Em 11 de agosto do ano passado, o Correio Brasiliense publicou um artigo sobre imigrantes que vivem no Brasil. Pelos dados apresentados, vivem em nosso país quase um milhão de estrangeiros que não pretendem regressar à sua terra natal.
O número de estrangeiros no Brasil supera em pouco o dos indígenas, que somam cerca de 900 mil.
Os imigrantes chegam ao nosso país para trabalhar, produzir e se integrar ao conjunto dos brasileiros. Já os índios ocupam uma área superior à maioria dos países do mundo, correspondente a treze porcento do nosso território e contam com a leniência do nosso povo em tolerar a ação de organizações internacionais que defendem que a internacionalização das terras em que vivem.
Já vivi em outro país e sei o que é ser estrangeiro. Não é fácil adaptar-se a um novo estilo de vida. Quem vem de fora e quer ficar por aqui merece o nosso apoio. Afinal, somos um povo tolerante e amigo, embora haja quem goste de nos fazer de otários.
domingo, 30 de setembro de 2012
sábado, 29 de setembro de 2012
Código Florestal
Não há lugar no mundo igual ao Brasil e nosso povo é reconhecidamente
tolerante. O problema é que por causa de sua leniência, o brasileiro
pode se passar por otário.
As discussões sobre o código florestal são férteis exemplos de vigarice intelectual.
Em 6 de dezembro do ano passado, o Estado de São Paulo publicou uma matéria de Karina Ninni afirmando que uma região de 400 mil km2, equivalente a dois Estados de São Paulo, poderia ficar desprotegida na Amazônia caso fosse aprovada a proposta do novo Código Florestal.
Em 01 de julho de 2011, o então Secretário do Meio Ambiente do Mato Grosso jurou que o aumento de 14% do desmatamento verificado na época se relacionava ao novo código florestal.
A própria Veja, em sua edição 2260, afirmou que o novo Código Florestal poderia agravar a depredação dos manguezais, ecossistemas que se estendem por dezesseis estados e são a base da biodiversidade no litoral.
Matérias catastrofistas como essas pipocaram em diversos cantos e em diversas mídias do país.
Houve gente que não gostou que o novo código tivesse surgido de um entendimento suprapartidário, que percebera que era necessário modernizar a legislação e prover segurança jurídica ao produtor rural.
Logo, apareceu um movimento de bacanas procurando detonar o código . Uma atriz bonita, hoje moça propaganda da Caixa Econômica e enteada da petista Benedita da Silva, aproveitou sua proximidade do poder e, na presença da presidenta, sussurou no microfone um “Veta Dilma”.
Aplausos!!!
Na grama seca da Esplanada dos Ministérios, estudantes vermelhos e onguistas grimpicianos fizeram malabarismos verbais e teatrais imitando a morte da floresta.
Mais aplausos!!!
Brasileiros gostam de teatro e tudo isso compôs o grande embuste da esquerda, onde se abriga o radicalismo ambiental de viés autoritário.
No Brasil de hoje, treze porcento do país é território indígena, outros Dezessete porcento são de áreas de proteção ambiental. A produção agropecuária ocupa apenas um quarto da extensão territorial brasileira.
Mesmo assim, conseguimos ser um dos líderes mundiais na produção de alimentos. Podemos dizer que produzimos comida que mata a fome de muita gente.
Boa parte das conquistas de nossa agricultura se deve ao uso de novas tecnologias, inclusive com organismos geneticamente modificados.
Os famigerados transgênicos são alvo do ódio da esquerda, que os considera meros instrumentos de dominação imperialista dos EUA.
A verdade é que, até hoje, não se descobriu algum caso relevante de que esse tipo de alimento faça mal, mas isso pouco importa. A grita contra os transgênicos só recentemente diminuiu e isso porque os branquelas europeus estão em crise e comida geneticamente modificada também enche a barriga.
Mas isso é apenas mais um exemplo da vigarice intelectual que grassa no nosso país.
Talvez por sermos tão tolerantes, os vermelhos e os onguistas convidam os brasileiros a fazer papel de bobos.
Seremos mesmo otários se aceitarmos o convite.
As discussões sobre o código florestal são férteis exemplos de vigarice intelectual.
Em 6 de dezembro do ano passado, o Estado de São Paulo publicou uma matéria de Karina Ninni afirmando que uma região de 400 mil km2, equivalente a dois Estados de São Paulo, poderia ficar desprotegida na Amazônia caso fosse aprovada a proposta do novo Código Florestal.
Em 01 de julho de 2011, o então Secretário do Meio Ambiente do Mato Grosso jurou que o aumento de 14% do desmatamento verificado na época se relacionava ao novo código florestal.
A própria Veja, em sua edição 2260, afirmou que o novo Código Florestal poderia agravar a depredação dos manguezais, ecossistemas que se estendem por dezesseis estados e são a base da biodiversidade no litoral.
Matérias catastrofistas como essas pipocaram em diversos cantos e em diversas mídias do país.
Houve gente que não gostou que o novo código tivesse surgido de um entendimento suprapartidário, que percebera que era necessário modernizar a legislação e prover segurança jurídica ao produtor rural.
Logo, apareceu um movimento de bacanas procurando detonar o código . Uma atriz bonita, hoje moça propaganda da Caixa Econômica e enteada da petista Benedita da Silva, aproveitou sua proximidade do poder e, na presença da presidenta, sussurou no microfone um “Veta Dilma”.
Aplausos!!!
Na grama seca da Esplanada dos Ministérios, estudantes vermelhos e onguistas grimpicianos fizeram malabarismos verbais e teatrais imitando a morte da floresta.
Mais aplausos!!!
Brasileiros gostam de teatro e tudo isso compôs o grande embuste da esquerda, onde se abriga o radicalismo ambiental de viés autoritário.
No Brasil de hoje, treze porcento do país é território indígena, outros Dezessete porcento são de áreas de proteção ambiental. A produção agropecuária ocupa apenas um quarto da extensão territorial brasileira.
Mesmo assim, conseguimos ser um dos líderes mundiais na produção de alimentos. Podemos dizer que produzimos comida que mata a fome de muita gente.
Boa parte das conquistas de nossa agricultura se deve ao uso de novas tecnologias, inclusive com organismos geneticamente modificados.
