sábado, 10 de janeiro de 2015

Liberdade, mas.

Liberdade de expressão é bonito, lindo, mas.
E quando o texto ofende? O ofendido deve calar-se para não diminuir a liberdade do ofensor?
O caluniado deve sujeitar-se à calúnia do caluniador? O injustiçado acomodar-se com a injustiça?
Que liberdade é essa que se julga infinita e absoluta?
É a liberdade do mais atrevido, do algoz, do opressor, mas.
O ofendido, caluniado e injustiçado são prisioneiros da liberdade infinita do ofensor, caluniador e do injusto.
A Lei existe e todos são iguais, mas.
Tem gente que se acha mais igual que os outros.
Os terroristas são monstros, inumanos, desprezíveis, mas.
Os cartunistas mortos desenhavam não para ridicularizar quem tinha uma visão de mundo diferente da sua.
Eles eram indefesos e foram mortos, mas.
Não eram inocentes.
Hoje, sou francês, sou ocidental, mas.
Je ne suis pas Charlie.

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