsicha a vontade.
Um bom lugar, não tão aprazível, mas diferente. Melhor que isso foi o reencontro do pessoal. Meus amigos são animados. Não entendi muito do que disseram, pois chileno quando se junta acelera o ritmo da conversa, mas deu para "cachar" (sacar) alguma coisa. Foi entretenido.
Por fim, saímos todos felizes e satisfeitos às onze da noite. Agora, aguardemos o próximo reencontro.
O Lili Marlene fica numa casa térrea, repleta de fotografias de militares alemães e chilenos. O Pinochet é o herói nacional por ali. Era frequentador assíduo e seu retrato comparece em quase todas as paredes.
Há miniaturas de soldados, capacetes alemães, quepes das forças armadas e carabineros chilenos, placas e mais placas sobre os móveis e paredes. O ambiente é animado por música clássica alemã e hinos e canções militares. Não é um local de flores, mas de quem aprecia a vida militar.
A comida é boa, muito boa, e a conta até que não foi tão cara como pensei. Tomei uma cerveja alemã Edel...alguma coisa. Não gostei. Perde da nossa Antártica. A comida foi típica alemã. Salada de batata, linguiça e salsicha a vontade.
Um bom lugar, não tão aprazível, mas diferente. Melhor que isso foi o reencontro do pessoal. Meus amigos são animados. Não entendi muito do que disseram, pois chileno quando se junta acelera o ritmo da conversa, mas deu para "cachar" (sacar) alguma coisa. Foi entretenido.
Por fim, saímos todos felizes e satisfeitos às onze da noite. Agora, aguardemos o próximo reencontro.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
SOBREVIVER AO NATAL, VERSÃO 20.11
Antes de mais nada, devo confessar que fico emocionado as mensagem de natal que tenho recebido. Muito obrigado a todos. O Natal significa o nascimento de nosso Salvador, o filho de Deus que veio para corrigir o rumo da humanidade, para mostrar que o amor e o respeito ao próximo valem mais do que raios e trovões mandados do céu ou lanças e flexas atiradas ao peito dos inimigos.
Amanhã, celebraremos com mesas fartas, bebidas e presentes, sorrisos e roupas bonitas. Nos juntaremos à família e aos amigos e faremos o nosso melhor para viver mais um daqueles natais inesquecíveis.
Sim, faremos tudo isso, só que o Natal não pode significar apenas presentes caros, roupas bonitas, comida e bebida à vontade.
Neste ano, sou aquele chato que vai lembrar que Jesus nasceu numa mangedoura, pois não houve hotel que hospedasse sua mãe grávida. No meio dos animais, Maria deu à luz ao filho de Deus. Há quem duvide que essa história seja verdadeira, mas isso não interessa tanto.
O mais bonito não é a figura humana de Jesus Cristo, mas a sua mensagem. Isso é o que realmente importa nessa vida, que é curta e incerta. Podem acreditar.
Hoje, na volta do supermercado, carregado de bolsas, caminhei com um pensamento fixo. Escreveria um texto com o título COMO SOBREVIVER AO NATAL, VERSÃO 20.11. Eu ia escrever sobre o shopping cheio, o mau atendimento das lojas, o cheiro insuportável do bafo concentrado de trezentas pessoas amontoadas num vagão do metrô, a corrida pelas gôndolas do mercado, as dificuldades de se encontrar os ingredientes secretos das receitas baixadas da internet, ou seja, eu ia escrever tudo aquilo que quase todo mundo viveu nesses últimos dias.
Tenho certeza que muitos pensaram: HAJA PACIÊNCIA PARA O NATAL.
Foi exatamente o que eu pensei. Vim resoluto para escrever sobre a missão de sobrevivência no Shopping, o exercício de paciência no supermercado, a aventura de encontrar tudo o que se que quer comprar a preços acessíveis.
Ia desabafar, escrever alhos e bugalhos, esculhambar o consumismo desenfreado da humanidade, detonar o mau atendimento das lojas, ia fazer tudo isso, quando me dei conta que o filósofo Bambam estava certíssimo quando dizia: FAZ PARTE!
Tudo isso faz mesmo parte do Natal. O que é uma fila ou uma loja cheia? Por acaso, isso é algum sacrifício?
Claro que não. Sacrifício mesmo foi o Seu José carregar a Dona Maria arrebentando de grávida para se recensear em outra cidade. Sacrifício foi buscar um lugar decente para passar a noite e ter que se contentar com um estábulo. Os dois cumpriam uma ordem da burocracia do governo da época e, graças a ela, Dona Maria sofreu as dores do parto no lugar mais humilde que se pode imaginar. Todo esse sofrimento foi preciso para que Jesus viesse ao mundo e seu nascimento fosse carregado de significação.
Nosso sacrifício de véspera de natal não é nada perto do significado da mensagem de Jesus. O mais poderoso veio ao mundo como o mais humilde.
Neste Natal, vou exercer o amor e a humildade; me aproximarei das pessoas que eu gosto e mais ainda daquelas que eu não gosto; perdoarei os que me ofenderam sem esperar que me perdoem; compreenderei ao meu próximo mesmo que ele não me compreenda; me colocarei no lugar do meu irmão para entendê-lo melhor.
Essa é a minha mensagem para quem quer SOBREVIVER AO NATAL, VERSÃO 20.11
Por fim, como não sair do lugar comum? UM FELIZ NATAL PARA VOCÊS!!!
Amanhã, celebraremos com mesas fartas, bebidas e presentes, sorrisos e roupas bonitas. Nos juntaremos à família e aos amigos e faremos o nosso melhor para viver mais um daqueles natais inesquecíveis.
Sim, faremos tudo isso, só que o Natal não pode significar apenas presentes caros, roupas bonitas, comida e bebida à vontade.
Neste ano, sou aquele chato que vai lembrar que Jesus nasceu numa mangedoura, pois não houve hotel que hospedasse sua mãe grávida. No meio dos animais, Maria deu à luz ao filho de Deus. Há quem duvide que essa história seja verdadeira, mas isso não interessa tanto.
O mais bonito não é a figura humana de Jesus Cristo, mas a sua mensagem. Isso é o que realmente importa nessa vida, que é curta e incerta. Podem acreditar.
Hoje, na volta do supermercado, carregado de bolsas, caminhei com um pensamento fixo. Escreveria um texto com o título COMO SOBREVIVER AO NATAL, VERSÃO 20.11. Eu ia escrever sobre o shopping cheio, o mau atendimento das lojas, o cheiro insuportável do bafo concentrado de trezentas pessoas amontoadas num vagão do metrô, a corrida pelas gôndolas do mercado, as dificuldades de se encontrar os ingredientes secretos das receitas baixadas da internet, ou seja, eu ia escrever tudo aquilo que quase todo mundo viveu nesses últimos dias.
Tenho certeza que muitos pensaram: HAJA PACIÊNCIA PARA O NATAL.
Foi exatamente o que eu pensei. Vim resoluto para escrever sobre a missão de sobrevivência no Shopping, o exercício de paciência no supermercado, a aventura de encontrar tudo o que se que quer comprar a preços acessíveis.
Ia desabafar, escrever alhos e bugalhos, esculhambar o consumismo desenfreado da humanidade, detonar o mau atendimento das lojas, ia fazer tudo isso, quando me dei conta que o filósofo Bambam estava certíssimo quando dizia: FAZ PARTE!
Tudo isso faz mesmo parte do Natal. O que é uma fila ou uma loja cheia? Por acaso, isso é algum sacrifício?
Claro que não. Sacrifício mesmo foi o Seu José carregar a Dona Maria arrebentando de grávida para se recensear em outra cidade. Sacrifício foi buscar um lugar decente para passar a noite e ter que se contentar com um estábulo. Os dois cumpriam uma ordem da burocracia do governo da época e, graças a ela, Dona Maria sofreu as dores do parto no lugar mais humilde que se pode imaginar. Todo esse sofrimento foi preciso para que Jesus viesse ao mundo e seu nascimento fosse carregado de significação.
Nosso sacrifício de véspera de natal não é nada perto do significado da mensagem de Jesus. O mais poderoso veio ao mundo como o mais humilde.
Neste Natal, vou exercer o amor e a humildade; me aproximarei das pessoas que eu gosto e mais ainda daquelas que eu não gosto; perdoarei os que me ofenderam sem esperar que me perdoem; compreenderei ao meu próximo mesmo que ele não me compreenda; me colocarei no lugar do meu irmão para entendê-lo melhor.
Essa é a minha mensagem para quem quer SOBREVIVER AO NATAL, VERSÃO 20.11
Por fim, como não sair do lugar comum? UM FELIZ NATAL PARA VOCÊS!!!
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Lixo e esgoto
A matéria "Saneamento avança a passos lentos" publicada no Globo de 20 de outubro relata a situação atual do saneamento básico no Brasil. O texto diz que "há décadas, o Brasil avança lentamente quando se trata de saneamento básico. Em 2008, dos 5.564 municípios existentes, 2.945 (44,8% do total) ainda não contavam com rede coletora de esgoto. Já os domicílios com acesso à rede não chegavam nem à metade: eram 45,7%. Os dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) de 2008 e do Atlas do Saneamento 2011, divulgados pelo IBGE, mostraram ainda que em oito anos o número de cidades com coleta de esgoto cresceu menos de três pontos percentuais. Em 2000, 52,2% das cidades tinham acesso à rede. Em 2008, eram 55,1% dos municípios. "
O problema não parece ser de falta de investimentos, que triplicaram no período de dez anos. O abastecimento de água é quase universal no Brasil, mas o país ainda é fraco no manejo do esgoto e do lixo.
Os ambientalistas de holofote gastam tempo e dinheiro em suas declarações sobre o desmatamento e o aquecimento global, mas não se empenham o suficiente em apresentar soluções para as questões do saneamento público. Tratar e destinar corretamente o lixo e esgoto são temas fundamentais para uma sociedade que se diz tão preocupada com o ambiente sustentável.
Certamente, as seções brasileiras das ONG européias fariam muito mais pelo nosso povo se ocupassem uma fração maior do seu tempo em questões que realmente dizem respeito ao bem estar de todos.
O problema não parece ser de falta de investimentos, que triplicaram no período de dez anos. O abastecimento de água é quase universal no Brasil, mas o país ainda é fraco no manejo do esgoto e do lixo.
Os ambientalistas de holofote gastam tempo e dinheiro em suas declarações sobre o desmatamento e o aquecimento global, mas não se empenham o suficiente em apresentar soluções para as questões do saneamento público. Tratar e destinar corretamente o lixo e esgoto são temas fundamentais para uma sociedade que se diz tão preocupada com o ambiente sustentável.
Certamente, as seções brasileiras das ONG européias fariam muito mais pelo nosso povo se ocupassem uma fração maior do seu tempo em questões que realmente dizem respeito ao bem estar de todos.
Contradições
Um amigo me mostrou a capa de uma revista do PCdoB solidarizando-se com o povo norte-coreano pela perda de seu grande líder, Kim Jong Il, morto semana passada. Os comunistas brasileiros consideram o falecido ditador como um arauto da luta anti-imperialista, um verdadeiro herói. Difícil engolir essa.
A CNN divulgou alguns hábitos daquele ditador. Para começar, ele, reconhecidamente, era um apreciador de bons vinhos; depois, mantinha uma coleção particular de filmes estrangeiros. Isso num país onde literalmente milhões morrem de fome e a população está submetida a uma censura feroz.
O falecido fanatizava seu povo, que mantinha por ele verdadeira adoração. Talvez por isso, na comunista Coréia do Norte o poder passa de pai para filho; de filho para neto.
A solidarieade ao sofrido povo coreano me parece apropriada; enaltecer o ditador morto, não.
Em outubro, o PCdoB viveu uma grave crise com a revelação dos indícios de corrupção no Ministério dos Esportes. Não entrarei muito no mérito da justiça, ou não, dessas acusações, mas vale reler o artigo "Da guerrilha ao poder e a suspeitas de corrupção", publicado no Globo de 19 de outubro. O texto revela que o discurso de uns é bem diferente da prática de outros.
O extermo oriente fica muito longe do Brasil e, para nós, as notícias sobre os mandos e desmandos naquela região servem somente para compor o imenso mosaico do nosso mapa-mundi. Contudo, nos interessa, sim, a trajetória e as contradições do grupo que protagonizou a Intentona de 1935.
Não preciso mesmo me posicionar sobre o que é certo ou errado. No palco da História, aqueles atores, hoje travestidos de defensores da democracia, já mostram eles mesmos que não são o que dizem ser.
Os que sabem ler que leiam e alcancem as suas conclusões.
A CNN divulgou alguns hábitos daquele ditador. Para começar, ele, reconhecidamente, era um apreciador de bons vinhos; depois, mantinha uma coleção particular de filmes estrangeiros. Isso num país onde literalmente milhões morrem de fome e a população está submetida a uma censura feroz.
O falecido fanatizava seu povo, que mantinha por ele verdadeira adoração. Talvez por isso, na comunista Coréia do Norte o poder passa de pai para filho; de filho para neto.
A solidarieade ao sofrido povo coreano me parece apropriada; enaltecer o ditador morto, não.
Em outubro, o PCdoB viveu uma grave crise com a revelação dos indícios de corrupção no Ministério dos Esportes. Não entrarei muito no mérito da justiça, ou não, dessas acusações, mas vale reler o artigo "Da guerrilha ao poder e a suspeitas de corrupção", publicado no Globo de 19 de outubro. O texto revela que o discurso de uns é bem diferente da prática de outros.
O extermo oriente fica muito longe do Brasil e, para nós, as notícias sobre os mandos e desmandos naquela região servem somente para compor o imenso mosaico do nosso mapa-mundi. Contudo, nos interessa, sim, a trajetória e as contradições do grupo que protagonizou a Intentona de 1935.
Não preciso mesmo me posicionar sobre o que é certo ou errado. No palco da História, aqueles atores, hoje travestidos de defensores da democracia, já mostram eles mesmos que não são o que dizem ser.
Os que sabem ler que leiam e alcancem as suas conclusões.
sábado, 3 de dezembro de 2011
Ora, blogs
Escrevi o seguinte comentário agora, no Blog do Sakamoto.
Já faz muito tempo que li no livro Chatô uma frase que vem bem a calhar. No livro, o Chateaubriand foi enfático quando disse que o jornal publica a opinião do dono, não a do jornalista.
Quer publicar sua opinião? Crie um blog e escreva aquilo que entenda e o que ignore. Diga e desdiga o que quiser, publique o necessário, o desejável e o supérfluo. Seja justo e injusto, desça a lenha em culpados e inocentes, dê asas à sua imaginação, crie suas próprias mentiras e depois acredite ardorosamente nelas. Faça isso e seja feliz.
Legal, né? O bom é que todo mundo pode ter seu próprio blog; ruim mesmo é conseguir viver de escrever abobrinha. Quanto a isso, digo que é difícil, mas não impossível. Os cinco anos do Blog do Sakamoto comprovam isso.
