segunda-feira, 25 de julho de 2011

Por que a Noruega?

A Noruega foi palco de uma matança na última sexta-feira. Um automóvel carregado com explosivos a base de nitrato de amônia explodiu no centro administrativo do país, causando grandes danos a edificações e sete mortos.  Duas horas depois, um atirador provocou um massacre na ilha de Utoeya, a quarenta quilômetros de Oslo. Pelo que foi noticiado até o momento, ele matou 85 pessoas, incluindo crianças, que participavam de um acampamento de verão da juventude trabalhista, no qual participavam cerca de 560 pessoas.

A policia foi avisada do massacre, mas demorou quarenta e cinco minutos para alcançar o local. O atirador teria disparado livremente por quase uma hora e meia até se render aos policiais. O criminoso foi identificado como Anders Behring Brivik, de 32 anos, que seria um militante de extrema-direita e um cristão radical. Ele teria ingressado no evento com um uniforme da polícia, sendo preso após o massacre.

Alguns jornais perguntam porque o massacre teria ocorrido na Noruega, país identificado com ideias e práticas pacifistas.

Eu pergunto porque a polícia levou tanto tempo para alcançar o local do massacre e porque ninguém reagiu no próprio local. Os jornais da Globo e a Globonews parecem não ter essa mesma curiosidade. Nenhum jornalista levantou essas questões. É de propósito, pois a Rede Globo apoia a proposta de desarmamento.

Desarmar a população é perigoso. Mesmo na pacífica Noruega, um homem obteve armas e munições e pôde fabricar explosivos a base de nitrato de amônia, que também é um fertilizante.

Eu trabalhei na fiscalização de produtos controlados por muitos anos e tenho noção das possibilidades em se obter ou mesmo fabricar armas e explosivos.

Esse é o perigo. O criminoso norueguês teve tempo de sobra para abater suas vítimas. Não houve reações e a polícia foi negligente em acessar o local do massacre.

O resultado é que cerca de uma centena de pessoas perderam a vida por causa de simplórias ideias pacifistas.

O caso nos remete ao assassino do Realengo, que em abril deste ano provocou um morticínio numa escola pública do Rio de Janeiro, matando e ferindo dezenas de crianças e adolescentes. No Rio, o atirador foi morto em poucos minutos pela polícia militar. Na Noruega, a polícia demorou demais.

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