Os famigerados transgênicos são alvo do ódio da esquerda, que os considera meros instrumentos de dominação imperialista dos EUA.
A verdade é que, até hoje, não se descobriu algum caso relevante de que esse tipo de alimento faça mal, mas isso pouco importa. A grita contra os transgênicos só recentemente diminuiu e isso porque os branquelas europeus estão em crise e comida geneticamente modificada também enche a barriga.
Mas isso é apenas mais um exemplo da vigarice intelectual que grassa no nosso país.
Talvez por sermos tão tolerantes, os vermelhos e os onguistas convidam os brasileiros a fazer papel de bobos.
Seremos mesmo otários se aceitarmos o convite.
Futuro
Já disseram que é muito difícil prever o futuro e, por isso, o melhor a fazer é construí-lo.
Sem dúvida, previsões de longo prazo são carregadas de incertezas, mas quem assiste aos filmes e desenhos animados de cinquenta anos atrás pode surpreender-se com a realização de alguns desvarios.
O celular com skype que permite que as pessoas se vejam enquanto falam confirma o relógio de pulso do Dick Trace, que prometia a mesma facilidade. Não demorará, teremos robôs fazendo trabalhos domésticos em nossas casas, assim como os Jetsons. Os computadores que carregamos na palma de nossa mão são mais poderosos que todos imaginados nos filmes de antigamente.
Desvarios a parte, temos ferramentas muito melhores hoje do que há algumas poucas décadas. Podemos, então, construir um futuro melhor.
Sem dúvida, previsões de longo prazo são carregadas de incertezas, mas quem assiste aos filmes e desenhos animados de cinquenta anos atrás pode surpreender-se com a realização de alguns desvarios.
O celular com skype que permite que as pessoas se vejam enquanto falam confirma o relógio de pulso do Dick Trace, que prometia a mesma facilidade. Não demorará, teremos robôs fazendo trabalhos domésticos em nossas casas, assim como os Jetsons. Os computadores que carregamos na palma de nossa mão são mais poderosos que todos imaginados nos filmes de antigamente.
Desvarios a parte, temos ferramentas muito melhores hoje do que há algumas poucas décadas. Podemos, então, construir um futuro melhor.
Ferreira Gullar
Espantosa a entrevista de Ferreira Gullar à Veja desta semana. Honesto como poucos, o escritor não se furtou a criticar o socialismo, mesmo sendo um ex-militante comunista.
Ele também expôs sua dolorosa experiência com a doença de seus filhos e se confessou incapaz de espantar-se com o mundo. Uma pena, pois os poetas precisam de espanto para escrever.
Ferreira Gullar é uma vela que ainda ilumina, mas sabe que seu pavio não demorará.
Um poeta lúcido e honesto. Tenho mais um bom motivo para admirá-lo.
Ele também expôs sua dolorosa experiência com a doença de seus filhos e se confessou incapaz de espantar-se com o mundo. Uma pena, pois os poetas precisam de espanto para escrever.
Ferreira Gullar é uma vela que ainda ilumina, mas sabe que seu pavio não demorará.
Um poeta lúcido e honesto. Tenho mais um bom motivo para admirá-lo.
Herzog
Fim de outubro e lembram, mais uma vez, da morte do Wladimir Herzog.
Não sei como mataram, porque mataram ou até se mataram mesmo o Herzog. Sei que ele morreu e que sua morte aconteceu há trinta e sete anos.
Nessas quase quatro décadas, muitos e muitos morreram e ainda morrem sob a tutela do Estado, em presídios ou em celas espalhadas pelas delegacias desse país.
Herzog podia ser inocente. Certamente, muitos encarcerados mortos também eram. Tenho pena de todos, mas, em todos esses quase quarenta outubros, a esquerda que nos domina não se lembra dos que ainda morrem nos presídios sob sua guarda e não nos deixa esquecer de Herzog enforcado na cela.
A esquerda usa Herzog para que o fedor de seu cadáver empesteie a memória dos governos militares. Não adianta dizer que os militares fizeram isso, aquilo ou aquilo outro de bom, porque sempre haverá um vermelho a exibir as fotos do corpo de Herzog, inerte e pendurado pelo pescoço.
Herzog é um mártir da esquerda, uma espécie de Tiradentes vermelho. Não é sequer necessário que alguém assuma tê-lo assassinado, pois mesmo que ele tivesse tirado sua própria vida, sua imagem de inocente morto é tão forte quanto a do Che Gevara estampada numa camiseta.
Outubro vai e outubro vem e é certo que o fantasma de Herzog voltará a nos assombrar.
Não sei como mataram, porque mataram ou até se mataram mesmo o Herzog. Sei que ele morreu e que sua morte aconteceu há trinta e sete anos.
Nessas quase quatro décadas, muitos e muitos morreram e ainda morrem sob a tutela do Estado, em presídios ou em celas espalhadas pelas delegacias desse país.
Herzog podia ser inocente. Certamente, muitos encarcerados mortos também eram. Tenho pena de todos, mas, em todos esses quase quarenta outubros, a esquerda que nos domina não se lembra dos que ainda morrem nos presídios sob sua guarda e não nos deixa esquecer de Herzog enforcado na cela.
A esquerda usa Herzog para que o fedor de seu cadáver empesteie a memória dos governos militares. Não adianta dizer que os militares fizeram isso, aquilo ou aquilo outro de bom, porque sempre haverá um vermelho a exibir as fotos do corpo de Herzog, inerte e pendurado pelo pescoço.
Herzog é um mártir da esquerda, uma espécie de Tiradentes vermelho. Não é sequer necessário que alguém assuma tê-lo assassinado, pois mesmo que ele tivesse tirado sua própria vida, sua imagem de inocente morto é tão forte quanto a do Che Gevara estampada numa camiseta.
Outubro vai e outubro vem e é certo que o fantasma de Herzog voltará a nos assombrar.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Carta para Isabela
Isabela,
fiquei
surpreso quando li, na mensagem do celular, o pedido de sua mãe para que eu lhe
escrevesse uma carta. Logo percebi que, para cumprir a tarefa, teria que refletir
um pouco sobre o tempo. Então, me espantei de novo, dessa vez com o rumo dos meus
pensamentos.