Agora, melhor que publicar abobrinha no seu próprio blog, é comentar besteira nos blogs alheios. Modéstia a parte, disso eu entendo.
Bom sábado para todos.
domingo, 20 de novembro de 2011
PNR em Brasília
Hoje, a Resenha do Exército transcreve um artigo do Correio Brasiliense sobre as casas do SMU. O texto, ainda que simpático, pode ser usado para atacar os militares por disporem de "privilégios", como casas bem cuidadas, jardins tratados, ruas limpas e segurança.
O texto apresenta alguns dados que se pode explorar a favor dos militares. Um deles diz respeito ao tamanho das casas, que são pequenas. Um major mora numa casa de 127 metros quadrados, enquanto as chamadas mansões dos generais são de apenas 210 metros quadrados. Atentem que são casas, não apartamentos.
As casas dos militares são pequenas e confortáveis. Contudo, ainda que possuam de um jardim ou uma garagem, não dispõem de sauna ou piscina. Via de regra, militares são pessoas simples, a maioria de origem humilde, mas que prezam a limpeza e a arrumação das coisas.
Outro aspecto a ser considerado é que as Forças Armadas fizeram o correto. Mantiveram seus PNR em 1990 quando os demais órgãos da administração pública os venderam por preços irrisórios. Assim, ainda que os militares recebam um salário bem menor que seus congêneres civis, é possível trazê-los para trabalhar em Brasiília, justamente pela possibilidade de morarem em PNR.
O artigo informa que as casas dos militares situam-se em área pública, com livre acesso a quem quer que seja. Nesse aspecto, é bom ressaltar que se o SMU é uma ilha de tranquilidade e asseio num cenário de uma Brasília cada vez mas caótica e suja, isso se deve ao cuidado dos próprios militares em cuidar do patrimônio público.
O texto apresenta alguns dados que se pode explorar a favor dos militares. Um deles diz respeito ao tamanho das casas, que são pequenas. Um major mora numa casa de 127 metros quadrados, enquanto as chamadas mansões dos generais são de apenas 210 metros quadrados. Atentem que são casas, não apartamentos.
As casas dos militares são pequenas e confortáveis. Contudo, ainda que possuam de um jardim ou uma garagem, não dispõem de sauna ou piscina. Via de regra, militares são pessoas simples, a maioria de origem humilde, mas que prezam a limpeza e a arrumação das coisas.
Outro aspecto a ser considerado é que as Forças Armadas fizeram o correto. Mantiveram seus PNR em 1990 quando os demais órgãos da administração pública os venderam por preços irrisórios. Assim, ainda que os militares recebam um salário bem menor que seus congêneres civis, é possível trazê-los para trabalhar em Brasiília, justamente pela possibilidade de morarem em PNR.
O artigo informa que as casas dos militares situam-se em área pública, com livre acesso a quem quer que seja. Nesse aspecto, é bom ressaltar que se o SMU é uma ilha de tranquilidade e asseio num cenário de uma Brasília cada vez mas caótica e suja, isso se deve ao cuidado dos próprios militares em cuidar do patrimônio público.
domingo, 23 de outubro de 2011
Chilenas
Já compareci antes neste blog para malhar os chilenos. Realmente, o povo daqui é muito pouco flexível e merece as minhas críticas. Acho que é coisa de gente da montanha.
Malhei os chilenos, mas tenho que reconhecer que eles são muito bons. É gente trabalhadora, que respeita o próximo e cuida do que é patrimônio de todos.
Hoje, levei a família ao Cerro Santa Lucia. Fomos de metrô, em trens absolutamente limpos, sem sujeira no chão, sem aquelas pixações horrorosas nas paredes. No Cerro, ninguém gritando, ninguém furando fila, ninguém cuspindo no chão. Que diferença do Brasil!
A turma daqui é bitolada, mas é gente boa. Os chilenos são simpáticos e prestativos. Depois de três meses, já admiro as mulheres chilenas. Elas são bem baixinhas, mas bonitinhas. Os homens são horrorosos, mas as crianças são lindas. Dá gosto de vê-las nos trens, nos parques, nas ruas. Os pais carregam seus filhos para todo lugar, sem estresse, o que é muito legal.
Quer saber? Tenho vergonha da baixaria que aprontamos em nossa terra. Acho que temos muito que aprender com o pessoal daqui.
Outro recado. Estamos em alta aqui no Chile, o que é um verdadeiro convite para a arrogância. Não caiamos nessa armadilha. Temos é que ser humildes e mostrar para todo o mundo que o brasileiro é cordial e amigo. Assim, conquistaremos parceiros para toda vida.
Estamos na noite de um domingo que foi lindo, quente, ensolarado. Talvez por isso eu esteja de bom humor, satisfeito de estar vivendo por aqui.
Acho que sentiremos saudades do Chile.
Malhei os chilenos, mas tenho que reconhecer que eles são muito bons. É gente trabalhadora, que respeita o próximo e cuida do que é patrimônio de todos.
Hoje, levei a família ao Cerro Santa Lucia. Fomos de metrô, em trens absolutamente limpos, sem sujeira no chão, sem aquelas pixações horrorosas nas paredes. No Cerro, ninguém gritando, ninguém furando fila, ninguém cuspindo no chão. Que diferença do Brasil!
A turma daqui é bitolada, mas é gente boa. Os chilenos são simpáticos e prestativos. Depois de três meses, já admiro as mulheres chilenas. Elas são bem baixinhas, mas bonitinhas. Os homens são horrorosos, mas as crianças são lindas. Dá gosto de vê-las nos trens, nos parques, nas ruas. Os pais carregam seus filhos para todo lugar, sem estresse, o que é muito legal.
Quer saber? Tenho vergonha da baixaria que aprontamos em nossa terra. Acho que temos muito que aprender com o pessoal daqui.
Outro recado. Estamos em alta aqui no Chile, o que é um verdadeiro convite para a arrogância. Não caiamos nessa armadilha. Temos é que ser humildes e mostrar para todo o mundo que o brasileiro é cordial e amigo. Assim, conquistaremos parceiros para toda vida.
Estamos na noite de um domingo que foi lindo, quente, ensolarado. Talvez por isso eu esteja de bom humor, satisfeito de estar vivendo por aqui.
Acho que sentiremos saudades do Chile.
Binladaran o Kadafi
Engraçado. Na época que mataram o Bin Laden, li um montão de artigos politicamente corretos reclamando da crueldade dos Estados Unidos em exterminar um sujeito desarmado. Tadinho do Bin Laden. Agora, quando mataram o Kadafi, tenho procurado ler os bacanas de sempre mas não consegui encontrar nenhum texto criticando a sua execução.
Devo mesmo estar mal informado.
Ah, já sei. É que se for para malhar os yankees, aí pode; mas se for para malhar os amigos dos amigos, aí não pode. Tá explicado, então.
Só não venham me dizer que o Bin Laden morreu por ordem de um presidente que tinha a obrigação de levá-lo a julgamento; enquanto o Kafafi foi morto por vontade popular. Não me digam isso, pois estou meio cansado de bacanas tentando me convencer do que é certo ou errado.
Devo mesmo estar mal informado.
Ah, já sei. É que se for para malhar os yankees, aí pode; mas se for para malhar os amigos dos amigos, aí não pode. Tá explicado, então.
Só não venham me dizer que o Bin Laden morreu por ordem de um presidente que tinha a obrigação de levá-lo a julgamento; enquanto o Kafafi foi morto por vontade popular. Não me digam isso, pois estou meio cansado de bacanas tentando me convencer do que é certo ou errado.
Controle civil
Estou cansado de ler artigos e mais artigos de autores brasileiros reclamando da suposta falta de controle civil sobre a atividade militar. Mas como, ô cara pálida?
Para começar, nada se compra no quartel que não seja em perfeita conformidade com a lei. Aliás, para ser bem sincero, as organizações militares são modelo quando se trata de aquisições de bens e serviços. Temos órgãos próprios de verificação de conformidade ALÉM do controle do TCU. Todos usamos SIAFI, Comprasnet e se pode obter as informações bem detalhadas.
Vamos continuar, tratemos da transparência. Ora, ninguém é mais transparente que as Forças Armadas. Qualquer um neste planeta pode ler o boletim do Exército. Basta ter um computador e um modem. Além disso, o site do Exército publica todas as atividades que ocorrem na Força. Qualquer um pode ler ou, se preferir, ver e ouvir o que se passa na força
E quanto ao controle civil? Inicio dizendo que as Forças seguem o que a presidente ou o ministro da defesa determinem. Além disso, o princípio da disciplina IMPÕE obediência integral às leis.
Quartel não é caixa preta, não! Para conhecê-lo, basta levantar o traseiro da cadeira e pedir para visitá-lo. Aí, fica difícil para quem não gosta de trabalhar. Felizmente, no Brasil milhares e milhares de jovens realizam seu serviço militar a cada ano. Essa turma sabe bem como a banda toca nos dias festivos no quartel.
Me pergunto qual será o controle que falta do civil sobre o militar. Será que essa corjalha de intelectualóides quer que o Exército seja como determinadas Polícias Militares, totalmente submissas ao fisiologismo partidário do governo da hora? É esse tipo de controle que eles querem? Parece que sim.
Ah, antes que alguém se ofenda com o parágrafo acima, pergunto se há alguma inverdade no que disse. Queria que todas Polícias Militares seguissem o padrão da PM de São Paulo, na minha opinião, a melhor do País. Mas não é assim. Infelizmente, já vi Policiais Militares que mancharam o nome de sua corporação, enchendo de vergonha aos homens de bem.
Para mim, fica parecendo que alguns imbecis da academia se fazem de bacana para a platéia, mas querem mesmo é botar a boquinha numa teta bem cheia, para mamar bastante, sem ter que suar a camisa. Fica fácil encher o saco dos leitores com ideias pré-fabricadas, que só revelam como ainda é alto o grau de preconceito de alguns professores universitários.
Para essa pilantralha, minha solene e sonora vaia.
Para começar, nada se compra no quartel que não seja em perfeita conformidade com a lei. Aliás, para ser bem sincero, as organizações militares são modelo quando se trata de aquisições de bens e serviços. Temos órgãos próprios de verificação de conformidade ALÉM do controle do TCU. Todos usamos SIAFI, Comprasnet e se pode obter as informações bem detalhadas.
Vamos continuar, tratemos da transparência. Ora, ninguém é mais transparente que as Forças Armadas. Qualquer um neste planeta pode ler o boletim do Exército. Basta ter um computador e um modem. Além disso, o site do Exército publica todas as atividades que ocorrem na Força. Qualquer um pode ler ou, se preferir, ver e ouvir o que se passa na força
E quanto ao controle civil? Inicio dizendo que as Forças seguem o que a presidente ou o ministro da defesa determinem. Além disso, o princípio da disciplina IMPÕE obediência integral às leis.
Quartel não é caixa preta, não! Para conhecê-lo, basta levantar o traseiro da cadeira e pedir para visitá-lo. Aí, fica difícil para quem não gosta de trabalhar. Felizmente, no Brasil milhares e milhares de jovens realizam seu serviço militar a cada ano. Essa turma sabe bem como a banda toca nos dias festivos no quartel.
Me pergunto qual será o controle que falta do civil sobre o militar. Será que essa corjalha de intelectualóides quer que o Exército seja como determinadas Polícias Militares, totalmente submissas ao fisiologismo partidário do governo da hora? É esse tipo de controle que eles querem? Parece que sim.
Ah, antes que alguém se ofenda com o parágrafo acima, pergunto se há alguma inverdade no que disse. Queria que todas Polícias Militares seguissem o padrão da PM de São Paulo, na minha opinião, a melhor do País. Mas não é assim. Infelizmente, já vi Policiais Militares que mancharam o nome de sua corporação, enchendo de vergonha aos homens de bem.
Para mim, fica parecendo que alguns imbecis da academia se fazem de bacana para a platéia, mas querem mesmo é botar a boquinha numa teta bem cheia, para mamar bastante, sem ter que suar a camisa. Fica fácil encher o saco dos leitores com ideias pré-fabricadas, que só revelam como ainda é alto o grau de preconceito de alguns professores universitários.
Para essa pilantralha, minha solene e sonora vaia.
Chaves de fenda
Alguns autores dizem que o aparato militar é um instrumento da Defesa e existe para servir à Sociedade, e não o contrário. Esse é mais um equívoco de nossa intelectualidade.
Farei a seguinte analogia. Comparo o poder militar a uma chave de fenda, ou seja, a uma ferramenta com um propósito muito específico. Muitos pensam que as Forças Armadas servem apenas para a Guerra e nada mais, Então, essa analogia serve a esse tipo de pensamento.
Contudo, podemos fazer duas considerações a respeito de chaves de fenda. Primeiro, que, bem ou mal, nós as utilizamos para diversas outras finalidades, como para abrir embalagens plásticas, dar marteladas em pregos ou para raspar a tinta da parede.
Em seguida, lembremos de um aspecto fundamental. As chaves de fenda só funcionam com a força da mão de seu dono. Ou seja, o dono da chave tem que querer usá-la e, para isso, tem que fazer força. Senão, a chave de fenda será apenas uma ferramenta inútil.
O mesmo se passa com o poder militar, que provê defesa à toda Sociedade mas que, para isso, depende da vontade política e do empenho de toda nação.
Como corolário, afirmo que a Defesa é um assunto que ultrapassa as ações de cunho somente militar e interessa a toda sociedade.
Aos fracos de pensamento lhes deixo minha solene e sonora vaia.
Farei a seguinte analogia. Comparo o poder militar a uma chave de fenda, ou seja, a uma ferramenta com um propósito muito específico. Muitos pensam que as Forças Armadas servem apenas para a Guerra e nada mais, Então, essa analogia serve a esse tipo de pensamento.
Contudo, podemos fazer duas considerações a respeito de chaves de fenda. Primeiro, que, bem ou mal, nós as utilizamos para diversas outras finalidades, como para abrir embalagens plásticas, dar marteladas em pregos ou para raspar a tinta da parede.
Em seguida, lembremos de um aspecto fundamental. As chaves de fenda só funcionam com a força da mão de seu dono. Ou seja, o dono da chave tem que querer usá-la e, para isso, tem que fazer força. Senão, a chave de fenda será apenas uma ferramenta inútil.
O mesmo se passa com o poder militar, que provê defesa à toda Sociedade mas que, para isso, depende da vontade política e do empenho de toda nação.
Como corolário, afirmo que a Defesa é um assunto que ultrapassa as ações de cunho somente militar e interessa a toda sociedade.
Aos fracos de pensamento lhes deixo minha solene e sonora vaia.
sábado, 22 de outubro de 2011
Coro dos ignorantes
Estou no Chile, estudando política e estratégia. Por isso, tenho lido muito sobre nossa estrutura de defesa. Um dos autores que li, o diplomata João Paulo Soares Alcina Júnior, publicou o artigo Dez Mitos sobre Defesa Nacional do Brasil. Um desses supostos mitos é que o orçamento das nossas forças armadas é baixo. Para ele, o Brasil gasta muito em defesa e, em termos absolutos, nosso orçamento seria o décimo sexto mais alto do mundo.
