sábado, 31 de janeiro de 2015
Tiranete
sábado, 17 de janeiro de 2015
O murro do papa
O ovo da serpente
Suprema Verdade
Juventude transviada
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
Desigualdade e pobreza
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Lado errado
- Desde a semana passada, há um intenso debate sobre liberdade de expressão, devido ao atentado ao Charlie Hebdo.
- Pode ser que estejamos todos olhando para o lado errado.
- Evidentemente, o massacre do dia 7 visou castigar os cartunistas pelas suas sátiras, especialmente aquelas que retratavam o profeta Maomé.
- Contudo, aquele ato cruel não foi um movimento isolado.
- O Estadão de 24 de dezembro já anunciava que o governo francês aumentara o alerta de terror após atropelamentos e esfaqueamentos causados por radicais islâmicos.
- Dois dias depois, o Globo publicou um artigo sobre o aumento da islamofobia alemã.
- Hoje, tomamos conhecimento do desbaratamento de uma célula terrorista na Bélgica.
- Na análise dos fatos, temos que levar em conta a ascensão do Estado Islâmico e os esforços dos governos locais e da coalizão internacional para contê-los.
- Parece que os atos terroristas seriam uma retaliação aos ataques sofridos pelo EI. Em linhas gerais, o terrorismo procura o máximo de efeito em seus ataques, mas, antes de tudo, as ações devem ter boa chance de sucesso.
- É provável que os cartunistas tenham sido mortos pela fragilidade de sua proteção policial. Eram um alvo fácil, mas talvez não preferencial.
- Tudo isso é preocupante, pois essa guerra está longe de acabar.
O francês
Só depois é que soube que o francês não era francês. Numa viagem ao exterior, comentei sobre ele e disse seu nome e sobrenome e soube que ele era argelino.
Para outros franceses, aquele meu professor, que para mim representava a França, não era francês. Era argelino, um imigrante da colônia.
Parte dos problemas na Europa com os imigrantes é resultado da sua resistência em integrar-se. Eles não vão à Igreja, vestem-se diferente, falam outro idioma, etc.
Agora, outra boa parte do problema é de quem resiste em aceitar o imigrante.
Para mim, o nome e sobrenome do meu professor eram franceses; mas na França, onde ele nasceu, foi criado e conquistou seus títulos acadêmicos, ele não era francês. Era argelino.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Ele não veio
É ruim, heim?
domingo, 11 de janeiro de 2015
Ovos quebrados
Novas alianças
sábado, 10 de janeiro de 2015
Liberdade, mas.
Liberdade de expressão é bonito, lindo, mas.
E quando o texto ofende? O ofendido deve calar-se para não diminuir a liberdade do ofensor?
O caluniado deve sujeitar-se à calúnia do caluniador? O injustiçado acomodar-se com a injustiça?
Que liberdade é essa que se julga infinita e absoluta?
É a liberdade do mais atrevido, do algoz, do opressor, mas.
O ofendido, caluniado e injustiçado são prisioneiros da liberdade infinita do ofensor, caluniador e do injusto.
A Lei existe e todos são iguais, mas.
Tem gente que se acha mais igual que os outros.
Os terroristas são monstros, inumanos, desprezíveis, mas.
Os cartunistas mortos desenhavam não para ridicularizar quem tinha uma visão de mundo diferente da sua.
Eles eram indefesos e foram mortos, mas.
Não eram inocentes.
Hoje, sou francês, sou ocidental, mas.
Je ne suis pas Charlie.