Eu me dei
conta que o conceito de tempo não se explica somente pelas leis da física, pela
mecânica que rege o universo ou pelo relativismo do movimento dos objetos.
Certamente,
o tempo é mais do que a simples contagem dos segundos, dias ou horas e mesmo as
mais complicadas fórmulas matemáticas não alcançam toda a sua complexidade.
É espantoso
que o tempo, que é tão complexo, possa ter outra definição, bem mais simples,
mas também profunda. O tempo que realmente importa é apenas a coleção das marcas
que a vida deixa quando passa.
Depois de
pensar nisso, é que comecei a escrever a
carta. Então, a minha sobrinha Isabela, que já é uma moça, vai para um encontro
de jovens neste fim de semana.
Mas como isso
é possível se eu, outro dia mesmo, também fui a um encontro igualzinho a esse? Peraí. Quando foi que
isso aconteceu mesmo? Ah, foi em 1982.
Trinta anos
atrás, eu, que era jovem, fui a um encontro com outros jovens. Arrisco a dizer
que eramos gente quase igual aos amigos de minha sobrinha.
Mas porque
falo disso tudo? Para que tanta lenga-lenga sobre tempo e jovens?
Talvez seja
porque, para o jovem, o tempo que se tem pela frente é tão longo que parece
infinito.
O jovem é
impaciente e, de tanto ouvir que é preciso ter calma, que ele tem todo o tempo
do mundo pela frente, acaba se convencendo de que é imortal e indestrutível.
Não, nada é
eterno, nem mesmo o jovem. A juventude também acaba, mas é insubstituível.
Gosto de lembrar
de como eu era nos meus dias de jovem. É bom recordar o espírito solto e
ansioso por ter diante de mim tantas e tantas possibilidades. Sei que não sou mais o que fui, mas aquilo em que
me tornei.
Pelo tempo
das minhas lembranças, aquele encontro de trinta anos atrás foi tão bom que
parece que aconteceu ontem.
Então,
Isabela, tomara que você aproveite esse seu encontro de jovens tanto quanto eu
aproveitei o meu. Quem sabe se algum dia ele não vai lhe inspirar também a
filosofar um pouco sobre a vida e o tempo?
Beijos do
seu tio Clóvis.
domingo, 23 de setembro de 2012
Abrir os olhos
Já faz tempo que nossa sociedade fechou os olhos à mediocridade em nome da democracia. Explico que não sou elitista, muito pelo contrário, mas prezo muito o princípio da meritocracia e não tenho pena de coitadinhos.
Quem acorda cedo e trabalha o dia inteiro merece respeito, sobretudo dos governantes deste país.
Tenho urticária quando me defronto com os ditos movimentos sociais, cujos líderes brigam mesmo é por projeção política.
Não gosto desses movimentos e tenho cautela com muitas ONG, que prejudicam os interesses da maioria dos brasileiros, em nome de privilégios de minorias.
Fiz mestrado e doutorado, conheço o ambiente acadêmico e, por isso mesmo, sei que alguns professores universitários são meros porta-vozes de grupos políticos.
Acho muito bom que os mensaleiros sejam exemplarmente punidos. Isso servirá de lição para determinados grupos políticos que acreditam que o Brasil poderia sujeitar-se a um esquema partidário dos moldes do PRI mexicano ou peronismo argentino, que tanto mal fizeram e fazem a seus países.
Termino esse comentário-discurso com boas perspectivas, já que observo que mais e mais gente desperta para os malefícios do proselitismo e discurso fácil e vazio de uma esquerda imbecil e canhesta.
O buraco é muito mais embaixo no que compete aos problemas econômicos e sociais do Brasil. Não é uma mera questão de ricos contra pobres, mas também de medíocres contra empreendedores, acomodados contra esforçados, vigaristas e honestos.
Não se consegue justiça social com fórmulas mágicas, mes em trabalho duro e solidariedade.
Daí que é bom ser cético, é bom ter pé no chão e é melhor ainda botar as mãos a obra.
Estamos abrindo os olhos.
Quem acorda cedo e trabalha o dia inteiro merece respeito, sobretudo dos governantes deste país.
Tenho urticária quando me defronto com os ditos movimentos sociais, cujos líderes brigam mesmo é por projeção política.
Não gosto desses movimentos e tenho cautela com muitas ONG, que prejudicam os interesses da maioria dos brasileiros, em nome de privilégios de minorias.
Fiz mestrado e doutorado, conheço o ambiente acadêmico e, por isso mesmo, sei que alguns professores universitários são meros porta-vozes de grupos políticos.
Acho muito bom que os mensaleiros sejam exemplarmente punidos. Isso servirá de lição para determinados grupos políticos que acreditam que o Brasil poderia sujeitar-se a um esquema partidário dos moldes do PRI mexicano ou peronismo argentino, que tanto mal fizeram e fazem a seus países.
Termino esse comentário-discurso com boas perspectivas, já que observo que mais e mais gente desperta para os malefícios do proselitismo e discurso fácil e vazio de uma esquerda imbecil e canhesta.
O buraco é muito mais embaixo no que compete aos problemas econômicos e sociais do Brasil. Não é uma mera questão de ricos contra pobres, mas também de medíocres contra empreendedores, acomodados contra esforçados, vigaristas e honestos.
Não se consegue justiça social com fórmulas mágicas, mes em trabalho duro e solidariedade.
Daí que é bom ser cético, é bom ter pé no chão e é melhor ainda botar as mãos a obra.
Estamos abrindo os olhos.
domingo, 16 de setembro de 2012
O pior dos mundos.
O artigo já é antigo, tem mais de um ano, mas é esclarecedor em vários aspectos. Foi publicado em 27 de junho do ano passado e, embora seu texto trate especificamente sobre tráfego, ele evidencia diferenças substanciais entre os europeus e os EUA. Enquanto os vemelhos da Europa impõem o transporte coletivo ao cidadão, praticamente impedindo-o de usar seu carro; os EUA adaptam suas cidades ao aumento do número de veículos.
Para mim, fica claro que os esquerdistas restringem a liberdade individual em nome de um suposto bem comum, enquanto os norte-americanos adaptam suas estruturas às escolhas de seus cidadãos. Nesse sentido, os EUA são bem mais democráticos que os socialistas europeus.