O autor cita que é alto o percentual gasto com pessoal ativo, reservistas e pensionistas no Brasil, que alcança quase a 90% do total de gastos militares. Esse percentual é muito maior, por exemplo, que o dos Estados Unidos, onde o pagamento de pessoal representa em torno de 40% de seu orçamento de defesa. Ele considera, portanto, que o problema de nossa defesa não seria o baixo orçamento, mas o fato dele ser destinado quase na totalidade para o pagamento de pessoal.
Eu discordo. Em primeiro lugar, o Brasil é a sétima economia do mundo e nosso orçamento deveria estar nessa mesma posição comparado com os demais. Somos o décimo sexto e não o sétimo maior orçamento. Portanto, gastamos pouco em defesa em relação aos demais países do mundo.
Esse baixo orçamento se reflete exatamente no peso do pagamento de pessoal. Quem tem um mínimo de visão sabe que nosso pessoal ganha pouco. O salário de nossas praças é incompatível com o valor de seu trabalho. O mesmo se passa com os oficiais, cujo salário fica longe, muito longe, do percebido por outras categorias do serviço público. Recebemos uma fração do que é pago a, por exemplo, aos funcionários do Judiciário.
Por outro lado, ao nosso expediente diário se agregam horas e mais horas de serviço de escala, de trabalhos noturnos. É o preço da dedicação integral ao serviço, que aceitamos de bom grado.
O efetivo das Forças Armadas é pequeno. A proporção entre militares e população no Brasil é muito menor que a verificada na grande maioria dos países do mundo, inclusive em nosso entorno geográfico.
Os militares são poucos e não recebem salários altos, muito pelo contrário. Então, na verdade, o percentual de gastos com pessoal é elevado justamente porque o orçamento de Defesa no Brasil é baixo, muito baixo, baixísssimo.
Aquele mesmo autor prossegue seu texto criticando a existência do serviço militar obrigatório no Brasil. Eu considero que àquele diplomata lhe falta visão e lhe sobra preconceitos. Para começo de conversa, o serviço militar prepara reservistas, que são os recursos humanos que utilizaremos nos conflitos.
O efetivo profissional das Forças Armadas é insuficiente para fazer frente a uma guerra. Num conflito de grandes proporções, há evidentes necessidades de recompletamento. Guerras matam e, se não tivermos reservistas, não poderemos substituir os soldados mortos no campo de batalha.
Não se prepara soldados de um dia para o outro. Os reservistas são importantes para nossa defesa e precisamos conjugar sua preparação com o desenvolvimento de nossas habilidades para a guerra.
Por falar em guerras, é bom lembrar a todos que as forças armadas existem para evitá-las. Como existimos, não temos guerra. Aí, como não temos guerra, alguns se manifestam perguntando qual a razão de se gastar tanto em defesa.
Infelizmente, há muitos que engrossam o coro dos ignorantes neste país. Aos que gostam de ouví-los, minha solene e sonora vaia.
O autor cita que é alto o percentual gasto com pessoal ativo, reservistas e pensionistas no Brasil, que alcança quase a 90% do total de gastos militares. Esse percentual é muito maior, por exemplo, que o dos Estados Unidos, onde o pagamento de pessoal representa em torno de 40% de seu orçamento de defesa. Ele considera, portanto, que o problema de nossa defesa não seria o baixo orçamento, mas o fato dele ser destinado quase na totalidade para o pagamento de pessoal.
Eu discordo. Em primeiro lugar, o Brasil é a sétima economia do mundo e nosso orçamento deveria estar nessa mesma posição comparado com os demais. Somos o décimo sexto e não o sétimo maior orçamento. Portanto, gastamos pouco em defesa em relação aos demais países do mundo.
Esse baixo orçamento se reflete exatamente no peso do pagamento de pessoal. Quem tem um mínimo de visão sabe que nosso pessoal ganha pouco. O salário de nossas praças é incompatível com o valor de seu trabalho. O mesmo se passa com os oficiais, cujo salário fica longe, muito longe, do percebido por outras categorias do serviço público. Recebemos uma fração do que é pago a, por exemplo, aos funcionários do Judiciário.
Por outro lado, ao nosso expediente diário se agregam horas e mais horas de serviço de escala, de trabalhos noturnos. É o preço da dedicação integral ao serviço, que aceitamos de bom grado.
O efetivo das Forças Armadas é pequeno. A proporção entre militares e população no Brasil é muito menor que a verificada na grande maioria dos países do mundo, inclusive em nosso entorno geográfico.
Os militares são poucos e não recebem salários altos, muito pelo contrário. Então, na verdade, o percentual de gastos com pessoal é elevado justamente porque o orçamento de Defesa no Brasil é baixo, muito baixo, baixísssimo.
Aquele mesmo autor prossegue seu texto criticando a existência do serviço militar obrigatório no Brasil. Eu considero que àquele diplomata lhe falta visão e lhe sobra preconceitos. Para começo de conversa, o serviço militar prepara reservistas, que são os recursos humanos que utilizaremos nos conflitos.
O efetivo profissional das Forças Armadas é insuficiente para fazer frente a uma guerra. Num conflito de grandes proporções, há evidentes necessidades de recompletamento. Guerras matam e, se não tivermos reservistas, não poderemos substituir os soldados mortos no campo de batalha.
Não se prepara soldados de um dia para o outro. Os reservistas são importantes para nossa defesa e precisamos conjugar sua preparação com o desenvolvimento de nossas habilidades para a guerra.
Por falar em guerras, é bom lembrar a todos que as forças armadas existem para evitá-las. Como existimos, não temos guerra. Aí, como não temos guerra, alguns se manifestam perguntando qual a razão de se gastar tanto em defesa.
Infelizmente, há muitos que engrossam o coro dos ignorantes neste país. Aos que gostam de ouví-los, minha solene e sonora vaia.
Comportamento
As últimas notícias da mída brasileira dão conta de denúncias de corrupção envolvendo o titular do Ministério dos Esportes. Não entro no mérito se as acusações contra o ministro são, ou não, verdadeiras.
Apenas marco que seu comportamento nesta crise é acentuadamente distinto ao do Coronel Mário Sérgio, antigo comandante da PMRJ, que renunciou a seu cargo quando um de seus subordinados, a quem ele havia indicado a um importante comando na corporação, foi denunciado como participante na morte de uma juíza.
O coronel assumiu a responsabilidade que lhe cabia, e, no meu entendimento, sua atitude foi digna do respeito de todos.
Apenas marco que seu comportamento nesta crise é acentuadamente distinto ao do Coronel Mário Sérgio, antigo comandante da PMRJ, que renunciou a seu cargo quando um de seus subordinados, a quem ele havia indicado a um importante comando na corporação, foi denunciado como participante na morte de uma juíza.
O coronel assumiu a responsabilidade que lhe cabia, e, no meu entendimento, sua atitude foi digna do respeito de todos.
sábado, 15 de outubro de 2011
Impostos
Estou no Chile, um país onde não há saúde nem educação pública, onde dez porcento da população retém metade da renda nacional.
Os chilenos vivem num país muito limpo e organizado, onde se paga pouco imposto, mas onde há pouca proteção social. Eles levaram o neoliberalismo às últimas consequencias, mas não tenho coragem de criticá-los.
No Chile, não há saúde nem educação gratuitos, mas os chilenos pagam poucos impostos. No Brasil, pagamos muito imposto, mas também não temos saúde e educação que valha todo o dinheiro que o governo arrecada.
Pergunto: e daí? Eu mesmo respondo: daí nada! O problema não é pagarmos muito imposto. O problema é não recebermos os serviços que pagamos.
O que o cidadão quer é ser respeitado. Pagar suas taxas e obrigações e ter o devido retorno. Ele quer que o dinheiro público seja bem aplicado e que o corrupto e o corruptor vão para a cadeia.
Na hora que as pessoas tiverem a percepção que os desonestos são punidos e que os serviços públicos são realmente prestados, garanto que diminuirá a rejeição por novos impostos.
Afinal, ainda há muitos brasileiros que precisam ser resgatados da miséria e dinheiro não nasce em árvores. Mas ninguém quer fazer papel de otário nessa história.
Os chilenos vivem num país muito limpo e organizado, onde se paga pouco imposto, mas onde há pouca proteção social. Eles levaram o neoliberalismo às últimas consequencias, mas não tenho coragem de criticá-los.
No Chile, não há saúde nem educação gratuitos, mas os chilenos pagam poucos impostos. No Brasil, pagamos muito imposto, mas também não temos saúde e educação que valha todo o dinheiro que o governo arrecada.
Pergunto: e daí? Eu mesmo respondo: daí nada! O problema não é pagarmos muito imposto. O problema é não recebermos os serviços que pagamos.
O que o cidadão quer é ser respeitado. Pagar suas taxas e obrigações e ter o devido retorno. Ele quer que o dinheiro público seja bem aplicado e que o corrupto e o corruptor vão para a cadeia.
Na hora que as pessoas tiverem a percepção que os desonestos são punidos e que os serviços públicos são realmente prestados, garanto que diminuirá a rejeição por novos impostos.
Afinal, ainda há muitos brasileiros que precisam ser resgatados da miséria e dinheiro não nasce em árvores. Mas ninguém quer fazer papel de otário nessa história.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Feliz aniversário
Hoje, num seminário, uma importante figura política do Chile disse que a democracia é obra que nunca termina, que está sempre em elaboração. Gostei da frase e acho que ela tem a ver com o aniversário de nossa constituição.
Na época de sua elaboração, eu era um jovem que trabalhava de dia e estudava à noite. Não acompanhei as discussões que movimentaram a sua feitura.
Era um tempo em que computadores eram grandes máquinas que cabiam em amplas salas refrigeradas. A Internet não passava de um experimento. Talvez por isso, não tivesse tanta facilidade para acompanhar os trabalhos da constituinte, que, a bem da verdade, eram divulgados pela imprensa escrita, pelo rádio e pela televisáo.
Eu não gostava do Ulisses Guimarães e, por isso, antipatizei com a constituição que ele, com sua liderança, nos entregou.
Com o tempo, vi que o Ulisses, assim como todos os homens, tinha seus defeitos e qualidades. Sua obra, o tal livrinho verde amarelo que hoje podemos comprar nas bancas de jornal, possui suas falhas, sim, mas é a base de todas as leis. É bom conhecê-la. Melhor ainda é perceber que ela possui muitas e muitas virtudes.
Como o político chileno, também acho que democracia é uma obra inacabada. Aliás, essa é a graça de viver num regime democrático, com uma consituição imperfeita, mas de boas intenções.
Na época de sua elaboração, eu era um jovem que trabalhava de dia e estudava à noite. Não acompanhei as discussões que movimentaram a sua feitura.
Era um tempo em que computadores eram grandes máquinas que cabiam em amplas salas refrigeradas. A Internet não passava de um experimento. Talvez por isso, não tivesse tanta facilidade para acompanhar os trabalhos da constituinte, que, a bem da verdade, eram divulgados pela imprensa escrita, pelo rádio e pela televisáo.
Eu não gostava do Ulisses Guimarães e, por isso, antipatizei com a constituição que ele, com sua liderança, nos entregou.
Com o tempo, vi que o Ulisses, assim como todos os homens, tinha seus defeitos e qualidades. Sua obra, o tal livrinho verde amarelo que hoje podemos comprar nas bancas de jornal, possui suas falhas, sim, mas é a base de todas as leis. É bom conhecê-la. Melhor ainda é perceber que ela possui muitas e muitas virtudes.
Como o político chileno, também acho que democracia é uma obra inacabada. Aliás, essa é a graça de viver num regime democrático, com uma consituição imperfeita, mas de boas intenções.
Aniversário da Constituição.
Nossa constituição está de aniversário. Ela possui vários defeitos e, todos os anos, exatamente nesta mesma época, podemos ler matérias e mais matérias criticando-a.
Na época de sua elaboração, eu era um jovem tenente e me preparava para o concurso do IME. A pesada rotina da tropa e a dedicação aos estudos me impediam de acompanhar melhor as discussões que movimentaram a sua feitura.
Quando pronta, por não gostar do Ulisses Guimarães, passei a minorar o valor de nossa constitiuição. Hoje, vejo que ela possui várias boas qualidades.
Progredimos na consolidação das instituições. Para quem não sabe, a democracia é uma obra que nunca termina e dever ser continuamente aperfeiçoada.
Parabens, Brasil, por esse aniversário.
Na época de sua elaboração, eu era um jovem tenente e me preparava para o concurso do IME. A pesada rotina da tropa e a dedicação aos estudos me impediam de acompanhar melhor as discussões que movimentaram a sua feitura.
Quando pronta, por não gostar do Ulisses Guimarães, passei a minorar o valor de nossa constitiuição. Hoje, vejo que ela possui várias boas qualidades.
Progredimos na consolidação das instituições. Para quem não sabe, a democracia é uma obra que nunca termina e dever ser continuamente aperfeiçoada.
Parabens, Brasil, por esse aniversário.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Bolsa Verde neles!
O Brasil é um país abençoado e uma potência agrícola. Tenho meus motivos para dizer isso. O primeiro é que se pode aumentar a quantidade de terras para a agricultura sem a necessidade de novos desmatamentos.
Aliás, essa possibilidade de aumento da produção deveria ser explorada por meio de uma política agrícola que estabelecesse objetivos factíveis e destinasse recursos para financiar, por exemplo, a recuperação de antigas áreas de pastagem.
Hoje, mesmo a dita agricultura familiar é uma atividade que requer dedicação e conhecimento técnico. Também é sujeita a vários riscos, às intempéries da natureza e dos mercados consumidores.
Não tenho dúvidas da pertinência da agricultura num mundo carente de alimentos, onde só cresce a multidão de chineses que rompe a barreira da miséria e bota mais comida no prato.
E no Brasil, os mesmos programas sociais que eu tanto desconfiava e criticava conseguem resultados positivos. Mais gente comendo mais.
A equação é simples. Mais prosperidade significa mais consumo de alimentos.
Não há sentido em se falar de distribuição de terras a quem não tem capacidade nem vontade de utilizá-las. Terra tem que produzir e não ser usada para especulação econômica ou política.
O sujeito que vive do campo não precisa de discursos bonitos, de marchas na Esplanada dos Ministérios, de foice e facão para desfile. Ele precisa é de ajuda técnica, financiamento, condições de escoamento de sua produção, segurança contra intempéries.
Por isso, não gosto do MST, que desperdiça o nosso tempo e o de milhares de agricultores num discurso vazio, anacrônico, fossilizado.
Quer saber? Bolsa Verde neles!
Estado Palestino.
O ingresso da Palestina como Estado-Membro da ONU dependerá da aprovação do Conselho de Segurança, um órgão anacrônico, formalmente criado para zelar pela paz e segurança internacionais, mas que, na prática, mantém a mesma conformação de poder do final da Segunda Guerra Mundial.
Atualmente, não há sentido no poder de veto da França e da Inglaterra, duas ex-potências mundiais que, no Sistema Internacional, têm menor relevância que a Alemanha e o Japão, por exemplo.
