domingo, 25 de outubro de 2015
Nova ordem mundial
Blinder fechou sua coluna
Cerco ao Congresso
"Cerco ao Congresso", por Guilherme Fiuza
O Globo
Quem roubou não pode chamar o PT de ladrão, disse Luiz Inácio da Silva. Ou seja: ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão, mas ladrão que xinga ladrão vai se ver com Lula. Até que enfim, uma medida moralizadora. O PT quer ser respeitado ao menos pelos bandidos — o que dentro da cadeia é uma coisa importante.
E por falar em bandido, roubo e cadeia, o delator Fernando Baiano disse que deu R$ 2 milhões do petrolão à nora de Lula. Enquanto isso, retorna à pátria (e à Papuda) Henrique Pizzolato, um dos heróis petistas do mensalão. As obras completas dos companheiros nestes 13 anos são realmente impressionantes. Se o governo do PT fosse um filme, seria o “Sindicato dos ladrões” — com todo o respeito. O mais curioso é como o Brasil se harmonizou bem com esse projeto criminoso de poder, na definição do ministro Celso de Mello (que não roubou, então pode dizer que o PT é ladrão).
Pizzolato esfaqueou o Banco do Brasil, Baiano esfolou a Petrobras — e esses são apenas dois agentes do maior sistema de corrupção da história, regido pelo PT de dentro do Palácio do Planalto. Agora tirem as crianças da sala para a notícia estarrecedora: o PT continua dentro do palácio.
Como escreveu Fernando Gabeira, o Brasil desmoralizou a instituição do batom na cueca. A mancha veio da lavanderia, o batom era progressista e a cueca era do bem. O ministro Gilmar Mendes disse que Dilma não precisa de um Fiat Elba como o de Collor para cair. Claro que não. Ela pode cair pedalando — o que seria inclusive menos poluente. As pedaladas fiscais que o TCU já condenou são crime de responsabilidade, e constituem uma fração do tal projeto criminoso — que não é feito só de mensalões e pixulecos, mas também de fraudes contábeis para maquiar o rombo.
Não deixem as crianças ouvirem: essa orgia companheira acaba de render ao Brasil o selo de país caloteiro. Agora sejam fortes: as pedaladas continuaram este ano, depois de flagradas e desmascaradas, e pelo menos uma das centrais de tramoias do petrolão continuou ativa depois da revelação do escândalo. Deu para entender? O PT é o cupim do Estado brasileiro, e não dá para pedir a ele: senhor cupim, por favor, poderia parar de devorar a mobília até 2018? O Brasil está esperando que os cupins passem a se alimentar de vento estocado e façam o ajuste fiscal.
Dilma Rousseff declarou na Finlândia que este governo não está envolvido com corrupção. É verdade.
A corrupção, coitada, é que está envolvida com este governo. De cabo a rabo. A Lava-Jato já apresentou as evidências de que a própria reeleição de Dilma se alimentou do petrolão — e Vaccari, o ex-tesoureiro do PT, está preso por causa disso. Mas o governo promete tapar o rombo, e lá estão os brasileiros com os braços estendidos para a seringa da nova CPMF, ou bolsa cupim. Contando, ninguém acredita.
Nesse meio tempo, num lugar muito distante da Finlândia, o Banco Central informa que desistiu de cumprir a meta fiscal. Note bem: não foi uma frase de Mercadante, Mantega ou outra das nossas autoridades de picadeiro. O Banco Central do Brasil, espremido entre a inflação e a recessão, teve que largar no chão a arma da política monetária: simplesmente não há o que fazer para respeitar a meta fiscal em 2016. Dilma reagiu: pediu à sua equipe econômica para flexibilizar a meta fiscal. Nessa linha, poderia aproveitar e pedir para flexibilizar o Código Penal. Seria mais eficaz neste momento.
