Anos atrás, tive um professor estrangeiro. Para mim, ele era francês, falava francês, era exigente e antipático como francês. A turma acabou gostando dele. Um outro professor o havia conhecido durante seu doutorado no exterior e o convenceu a tentar a sorte no Brasil. O francês topou a parada.
Só depois é que soube que o francês não era francês. Numa viagem ao exterior, comentei sobre ele e disse seu nome e sobrenome e soube que ele era argelino.
Para outros franceses, aquele meu professor, que para mim representava a França, não era francês. Era argelino, um imigrante da colônia.
Parte dos problemas na Europa com os imigrantes é resultado da sua resistência em integrar-se. Eles não vão à Igreja, vestem-se diferente, falam outro idioma, etc.
Agora, outra boa parte do problema é de quem resiste em aceitar o imigrante.
Para mim, o nome e sobrenome do meu professor eram franceses; mas na França, onde ele nasceu, foi criado e conquistou seus títulos acadêmicos, ele não era francês. Era argelino.
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