Em todo caso, a criação do Estado Palestino alinha-se ao princípio da autodeterminação dos povos, defendido pela ONU e que motivou os movimentos de descolonização a partir de meados do século passado.
A resistência de Israel à criação do estado palestino dá margem a várias ilações. Uma delas seria o receio de sua condenação pelos órgãos de defesa dos direitos humanos da ONU.
Há uma quase certeza de que os Estados Unidos usarão o seu poder de veto para impedir a criação do estado palestino. Tal fato leva a algumas indagações. Afinal, é curiosa essa interligação dos Estados Unidos com Israel.
O estado judeu é um enclave no oriente médio. Um país artificialmente criado pouco após a Segunda Guerra Mundial e admitido pelo sentimento de culpa coletiva da comunidade internacional após a revelação do abominável genocídio dos campos de concentração.
Israel é um país que destoa na região onde se situa. Para começar, é uma democracia e abriga uma sociedade sofisticada, com alta qualidade de vida. Depois, conseguiu consolidar sua existência num ambiente fortemente hostil, domando as pouco generosas condicionantes geográficas e a intolerância de seus inimigos. Por fim, construiu uma economia diversificada e dinâmica.
Durante muito tempo, os países árabes exigiram a extinção de Israel. Com a consolidação do Estado Judeu, suas reivindicações se deslocaram para a viabilidade do Estado Palestino.
Os Estados Unidos são um país hegemônico, a única superpotência do mundo. Essa condição lhe permite muita liberdade de ação para impor seus interesses, mas também lhe traz responsabilidades. Felizmente, trata-se de uma nação construída sobre valores positivos, como o respeito pela liberdade, pela democracia e pelos direitos humanos.
O povo americano sabe que sua prosperidade e bem-estar se condicionam à incorporação de seus valores pelos outros países. De certo modo, seu apoio irrestrito a Israel dificulta a pacificação do oriente médio.
Com o veto dos Estados Unidos, os jovens palestinos queimarão mais e mais bandeiras norte-americanas e jogarão ainda mais pedras nos policiais israelenses.
Muitos já morreram nessa guerra e, num mundo tão diferente do de sessenta anos atrás, parece que a cristalização das posições no Oriente Médio é tão anacrônico como o Conselho de Segurança da ONU.
Atualmente, não há sentido no poder de veto da França e da Inglaterra, duas ex-potências mundiais que, no Sistema Internacional, têm menor relevância que a Alemanha e o Japão, por exemplo.
Em todo caso, a criação do Estado Palestino alinha-se ao princípio da autodeterminação dos povos, defendido pela ONU e que motivou os movimentos de descolonização a partir de meados do século passado.
A resistência de Israel à criação do estado palestino dá margem a várias ilações. Uma delas seria o receio de sua condenação pelos órgãos de defesa dos direitos humanos da ONU.
Há uma quase certeza de que os Estados Unidos usarão o seu poder de veto para impedir a criação do estado palestino. Tal fato leva a algumas indagações. Afinal, é curiosa essa interligação dos Estados Unidos com Israel.
O estado judeu é um enclave no oriente médio. Um país artificialmente criado pouco após a Segunda Guerra Mundial e admitido pelo sentimento de culpa coletiva da comunidade internacional após a revelação do abominável genocídio dos campos de concentração.
Israel é um país que destoa na região onde se situa. Para começar, é uma democracia e abriga uma sociedade sofisticada, com alta qualidade de vida. Depois, conseguiu consolidar sua existência num ambiente fortemente hostil, domando as pouco generosas condicionantes geográficas e a intolerância de seus inimigos. Por fim, construiu uma economia diversificada e dinâmica.
Durante muito tempo, os países árabes exigiram a extinção de Israel. Com a consolidação do Estado Judeu, suas reivindicações se deslocaram para a viabilidade do Estado Palestino.
Os Estados Unidos são um país hegemônico, a única superpotência do mundo. Essa condição lhe permite muita liberdade de ação para impor seus interesses, mas também lhe traz responsabilidades. Felizmente, trata-se de uma nação construída sobre valores positivos, como o respeito pela liberdade, pela democracia e pelos direitos humanos.
O povo americano sabe que sua prosperidade e bem-estar se condicionam à incorporação de seus valores pelos outros países. De certo modo, seu apoio irrestrito a Israel dificulta a pacificação do oriente médio.
Com o veto dos Estados Unidos, os jovens palestinos queimarão mais e mais bandeiras norte-americanas e jogarão ainda mais pedras nos policiais israelenses.
Muitos já morreram nessa guerra e, num mundo tão diferente do de sessenta anos atrás, parece que a cristalização das posições no Oriente Médio é tão anacrônico como o Conselho de Segurança da ONU.
Demissão do Comandante da PMRJ
O Comandante-Geral da PMRJ, Coronel Mário Sérgio, pediu demissão depois que um oficial que nomeara para um comando foi preso, implicado no assassinato de uma juíza. O coronel saiu para preservar sua instituição, assim como o governador que o havia nomeado para o Comando-Geral da PM.
No meu entendimento, foi uma atitude louvável.
Por aqui, o comandante-geral dos carabineros foi forçado a pedir demissão depois uma semana de intensos desgastes devido ao assassinato de um jovem por integrantes de sua corporação.
O jovem morrera devido a um disparo de arma de fogo, durante uma greve da Central Única dos Trabalhadores do Chile.
No início, o comandante dos carabineros não quis sequer aceitar a hipótese de que algum de seus comandados tivesse participado do crime. Afinal, ele proibira o uso de armas de fogo e a corporação é reconhecidamente disciplinada.
Contudo, depois de uns dois dias de interrogatório, um carabinero confessou ter disparado sua metralhadora contra o jovem. Não restou alternativa ao comandante senão ir a público pedir desculpas à família do jovem assassinado.
Mas isso não bastava. Os políticos exigiram sua renúncia. Curiosamente, há algum dispositivo legal que impede que o ministro demita o comandante dos carabineros. Aquele comandante não quis dobrar-se às pressões e permaneceu no cargo.
Misteriosamente, poucas horas após o comandante negar sua renúncia, veio à tona um incidente de menor gravidade envolvendo seu filho. A polícia, provavelmente por apadrinhamento, teria encoberto uma infração de trânsito cometida pelo rapaz.
Tudo bem, esse tipo de atitude é condenável. Entretanto, a infração teria ocorrido um ano antes e só veio a público com o propósito de forçar o comandante à renúncia.
Ficou claro a elaboração de um dossiê contra o comandante, divulgado com propósitos políticos.
Ninguém se interessou em reclamar dessa manipulação. Pelo contrário, a imprensa reforçou suas pressões e o comandante, para preservar sua família e sua instituição, renunciou.
Curiosamente, poucas horas após a renúncia, um avião caiu na Ilha de Juan Fernandes, provocando uma comoção nacional.
De uma hora para outra, os noticiários só tiveram olhos para o avião desaparecido no mar. Não havia espaço para nenhuma outra notícia. Ou seja, se o comandante resistisse um pouco mais, provavelmente as denúncias contra ele teriam arrefecido e ele conseguiria manter-se no seu cargo.
Os dois acontecimento mostram que ambos comandantes, o da PMRJ e o dos carabineros, fizeram bem em renunciar. As instituições estão acima das pessoas e no mundo não existe opinião pública, mas sim opinião publicada.
Os casos servem de ensinamento. Afinal, como diria Maquiavel, na política a ética é diferente.
No meu entendimento, foi uma atitude louvável.
Por aqui, o comandante-geral dos carabineros foi forçado a pedir demissão depois uma semana de intensos desgastes devido ao assassinato de um jovem por integrantes de sua corporação.
O jovem morrera devido a um disparo de arma de fogo, durante uma greve da Central Única dos Trabalhadores do Chile.
No início, o comandante dos carabineros não quis sequer aceitar a hipótese de que algum de seus comandados tivesse participado do crime. Afinal, ele proibira o uso de armas de fogo e a corporação é reconhecidamente disciplinada.
Contudo, depois de uns dois dias de interrogatório, um carabinero confessou ter disparado sua metralhadora contra o jovem. Não restou alternativa ao comandante senão ir a público pedir desculpas à família do jovem assassinado.
Mas isso não bastava. Os políticos exigiram sua renúncia. Curiosamente, há algum dispositivo legal que impede que o ministro demita o comandante dos carabineros. Aquele comandante não quis dobrar-se às pressões e permaneceu no cargo.
Misteriosamente, poucas horas após o comandante negar sua renúncia, veio à tona um incidente de menor gravidade envolvendo seu filho. A polícia, provavelmente por apadrinhamento, teria encoberto uma infração de trânsito cometida pelo rapaz.
Tudo bem, esse tipo de atitude é condenável. Entretanto, a infração teria ocorrido um ano antes e só veio a público com o propósito de forçar o comandante à renúncia.
Ficou claro a elaboração de um dossiê contra o comandante, divulgado com propósitos políticos.
Ninguém se interessou em reclamar dessa manipulação. Pelo contrário, a imprensa reforçou suas pressões e o comandante, para preservar sua família e sua instituição, renunciou.
Curiosamente, poucas horas após a renúncia, um avião caiu na Ilha de Juan Fernandes, provocando uma comoção nacional.
De uma hora para outra, os noticiários só tiveram olhos para o avião desaparecido no mar. Não havia espaço para nenhuma outra notícia. Ou seja, se o comandante resistisse um pouco mais, provavelmente as denúncias contra ele teriam arrefecido e ele conseguiria manter-se no seu cargo.
Os dois acontecimento mostram que ambos comandantes, o da PMRJ e o dos carabineros, fizeram bem em renunciar. As instituições estão acima das pessoas e no mundo não existe opinião pública, mas sim opinião publicada.
Os casos servem de ensinamento. Afinal, como diria Maquiavel, na política a ética é diferente.
O que me irrita no Chile
Meus amigos, a vida aqui no Chile é difícil.
Evidentemente que minha crítica não se refere a alguma falta de mercadorias no supermercado, ônibus velhos e superlotados ou a ausência de condições de vida.
Não, muito pelo contrário. Um terço da população do Chile vive em Santiago que é uma cidade moderna, bonita, organizada e muito limpa. O metrô daqui é uma coisa de primeiríssimo mundo e o pessoal costuma respeitar regras por aqui.
Os chilenos são respeitosos e, além disso, são boa gente.
Sim, os chilenos são muito gente boa, mas são complicados. Ou em português castiço, bitolados. Dizem que são assim porque são gente da montanha, acostumados a viver regradamente. Isso pode ser bom, mas também irrita.
Acabo de desligar o telefone depois de vinte minutos de conversa irritante e inútil. É que tentei pedir a entrega de água mineral em minha casa.
Em Brasília, esse é o tipo de operação que não dura mais do que um minuto. A gente liga, pede e em dez minutos um motoqueiro aparece no seu portão com os botijões.
Bem, em Santiago, a coisa é diferente.
Nos vinte minutos de ligação, o máximo que consegui foi pedir para me enviarem um formulário de inscrição na empresa.
Primeiro, terei de me inscrever para depois pedir a água. A empresa levará dois ou três dias para entregar os botijões na minha casa.
Haja paciência!
A historinha da água repete um padrão.
Levaram um mês para colocar o visto no meu passaporte e há mais de dois meses que aguardo a chegada da minha mudança.
A companhia de mudança daqui me exigiu uma série de documentos. Todos autenticados, naturalmente. Fui ao cartório para reconhecer minha firma e não o fizeram porque apresentei o documento de identidade e exigiram a apresentação do passaporte. Tive de ir em casa pegá-lo.
Ah, além de reconhecer a assinatura, tive de botar as minhas digitais no documento.
Depois de uma gincana nos cartórios, consegui reunir toda papelada. Agora, espero há mais de três semanas pelas minhas seis caixas, que totalizam míseros três metros cúbicos e contém brinquedos da minha filha e sapatos e roupas de frio da minha esposa. Ah, para constar, nesse tempo de espera, o inverno acabou e já estamos na primavera.
As duas chegaram há um mês e se viram com as roupas que couberam em duas malinhas.
Tudo por aqui é controlado demais. Controles irritantes e, convenhamos, inúteis.
É por isso que a vida é tão difícil por aqui.
Nesse aspecto, o brasileiro é imensamente mais flexível e prático.
Por fim, quem visitar Santiago deverá beber é água da torneira. Pelo menos para isso não precisará preencher formulários e mais formulários ou apresentar documentos originais devidamente acompanhados das digitais.
Evidentemente que minha crítica não se refere a alguma falta de mercadorias no supermercado, ônibus velhos e superlotados ou a ausência de condições de vida.
Não, muito pelo contrário. Um terço da população do Chile vive em Santiago que é uma cidade moderna, bonita, organizada e muito limpa. O metrô daqui é uma coisa de primeiríssimo mundo e o pessoal costuma respeitar regras por aqui.
Os chilenos são respeitosos e, além disso, são boa gente.
Sim, os chilenos são muito gente boa, mas são complicados. Ou em português castiço, bitolados. Dizem que são assim porque são gente da montanha, acostumados a viver regradamente. Isso pode ser bom, mas também irrita.
Acabo de desligar o telefone depois de vinte minutos de conversa irritante e inútil. É que tentei pedir a entrega de água mineral em minha casa.
Em Brasília, esse é o tipo de operação que não dura mais do que um minuto. A gente liga, pede e em dez minutos um motoqueiro aparece no seu portão com os botijões.
Bem, em Santiago, a coisa é diferente.
Nos vinte minutos de ligação, o máximo que consegui foi pedir para me enviarem um formulário de inscrição na empresa.
Primeiro, terei de me inscrever para depois pedir a água. A empresa levará dois ou três dias para entregar os botijões na minha casa.
Haja paciência!
A historinha da água repete um padrão.
Levaram um mês para colocar o visto no meu passaporte e há mais de dois meses que aguardo a chegada da minha mudança.
A companhia de mudança daqui me exigiu uma série de documentos. Todos autenticados, naturalmente. Fui ao cartório para reconhecer minha firma e não o fizeram porque apresentei o documento de identidade e exigiram a apresentação do passaporte. Tive de ir em casa pegá-lo.
Ah, além de reconhecer a assinatura, tive de botar as minhas digitais no documento.
Depois de uma gincana nos cartórios, consegui reunir toda papelada. Agora, espero há mais de três semanas pelas minhas seis caixas, que totalizam míseros três metros cúbicos e contém brinquedos da minha filha e sapatos e roupas de frio da minha esposa. Ah, para constar, nesse tempo de espera, o inverno acabou e já estamos na primavera.
As duas chegaram há um mês e se viram com as roupas que couberam em duas malinhas.
Tudo por aqui é controlado demais. Controles irritantes e, convenhamos, inúteis.
É por isso que a vida é tão difícil por aqui.
Nesse aspecto, o brasileiro é imensamente mais flexível e prático.