No Brasil, os esquerdistas adoram copiar suas matrizes europeias e malhar tudo o que vem dos Estados Unidos. Contudo, por aqui, a incompetência vermelha, depois de trinta anos no poder, não consegue oferecer transporte urbano de qualidade, ao mesmo tempo em que impõe aos brasileiros as maldades inventadas pelos socialistas do além-mar.
Outro fato que me chama a atenção, é que os europeus se apoiam no combate ao aquecimento global para justificar as perfídias contra seus cidadãos. Não é à toa que esse tema tem tanta aceitação na mídia vermelha.
Lembro que os mesmos socialistas foram radicalmente contra os alimentos geneticamente modificados. A campanha contra os transgênicos só arrefeceu recentemente, com a crise econômica que desempregou muitos europeus. Os comunas de lá se convenceram que comida transgênica também enche a barriga. Os de cá, imitaram seus patrões e também pararam de criticar o plantio de transgênicos em nosso país.
Daí, concluo que a Europa é o velho mundo; os EUA, o novo mundo; e nós, o pior dos mundos.
Leiam o artigo e tirem suas conclusões.
Irritar motoristas faz parte da política urbana em boa parte da Europa
ELISABETH ROSENTHAL
DO "NEW YORK TIMES", EM ZURIQUE
Enquanto cidades americanas sincronizam faróis verdes para melhorar o fluxo do tráfego e oferecem aplicativos para ajudar motoristas a encontrar lugares para estacionar, muitas cidades europeias vêm fazendo o contrário: criando ambientais abertamente hostis aos carros. Os métodos variam, mas a missão é clara: encarecer e dificultar o uso do carro, visando pressionar os motoristas a optar por tipos mais ecológicos de transporte.
Viena, Munique, Copenhague e outras cidades já fecharam grandes trechos de ruas para o tráfego de automóveis. Em Barcelona e Paris, as pistas para automóveis vêm sendo reduzidas pelo aumento dos programas populares de aluguel de bicicletas. Em Londres e Estocolmo, os motoristas precisam pagar taxas polpudas de congestionamento simplesmente para entrar no centro da cidade com seus veículos. E, nos últimos dois anos, dezenas de cidades da Alemanha passaram a fazer parte de uma rede nacional de "zonas ambientais" nas quais só podem entrar carros com emissões baixas de dióxido de carbono.
As cidades que aderem a essas políticas recebem novos shopping centers e prédios de apartamentos de braços abertos, mas limitam fortemente o número possível de vagas de estacionamento. A possibilidade de estacionar na rua está deixando de existir. Nos últimos anos, até mesmo capitais automobilísticas como Munique vêm se convertendo em "paraísos para os caminhantes", disse Lee Schipper, engenheiro sênior de pesquisas na Universidade Stanford e especialista em transportes sustentáveis.
"Nos Estados Unidos, a tendência tem sido muito mais de adaptar as cidades para receber carros", disse Peder Jensen, diretor do Grupo de Energia e Transportes da Agência Ambiental Europeia. "Aqui vêm ocorrendo mais movimentos para tornar as cidades mais vivíveis para as pessoas e relativamente livres de automóveis."
Com essa finalidade em vista, o Departamento de Planejamento do Trânsito de Zurique vem se esforçando nos últimos anos para dificultar a vida dos motoristas. As ruas da cidade ganharam faróis vermelhos em intervalos pequenos, provocando demoras e angústia entre os motoristas. Passarelas subterrâneas para pedestres que deixavam o trânsito fluir livremente em cruzamentos importantes foram demolidas. Os operadores do sistema de bondes da cidade, que não pára de crescer, podem mudar os faróis de trânsito em seu favor quando se aproximam, obrigando os carros a parar.
Hoje a circulação de carros é proibida em muitas quadras em volta da Löwenplatz, uma das praças mais movimentadas da cidade. Onde é permitida, a velocidade é fortemente limitada; os carros só podem avançar a passo de lesma, permitindo a remoção total de faixas de pedestres e dando aos pedestres o direito de atravessar quando e onde quiserem.
O chefe de planejamento de trânsito de Zurique, Andy Fellmann, sorriu enquanto observava alguns carros avançando lentamente em meio a uma massa de ciclistas e pedestres. "Por aqui os carros avançam devagar e param a todo momento", disse ele. "É disso que gostamos! Nossa meta é recuperar o espaço público para os pedestres, não facilitar a vida dos motoristas."
Embora algumas cidades americanas tenham feito esforços semelhantes --é o caso, notadamente, de San Francisco, que converteu partes da Market Street em zona de pedestres_, elas ainda constituem exceção nos Estados Unidos, onde, segundo Schipper, é difícil levar as pessoas a imaginar uma vida da qual os carros não constituam uma parte essencial.
De maneira geral, as cidades da Europa têm incentivos mais fortes para agir assim. Construídas, em sua maioria, antes do advento do automóvel, suas ruas estreitas têm dificuldade em lidar com tráfego pesado. Os transportes públicos são de maneira geral melhores na Europa que nos Estados Unidos, e a gasolina frequentemente custa mais de US$8 o galão, contribuindo para fazer com que o custo de andar de carro seja duas ou três vezes mais alto por quilômetro do que é nos EUA, disse Schipper.
Além disso, os países da União Europeia provavelmente não conseguirão cumprir seus compromissos de redução de emissões de dióxido de carbono, previstos no protocolo de Kyoto, se não reduzirem a circulação de carros. Os Estados Unidos nunca ratificaram esse pacto.
Ao nível global, as emissões vindas dos transportes continuam a subir implacavelmente, sendo que mais da metade é gerada por automóveis de uso pessoal. Mas um impulso importante por trás das reformas do trânsito adotadas na Europa é algo que é igualmente importante para os prefeitos de Los Angeles e Viena: tornar as cidades mais convidativas, com ar mais limpo e menos trânsito.
Michael Kodransky, gerente de pesquisas globais do Instituto de Transportes e Política do Desenvolvimento, em Nova York, que trabalha com cidades para reduzir as emissões vindas dos transportes, disse que, anteriormente, a Europa estava seguindo "a mesma trajetória que os Estados Unidos, com mais pessoas querendo possuir mais carros". Nos últimos dez anos, porém, disse ele, houve "uma mudança consciente no pensamento, além da adoção de medidas firmes". E isso está tendo efeitos.