O governo parou. Dilma, a representante legal (sic) do projeto criminoso de poder, está morando de favor no palácio. Conta com a blindagem do STF aparelhado, do companheiro procurador Janot e de um bando de inocentes úteis que doam suas reputações em troca de uma fantasia progressista cafona (alguns perderam a inocência na tabela dos pixulecos). Quem pode descupinizar o palácio é o Congresso Nacional. O pedido de impeachment está nas mãos do presidente da Câmara, que um Brasil abobado transformou em inimigo público número um — porque aqui quem assalta com estrelinha no peito é herói. Eduardo Cunha pode ser cassado, condenado ou execrado, só não pode roubar a cena daqueles que roubaram o país inteiro.
Os brasileiros que estão autorizados por Lula a chamar o PT de ladrão estão chegando a Brasília, acampando em frente ao Congresso Nacional. Quando deputados e senadores estiverem devidamente cercados pela multidão, brotará num passe de mágica sua responsabilidade cívica. Aí os nobres representantes do povo farão, altivamente, a descupinização do palácio — sem traumas, em nome da lei. O resto é com a polícia.
A corrupção, coitada, é que está envolvida com este governo. De cabo a rabo. A Lava-Jato já apresentou as evidências de que a própria reeleição de Dilma se alimentou do petrolão — e Vaccari, o ex-tesoureiro do PT, está preso por causa disso. Mas o governo promete tapar o rombo, e lá estão os brasileiros com os braços estendidos para a seringa da nova CPMF, ou bolsa cupim. Contando, ninguém acredita.
domingo, 13 de setembro de 2015
"Lula e sua turma agem sem remorsos", por Ferreira Gullar
DOMINGO, 13 DE SETEMBRO DE 2015
"Lula e sua turma agem sem remorsos", por Ferreira Gullar
O fim do caminho
sábado, 5 de setembro de 2015
Botes de refugiados
No início do ano, os europeus se indignaram com o ataque ao Charlie Hebdo e muitos no velho continente demonstraram sua contrariedade com a comunidade islâmica, de onde vieram os assassinos dos cartunistas.
Agora, a imagem do menininho morto numa praia turca provoca o efeito oposto e há quem saia às ruas exigindo que seus governos acolham os milhares de refugiados da guerra síria. Às vezes, a opinião pública europeia flutua ao sabor das ondas de um Mediterrâneo em noite de tempestade.
Acontece que muitos outros menininhos sírios morreram e morrem na guerra civil em seu país e os maiores culpados disso não são os líderes europeus, o Obama ou mesmo o Putin. Entendo quem se comova com o triste corpinho de criança na praia turca, mas também compreendo quem não queira arcar com os custos de uma guerra que não é sua.
Há tempos que a primavera árabe de Damasco se transformou num inferno. Agora, como encanto, os botes lotados de fugitivos levam a crise humanitária para as praias do norte do Mediterrâneo e reforçam o ceticismo sobre a própria viabilidade da União Europeia.
sábado, 29 de agosto de 2015
Pixulequeiros
quinta-feira, 16 de julho de 2015
Idiotices da esquerda
- Esquerdistas em geral acreditam piamente no chamado “consenso científico” a respeito do aquecimento global antropogênico e das mudanças climáticas, mas se recusam a levar em conta o mesmo “consenso” sobre a salubridade dos alimentos geneticamente modificados.
- Esquerdistas em geral são a favor da liberdade de escolha da mulher em relação ao aborto, mas querem reduzir essa mesma liberdade quanto à escolha da forma de parto e, não raro, pregam que o governo interfira no mercado para limitar o número de cesáreas, que, segundo alguns especialistas, poderiam prejudicar o bebê. Tão preocupados com a saúde dos fetos e tão indiferentes à sua vida.
- Esquerdistas em geral são intransigentes defensores dos direitos da mulher e da igualdade de gênero nos países ocidentais, mas costumam fazer vista grossa ao que acontece com elas nos países islâmicos, onde muitas vezes são tratadas como escravas, privadas dos direitos individuais mais elementares.