Por fim, quem visitar Santiago deverá beber é água da torneira. Pelo menos para isso não precisará preencher formulários e mais formulários ou apresentar documentos originais devidamente acompanhados das digitais.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Energia nuclear
Um artigo do Globo de hoje me chamou a atenção. O texto "Revisão Nuclear", de Reinaldo Calixto Campos posiciona-se contrário à ampliação do programa atômico brasileiro. Discordo de seus argumentos.
O autor identifica-se como um pesquisador do Centro Técnico Científico da PUC-Rio. Não discuto seus méritos profissionais ou acadêmicos, mas contestarei algumas de suas ideias.
Aquele pesquisador enfatiza que o Brasil possui suficientes opções para reforçar sua matriz energética, sem a necessidade de recorrer às usinas nucleares. Nesse aspecto, concordo com ele. Diferente de outros países, o Brasil pode ampliar a geração de energia sem ter que recorrer às usinas atômicas.
Ocorre que essa questão ultrapassa o fato de se precisar, ou não, de mais energia. Quando se trata da tecnologia atômica, a análise deve abordar outros aspectos relevantes.
Em primeiro lugar, deve-se considerar a importância de se dominar a tecnologia do processamento e do uso da energia atômica. Embora o Brasil afirme veementemente que não fará uso de armas nucleares, é indubitável que o domínio da tecnologia para a produção desses artefatos o coloca num patamar superior aos das demais nações.
No que tange à defesa nacional, a importância da energia nuclear vai além da posse de bombas atômicas. Por exemplo, a capacidade de construir submarinos de propulsão nuclear é fator primordial para o exercício de nossa soberania nos mares sob a nossa juridisdição. Lembro que a existência das imensas reservas petrolíferas na região chamada de pré-sal atrai o interesse e a cobiça de outras nações.
Acrescento as oportunidades de trabalho devidas à presença de usinas atômicas. Essa presença favorece a formação de quadros técnicos e de pesquisadores nacionais, o que incrementa as possibilidades do domínio de todo o ciclo dos combustíves nucleares, bem como da construção e operação das unidades de produção de energia nuclear.
Evidentemente, é fato que essas usinas, por melhor que sejam construídas e administradas, são perigosas para as comunidades vizinhas. Isso implica em restrições quanto à sua localização.
Outro fato reside na atual impossibilidade de eliminar a radioatividade dos resíduos gerados na produção de energia térmico nuclear, o que acarreta num problema de gestão ambiental ainda sem solução. Nesse aspecto, ressalto que o problema já existe devido aos resíduos que já se acumulam.
Se por um lado a construção de novas usinas levaria à geração de resíduos adicionais, por outro desistir desses empreendimentos não resolveria o passivo ambiental já existente.
Por fim, acrescento que as usinas termonucleares apresentam vantagens importantes, tais como a ausência de emissões de gases potencialmente tóxicos e a maior flexibilidade para a sua localização próximo aos centros consumidores.
Sem dúvida, a tecnologia nuclear é de natureza sensível e é bom que permaneça sendo considerada assim. Acredito, porém, que ela é necessária para um país do tamanho e da importância do Brasil.
O autor identifica-se como um pesquisador do Centro Técnico Científico da PUC-Rio. Não discuto seus méritos profissionais ou acadêmicos, mas contestarei algumas de suas ideias.
Aquele pesquisador enfatiza que o Brasil possui suficientes opções para reforçar sua matriz energética, sem a necessidade de recorrer às usinas nucleares. Nesse aspecto, concordo com ele. Diferente de outros países, o Brasil pode ampliar a geração de energia sem ter que recorrer às usinas atômicas.
Ocorre que essa questão ultrapassa o fato de se precisar, ou não, de mais energia. Quando se trata da tecnologia atômica, a análise deve abordar outros aspectos relevantes.
Em primeiro lugar, deve-se considerar a importância de se dominar a tecnologia do processamento e do uso da energia atômica. Embora o Brasil afirme veementemente que não fará uso de armas nucleares, é indubitável que o domínio da tecnologia para a produção desses artefatos o coloca num patamar superior aos das demais nações.
No que tange à defesa nacional, a importância da energia nuclear vai além da posse de bombas atômicas. Por exemplo, a capacidade de construir submarinos de propulsão nuclear é fator primordial para o exercício de nossa soberania nos mares sob a nossa juridisdição. Lembro que a existência das imensas reservas petrolíferas na região chamada de pré-sal atrai o interesse e a cobiça de outras nações.
Acrescento as oportunidades de trabalho devidas à presença de usinas atômicas. Essa presença favorece a formação de quadros técnicos e de pesquisadores nacionais, o que incrementa as possibilidades do domínio de todo o ciclo dos combustíves nucleares, bem como da construção e operação das unidades de produção de energia nuclear.
Evidentemente, é fato que essas usinas, por melhor que sejam construídas e administradas, são perigosas para as comunidades vizinhas. Isso implica em restrições quanto à sua localização.
Outro fato reside na atual impossibilidade de eliminar a radioatividade dos resíduos gerados na produção de energia térmico nuclear, o que acarreta num problema de gestão ambiental ainda sem solução. Nesse aspecto, ressalto que o problema já existe devido aos resíduos que já se acumulam.
Se por um lado a construção de novas usinas levaria à geração de resíduos adicionais, por outro desistir desses empreendimentos não resolveria o passivo ambiental já existente.
Por fim, acrescento que as usinas termonucleares apresentam vantagens importantes, tais como a ausência de emissões de gases potencialmente tóxicos e a maior flexibilidade para a sua localização próximo aos centros consumidores.
Sem dúvida, a tecnologia nuclear é de natureza sensível e é bom que permaneça sendo considerada assim. Acredito, porém, que ela é necessária para um país do tamanho e da importância do Brasil.
LIÇÃO DE VIDA
INSTANTES
Se eu pudesse viver novamente minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido, na verdade bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico.
Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha,teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida; claro que só tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feito a vida, só de momentos, não percas o agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda chuva e um para-quedas; se voltassea viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalso no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.
JORGE LUIZ BORGES.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Nunca percam a elegância.
Amigos e amigas, se eu posso lhes dar um conselho, então lhes digo o sábio pensamento do recentemente falecido General Antônio Real. Por pior que tenha sido a ofensa sofrida, NUNCA PERCAM A ELEGÂNCIA.
El viernes
A sexta feira termina aqui em Santiago, repleta de "hechos".
Pela manhã, uma aulinha de espanhol com ênfase na gramática.
Nada do que diga ou escreva está errado, mas só porque "errado" não existe no idioma de Cervantes. Eu ando cometendo é um monte de "errores". Na verdade, não estou errado. Eu estou é ferrado mesmo.
À tarde, aula de bacana. Eu e meu colega romeno Castalín convencemos nosso professor Boris a nos ensinar espanhol enquanto passeávamos pelo tradicional bairro da Bella Vista. Meus amigos e amigas, isso é ser "chique nos urtimo"!
Durante a aula, passamos pela famosa "Chascona", a terceira casa do Pablo Neruda. Dessa vez, não quis entrar. Chega de ver badulaques e bugingangas caras que o poeta colecionava na sua loucura.
Terminamos a aula num restaurante italiano, de boas massas e péssimas instalações. Valeu pela comida.
Na volta, Boris me contou de suas experiências com um fantasma numa casa que alugara anos atrás. Verdadeiros contos do sobrenatural. Coisa de louco. Eu lhe disse que não sou medroso, mas tenho muito medo de fantasma. Sabem o porque do medo? É que eu não acredito em fantasma, mas que eles existem, ah, existem mesmo.
No retorno para o hotel, repeti a costumeira caminhada da saúde. Cheguei tarde e logo entrei no santo Skype. Conversei com minhas queridas esposa e filha. Que saudade!
De noite, fui ao teatro, sozinho, como de costume. Vi uma peça muito doida, o "Pillowman". História violenta e engraçada, bons atores chilenos. Detestei no início e gostei muito no final. Haja estômago.
A peça acabou e fui o primeiro a vazar do teatro. Consegui pegar o último trem do metrô e cheguei faz pouco no hotel. Agora, ouço Elton John, a grande dama da música inglesa. Digam o que quiserem do cara, mas ele é demais.
Para arrematar, mais um texto para meu blog. Ultimamente, poucas coisas me dão tanto prazer quanto escrever aqui. Tenho muito o que dizer, um monte de coisas para extravasar, mas não dá. É uma pena, mas o trabalho me espera.
Quilos e quilos de textos sobre política e estratégia. Preparação para o curso que começa em duas semanas. Posso cometer alguns "errores" no espanhol, mas longe de mim fracassar no curso da ANEPE.
Muito a ler, muito a aprender. A madrugada é uma criança.
Pela manhã, uma aulinha de espanhol com ênfase na gramática.
Nada do que diga ou escreva está errado, mas só porque "errado" não existe no idioma de Cervantes. Eu ando cometendo é um monte de "errores". Na verdade, não estou errado. Eu estou é ferrado mesmo.
À tarde, aula de bacana. Eu e meu colega romeno Castalín convencemos nosso professor Boris a nos ensinar espanhol enquanto passeávamos pelo tradicional bairro da Bella Vista. Meus amigos e amigas, isso é ser "chique nos urtimo"!
Durante a aula, passamos pela famosa "Chascona", a terceira casa do Pablo Neruda. Dessa vez, não quis entrar. Chega de ver badulaques e bugingangas caras que o poeta colecionava na sua loucura.
Terminamos a aula num restaurante italiano, de boas massas e péssimas instalações. Valeu pela comida.
Na volta, Boris me contou de suas experiências com um fantasma numa casa que alugara anos atrás. Verdadeiros contos do sobrenatural. Coisa de louco. Eu lhe disse que não sou medroso, mas tenho muito medo de fantasma. Sabem o porque do medo? É que eu não acredito em fantasma, mas que eles existem, ah, existem mesmo.
No retorno para o hotel, repeti a costumeira caminhada da saúde. Cheguei tarde e logo entrei no santo Skype. Conversei com minhas queridas esposa e filha. Que saudade!
De noite, fui ao teatro, sozinho, como de costume. Vi uma peça muito doida, o "Pillowman". História violenta e engraçada, bons atores chilenos. Detestei no início e gostei muito no final. Haja estômago.
A peça acabou e fui o primeiro a vazar do teatro. Consegui pegar o último trem do metrô e cheguei faz pouco no hotel. Agora, ouço Elton John, a grande dama da música inglesa. Digam o que quiserem do cara, mas ele é demais.
Para arrematar, mais um texto para meu blog. Ultimamente, poucas coisas me dão tanto prazer quanto escrever aqui. Tenho muito o que dizer, um monte de coisas para extravasar, mas não dá. É uma pena, mas o trabalho me espera.
Quilos e quilos de textos sobre política e estratégia. Preparação para o curso que começa em duas semanas. Posso cometer alguns "errores" no espanhol, mas longe de mim fracassar no curso da ANEPE.
Muito a ler, muito a aprender. A madrugada é uma criança.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Dois filmes argentinos
Dois filmes argentinos, um num dia, o outro no seguinte. Bons filmes, boas histórias, muita imaginação. Admito que não falta talento aos hermanos.
Entrei às escuras nas salas de projeção. Nada sabia dos roteiros e, fora o excelente Ricardo Darín, os atores eram, para mim, completos desconhecidos.
Os argentinos são muito competentes para fazer bons filmes. Não é à toa que eles são os donos de tantos Oscars, enquanto nós nos lamuriamos pela derrota do Central do Brasil, pelas duas polegadas a mais da Marta Rocha e pelo gol do Giggia em pleno Maracanazo.
Então, senhoras e senhores, dos hermanos recomendo os seus vinhos, seus alfajores e as suas histórias.
Também recomendaria muito as suas mulheres, mas talvez a minha não goste muito de saber dessa recomendação. Então, me aquieto em minha insignificância e me lanço na aventura de encontrar um título em espanhol portenho na minha TV a cabo.
Entrei às escuras nas salas de projeção. Nada sabia dos roteiros e, fora o excelente Ricardo Darín, os atores eram, para mim, completos desconhecidos.
Os argentinos são muito competentes para fazer bons filmes. Não é à toa que eles são os donos de tantos Oscars, enquanto nós nos lamuriamos pela derrota do Central do Brasil, pelas duas polegadas a mais da Marta Rocha e pelo gol do Giggia em pleno Maracanazo.
Então, senhoras e senhores, dos hermanos recomendo os seus vinhos, seus alfajores e as suas histórias.
Também recomendaria muito as suas mulheres, mas talvez a minha não goste muito de saber dessa recomendação. Então, me aquieto em minha insignificância e me lanço na aventura de encontrar um título em espanhol portenho na minha TV a cabo.
Super-heróis
Vi o filme com meu filho numa tarde de sol, em Brasília. Dia bonito e eu na sala escura. O bom é que eu gostei.
O Capitão América foi diversão da melhor qualidade, mas também me ensinou que é preciso humildade para aceitar o que se tem e coragem para se fazer o que é certo.
O bom capitão revelou-se humilde e corajoso. Os poderes que recebeu nada mais fizeram que lhe permitir mostrar mais aquilo que ele já era.
É, pessoal, nem todos podemos ser super-heróis.
O Capitão América foi diversão da melhor qualidade, mas também me ensinou que é preciso humildade para aceitar o que se tem e coragem para se fazer o que é certo.
O bom capitão revelou-se humilde e corajoso. Os poderes que recebeu nada mais fizeram que lhe permitir mostrar mais aquilo que ele já era.
É, pessoal, nem todos podemos ser super-heróis.
Cinema Mu(n)do
Treze anos atrás, uma ligação de Bagdá para Recife me custava dez dólares o minuto, o que era caríssimo. A ligação era difícil, mal conseguia falar e ouvir, mas eu não reclamava. O mundo era assim.
Agora, perdido de novo em outro canto longe do Brasil, passo minutos e mais minutos olhando minha mulher e filha exibindo-se na câmara do Skype, me contando o dia como foi e o amanhã como será. Vejo as imagens diante de mim e as travessuras da pequena me deixam rindo no canto da tela do computador, enquanto a mãe finge se zangar.
O mundo mudou muito, não é mesmo? Convenhamos que tudo hoje é muito mais fácil que nos meus velhos tempos de Bagdá. Tão mais fácil que podemos, num clicar de mouse, não só descobrir novos caminhos, como deixar que outros descubram alguns passos que deixamos marcados para trás.
E como são os caminhos que percorremos? Na verdade não sei e nem sei se gostaria de saber, mas asseguro que eles às vezes se cruzam com quem menos esperamos.
Essas passagens são como tijolos que vamos acumulando na parede da existência. Nessa parede, já pendurei alguns quadros. Vez em quando, gosto de apreciá-los ou mudá-los de posição para vê-los melhor. Só que, quando presto atenção, me dou conta que o mais importante não são os quadros, mas a parede. Sei que na minha ainda faltam alguns tijolos. Também sei que sou o pedreiro da minha própria existência.
De tijolo em tijolo, acabei na terra fria dos índios Mapuche.
Admito que, pelo tempo que estou por aqui, já devia falar espanhol, pensar espanhol, sonhar espanhol. O fato, meus amigos, é que ultimamente sonho Cinema Mu(n)do.