Depois de possuir carro próprio por duas décadas, Hans Von Matt, 52, que trabalha no setor de seguros, vendeu seu veículo e hoje se desloca em Zurique de bonde ou bicicleta, usando um serviço de partilha de carros quando quer sair da cidade. As estatísticas da cidade mostram que o número de famílias sem carro aumentou de 40% para 45% nos últimos dez anos e que as pessoas que possuem carros hoje os usam menos.
"Houve grandes brigas em torno do fechamento ou não desta rua, mas agora ela está fechada, e as pessoas se acostumaram", disse ele, descendo de sua bicicleta na Limmatquai, uma zona de pedestres à margem do rio, margeada por cafés, que, no passado, era ocupada por duas pistas de trânsito sempre engarrafado. O fechamento de qualquer rua importante precisa ser aprovado em referendo.
Hoje 91% dos deputados do Parlamento Suíço usam o bonde para chegar ao trabalho.
Mesmo assim, algumas pessoas reclamam. "Há muitas zonas onde só se pode dirigir a 20 ou 30 quilômetros por hora --é estressante", disse o consultor Thomas Rickli, estacionando seu Jaguar na periferia da cidade. "É inútil."
Os planejadores urbanos geralmente concordam que o uso diário do carro para ir ao trabalho não é desejável nas cidades, em qualquer parte do mundo.
Fellmann calculou que uma pessoa em um carro ocupa 115 metros cúbicos de espaço urbano em Zurique, enquanto um pedestre ocupa apenas três. "Logo, se você anda de carro, isso não é justo com as outras pessoas", disse ele.
As cidades europeias também perceberam que não poderiam atender às diretrizes cada vez mais rígidas da Organização Mundial de Saúde referentes à poluição ambiental com partículas finas se os carros continuassem a ter presença dominante. Muitas cidades americanas não cumprem os requisitos da Lei de Ar Limpo, mas esse fato "simplesmente é aceito por aqui", disse Kodransky, do instituto de transportes de Nova York.
Muitas vezes são necessárias medidas extremas para levar as pessoas a deixar seus carros em casa, e um primeiro passo crucial consiste em fornecer transporte público de qualidade. Uma estratégia inovadora empregada na Europa consiste em intencionalmente dificultar e encarecer o estacionamento. "Há lugares para estacionar em toda parte nos Estados Unidos, mas eles estão desaparecendo dos espaços urbanos da Europa", disse Kodransky, cujo relatório recente "Europe's Parking U-Turn" trata dessa mudança.
O novo shopping center Sihl City, em Zurique, é três vezes maior que o Atlantic Mall, no Brooklyn, mas tem apenas metade do número de vagas para estacionar. Em função disso, disse Kodransky, 70% das pessoas que vão ao shopping usam os transportes públicos para chegar.
Em Copenhague, Jensen, da Agência Ambiental Europeia, disse que o edifício comercial onde trabalha tem mais de 150 vagas para bicicletas e apenas uma para um veículo, reservada para um deficiente físico.
Enquanto, na Europa, os códigos de construção muitas vezes limitam o número de vagas de estacionamento em edifícios novos, os códigos americanos tendem a fazer o contrário: estipular um número mínimo de vagas.
Novos complexos residenciais construídos ao lado da linha de trens leves em Denver dedicam seus oito pisos inferiores a estacionamentos. Para Kodransky, isso faz com que seja "fácil demais" para os moradores usarem seus carros, em lugar de aproveitarem o transporte ferroviário ao lado.
Enquanto, em Nova York, o prefeito Michael R. Bloomberg vem gerando controvérsia por converter algumas poucas áreas como a Times Square em zonas de pedestres, muitas cidades europeias já excluíram os carros de áreas enormes. Os comerciantes em Zurique temiam que isso levasse a uma queda no movimento de suas lojas, mas, segundo Fellmann, o temor mostrou ser infundado, porque o tráfego de pedestres aumentou entre 30% e 40% depois de os carros deixarem de circular.
Com o apoio dos políticos e da maioria dos cidadãos, os planejadores de Zurique pretendem seguir adiante em sua campanha para domar o tráfego, encurtando os períodos de farol verde e encompridando os de farol vermelho, para que pedestres não precisem esperar mais de 20 segundos para atravessar uma rua.
"Com nossa filosofia, jamais sincronizaríamos os faróis verdes para facilitar as coisas para os carros", disse um funcionário da prefeitura, Pio Marzolini. "Quando estou em outras cidades, parece que estou sempre esperando para atravessar uma rua. Não consigo me acostumar à ideia de que eu valho menos que um carro."
Tradução de Clara Allain
Para mim, fica claro que os esquerdistas restringem a liberdade individual em nome de um suposto bem comum, enquanto os norte-americanos adaptam suas estruturas às escolhas de seus cidadãos. Nesse sentido, os EUA são bem mais democráticos que os socialistas europeus.
No Brasil, os esquerdistas adoram copiar suas matrizes europeias e malhar tudo o que vem dos Estados Unidos. Contudo, por aqui, a incompetência vermelha, depois de trinta anos no poder, não consegue oferecer transporte urbano de qualidade, ao mesmo tempo em que impõe aos brasileiros as maldades inventadas pelos socialistas do além-mar.
Outro fato que me chama a atenção, é que os europeus se apoiam no combate ao aquecimento global para justificar as perfídias contra seus cidadãos. Não é à toa que esse tema tem tanta aceitação na mídia vermelha.
Lembro que os mesmos socialistas foram radicalmente contra os alimentos geneticamente modificados. A campanha contra os transgênicos só arrefeceu recentemente, com a crise econômica que desempregou muitos europeus. Os comunas de lá se convenceram que comida transgênica também enche a barriga. Os de cá, imitaram seus patrões e também pararam de criticar o plantio de transgênicos em nosso país.
Daí, concluo que a Europa é o velho mundo; os EUA, o novo mundo; e nós, o pior dos mundos.
Leiam o artigo e tirem suas conclusões.
