A atual aversão de boa parte dos americanos em se enroscar em mais um conflito me lembra que os EUA só ingressaram na Segunda Guerra Mundial depois de mais de dois anos do início das hostilidades. Foi preciso um acontecimento dramático, o ataque a Pearl Harbor, para mover e comover o Gigante do Norte.
Logo depois do final daquela guerra, soldados americanos esbarraram com o campo de concentração de Dachau, surpreendendo-se com o que encontraram. Impuseram à população alemã das redondezas o merecido castigo de enterrar os corpos acumulados naquele campo.
Foi uma lição memorável. Os alemães aprenderam que toda sua Nação, mesmo aqueles que não eram combatentes ou nazistas, era responsável pelo ocorria nos campos de extermínio. Muitos clamaram desconhecer as atrocidades, mas ainda que não tivessem sido informados, deveriam desconfiar e, de algum modo, agir.
A lição deveria ser aprendida por todos os homens e nações, mas não foi.
Hoje, sabemos que criancinhas morrem envenadas por bombas químicas na Síria, algo inaceitável. Contudo, muitos se escoram num pragmatismo perverso de não se envolver numa guerra que não lhes pertence. É justamente aí que mora o engano.
O massacre das crianças de Damasco é um crime contra a humanidadee não se pode tolerar sua repetição. Por isso, algo tem que ser feito, de preferência em conformidade com as regras do Direito Internacional. Caso contrário, no final dessa história teremos nossa própria pilha de pequenos cadáveres para enterrar.
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Dachau em Damasco
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