Ainda não domino o idioma de Cervantes, mas essa viagem servirá para juntar mais alguns quadros para minha coleção e para colocar mais tijolos na minha parede.
Agora, perdido de novo em outro canto longe do Brasil, passo minutos e mais minutos olhando minha mulher e filha exibindo-se na câmara do Skype, me contando o dia como foi e o amanhã como será. Vejo as imagens diante de mim e as travessuras da pequena me deixam rindo no canto da tela do computador, enquanto a mãe finge se zangar.
O mundo mudou muito, não é mesmo? Convenhamos que tudo hoje é muito mais fácil que nos meus velhos tempos de Bagdá. Tão mais fácil que podemos, num clicar de mouse, não só descobrir novos caminhos, como deixar que outros descubram alguns passos que deixamos marcados para trás.
E como são os caminhos que percorremos? Na verdade não sei e nem sei se gostaria de saber, mas asseguro que eles às vezes se cruzam com quem menos esperamos.
Essas passagens são como tijolos que vamos acumulando na parede da existência. Nessa parede, já pendurei alguns quadros. Vez em quando, gosto de apreciá-los ou mudá-los de posição para vê-los melhor. Só que, quando presto atenção, me dou conta que o mais importante não são os quadros, mas a parede. Sei que na minha ainda faltam alguns tijolos. Também sei que sou o pedreiro da minha própria existência.
De tijolo em tijolo, acabei na terra fria dos índios Mapuche.
Admito que, pelo tempo que estou por aqui, já devia falar espanhol, pensar espanhol, sonhar espanhol. O fato, meus amigos, é que ultimamente sonho Cinema Mu(n)do.
Ainda não domino o idioma de Cervantes, mas essa viagem servirá para juntar mais alguns quadros para minha coleção e para colocar mais tijolos na minha parede.
Recomeço
Eis-me aqui, em mais uma noite fria de Santiago.
Passa da meia noite e, por isso, hoje já é amanhã. Meu ontem recém terminou e foi muito bom.
Falta pouco para o início da missão. Mais duas semanas e tudo começará de novo.
Não deixa de ser um recomeço, como tantos outros que já tive na vida. Dessa vez, não estou ansioso. A ansiedade passou quando cruzei a porta de entrada do aeroporto. Tenho mais é curiosidade. Como serão as coisas por aqui?
Por enquanto, tudo vai bem e acredito que ainda vai melhorar.
Que bom. Não é sempre que recomeço com essa impressão. Tomara que eu, que tanto erro na vida, dessa vez esteja certo.
Passa da meia noite e, por isso, hoje já é amanhã. Meu ontem recém terminou e foi muito bom.
Falta pouco para o início da missão. Mais duas semanas e tudo começará de novo.
Não deixa de ser um recomeço, como tantos outros que já tive na vida. Dessa vez, não estou ansioso. A ansiedade passou quando cruzei a porta de entrada do aeroporto. Tenho mais é curiosidade. Como serão as coisas por aqui?
Por enquanto, tudo vai bem e acredito que ainda vai melhorar.
Que bom. Não é sempre que recomeço com essa impressão. Tomara que eu, que tanto erro na vida, dessa vez esteja certo.
Cora Coralina
HUMILDADE
(Cora Coralina)
Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.”
______________________________ ______________________________ ____
O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes. (Cora Coralina)
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Tracy Chapman
Ahora, me quedo solo en mi cuarto, estoy leyendo las noticias de dos semanas atrás y las poniendo en mi banco de datos. Escucho a Tracy Chapman, la cantante norteamericana que oía ya hace veintedos años. No me aburre escucharla nuevamente. És cómo reencontrar una vieja amiga. Me voy...
Diário de bordo
Bueno, estoy en Santiago y la semana ya se llega al final. Mañana será el viernes y a mi me parece que tendremos un final de semana bien movimentado por acá.
Hoy, estuve en una excursion a un centro cultural de Santiago. Conoci nuevos amigos del curso. Gente que viene en vacaciones, se queda algunas semanas e las aprovechan para perfeccionar su español. La guía fué mi profesora Lidia. Salimos de la escuela a las dos de la tarde y fuimos de metro a la estación Universidad Catolica.
En esa estación, Lidia nos mostró en un lugar llamado cafe piernas. Segun ella nos explicó, en los años 70, hubo un largo periodo sin vida nocturna en Santiago. Asi, un grupo de empresarios montó el cafe piernas, una especie de club de strip que se queda en la salida de la estación.
Entonces fuimos almuerzar en un restaurant bien cerca. El lugar estava lleno de gente y alli comí mis primeras empanadas chilenas.
Después, seguimos para una pequeña feria, onde ficamos poco. Desde allá, fuimos a un cafe en la Universidad Catolica, para tenermos un expresso. Por fin, llegamos al Centro Gabriela Mistral, donde vimos una exposición de fotos de un circo, bien como visitamos otra exposición de arte suramericana. Interesante.
Fuimos entonces para otro lugar, donde vimos una pequeña demonstración de los conceptos básicos de astronomia. Mismo siendo doctor en química analítica ella se me fué provechosa. Yo la gusté mucho.
Pero, cuando a mi me parecía que ya no pasaba más nada, fuimos al mejor lugar de todos. Algunas pequeñas calles con restaurantes y bares hermosos que a mi me encantó.
Ya tengo donde ir el fin de semana.
Los nuevos amigos están combinando de irse al futbol. A mi me gustó muchisimo. Vamos a ver.
Hasta pronto!
Clovis
Hoy, estuve en una excursion a un centro cultural de Santiago. Conoci nuevos amigos del curso. Gente que viene en vacaciones, se queda algunas semanas e las aprovechan para perfeccionar su español. La guía fué mi profesora Lidia. Salimos de la escuela a las dos de la tarde y fuimos de metro a la estación Universidad Catolica.
En esa estación, Lidia nos mostró en un lugar llamado cafe piernas. Segun ella nos explicó, en los años 70, hubo un largo periodo sin vida nocturna en Santiago. Asi, un grupo de empresarios montó el cafe piernas, una especie de club de strip que se queda en la salida de la estación.
Entonces fuimos almuerzar en un restaurant bien cerca. El lugar estava lleno de gente y alli comí mis primeras empanadas chilenas.
Después, seguimos para una pequeña feria, onde ficamos poco. Desde allá, fuimos a un cafe en la Universidad Catolica, para tenermos un expresso. Por fin, llegamos al Centro Gabriela Mistral, donde vimos una exposición de fotos de un circo, bien como visitamos otra exposición de arte suramericana. Interesante.
Fuimos entonces para otro lugar, donde vimos una pequeña demonstración de los conceptos básicos de astronomia. Mismo siendo doctor en química analítica ella se me fué provechosa. Yo la gusté mucho.
Pero, cuando a mi me parecía que ya no pasaba más nada, fuimos al mejor lugar de todos. Algunas pequeñas calles con restaurantes y bares hermosos que a mi me encantó.
Ya tengo donde ir el fin de semana.
Los nuevos amigos están combinando de irse al futbol. A mi me gustó muchisimo. Vamos a ver.
Hasta pronto!
Clovis
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Blog em espanhol
Mis amigos, yo lo sé que ya hace algun tiempo que no escribo en mi blog. Eso se ocurrió por que estuvo en viaje de vacaciones y en seguida me fué a Chile, donde me voy a vivir por seis meses.
Si, estou digitando desde Santiago y lo hago en español muy débil y lleno de errores ya que me lo dijeron que tengo que me profundizar en la lengua de los chilenos.
Entonces, aqui estoy en esta ciudad que a mi me pareció muy limpia y bella, tal cual una villa europea.
Escribo desde la escuela Bella Vista, ubicada en el barrio Providencia, cerca de mi hotel. En pocos minutos vamos empezar la clase de español, cuando demonstraré toda mi ignorancia en la lengua de Cervantes.
Hasta breve
Clóvis
Si, estou digitando desde Santiago y lo hago en español muy débil y lleno de errores ya que me lo dijeron que tengo que me profundizar en la lengua de los chilenos.
Entonces, aqui estoy en esta ciudad que a mi me pareció muy limpia y bella, tal cual una villa europea.
Escribo desde la escuela Bella Vista, ubicada en el barrio Providencia, cerca de mi hotel. En pocos minutos vamos empezar la clase de español, cuando demonstraré toda mi ignorancia en la lengua de Cervantes.
Hasta breve
Clóvis
quinta-feira, 28 de julho de 2011
A última pesquisa do IBOPE
A última pesquisa do IBOPE mostrou que a maioria da população brasileira é contra a união homossexual e à adoção de crianças por casais gay.
Então, se mais da metade dos brasileiros dos politicamente corretos, o que fazer? Será preciso novas leis, decretos ou regulamentos? Será necessário impor à força as novas ideias a uma suposta ralé ignorante e preconceituosa?
Em primeiro lugar, ressalto que essa ralé soma mais da metade da população, gente que não é ignorante e é bastante tolerante em vários aspectos da vida.
Trata-se, na verdade, de pessoas mais conservadoras que os bacanas do momento.
Convenhamos que não se pode atribuir o conservadorismo da maioria da população à ignorância. Nunca antes nesse país houve tanto acesso à informação, tanta gente escolada e antenada.
Também não se pode atribuir esse comportamento a algum fundamentalismo religioso. Como exemplo, cito que a maioria dos brasileiros é muito tolerante ao sexo fora do casamento.
Essa tolerância se repete no que tange ao convívio com os homossexuais. Salvo alguns casos deploráveis, a população aceita a homossexualidade. Contudo, essa aceitação não significa a incorporação imediata de novas situações, como a união gay ou a adoção de crianças por casais do mesmo sexo.
O que se verifica que é o brasileiro comum reage a uma situação que lhe incomoda. Então, será que está correta a estratégia de impor à sociedade a ideia da união gay ou da adoção de crianças por homossexuais? É correto insistir na distribuição de kits gay nas escolas ou de se promover paradas do orgulho homossexual?
Acredito que a opinião da maioria não deve ser desprezada. Pelo contrário, ela deve ser respeitada e considerada na ações que buscam o posicionamento digno dos homossexuais na sociedade.
Assim, não é hora de paradas gay ou de kits gay nas escolas, mas de atitudes menos escandalosas, que ressaltem que os homossexuais são cidadãos como todos os outros, que trabalham, pagam seus impostos e devem viver uma vida digna.
Seria melhor uma estratégia de inclusão sem confrontação, num caminho mais alinhado aos valores da maioria dos brasileiros e que ressalte que a tolerância significa respeito ao modo de vida dos outros.
Nem sempre o choque de valores pode ser o melhor caminho para a mudança de comportamento. A última pesquisa do IBOPE prova exatamente isso.
Então, se mais da metade dos brasileiros dos politicamente corretos, o que fazer? Será preciso novas leis, decretos ou regulamentos? Será necessário impor à força as novas ideias a uma suposta ralé ignorante e preconceituosa?
Em primeiro lugar, ressalto que essa ralé soma mais da metade da população, gente que não é ignorante e é bastante tolerante em vários aspectos da vida.
Trata-se, na verdade, de pessoas mais conservadoras que os bacanas do momento.
Convenhamos que não se pode atribuir o conservadorismo da maioria da população à ignorância. Nunca antes nesse país houve tanto acesso à informação, tanta gente escolada e antenada.
Também não se pode atribuir esse comportamento a algum fundamentalismo religioso. Como exemplo, cito que a maioria dos brasileiros é muito tolerante ao sexo fora do casamento.
Essa tolerância se repete no que tange ao convívio com os homossexuais. Salvo alguns casos deploráveis, a população aceita a homossexualidade. Contudo, essa aceitação não significa a incorporação imediata de novas situações, como a união gay ou a adoção de crianças por casais do mesmo sexo.
O que se verifica que é o brasileiro comum reage a uma situação que lhe incomoda. Então, será que está correta a estratégia de impor à sociedade a ideia da união gay ou da adoção de crianças por homossexuais? É correto insistir na distribuição de kits gay nas escolas ou de se promover paradas do orgulho homossexual?
Acredito que a opinião da maioria não deve ser desprezada. Pelo contrário, ela deve ser respeitada e considerada na ações que buscam o posicionamento digno dos homossexuais na sociedade.
Assim, não é hora de paradas gay ou de kits gay nas escolas, mas de atitudes menos escandalosas, que ressaltem que os homossexuais são cidadãos como todos os outros, que trabalham, pagam seus impostos e devem viver uma vida digna.
Seria melhor uma estratégia de inclusão sem confrontação, num caminho mais alinhado aos valores da maioria dos brasileiros e que ressalte que a tolerância significa respeito ao modo de vida dos outros.
Nem sempre o choque de valores pode ser o melhor caminho para a mudança de comportamento. A última pesquisa do IBOPE prova exatamente isso.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Gritos politicamente corretos
Os ecologistas gritam, mas se nos guiarmos pelos seus gritos, estaremos perdidos. Há um abismo entre o ecologicamente equilibrado e a ecologia do politicamente correto.
Alguns anos atrás, as ONG internacionais promoveram uma campanha feroz e insana contra os transgênicos. Agora, são os alimentos geneticamente modificados que garantem a comida de muita gente. Com a crise europeia, os loiros do hemisfério norte com menos grana no bolso gastam mais com sua comida. Coincidência ou não, os protestos contra os transgênicos amainaram.
Por outro lado, os recentes debates sobre Belo Monte desnudam a estratégia de estrangular o desenvolvimento do País com argumentos falaciosos e exagerados. Convenhamos que a floresta não é um santuário intocado, como uma determinada ex-senadora, inimiga de qualquer obra de grande porte na Amazônia, gosta de repetir em seus discursos e práticas.
Os ecologistas do politicamente correto gritam seus bordões, repetem que os ribeirinhos serão prejudicados, que a região não suporta a vinda de tantos trabalhadores, que não há água e esgoto para tanta gente e contam aos berros que a represa inundará os cemitérios ancestrais de civilizações arcaicas que repousam sob a floresta intocada.
Alguns índios cuidadosamente selecionados viajaram para Londres, onde tiraram suas fotos e fizeram seus discursos catastrofistas para o aplauso da claque de plateias também cuidadosamente selecionadas.
Ora, a represa não será tão grande assim e o Brasil precisa de energia. Felizmente, fomos abençoados com um potencial hidráulico que atende às nossas necessidades. Veja que as alternativas seriam queimar carvão, gás e óleo em termelétricas ou partir para outras usinas nucleares.
Quanto ao álcool, acho que um pouco de capitalismo sério não faria mal a ninguém. Nada de privatizar os lucros e nem socializar os prejuízos. Produção de álcool é atividade industrial e ponto final. Nesse aspecto, a engenharia genética pode dar uma força para os produtores e multiplicar a capacidade alcooleira do Brasil. Já que a viabilização do álcool combustível passa pela ampliação da produção, uma ideia seria investir em novas áreas produtoras no cerrado brasileiro ou mesmo na savana africana.
