terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Rafalle

As últimas notícias indicam que finalmente o Brasil escolherá o Rafalle como o avião do Projeto FX2. Há quem se manifeste desfavoravelmente à escolha. Quanto ao assunto, é preciso fazer algumas considerações.
Quem conhece do assunto assegura que o Rafaele é um excelente avião, de altíssimo nível, mas a questão envolve outros fatores. O primeiro deles de natureza econômica. 
O Rafalle é bem mais caro que seus concorrentes porque não há escala para sua produção, mas isso não tem nada a ver com mercado ou qualidade, tem a ver com política. Recentemente, o Rafalle venceu uma licitação na Índia, o que vai atenuar esse problema. 
Em segundo lugar, tem o problema da transferência de tecnologia, o que é algo muito mais complicado para quem vai recebê-la do que para quem vai transferí-la. 
Em relação ao parceiro estratégico, há um outro fato relevante. A Embraer venceu uma licitação para fornecer Super Tucanos para as Forças Armadas dos EUA. Contudo, a Hawker Beechcraft entrou na justiça e barrou a aquisição. Esse fato comprova que o mercado norte americano é fechadíssimo e que não se pode contar com os EUA para uma parceria estratégica. 
Daí, vem a questão do peso político do parceiro comercial. A França, por mais debilitada que esteja, ainda é um ator relevante no Sistema Internacional, muito mais do que a Suécia. Uma aliança estratégica com os franceses contribuiu para a defesa dos nossos interesses. 
O mais importante de tudo isso, todavia, é definir de uma vez a aquisição do avião, qualquer que seja o modelo ou fabricante, pois ele é necessário para a nossa defesa e a demora desse processo já ultrapassou todos os limites do bom senso.

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