Irritar motoristas faz parte da política urbana em boa parte da Europa
ELISABETH ROSENTHAL
DO "NEW YORK TIMES", EM ZURIQUE
Enquanto cidades americanas sincronizam faróis verdes para melhorar o fluxo do tráfego e oferecem aplicativos para ajudar motoristas a encontrar lugares para estacionar, muitas cidades europeias vêm fazendo o contrário: criando ambientais abertamente hostis aos carros. Os métodos variam, mas a missão é clara: encarecer e dificultar o uso do carro, visando pressionar os motoristas a optar por tipos mais ecológicos de transporte.
Viena, Munique, Copenhague e outras cidades já fecharam grandes trechos de ruas para o tráfego de automóveis. Em Barcelona e Paris, as pistas para automóveis vêm sendo reduzidas pelo aumento dos programas populares de aluguel de bicicletas. Em Londres e Estocolmo, os motoristas precisam pagar taxas polpudas de congestionamento simplesmente para entrar no centro da cidade com seus veículos. E, nos últimos dois anos, dezenas de cidades da Alemanha passaram a fazer parte de uma rede nacional de "zonas ambientais" nas quais só podem entrar carros com emissões baixas de dióxido de carbono.
As cidades que aderem a essas políticas recebem novos shopping centers e prédios de apartamentos de braços abertos, mas limitam fortemente o número possível de vagas de estacionamento. A possibilidade de estacionar na rua está deixando de existir. Nos últimos anos, até mesmo capitais automobilísticas como Munique vêm se convertendo em "paraísos para os caminhantes", disse Lee Schipper, engenheiro sênior de pesquisas na Universidade Stanford e especialista em transportes sustentáveis.
"Nos Estados Unidos, a tendência tem sido muito mais de adaptar as cidades para receber carros", disse Peder Jensen, diretor do Grupo de Energia e Transportes da Agência Ambiental Europeia. "Aqui vêm ocorrendo mais movimentos para tornar as cidades mais vivíveis para as pessoas e relativamente livres de automóveis."
Com essa finalidade em vista, o Departamento de Planejamento do Trânsito de Zurique vem se esforçando nos últimos anos para dificultar a vida dos motoristas. As ruas da cidade ganharam faróis vermelhos em intervalos pequenos, provocando demoras e angústia entre os motoristas. Passarelas subterrâneas para pedestres que deixavam o trânsito fluir livremente em cruzamentos importantes foram demolidas. Os operadores do sistema de bondes da cidade, que não pára de crescer, podem mudar os faróis de trânsito em seu favor quando se aproximam, obrigando os carros a parar.
Hoje a circulação de carros é proibida em muitas quadras em volta da Löwenplatz, uma das praças mais movimentadas da cidade. Onde é permitida, a velocidade é fortemente limitada; os carros só podem avançar a passo de lesma, permitindo a remoção total de faixas de pedestres e dando aos pedestres o direito de atravessar quando e onde quiserem.
O chefe de planejamento de trânsito de Zurique, Andy Fellmann, sorriu enquanto observava alguns carros avançando lentamente em meio a uma massa de ciclistas e pedestres. "Por aqui os carros avançam devagar e param a todo momento", disse ele. "É disso que gostamos! Nossa meta é recuperar o espaço público para os pedestres, não facilitar a vida dos motoristas."
Embora algumas cidades americanas tenham feito esforços semelhantes --é o caso, notadamente, de San Francisco, que converteu partes da Market Street em zona de pedestres_, elas ainda constituem exceção nos Estados Unidos, onde, segundo Schipper, é difícil levar as pessoas a imaginar uma vida da qual os carros não constituam uma parte essencial.
De maneira geral, as cidades da Europa têm incentivos mais fortes para agir assim. Construídas, em sua maioria, antes do advento do automóvel, suas ruas estreitas têm dificuldade em lidar com tráfego pesado. Os transportes públicos são de maneira geral melhores na Europa que nos Estados Unidos, e a gasolina frequentemente custa mais de US$8 o galão, contribuindo para fazer com que o custo de andar de carro seja duas ou três vezes mais alto por quilômetro do que é nos EUA, disse Schipper.
Além disso, os países da União Europeia provavelmente não conseguirão cumprir seus compromissos de redução de emissões de dióxido de carbono, previstos no protocolo de Kyoto, se não reduzirem a circulação de carros. Os Estados Unidos nunca ratificaram esse pacto.
Ao nível global, as emissões vindas dos transportes continuam a subir implacavelmente, sendo que mais da metade é gerada por automóveis de uso pessoal. Mas um impulso importante por trás das reformas do trânsito adotadas na Europa é algo que é igualmente importante para os prefeitos de Los Angeles e Viena: tornar as cidades mais convidativas, com ar mais limpo e menos trânsito.
Michael Kodransky, gerente de pesquisas globais do Instituto de Transportes e Política do Desenvolvimento, em Nova York, que trabalha com cidades para reduzir as emissões vindas dos transportes, disse que, anteriormente, a Europa estava seguindo "a mesma trajetória que os Estados Unidos, com mais pessoas querendo possuir mais carros". Nos últimos dez anos, porém, disse ele, houve "uma mudança consciente no pensamento, além da adoção de medidas firmes". E isso está tendo efeitos.
Depois de possuir carro próprio por duas décadas, Hans Von Matt, 52, que trabalha no setor de seguros, vendeu seu veículo e hoje se desloca em Zurique de bonde ou bicicleta, usando um serviço de partilha de carros quando quer sair da cidade. As estatísticas da cidade mostram que o número de famílias sem carro aumentou de 40% para 45% nos últimos dez anos e que as pessoas que possuem carros hoje os usam menos.
"Houve grandes brigas em torno do fechamento ou não desta rua, mas agora ela está fechada, e as pessoas se acostumaram", disse ele, descendo de sua bicicleta na Limmatquai, uma zona de pedestres à margem do rio, margeada por cafés, que, no passado, era ocupada por duas pistas de trânsito sempre engarrafado. O fechamento de qualquer rua importante precisa ser aprovado em referendo.
Hoje 91% dos deputados do Parlamento Suíço usam o bonde para chegar ao trabalho.