Temos tecnologia para isso, o que devemos aos cientistas que ignoraram os berros histéricos dos politicamente corretos.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Por que a Noruega?
A Noruega foi palco de uma matança na última sexta-feira. Um automóvel carregado com explosivos a base de nitrato de amônia explodiu no centro administrativo do país, causando grandes danos a edificações e sete mortos. Duas horas depois, um atirador provocou um massacre na ilha de Utoeya, a quarenta quilômetros de Oslo. Pelo que foi noticiado até o momento, ele matou 85 pessoas, incluindo crianças, que participavam de um acampamento de verão da juventude trabalhista, no qual participavam cerca de 560 pessoas.
A policia foi avisada do massacre, mas demorou quarenta e cinco minutos para alcançar o local. O atirador teria disparado livremente por quase uma hora e meia até se render aos policiais. O criminoso foi identificado como Anders Behring Brivik, de 32 anos, que seria um militante de extrema-direita e um cristão radical. Ele teria ingressado no evento com um uniforme da polícia, sendo preso após o massacre.
Alguns jornais perguntam porque o massacre teria ocorrido na Noruega, país identificado com ideias e práticas pacifistas.
Eu pergunto porque a polícia levou tanto tempo para alcançar o local do massacre e porque ninguém reagiu no próprio local. Os jornais da Globo e a Globonews parecem não ter essa mesma curiosidade. Nenhum jornalista levantou essas questões. É de propósito, pois a Rede Globo apoia a proposta de desarmamento.
Desarmar a população é perigoso. Mesmo na pacífica Noruega, um homem obteve armas e munições e pôde fabricar explosivos a base de nitrato de amônia, que também é um fertilizante.
Eu trabalhei na fiscalização de produtos controlados por muitos anos e tenho noção das possibilidades em se obter ou mesmo fabricar armas e explosivos.
Esse é o perigo. O criminoso norueguês teve tempo de sobra para abater suas vítimas. Não houve reações e a polícia foi negligente em acessar o local do massacre.
O resultado é que cerca de uma centena de pessoas perderam a vida por causa de simplórias ideias pacifistas.
O caso nos remete ao assassino do Realengo, que em abril deste ano provocou um morticínio numa escola pública do Rio de Janeiro, matando e ferindo dezenas de crianças e adolescentes. No Rio, o atirador foi morto em poucos minutos pela polícia militar. Na Noruega, a polícia demorou demais.
A policia foi avisada do massacre, mas demorou quarenta e cinco minutos para alcançar o local. O atirador teria disparado livremente por quase uma hora e meia até se render aos policiais. O criminoso foi identificado como Anders Behring Brivik, de 32 anos, que seria um militante de extrema-direita e um cristão radical. Ele teria ingressado no evento com um uniforme da polícia, sendo preso após o massacre.
Alguns jornais perguntam porque o massacre teria ocorrido na Noruega, país identificado com ideias e práticas pacifistas.
Eu pergunto porque a polícia levou tanto tempo para alcançar o local do massacre e porque ninguém reagiu no próprio local. Os jornais da Globo e a Globonews parecem não ter essa mesma curiosidade. Nenhum jornalista levantou essas questões. É de propósito, pois a Rede Globo apoia a proposta de desarmamento.
Desarmar a população é perigoso. Mesmo na pacífica Noruega, um homem obteve armas e munições e pôde fabricar explosivos a base de nitrato de amônia, que também é um fertilizante.
Eu trabalhei na fiscalização de produtos controlados por muitos anos e tenho noção das possibilidades em se obter ou mesmo fabricar armas e explosivos.
Esse é o perigo. O criminoso norueguês teve tempo de sobra para abater suas vítimas. Não houve reações e a polícia foi negligente em acessar o local do massacre.
O resultado é que cerca de uma centena de pessoas perderam a vida por causa de simplórias ideias pacifistas.
O caso nos remete ao assassino do Realengo, que em abril deste ano provocou um morticínio numa escola pública do Rio de Janeiro, matando e ferindo dezenas de crianças e adolescentes. No Rio, o atirador foi morto em poucos minutos pela polícia militar. Na Noruega, a polícia demorou demais.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Mengão 3 x 2 América
Já é sexta e ainda não comentei o jogo de quarta. Pois bem, o Mengão foi à Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, para enfrentar o América Mineiro.
Jogo duro, muito duro. O América não é bobo, não. Ronaldinho fez o primeiro de falta, logo no início do primeiro tempo. Com o gol, o time se acanhou e deixou o América tomar a iniciativa das ações.
Nos últimos dez minutos do primeiro tempo, o Mengão levou dois gols quase iguais. Bola parada, alçada na área, falha da defesa e gol do adversário. Assim, não dá. Não podemos ficar sobressaltados a cada escanteio.
Veio o segundo tempo e logo nos primeiros minutos o Thiago Neves municiou Deivid dentro da área. Rede. Empate!
Um jogador do América foi expulso aos vinte e poucos minutos e, com um a mais, coube ao Flamengo presssionar o time mineiro. Deu certo. Quase no fim, Dario Botinelli, que já havia ameaçado a meta americana, encontrou Ronaldinho na área. O dentuço da Gávea colocou na gaveta e selou a vitória rubro-negra. Daí para o final, foi segurar o resultado.
O apito do juiz aliviou a tensão rubro-negra.
Jogo duro, repleto de emoções.
Temos que melhorar a defesa para ganhar esse campeonato.
Jogo duro, muito duro. O América não é bobo, não. Ronaldinho fez o primeiro de falta, logo no início do primeiro tempo. Com o gol, o time se acanhou e deixou o América tomar a iniciativa das ações.
Nos últimos dez minutos do primeiro tempo, o Mengão levou dois gols quase iguais. Bola parada, alçada na área, falha da defesa e gol do adversário. Assim, não dá. Não podemos ficar sobressaltados a cada escanteio.
Veio o segundo tempo e logo nos primeiros minutos o Thiago Neves municiou Deivid dentro da área. Rede. Empate!
Um jogador do América foi expulso aos vinte e poucos minutos e, com um a mais, coube ao Flamengo presssionar o time mineiro. Deu certo. Quase no fim, Dario Botinelli, que já havia ameaçado a meta americana, encontrou Ronaldinho na área. O dentuço da Gávea colocou na gaveta e selou a vitória rubro-negra. Daí para o final, foi segurar o resultado.
O apito do juiz aliviou a tensão rubro-negra.
Jogo duro, repleto de emoções.
Temos que melhorar a defesa para ganhar esse campeonato.
domingo, 26 de junho de 2011
O preço da floresta
Eu sou contra a ideia de que a Amazônia seja uma espécie de santuário e não acho que a floresta seja intocável. Mesmo assim, não gosto que ela seja derrubada para a extração ilegal de madeira ou para virar carvão de siderúrgica.
A lógica econômica é quem dita o ritmo do desmatamento. Alguns dizem que a floresta em pé vale mais do que derrubada. Pois não parece.
Nesta semana, publicaram que no Pará, uma castanheira vale R$ 50,00.
(http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=8&idnot=55058)
Ora, a mesma castanheira que podia produzir óleos e frutos por um longo período de tempo, quando derrubada vale apenas cinquenta reais. Qual é a lógica disso?
Respostas: 1) o lucro imediato para vender a madeira; e 2) falta de incentivos para manter a castanheira em pé.
Quanto à venda ilegal da madeira, é certo investigar e prender os criminosos; quanto a manter a castanheira em pé, o certo é subsidiar a atividade silvoextrativista. O preço final da castanha deve incluir o serviço de manter a castanheira em pé.
Quanto voltamos os olhos para a produção de soja na Amazônia, vemos que, felizmente o Brasil tem alternativas para ampliar sua produção da oleaginosa, sem necessidade de ampliar o desmatamento.
Uma alternativa é sua plantação em área de pastagens abandonadas. Evidentemente, produzir soja nessa área implica em maiores custos para a adequação da terra, mas a demanda está aquecida e esses custos adicionais podem ser incorporados ao preço de venda do grão.
A floresta não é intocável. Os rios amazônicos contêm importante parcela da capacidade hidrelétrica do país. Esse potencial deve ser aproveitado, conforme as leis vigentes.
Além disso, a Amazônia encerra reservas de minerais, petróleo e gás, que são patrimônio dos brasileiros e devem ser exploradas para financiar a melhoria da qualidade de vida de nosso povo.
A lógica econômica é quem dita o ritmo do desmatamento. Alguns dizem que a floresta em pé vale mais do que derrubada. Pois não parece.
Nesta semana, publicaram que no Pará, uma castanheira vale R$ 50,00.
(http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=8&idnot=55058)
Ora, a mesma castanheira que podia produzir óleos e frutos por um longo período de tempo, quando derrubada vale apenas cinquenta reais. Qual é a lógica disso?
Respostas: 1) o lucro imediato para vender a madeira; e 2) falta de incentivos para manter a castanheira em pé.
Quanto à venda ilegal da madeira, é certo investigar e prender os criminosos; quanto a manter a castanheira em pé, o certo é subsidiar a atividade silvoextrativista. O preço final da castanha deve incluir o serviço de manter a castanheira em pé.
Quanto voltamos os olhos para a produção de soja na Amazônia, vemos que, felizmente o Brasil tem alternativas para ampliar sua produção da oleaginosa, sem necessidade de ampliar o desmatamento.
Uma alternativa é sua plantação em área de pastagens abandonadas. Evidentemente, produzir soja nessa área implica em maiores custos para a adequação da terra, mas a demanda está aquecida e esses custos adicionais podem ser incorporados ao preço de venda do grão.
A floresta não é intocável. Os rios amazônicos contêm importante parcela da capacidade hidrelétrica do país. Esse potencial deve ser aproveitado, conforme as leis vigentes.
Além disso, a Amazônia encerra reservas de minerais, petróleo e gás, que são patrimônio dos brasileiros e devem ser exploradas para financiar a melhoria da qualidade de vida de nosso povo.
sábado, 25 de junho de 2011
Mengão quatro a zero no Galo.
O jogo acabou há umas três horas e só agora consegui colocar o laptop na tomada e me conectar no meu Blog. É um tanto trabalhoso, mas vale à pena. Não é sempre que o Mengão ganha do Galo por quatro a um. Então, vamos à descrição do jogo.
Para suprir a ausência de Botinelli e de Williams, Luxemburgo colocou Luiz Antônio e Ronaldo Angelim. No primeiro tempo, Angelim, Wellington e David Braz deram conta do recado. Com isso, Júnior César revelou-se um lateral esquerdo superior a todos os outros que passaram na Gávea nos últimos anos.
Do outro lado do gramado, Leo Moura partia da direita e afunilava pelo meio, revezando-se com o jovem Luiz Antônio, que caia pelos costados do campo. Ronaldinho chamava o jogo para si e errava menos que nas outras partidas, mas ainda não mostrava seus lampejos de craque.
Na frente, Vanderley corria muito e chegou a criar uma ou duas boas jogadas. Renato, sempre útil, avançava e ainda encontrava pernas para ajudar na defesa. Thiago Neves, o pior do time, cavava faltas que o juiz insistiu em ignorar. Acabou levando um cartão amarelo por reclamação e só então se acalmou.
Os primeiros quarenta e cinco minutos foram mornos, com as equipes correndo muito mas criando pouco.
Veio o segundo tempo e a partida pegou fogo. Dorival Júnior mexeu no Atlético colocando o Neto Berola. Na correria do galo, não demorou para Luiz Antônio cometer uma falta desnecessária na altura da intermediária. Na cobrança, Dudu Cearense, livre, desviou de cabeça. Um a zero para o Galo. Falha de David Braz que deixou livre o jogador do Atlético.
Nervoso, David foi errando seguidamente. O Flamengo perdia e passava sufoco. Foi, então, que Luxemburgo tratou de trabalhar, mexendo no time e alterando os rumos da partida.
Saíram David Braz e Vanderlei para a entrada de Negueba e Deivid. Não demorou e Ronaldinho acertou um belo chute no ângulo. Era o empate.
Os atleticanos sentiram o baque. O Flamengo passou a dominar o jogo. Ronaldinho passou a mostrar sua genialidade. Dois, três marcadores à sua frente e o R10 colocava a bola onde queria. Logo, Thiago Neves marcou mais um para o Mengão. Foi então que o Galo se perdeu de vez.
O Mengão passou a dominar o jogo completamente. Negueba deu novo ânimo ao time, embora perdesse algumas bolas. O time passou a jogar muito bem e Deivid marcou mais dois gols.
Fim de jogo. Os comentaristas sequer o elogioram, mas a vitória pode ser creditada ao gênio de Vanderlei Luxemburgo, que mudou o Flamengo e alterou o rumo da partida.
Para suprir a ausência de Botinelli e de Williams, Luxemburgo colocou Luiz Antônio e Ronaldo Angelim. No primeiro tempo, Angelim, Wellington e David Braz deram conta do recado. Com isso, Júnior César revelou-se um lateral esquerdo superior a todos os outros que passaram na Gávea nos últimos anos.
Do outro lado do gramado, Leo Moura partia da direita e afunilava pelo meio, revezando-se com o jovem Luiz Antônio, que caia pelos costados do campo. Ronaldinho chamava o jogo para si e errava menos que nas outras partidas, mas ainda não mostrava seus lampejos de craque.
Na frente, Vanderley corria muito e chegou a criar uma ou duas boas jogadas. Renato, sempre útil, avançava e ainda encontrava pernas para ajudar na defesa. Thiago Neves, o pior do time, cavava faltas que o juiz insistiu em ignorar. Acabou levando um cartão amarelo por reclamação e só então se acalmou.
Os primeiros quarenta e cinco minutos foram mornos, com as equipes correndo muito mas criando pouco.
Veio o segundo tempo e a partida pegou fogo. Dorival Júnior mexeu no Atlético colocando o Neto Berola. Na correria do galo, não demorou para Luiz Antônio cometer uma falta desnecessária na altura da intermediária. Na cobrança, Dudu Cearense, livre, desviou de cabeça. Um a zero para o Galo. Falha de David Braz que deixou livre o jogador do Atlético.
Nervoso, David foi errando seguidamente. O Flamengo perdia e passava sufoco. Foi, então, que Luxemburgo tratou de trabalhar, mexendo no time e alterando os rumos da partida.
Saíram David Braz e Vanderlei para a entrada de Negueba e Deivid. Não demorou e Ronaldinho acertou um belo chute no ângulo. Era o empate.
Os atleticanos sentiram o baque. O Flamengo passou a dominar o jogo. Ronaldinho passou a mostrar sua genialidade. Dois, três marcadores à sua frente e o R10 colocava a bola onde queria. Logo, Thiago Neves marcou mais um para o Mengão. Foi então que o Galo se perdeu de vez.
O Mengão passou a dominar o jogo completamente. Negueba deu novo ânimo ao time, embora perdesse algumas bolas. O time passou a jogar muito bem e Deivid marcou mais dois gols.
Fim de jogo. Os comentaristas sequer o elogioram, mas a vitória pode ser creditada ao gênio de Vanderlei Luxemburgo, que mudou o Flamengo e alterou o rumo da partida.
