domingo, 1 de setembro de 2013

Rua da Enganação

Nesta semana, O GLOBO publicou uma autocrítica, condenando um editorial escrito há quase meio século e que tecia elogios à deposição de João Goulart.
Muitos condenam os que conduziram o governo do país a partir de 31 de março de 1964. Condenam o que chamam de golpe militar, classificando-o como um atentado à democracia, mas propositadamente omitem que, apenas três décadas antes, a revolução de 1930 também havia deposto um governo legalmente eleito. Em 1964,  vivia-se o ambiente da guerra fria e a democracia no Brasil estava longe de ser consolidada.
Dizer que nada de bom surgiu dos governos militares é pactuar com a mentira dos que forjam os fatos ao gosto de sua ideologia.
Atualmente, vivemos momentos perigosos. Esses perigos eram mais evidentes cinquenta anos atrás, mas hoje eles estão presentes, manifestando-se em atos e fatos que esgarçam o tecido social e fragilizam as instituições.
Tal qual uma prostituta, boa parte da mídia se vendeu às benesses do poder, deslumbrada com a fartura do dinheiro público e se enganando na utopia de um mundo mais igualitário, só que mais injusto e autoritário.
Os jornalistas de O GLOBO despiram mais uma camada de seus disfarces. Aquele jornal deu loas aos black blocs e não repudiou o ato das vadias que vandalizaram imagens religiosas. Agora, o GLOBO desmente sua própria história.
É triste ver as prostitutas se vendendo na rua da Enganação.

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