Em dezembro, houve uma reunião dos ministros de relações exteriores dos países da OTAN, em que eles discutiram quais seriam os tópicos mais importantes para aquela organização, levando-se em conta fatores como a retirada das tropas do Afeganistão e a redução de suas forças armadas e orçamentos de defesa.
Em linhas gerais, aqueles ministros definiram que as forças da OTAN devem, dentre outras prioridades:
- contar com forças de reação rápida;
- aperfeiçoar seus meios de comunicações e informações;
- melhorar suas condições em defesa química, biológica, radiológica e nuclear;
- desenvolver novas capacidades em defesa cibernética;
- possuir adequada defesa antiaérea, principalmente contra mísseis; e
- proteger as infraestruturas de seus países.
As prioridades estabelecidas indicam uma forte tendência defensiva, com ênfase na tecnologia e em meios que exijam poucos recursos em pessoal para sua operação.
Isso foi em dezembro, mas dois meses depois a realidade europeia mudou.
Certamente, a anexação da Crimeia mudou o cenário da defesa europeia. A maioria dos países da OTAN reduziu fortemente seus efetivos e seus meios mecanizados.
Durante os vinte anos após o fim da guerra fria, a Rússia foi deixando de ser percebida como ameaça.
É duvidoso que os países europeus possam, sozinhos, deter um avanço das forças russas sobre a Ucrânia, principalmente se houve maciço emprego de blindados.
Tudo isso mostra que é verdadeira a velha lição de estar sempre preparado para o pior.
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