quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Quem mandou acreditar em papai noel?


A OTAN surgiu há 65 anos para proteger a Europa contra o expansionismo soviético. Quando o muro caiu e a União Soviética se esfarelou, foi preciso encontrar novas ameaças que justificassem a existência dquela aliança.
Poucos anos atrás, os governantes europeus ditavam o rumo da OTAN no sentido de aproximação com os russos, buscando temas de interesse comum que levassem à cooperação.
Agora, a OTAN se vê novamente diante do velho inimigo e, depois de tantas décadas de existência, não sabe bem o que fazer.
Os gastos militares da maioria dos seus membros não alcançam o necessário para assegurar sua segurança. Investe-se em drones, vigilância e em forças de ação rápida. Tudo muito leve e enxuto, embora não necessariamente barato. Ao mesmo tempo, a estrutura de defesa dos países europeus vai perdendo gente e encolhendo.
Isso é compreensível. A crise econômica persiste no velho continente, com desemprego em alta e receitas em baixa. O dinheiro é mais necessário para manter a vida dos mais pobres do que para comprar mísseis e tanques. 
Não era hora do Putin anexar a Crimeia e tocar todo esse banzé na Ucrânia. Ele não devia fazer nada disso, mas fez. Não gostou de terem derrubado o governo anterior da Ucrânia sem terem sequer lhe pedido autorização.
Agora, todos e até a OTAN estão metidos até o pescoço nessa encrenca. Culpa dos ucranianos, que levaram a sério essa história de democracia e livre determinação dos povos. Culpa deles, que fizeram o que fizeram sem combinar antes com os russos.

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