- Esquerdistas em geral, acertadamente, acreditam que aumentos de preços, via impostos, incentivam a redução do consumo de cigarros, gorduras e açúcares, mas acham que aumentos no salário mínimo não terão qualquer conseqüência no consumo da mão de obra pouco qualificada. Para eles, a lei econômica da oferta e da demanda é opcional.
- Esquerdistas em geral favorecem a liberação da maconha e de outras drogas, em nome da liberdade individual de escolha, mas estão engajados em verdadeiras “jihads” contra o cigarro, as guloseimas, os refrigerantes e as gorduras trans. Ou seja, a liberdade de escolha depende da substância e não do discernimento do consumidor.
- Esquerdistas em geral consideram que as mulheres estão sub-representadas em diversas áreas da sociedade, como no Congresso Nacional e nos altos cargos de direção empresarial, e não raro defendem a implantação de políticas afirmativas (cotas) para “solucionar” o “problema”. Porém, não ligam a mínima que o mesmo aconteça nas prisões e nas profissões de alto risco, por exemplo, onde o número de homens é também muito maior que o de mulheres.
- Esquerdistas em geral são defensores intransigentes da ecologia e da vida animal, a ponto de promoverem verdadeiros linchamentos públicos sempre que alguma empresa petrolífera é responsável por vazamentos de óleo, mas fecham os olhos ao intenso massacre de pássaros promovido, por exemplo, pelas hélices geradoras de energia eólica e pelas fazendas de energia solar, não por acaso as formas de energia de seus sonhos.
- Esquerdistas em geral consideram que os menores de 18 anos – e maiores de 16 – estão aptos a votar, formar sociedades empresariais, ter vida sexual ativa e até mesmo dirigir automóveis, mas são ao mesmo tempo absolutamente imaturos e incapazes de assumir eventuais responsabilidades por seus delitos.
- Esquerdistas em geral deram apoio solidário e irrestrito à decisão da maioria no plebiscito grego sobre a dívida pública daquele país, mas se recusam a aceitar o resultado do plebiscito brasileiro sobre o desarmamento. O importante não é a democracia, mas o resultado do pleito.
- Esquerdistas (pelo menos alguns) concordam que a carga tributária brasileira é alta e acham que deveria baixar, mas não pensam duas vezes na hora de apoiar qualquer nova política pública que aumente os gastos do governo.
- Esquerdistas em geral são ferozes opositores do famigerado “consumismo desenfreado” praticado nas sociedades capitalistas, entretanto são os primeiros a propor políticas de incentivo que visem ao aumento do consumo, em períodos recessivos. Nessas horas, alguns chegam a apontar a poupança como ação antipatriótica.
- Esquerdistas em geral costumam vituperar contra os altos salários dos executivos (vide o Movimento Occupy Wall Street), mas se calam diante dos altíssimos salários de seus artistas e desportistas prediletos, os quais, muitas vezes, ganham tanto ou mais do que aqueles.
- Esquerdistas em geral reclamam dos altos preços dos produtos e serviços cobrados pelos gananciosos empresários capitalistas, ao mesmo tempo em que defendem, sistematicamente, o protecionismo mercantil, que reduz a concorrência e, consequentemente, ajuda a manter elevados os preços.
- Esquerdistas em geral reclamam da corrupção, mas nunca desistem de querer aumentar o poder e o dinheiro nas mãos dos governos. Privatização? Nem pensar!
- Esquerdistas em geral defendem, com justíssima razão, os direitos dos homossexuais, embora venerem alguns de seus maiores algozes, como Che Guevara e Fidel Castro, dois símbolos da perseguição contra os gays.
- Esquerdistas em geral acham que a liberdade de expressão deve ser restringida quando, por exemplo, ela agride a imagem do Profeta Maomé, mas não estão nem aí para as agressões contra símbolos cristãos ou judeus.