Mesmo assim, algumas pessoas reclamam. "Há muitas zonas onde só se pode dirigir a 20 ou 30 quilômetros por hora --é estressante", disse o consultor Thomas Rickli, estacionando seu Jaguar na periferia da cidade. "É inútil."
Os planejadores urbanos geralmente concordam que o uso diário do carro para ir ao trabalho não é desejável nas cidades, em qualquer parte do mundo.
Fellmann calculou que uma pessoa em um carro ocupa 115 metros cúbicos de espaço urbano em Zurique, enquanto um pedestre ocupa apenas três. "Logo, se você anda de carro, isso não é justo com as outras pessoas", disse ele.
As cidades europeias também perceberam que não poderiam atender às diretrizes cada vez mais rígidas da Organização Mundial de Saúde referentes à poluição ambiental com partículas finas se os carros continuassem a ter presença dominante. Muitas cidades americanas não cumprem os requisitos da Lei de Ar Limpo, mas esse fato "simplesmente é aceito por aqui", disse Kodransky, do instituto de transportes de Nova York.
Muitas vezes são necessárias medidas extremas para levar as pessoas a deixar seus carros em casa, e um primeiro passo crucial consiste em fornecer transporte público de qualidade. Uma estratégia inovadora empregada na Europa consiste em intencionalmente dificultar e encarecer o estacionamento. "Há lugares para estacionar em toda parte nos Estados Unidos, mas eles estão desaparecendo dos espaços urbanos da Europa", disse Kodransky, cujo relatório recente "Europe's Parking U-Turn" trata dessa mudança.
O novo shopping center Sihl City, em Zurique, é três vezes maior que o Atlantic Mall, no Brooklyn, mas tem apenas metade do número de vagas para estacionar. Em função disso, disse Kodransky, 70% das pessoas que vão ao shopping usam os transportes públicos para chegar.
Em Copenhague, Jensen, da Agência Ambiental Europeia, disse que o edifício comercial onde trabalha tem mais de 150 vagas para bicicletas e apenas uma para um veículo, reservada para um deficiente físico.
Enquanto, na Europa, os códigos de construção muitas vezes limitam o número de vagas de estacionamento em edifícios novos, os códigos americanos tendem a fazer o contrário: estipular um número mínimo de vagas.
Novos complexos residenciais construídos ao lado da linha de trens leves em Denver dedicam seus oito pisos inferiores a estacionamentos. Para Kodransky, isso faz com que seja "fácil demais" para os moradores usarem seus carros, em lugar de aproveitarem o transporte ferroviário ao lado.
Enquanto, em Nova York, o prefeito Michael R. Bloomberg vem gerando controvérsia por converter algumas poucas áreas como a Times Square em zonas de pedestres, muitas cidades europeias já excluíram os carros de áreas enormes. Os comerciantes em Zurique temiam que isso levasse a uma queda no movimento de suas lojas, mas, segundo Fellmann, o temor mostrou ser infundado, porque o tráfego de pedestres aumentou entre 30% e 40% depois de os carros deixarem de circular.
Com o apoio dos políticos e da maioria dos cidadãos, os planejadores de Zurique pretendem seguir adiante em sua campanha para domar o tráfego, encurtando os períodos de farol verde e encompridando os de farol vermelho, para que pedestres não precisem esperar mais de 20 segundos para atravessar uma rua.
"Com nossa filosofia, jamais sincronizaríamos os faróis verdes para facilitar as coisas para os carros", disse um funcionário da prefeitura, Pio Marzolini. "Quando estou em outras cidades, parece que estou sempre esperando para atravessar uma rua. Não consigo me acostumar à ideia de que eu valho menos que um carro."
Tradução de Clara Allain
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Confusão no Oriente Médio
O filme não é motivo, mas pretexto para a revolta que estourou hoje no Oriente Médio. O Iemen, por exemplo, é um cenário perfeito para esse tipo de confusão. País pobre e tribal, não tem como resolver os problemas de seus quase 25 milhões de habitantes, a maioria gente jovem, desempeegada e sem perspectivas. Um prato cheio para a Al Qaeda e seu discurso fácil de culpar os EUA por tudo de ruim que acontece por lá.
Alguns esquerdinhas tolos repetem a mesma lenga-lenga nas terras brasilis. Não é por aí, de jeito nenhum.
O problema árabe não é o explorador inglês do século XIX ou o norte americano do seguinte, mas a absoluta incapacidade de sua sociedade ajustar-se ao século XXI. Frustrados e impotentes, os jovens desocupados buscam pretextos para a revolta. Daí, um americano babaca resolve fazer um filme mais babaca ainda. Jogou gasolina no fogaréu e a coisa azedou novamente.
Soluçào para essa encrenca? Quem achar, ganha um Nobel da Paz.
Alguns esquerdinhas tolos repetem a mesma lenga-lenga nas terras brasilis. Não é por aí, de jeito nenhum.
O problema árabe não é o explorador inglês do século XIX ou o norte americano do seguinte, mas a absoluta incapacidade de sua sociedade ajustar-se ao século XXI. Frustrados e impotentes, os jovens desocupados buscam pretextos para a revolta. Daí, um americano babaca resolve fazer um filme mais babaca ainda. Jogou gasolina no fogaréu e a coisa azedou novamente.
Soluçào para essa encrenca? Quem achar, ganha um Nobel da Paz.
sábado, 8 de setembro de 2012
O marido traído
Há uma piada que eu gosto muito. O marido desconfia que a mulher transava com outro e contratou um detetive para investigar. Uma semana mais tarde, recebe o relatório.
O detetive conta que seguiu a mulher. Ela foi de carro até uma esquina e um homem entrou no veículo. Então, os dois seguiram para o motel, entraram num quarto mas deixaram uma janela aberta. O investigador foi fotografando os dois se beijando, tirando a roupa e deitando na cama. De repente, o homem levantou-se, trancou a janela e fechou a cortina. Não foi possível tirar outras fotos.
O marido diz que precisa saber se os dois transaram e pergunta se o investigador tinha fotos do ato sexual.
O investigador responde que tirara fotos do casal nu, na cama do quarto de motel, mas que não pudera fotografar mais nada depois que o homem fechara a cortina.
O marido faz uma cara de desapontamento, olha para o detetive e diz que não está cem porcento convencido que a mulher transara com o sujeito.
