domingo, 25 de agosto de 2013

Ciência e dominação

Mais de dois séculos depois, a Revolução Francesa ainda é um assunto inacabado. Muitos matam e morrem para impor mais igualdade; outros, para defender a liberdade. Minúscula mesmo é a turma da fraternidade, mas Iso é papo para outra hora.
Vivemos também os efeitos perniciosos de um cientificismo exagerado, em que se procura explicar todos os fenômenos do mundo apenas pelos critérios da ciência. É como se a razão matasse o espírito.
Ao tentar explicar e moldar o mundo, o cientista enxerga o coletivo, o macro, e caracteriza tudo em função do grupo. Como não consegue explicar o indivíduo, despreza-o e o reduz a uma réles partícula do conjunto. Daí, a defesa do aborto e as restrições à liberdade de cada um. Nesse aspecto, a ciência é ferramenta do homem contra o homem.
O predomínio da razão sufoca a fraternidade e escraviza o homem. O coletivo sufoca o indivíduo e limita sua liberdade. Isso é conveniente para alguns. Como sempre, as elites de cada grupo dominam seus componentes, impondo-lhes regras que garantem sua supremacia interna e inibem as oportunidades dos que ousam lhes opor.
No Brasil, esse fenômeno se manifesta seja em guetos, favelas ou mesmo nos palácios. Os traficantes impõem regras aos moradores das comunidades pobres; os donos do mídia ninja exigem fidelidade irrestrita aos seus membros; e, no nível do Governo Federal, é cada vez mais claro as relações de poder e trocas de favor que sustentam o grupo político dominante.

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