- Esquerdistas em geral foram às ruas e levantaram bandeiras a favor do impeachment constitucional de Collor, assim como passaram anos pedindo o impeachment de FHC, mas acusam de golpistas os que hoje pedem o impeachment de Dilma.
- Esquerdistas em geral discursam contra os grandes conglomerados empresariais das economias capitalistas, mas não se cansam de apoiar políticas públicas de apoio às grandes empresas, não raro fomentadoras de monopólios e oligopólios, como as praticadas, por exemplo, pelo BNDES.
- Esquerdistas em geral são favoráveis à quebra de patentes farmacêuticas e, em muitos casos, até à sua completa extinção, mas costumam defender como intocáveis os direitos autorais de seus escritores e artistas preferidos.
- Esquerdistas em geral, em época de eleição, costumam elevar os eleitores à condição de sábios (especialmente quando votam majoritariamente neles), mas tratam esse mesmo eleitor como alguém totalmente incapaz de tomar as decisões mais comezinhas do dia-a-dia, devendo ser tutelado até mesmo a respeito do que comer, beber, ler ou assistir.
- Esquerdistas em geral almejam viver numa sociedade sem distinção de classes ou raças, mas não raro são os primeiros a dividi-la de acordo com a classe social ou a cor da pele. Quantas vezes, você, amigo liberal, já foi chamado de “coxinha”, “burguês”, “branquelo” e outras alcunhas do gênero?
terça-feira, 14 de julho de 2015
Por que vocês não desistem, comunas?
TERÇA-FEIRA, 14 DE JULHO DE 2015
Por que vocês não desistem, comunas?

sábado, 4 de julho de 2015
A extinção da mulher sapiens", por Guilherme Fiuza
"A extinção da mulher sapiens", por Guilherme Fiuza
Pela teoria de domínio do fato, Lula e Dilma estariam sendo investigados. Procura-se um homo sapiens capaz de fazer isso acontecer
domingo, 21 de junho de 2015
A frente socialista dos palestrantes milionários
sábado, 20 de junho de 2015
Venezuela triste
sábado, 13 de junho de 2015
Ronald Reagan
sábado, 23 de maio de 2015
Nova guerra fria
sexta-feira, 15 de maio de 2015
A visita de Li Keqiang ao Brasil - SERGIO AMARAL
domingo, 10 de maio de 2015
Um juiz mais importante que Barbosa ou Moro
Um juiz mais importante que Barbosa ou Moro
O juiz em questão chama-se Ivan Ilitch Golovin, personagem do escritor russo Lev Tolstói
A narrativa começa com uma cerimônia fúnebre em torno do corpo do juiz Ivan Ilitch, titular do Tribunal de Justiça, numa província da Rússia czarista. Nem bem o cadáver está no caixão, seus colegas disputam a sucessão e discutem quem ocupará o lugar de quem com o posto vago. A mulher chama a um canto o amigo mais próximo do marido morto para perguntar-lhe como seria possível extrair mais dinheiro do governo. Seus antigos confrades escapam da cerimônia para uma partida de cartas, que não havia como cancelar. Tolstói conta, a partir daí, como Ivan Ilitch levara uma vida exemplar para os padrões da sociedade russa. Formara-se em Direito, casara-se, tivera filhos e conquistara gradualmente posições no Judiciário. Seu sucesso fora coroado com a nomeação para o cargo de juiz no interior. O trabalho preenchia sua vida. Julgava os casos mais difíceis sem misturar questões pessoais e profissionais. Respeitado na comunidade local, usufruía com prazer o poder de decidir o destino alheio. Até que sofre uma queda ao instalar uma cortina em sua casa nova e, a partir daí, sua saúde degringola. Ele entra numa lenta decadência física, assistido por médicos incapazes de curar uma doença misteriosa, que lhe afeta ora o rim, ora o apêndice. Especialistas são consultados, estrelas da medicina demonstram a impotência da ciência diante da palavra-chave de Tolstói: o “inexorável”. Ivan Ilitch é forçado a deixar o trabalho, abandonado ao leito pela família e pelos amigos. Encontra consolo apenas no ópio que lhe alivia as dores insuportáveis e no apoio que recebe de um criado. Acamado, moribundo, começa a refletir sobre como pode uma doença sem cura aparente atingir alguém tão correto. Lá pelas tantas, pergunta-se: “Quem sabe eu não vivi como devia? Mas como assim, não como devia, se eu fiz tudo como era devido?”. O arrependimento toma conta de seus últimos pensamentos até que, aos 45 anos, sobrevém o “inexorável” – ele morre.
