Lado errado
Desde a semana passada, há um intenso debate sobre liberdade de expressão, devido ao atentado ao Charlie Hebdo.
Pode ser que estejamos todos olhando para o lado errado.
Evidentemente, o massacre do dia 7 visou castigar os cartunistas pelas suas sátiras, especialmente aquelas que retratavam o profeta Maomé.
Contudo, aquele ato cruel não foi um movimento isolado.
O Estadão de 24 de dezembro já anunciava que o governo francês aumentara o alerta de terror após atropelamentos e esfaqueamentos causados por radicais islâmicos.
Dois dias depois, o Globo publicou um artigo sobre o aumento da islamofobia alemã.
Hoje, tomamos conhecimento do desbaratamento de uma célula terrorista na Bélgica.
Na análise dos fatos, temos que levar em conta a ascensão do Estado Islâmico e os esforços dos governos locais e da coalizão internacional para contê-los.
Parece que os atos terroristas seriam uma retaliação aos ataques sofridos pelo EI. Em linhas gerais, o terrorismo procura o máximo de efeito em seus ataques, mas, antes de tudo, as ações devem ter boa chance de sucesso.
É provável que os cartunistas tenham sido mortos pela fragilidade de sua proteção policial. Eram um alvo fácil, mas talvez não preferencial.
Tudo isso é preocupante, pois essa guerra está longe de acabar.
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