O sapo da sopa
Hoje, ao ler o texto do Blog do Alon Feuerwerker, lembrei de um artigo do Denis Lerrer Rosenfield, publicado na Revista Veja de 18 de maio último. O filósofo foi certeiro, poucos brasileiros se dão conta da crescente restrição de sua liberdade. É como a história do sapo vivo que vai cozinhando aos poucos na panela.
A lei do politicamente correto agrega mais e mais artigos. Nessa matéria, os legisladores não são eleitos pelo voto, mas pelos interesses dos grupos que gritam mais alto.
Agora é errado ter empregada doméstica, beber uma taça de vinho e dirigir, fumar em qualquer recinto. Por outro lado, é certo que a mulher aborte, que se dê asilo ao terrorista, que se marche pela liberação da maconha.
Junte uma norma aqui, outra ali no fogo brando e pronto, eis o grosso caldo da cultura que cozinhará nosso pensamento. Somos o sapo da sopa.
Desmatar é pecado? O agronegócio é culpado dos males do Brasil? Não sei como, se aproveitamos apenas 6% de nosso território para plantar enquanto os húngaros usam 65%, os alemães 50% e os poloneses incríveis 80%.
A maioria dos brasileiros tem a cultura rasa. Esses são leitores de slogans, sabem apenas o trivial, o que está mais evidente nas manchetes dos jornais e telejornais. Não se aprofundam e aceitam a opinião alheia sem muita conversa. Eles me lembram as ovelhas da fazenda da Revolução dos Bichos.
O pior é que todos nos tornaremos ovelhas.
Béééééé....
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Vigilantes de banco
País curioso o nosso.
Nos anos 70, os filhos das classes média e alta eram lutadores da liberdade, membros de grupos de esqueda que assaltavam bancos para expropriar a burguesia. Nas suas ações, esses lutadores matavam os que se colocassem à sua frente. Dentre os mortos havia muitos vigilantes de bancos.
Os guerrilheiros justificavam-se dizendo que os vigilantes eram agentes da burguesia, inimigos do povo que mereciam morrer.
O fato é que os vigilantes eram pobres. Podiam ser filhos de lavadeiras, pais de família, com muitos filhos para criar. Era gente que trabalhava para viver.
No trabalho, muitos vigilantes perderam a vida pelos tiros disparados pelos guerrilheiros.
Os guerrilheiros foram capturados ou mortos. Dizem que muitos foram torturados. Anos depois, eles ou suas famílias foram recompensados com pensões do governo.
Já os vigilantes que morreram pelas armas dos guerrilheiros, deixaram as famílias desamparadas. Eles não mereceram pensões ou compensações. Ninguém se importa muito com eles.
Imagino que nas famílias dos guerrilheiros, as crianças foram alimentadas e bem educadas. Tiveram mais chance de sucesso na vida que os filhos dos vigilantes mortos.
Os filhos pobres dos vigilantes assassinados certamente passaram necessidade. Alguns deles, ou seus descendentes, podem estar encarcerados nas prisões, torturados ou mortos.
Como os vigilantes de banco, esses presos também são vítimas sem pedigree.
Com os anos, muitos lutadores da liberdade de ontem, hoje dirigem nosso país. Eles não nos deixam esquecer de suas feridas. Gostaria que eles também se lembrassem dos vigilantes que tombaram com seus tiros.
Afinal, sua ideologia não insiste em nos convencer que todos somos iguais?
Nos anos 70, os filhos das classes média e alta eram lutadores da liberdade, membros de grupos de esqueda que assaltavam bancos para expropriar a burguesia. Nas suas ações, esses lutadores matavam os que se colocassem à sua frente. Dentre os mortos havia muitos vigilantes de bancos.
Os guerrilheiros justificavam-se dizendo que os vigilantes eram agentes da burguesia, inimigos do povo que mereciam morrer.
O fato é que os vigilantes eram pobres. Podiam ser filhos de lavadeiras, pais de família, com muitos filhos para criar. Era gente que trabalhava para viver.
No trabalho, muitos vigilantes perderam a vida pelos tiros disparados pelos guerrilheiros.
Os guerrilheiros foram capturados ou mortos. Dizem que muitos foram torturados. Anos depois, eles ou suas famílias foram recompensados com pensões do governo.
Já os vigilantes que morreram pelas armas dos guerrilheiros, deixaram as famílias desamparadas. Eles não mereceram pensões ou compensações. Ninguém se importa muito com eles.
Imagino que nas famílias dos guerrilheiros, as crianças foram alimentadas e bem educadas. Tiveram mais chance de sucesso na vida que os filhos dos vigilantes mortos.
Os filhos pobres dos vigilantes assassinados certamente passaram necessidade. Alguns deles, ou seus descendentes, podem estar encarcerados nas prisões, torturados ou mortos.
Como os vigilantes de banco, esses presos também são vítimas sem pedigree.
Com os anos, muitos lutadores da liberdade de ontem, hoje dirigem nosso país. Eles não nos deixam esquecer de suas feridas. Gostaria que eles também se lembrassem dos vigilantes que tombaram com seus tiros.
Afinal, sua ideologia não insiste em nos convencer que todos somos iguais?
Paradas gay
O deputado Jair Bolsonaro afirma, em seu site, que o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) apresentou uma emenda parlamentar ao orçamento destinando R$ 11 milhões de dinheiro público para financiar paradas gay.
(http://familiabolsonaro.blogspot.com/2011/05/bolsonaro-sofre-heterofobia-de-senadora.html)
Vale lembrar que o orçamento do Centro Tecnológico do Exército é de R$ 20 milhões este ano. (http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/com+apenas+r+20+mi+anuais+professores+pardais+criam+exercito+do+futuro/n1596945073362.html)
Ou seja, pesquisa e desenvolvimento para defesa vale duas paradas gay.
O Governador Sérgio Cabral incentivou policiais e bombeiros militares a comparecerem à parada gay, bastando, para isso, que pedissem autorização a seus superiores. A notícia está em http://www.dihitt.com.br/n/internet/2011/05/20/sergio-cabral-libera-pms-e-bombeiros-irem-fardados-a-parada-gay.
Ir fardado a uma parada gay é uma atitude de muito pouco respeito aos valores militares.
Coincidência, ou não, poucos dias depois dessa liberação do governador, centenas de bombeiros militares invadiram o quartel central da corporação, numa ação que se configurou como um crime militar.
Portanto, há apoio político e financeiro de sobra para as paradas gay. Esse apoio que para uns é um sinal de tolerância, acaba tendo outras repercussões, algumas bastante sérias e perigosas.
(http://familiabolsonaro.blogspot.com/2011/05/bolsonaro-sofre-heterofobia-de-senadora.html)
Vale lembrar que o orçamento do Centro Tecnológico do Exército é de R$ 20 milhões este ano. (http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/com+apenas+r+20+mi+anuais+professores+pardais+criam+exercito+do+futuro/n1596945073362.html)
Ou seja, pesquisa e desenvolvimento para defesa vale duas paradas gay.
O Governador Sérgio Cabral incentivou policiais e bombeiros militares a comparecerem à parada gay, bastando, para isso, que pedissem autorização a seus superiores. A notícia está em http://www.dihitt.com.br/n/internet/2011/05/20/sergio-cabral-libera-pms-e-bombeiros-irem-fardados-a-parada-gay.
Ir fardado a uma parada gay é uma atitude de muito pouco respeito aos valores militares.
Coincidência, ou não, poucos dias depois dessa liberação do governador, centenas de bombeiros militares invadiram o quartel central da corporação, numa ação que se configurou como um crime militar.
Portanto, há apoio político e financeiro de sobra para as paradas gay. Esse apoio que para uns é um sinal de tolerância, acaba tendo outras repercussões, algumas bastante sérias e perigosas.
domingo, 19 de junho de 2011
Papagaio do peito roxo
No final de maio, a imprensa noticiou que o IBAMA havia cancelado a licença para a duplicação da rodovia Régis Bittencourt. O trecho que falta duplicar é pequeno, mas muito perigoso. Ali, num período de cinco meses contados do início deste ano, houve 220 acidentes, com onze mortos. O motivo para o cancelamento da licença é que o local, conhecido como Serra do Cafezal, é área de proteção do papagaio-do-peito-roxo.
Devido ao cancelamento, a concessionária terá de refazer todo o projeto, o que provocará um atraso de, pelo menos, dois anos para a duplicação da rodovia.
A notícia está em http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/05/ibama-cancela-licenca-para-duplicacao-da-regis-bittencourt.html.
O papagaio do peito roxo é um bichinho muito bonitinho, que se encontra em ameaça de extinção devido à caça predatória e à destruição de seu habitat.
O papagaio pode ser muito encantador, mas acho que ele não vale a vida de tanta gente.
É um dilema moral. Vale a pena prejudicar ainda mais uma espécie, pondendo causar até a sua extinção, ou é mais certo evitar outras mortes na rodovia?
Afinal, o que vale mais, a vida do papagaio ou a vida dos seres humanos?
Na verdade, a questão é outra. É possível evitar a morte das pessoas e poupar a vida dos papagaios?
Se for possível, ótimo, salvaremos os dois. Agora, se não for possível, então minha opinião é que nenhum bicho ou árvore vale mais do que a vida do homem.
Devido ao cancelamento, a concessionária terá de refazer todo o projeto, o que provocará um atraso de, pelo menos, dois anos para a duplicação da rodovia.
A notícia está em http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/05/ibama-cancela-licenca-para-duplicacao-da-regis-bittencourt.html.
O papagaio do peito roxo é um bichinho muito bonitinho, que se encontra em ameaça de extinção devido à caça predatória e à destruição de seu habitat.
O papagaio pode ser muito encantador, mas acho que ele não vale a vida de tanta gente.
É um dilema moral. Vale a pena prejudicar ainda mais uma espécie, pondendo causar até a sua extinção, ou é mais certo evitar outras mortes na rodovia?
Afinal, o que vale mais, a vida do papagaio ou a vida dos seres humanos?
Na verdade, a questão é outra. É possível evitar a morte das pessoas e poupar a vida dos papagaios?
Se for possível, ótimo, salvaremos os dois. Agora, se não for possível, então minha opinião é que nenhum bicho ou árvore vale mais do que a vida do homem.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
A LUTA CONTINUA!!!
Bato na mesma tecla. Já repararam como as ONGs pararam de encher o saco sobre alimentos transgênicos?
Quem se dispuser a pesquisar as publicações de cinco, dez anos atrás, inúmeras críticas aos organismos geneticamente modificados.
Os campeões das críticas? As ONG, é claro.
A frase mais costumeira é que não havia estudos definitivos que comprovassem que os transgênicos eram absolutamente seguros.
Ah, bom.
Daí, as críticas foram sumindo, sumindo. O que aconteceu? Será que conseguiram os tais estudos comprovando a certeza mais que absoluta da segurança dos transgênicos?
Não, amigos, não foi isso. O que aconteceu foi China e Índia, que cresceram muito e tornaram um monte de chineses e indianos um pouquinho mais ricos. Então, quem comia só um pouquinho, agora come um bocadinho a mais. Esse bocadinho multiplicado por alguns bilhões de pessoas deu uma tremenda demanda por alimentos.
Ao mesmo tempo, veio a crise na Europa e agora tem loirinho de olho azul pagando caro pela comida.
Tem mais. Comida transgênica também enche a barriga.
O resultado dessa equação é que as matrizes deram sua ordem às suas seções no Brasil: "parem de encher o saco sobre transgênicos".
Viram como a coisa funciona?
Agora, o assunto é Amazônia, Belo Monte, código florestal...
A LUTA CONTINUA!!!
Quem se dispuser a pesquisar as publicações de cinco, dez anos atrás, inúmeras críticas aos organismos geneticamente modificados.
Os campeões das críticas? As ONG, é claro.
A frase mais costumeira é que não havia estudos definitivos que comprovassem que os transgênicos eram absolutamente seguros.
Ah, bom.
Daí, as críticas foram sumindo, sumindo. O que aconteceu? Será que conseguiram os tais estudos comprovando a certeza mais que absoluta da segurança dos transgênicos?
Não, amigos, não foi isso. O que aconteceu foi China e Índia, que cresceram muito e tornaram um monte de chineses e indianos um pouquinho mais ricos. Então, quem comia só um pouquinho, agora come um bocadinho a mais. Esse bocadinho multiplicado por alguns bilhões de pessoas deu uma tremenda demanda por alimentos.
Ao mesmo tempo, veio a crise na Europa e agora tem loirinho de olho azul pagando caro pela comida.
Tem mais. Comida transgênica também enche a barriga.
O resultado dessa equação é que as matrizes deram sua ordem às suas seções no Brasil: "parem de encher o saco sobre transgênicos".
Viram como a coisa funciona?
Agora, o assunto é Amazônia, Belo Monte, código florestal...
A LUTA CONTINUA!!!
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Empregada doméstica
O texto de hoje do Blog do Sakamoto é mais um que tenta incutir culpas e mais culpas na classe média. O que se quer é nos entupir de mais e mais obrigações. Ele trata de empregadas domésticas e está em http://blogdosakamoto.uol.com.br/2011/06/15/domesticas-a-sinha-e-o-quarto-de-empregada/comment-page-1/#comment-80726
Ora, para quem ganha pouco, é difícil manter uma empregada doméstica. Mais difícil ainda é encontrar uma que se disponha a dormir no trabalho. Quem tem o mês maior que o salário, vai se virando. Quem não pode pagar uma empregada doméstica, paga a diarista.
O fato é que a vida real é bem diferente do retrato de senzala que o blogueiro insiste em nos doutrinar.
Na maioria das famílias, o homem e a mulher têm que trabalhar, os filhos vão para a escola e todos passam horas e horas engarrafados no trânsito. Em casa, tem roupa para lavar, comida para fazer, quartos para arrumar. O blogueiro acha lindo que se faça tudo isso depois de um dia duro de trabalho.
Felizmente, lá em casa conseguimos contratar uma empregada. Eu cumpro a lei, pago o salário religiosamente em dia, recolho as contribuições, pago os impostos. Não faço mais porque não posso.Não nego também que faço tudo direitinho porque tenho medo da Justiça do Trabalho. Só um hipócrita negaria esse receio de ser processado. Por isso, além de pagar tudo religiosamente, me preocupo em manter todos os registros em dia.
Pelo texto do Sakamoto, entretanto, eu faço pouco, sou um explorador do trabalho alheio. Só falta me chamar de feitor.
Haja paciência! Tem gente que é alienada e está pouco se lixando para a classe média.
O emprego doméstico não é vergonha para ninguém. A empregada ou diarista existe porque o serviço dela é indispensável. Para muita gente, é com o dinheiro desse trabalho que se sustenta a família, que se bota comida na mesa e se educa os filhos.
Vergonha mesmo é não trabalhar e viver da esmola do governo.
Para finalizar, estou de saco cheio dessa gente politicamente correta que fica ditando normas de conduta. Esse pessoal deveria respeitar mais os outros antes de ficar reclamando que não é respeitado.