Não sou um bom contador de piadas, mas posso imaginar o que aconteceria se o marido resolvesse entrar na justiça pedindo o divórcio com a justificativa do adultério.
O Juiz Tourinho Neto rechaçaria a alegação marido, por não haver provas cabais da traição da mulher. Ele ainda repreenderia o detetive por incompetência em obter as fotos da transa.
O grupo feminista Fenem faria um protesto no tribunal contra o marido, que estaria reprimindo a liberdade sexual da mulher.
O Sakamoto diria que o motel usaria mão-de-obra escrava.
Depois do que está ocorrendo no julgamento do mensalão, os juízes do STF dariam ganho de causa ao marido, pois é muito óbvia a intenção de um casal nu numa cama de motel.
Pau que bate em Chico baterá em Francisco.
Nas última
semanas, o blog do Reinaldo Azevedo está praticamente todo ocupado por textos
sobre o julgamento do mensalão. Quase não trata de mais nada, parece que nossos
destinos se definirão pelo resultado ditado pelos ministros do STF aos réus daquele
esquema de corrupção.
Eu já ia
reclamando disso quando, num raro lampejo, me dei conta que o futuro deste país
depende, sim, desse julgamento.
Já disse
isso antes por aqui, mas enfatizo. A maioria dos brasileiros não se dá conta que duas forças
antagônicas disputam o poder de ditar o que é certo e o que é errado. O ruim é
que o lado mau está vencendo; o bom é que há cada vez mais gente se dando conta
disso.
O que o
julgamento tem a ver com isso? Vou explicar.
Ao
privilegiarem o entendimento de que o que vale são fatos que ocorreram; e não apenas
os que constam dos autos, os ministros derrubam a principal trincheira dos
advogados. Isso é auspicioso, pois, agora, um bom defensor poderá até minorar a
pena, mas não conseguirá livrar o criminoso da condenação.
Daí,
espera-se que não haja mais a certeza da impunidade e isso, por si só, iniba o
cometimento de novos crimes.
Deixa de
ser certo fazer o errado; passa a ser temerário fazer o mal escudado na
suposição que a Justiça não funcionará, que as brechas da lei abrigarão o
malfeitor.
Cai o
discurso daqueles que fazem o mal porque outros o fizeram e não foram punidos. Uma boa
causa deixa de ser motivo para más ações e os fins não mais justificam
os meios.
Os
advogados reclamam que esse entendimento do STF debilita o arcabouço das garantias
individuais. Contudo, ele diminui a distância entre os brasileiros despossuídos
de defesa e aqueles com recursos para contratar os melhores e mais caros
advogados.
De agora em diante, pau que bate em Chico baterá em Francisco.
Sou
otimista e acho que o resultado do
julgamento ajudará a superar a grande crise moral que nos abate há tanto tempo.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Aprendiz de revolucionário
O Sakamoto é um blogueiro que mantém uma página no portal do UOL. Eu o acompanhei por algum tempo e depois desisti. Hoje, ele publicou um texto sobre seu repúdio ao sete de setembro, espinafrando o patriotismo e o valor dos militares.
Oblogueiro escreveu mal e seu texto é anacrônico. Poderia até figurar num daqueles pasquins lá dos anos setenta ou oitenta, mas destoa do quadro atual da nossa sociedade.
Sakamoto sofre do mesma demência dos esquerdinhas pernas-de-pau dessa terra brasilis: a fixação pela ditadura militar. Os seguidores daquele blogueiro poderiam ler o texto do Cláudio de Moura e Castro, "A meritocracia vacilante", publicado no Estado de São Paulo de 5 de setembro. Castro também critica os militares, mas é mais honesto que o aprendiz de revolucionário que polui seu blog com suas ideias do século passado.
Oblogueiro escreveu mal e seu texto é anacrônico. Poderia até figurar num daqueles pasquins lá dos anos setenta ou oitenta, mas destoa do quadro atual da nossa sociedade.
Sakamoto sofre do mesma demência dos esquerdinhas pernas-de-pau dessa terra brasilis: a fixação pela ditadura militar. Os seguidores daquele blogueiro poderiam ler o texto do Cláudio de Moura e Castro, "A meritocracia vacilante", publicado no Estado de São Paulo de 5 de setembro. Castro também critica os militares, mas é mais honesto que o aprendiz de revolucionário que polui seu blog com suas ideias do século passado.
domingo, 2 de setembro de 2012
Liberadade de imprensa
Toda vez que se discute alguma medida de controle da imprensa vem à tona o princípio da liberdade de pensamento, que eu considero fundamental para o tipo de país e sociedade que julgo adequados.
Mesmo assim, é difícil aceitar a exposição de ideias amorais e sem escrúpulos, com ampla repercussão na imprensa e guarida nas instâncias judiciárias. O que digo aqui se refere principalmente à revista Carta Capital.
Para mim, aquela revista veicula matérias pagas e desconfio mesmo que muitas delas custeadas com dinheiro público. Chego a imaginar uma nova espécie de mensalão envolvendo políticos e algumas redações. Outro dia, li uma matéria que revelava a estratégia de José Dirceu em recrutar um exército de blogueiros para defendê-lo das acusações do Mensalão. Acho que isso serviria como prova de meus argumentos.
Infelizmente, o Ministério Público não compartilha dessa minha desconfiança e desconheço qualquer investigação sobre essa suposta promiscuidade entre maus jornalistas e os arrendatários do poder.
Mesmo assim, é difícil aceitar a exposição de ideias amorais e sem escrúpulos, com ampla repercussão na imprensa e guarida nas instâncias judiciárias. O que digo aqui se refere principalmente à revista Carta Capital.
Para mim, aquela revista veicula matérias pagas e desconfio mesmo que muitas delas custeadas com dinheiro público. Chego a imaginar uma nova espécie de mensalão envolvendo políticos e algumas redações. Outro dia, li uma matéria que revelava a estratégia de José Dirceu em recrutar um exército de blogueiros para defendê-lo das acusações do Mensalão. Acho que isso serviria como prova de meus argumentos.
Infelizmente, o Ministério Público não compartilha dessa minha desconfiança e desconheço qualquer investigação sobre essa suposta promiscuidade entre maus jornalistas e os arrendatários do poder.
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