Conde da nobreza russa, Tolstói era um conservador. Desconfiava das aparências sociais, das ilusões políticas e de todo pensamento que vislumbrasse algum tipo de ordem no caos da vida e da história. Não acreditava nas teorias tão em voga em seu tempo, como socialismo, positivismo, ou mesmo liberalismo. “Tolstói rejeitava a reforma política por acreditar que a regeneração definitiva poderia vir apenas de dentro, e que a vida interior só poderia ser vivida de verdade nas profundezas intocadas das massas populares”, escreveu o pensador Isaiah Berlin em seu monumental ensaio O ouriço e a raposa. Foi tal crença que levou Tolstói, já mestre reconhecido da literatura russa, a abandonar as letras para levar uma vida frugal com a mulher e os 13 filhos na propriedade rural de Iasnaia Poliana, a 200 quilômetros de Moscou. Idoso, barba de profeta, esnobado pelo comitê do Prêmio Nobel, absorto em suas ideias pacifistas e em sua versão particular do Cristianismo, resolveu abandonar a própria família. Legou os direitos de suas obras ao povo russo e passou a viver como pedinte de uma cidade a outra da Rússia.
A morte de Ivan Ilitch foi publicado em 1886, quando Tolstói já largara a literatura. Berlin argumenta que, mesmo desprezando os teóricos intelectuais, Tolstói era um deles – acreditava na existência de alguma ordem mais profunda, capaz de explicar a realidade. Apenas não acreditava na nossa capacidade de encontrá-la ou de entendê-la. Não era, para usar a metáfora de Berlin, um “ouriço”, alguém que vê tudo através do prisma de uma teoria única. Era uma “raposa”, cujo refinamento e compreensão das múltiplas facetas da alma humana o tornavam capaz de esmiuçar e desmontar qualquer teoria que desse alguma aparência de ordem à vida. Não escolheu um juiz como personagem à toa. Juízes são o maior símbolo da ordem social que tanto desprezava. Não houve PEC da Bengala para Tolstói. Ele se manteve ativo até morrer, em 1910, aos 82 anos. A morte de Ivan Ilitch mostra que o mais importante não é a idade com que juízes, escritores ou qualquer um de nós nos aposentamos – nem quando ou como morreremos. É o que fazemos antes disso.
Ajuste ou desmanche? - Eliana Catanhede
Soltos - Marcos Rolim
domingo, maio 10, 2015
SOLTOS - MARCOS ROLIM
O argumento fundamental da decisão da segunda turma do STF pela soltura de nove executivos de empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato que estavam em prisão preventiva foi o princípio da presunção de inocência. Os réus, entretanto, foram encaminhados à prisão domiciliar, receberam ordem de não conversar entre si, foram submetidos ao uso de tornozeleiras eletrônicas e tiveram passaportes apreendidos. Presume-se, portanto, que há o risco de que prejudiquem a instrução criminal e de que possam fugir do país. Neste caso, estamos diante de duas das exceções à regra da liberdade processual. Ou seja, as circunstâncias que poderiam justificar as medidas restritivas contra os acusados são aquelas que autorizam a prisão cautelar. Então, por que soltá-los?
Não estou seguro quanto aos fundamentos empregados na decisão. Para os que atuam na defesa dos empreiteiros, ela garantiu direito elementar e motivos para comemoração. Para o Brasil, talvez tenha garantido a vitória do cinismo.