sexta-feira, 21 de março de 2014

Sempre alerta!

Em dezembro, houve uma reunião dos ministros de relações exteriores dos países da OTAN, em que eles discutiram quais seriam os tópicos mais importantes para aquela organização, levando-se em conta fatores como a retirada das tropas do Afeganistão e a redução de suas forças armadas e orçamentos de defesa.
Em linhas gerais, aqueles ministros definiram que as forças da OTAN devem, dentre outras prioridades:
- contar com forças de reação rápida;
- aperfeiçoar seus meios de comunicações e informações;
- melhorar suas condições em defesa química, biológica, radiológica e nuclear;
- desenvolver novas capacidades em defesa cibernética;
- possuir adequada defesa antiaérea, principalmente contra mísseis; e
- proteger as infraestruturas de seus países.
As prioridades estabelecidas indicam uma forte tendência defensiva, com ênfase na tecnologia e em meios que exijam poucos recursos em pessoal para sua operação.
Isso foi em dezembro, mas dois meses depois a realidade europeia mudou.
Certamente, a anexação da Crimeia mudou o cenário da defesa europeia. A maioria dos países da OTAN reduziu fortemente seus efetivos e seus meios mecanizados.
Durante os vinte anos após o fim da guerra fria, a Rússia foi deixando de ser percebida como ameaça.
É duvidoso que os países europeus possam, sozinhos, deter um avanço das forças russas sobre a Ucrânia, principalmente se houve maciço emprego de blindados.
Tudo isso mostra que é verdadeira a velha lição de estar sempre preparado para o pior.

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