Dois anos atrás, o parlamento britânico negou autorização ao primeiro-ministro para intervir militarmente na Síria. Pouco depois, Obama e Putin negociaram um acordo que levou Assad a assinar a Convenção para a Proibição de Armas Químicas, livrando suas forças de bombardeios norte americanos em retaliação ao emprego de Sarin por tropas sírias, o que causou a morte de várias centenas de civis e crianças.
Na época, muitos, inclusive eu mesmo, identificaram falta de disposição dos EUA em punir os responsáveis pela atrocidade.
Os parlamentares britânicos e o presidente dos EUA perceberam os limites de seu poder e evitaram que seus países mergulhassem em um novo conflito, dessa vez num caldeirão de pólvora chamado Síria, onde a luta envolve muito mais do que choque de religiões ou de interesses geopolíticos.
Putin enxergou a fraqueza da OTAN e abocanhou a Crimeia poucos meses depois.
O conflito na Ucrânia continua sem solução. Na Síria também e o Estado Islâmico permanece ativo e avançando. Tudo isso está interligado.
Estamos no meio de um impasse, onde os atores do jogo internacional não têm força ou interesse suficiente para derrubar seus adversários.
É uma outra modalidade de guerra fria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário