sexta-feira, 21 de junho de 2013

Câncer

Não gosto dessas manifestações.
Sou uma exceçao. No meu trabalho, quase todos apoiam o povo na rua, mas eu não.
Comparo esses protestos com o câncer. O sujeito descobre a doença, desconfia dos motivos que o levaram a ficar doente e parte para o tratamento. Daí, depois do sofrimento, consegue se curar.
O câncer causa muito sofrimento e tem até quem, depois da cura, corrija hábitos ruins e passa a ter uma vida mais saudável.
Pode ser, mas ninguém gosta do câncer. Ele é perigoso e pode matar.
Daí que eu entendo os protestos e compartilho a mesma indignação que move a grande maioria dos manifestantes, mas não posso gostar de um movimento que ameaça democracia.
Tem gente que vai para rua para descarregar suas frustrações. É como uma catarse e o sujeito reclama para aliviar a raiva contida dentro de si.
Nos acostumamos a acreditar que o único jeito no Brasil era o povo na rua, que somente o povo poderia dar jeito com a corrupção, com a bandalheira, com o desgoverno.
Mas não é bem assim. Há um tremendo perigo para as instituições, para a própria democracia.
Um movimento que não sabe o que quer e nem para onde vai pode nos levar ao desastre.
A violência que ocorre em cada uma dessas manifestações mostra como é pequeno o limite entre o protesto e a anarquia.
Por vezes, é somente o tamanho da dose o que distingue o remédio do veneno
Então, cuidado com essas manifestações sem controle, pois elas podem até matar a democracia.

Um comentário:

  1. Não é só vc não!!! Aliás obrigada por me fazer sentir mais...normal. rsrs
    Vai falar algo diferente no trabalho!!! O povo te crucifica! Como pode alguém querer que eu concorde c/ a tal MPL e pedidos estapafúrdios?!
    Mas mantenhamos a fé nas nossas instituições!

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