sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Fazer a cabeça

A expressão "fazer uma cabeça" era uma gíria muito usada pelos jovens dos anos setenta e me parece que estava realacionada ao uso de drogas. De certa forma, pode-se dizer, como a propaganda, o "fazer a cabeça" das pessoas servia para direcionar sua preferência a um produto ou à aceitação de uma ideia. 

Até alguns anos atrás, a esquerda ainda fazia a cabeça de muita gente, sem grande contestação.  Era fácil e lógico aceitar seus princípios e dogmas, que quase sempre apontavam a causa dos nossos problemas ao imperialismo norte-americano ou à exploração dos fracos pelos fortes. Há mesmo uma certa dose de realidade nesse diagnóstico, mas o fato é que o mundo evoluiu e hoje as ideias socialistas despertam críticas. 

É que, ao tentar colocar em prática o pensamento utópico, os esquerdistas esbarraram em suas próprias fraquezas. Os sucessivos governos de esquerda apresentaram inúmeras contradições. Afinal, não se pode pregar a ética e a moralidade nos discursos quando no dia a dia se pratica a corrupção e a mentira. Por isso, não é mais tão fácil fazer a cabeça do povo. 

Contudo, mesmo com evidentes erros e abusos na aplicação de suas ideias, há os que se recusam a rever os seus conceitos. Prova de que é difícil desfazer uma cabeça feita.

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