Morreu o Moacyr Scliar, hoje, aos setenta e três anos de idade. Um AVC levou o médico e escritor gaúcho. Ele foi cedo. O AVC é cruel. Também levou minha mãe, seis anos atrás.
Em 2009, numa entrevista a Edney Silvestre, Scliar contou oitenta e oito livros publicados. Um campeão da escrita que também era colunista da Folha de São Paulo. Na entrevista, Scliar revelou sua receita para tão ampla produção. Ele era um escritor que escrevia.
Disciplinado, não esperava pela inspiração. Sentava-se, caneta e papel a postos, e escrevia, escrevia muito. Logo, descobria-se diante de um bom texto, um conto, uma crônica, uma boa história. Bastava escrever, escrever sempre.
Morreu Scliar. Morreu novo e era magro, médico, escritor e muito lúcido. Mesmo assim, um AVC o levou. Que pena!
Pena mesmo foi Cristal, um anjo de um ano e dois meses que estava no carro desgovernado que submergiu num lago no Rio de Janeiro. Todos se salvaram, menos ela, que o lago engoliu. Um mergulhador desceu ao fundo lodoso e a trouxe de volta da boca da morte, mas era tarde.
Um paramédico a ressuscitou, seu coraçãozinho voltou a bater, mas seus pulmões não respiravam mais sozinhos. No hospital, disseram que seu estado era gravíssimo. Mesmo assim, rezamos, pedimos a Deus que não a levasse, mas Ele quis seu anjo de volta e ela se foi.
Nós não a merecíamos.
Vai com Deus, anjinho.
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