O Bispo Lugo falhou. Não foi capaz de ser fiel ao celibato e teve vários filhos, com diferentes mulheres. Para isso, aproveitou-se do poder de persuação que detinha justamente por que era um padre. Em sua defesa, poderia argumentar o homem de batina também é homem, com todas as suas fraquezas e virtudes. No entanto, a batina destaca o homem que a veste e ele, mais do que os outros, tem que respeitá-lá.
Foi a batina que conduziu aquele homem à presidência, mas não foi ela que o derrubou do lugar mais respeitado de seu país.
Mais uma vez, o homem mostrou virtudes e fraquezas. Destas, a pior foi não perceber que ninguém se basta por si mesmo. Governantes precisam irradiar generosidade e transbordar honestidade, tanto nas intenções, como nas atitudes. Foi nisso que o bispo falhou e, por isso, seu governo desandou.
O bispo errou em suas decisões e muitos morreram pelos seus erros.
Veio o processo político, que parece que preencheu todos os requisitos legais. Só que, em política, não basta obedecer à legalidade. Para ser aceito sem maiores conflitos, aquele processo teria que resplandecer legitimidade. É como a velha história da mulher de César que tem que ser honesta e, mais ainda, parecer honesta.
Não é apenas um jogo de aparências, mas de percepções.
O processo pode ter sido plenamente legal, mas parece ilegítimo porque foi instantâneo.
Para resumir, havia uma doença e o remédio agiu rápido demais e, assim, não pareceu eficiente, mas fulminante. E o que fulmina, mata.
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