terça-feira, 26 de julho de 2011

Gritos politicamente corretos

Os ecologistas gritam, mas se nos guiarmos pelos seus gritos, estaremos perdidos. Há um abismo entre o ecologicamente equilibrado e a ecologia do politicamente correto.
Alguns anos atrás, as ONG internacionais promoveram uma campanha feroz e insana contra os transgênicos. Agora, são os alimentos geneticamente modificados que garantem a comida de muita gente. Com a crise europeia, os loiros do hemisfério norte com menos grana no bolso gastam mais com sua comida. Coincidência ou não, os protestos contra os transgênicos amainaram.
Por outro lado, os recentes debates sobre Belo Monte desnudam a estratégia de estrangular o desenvolvimento do País com argumentos falaciosos e exagerados. Convenhamos que a floresta não é um santuário intocado, como uma determinada ex-senadora, inimiga de qualquer obra de grande porte na Amazônia, gosta de repetir em seus discursos e práticas.
Os ecologistas do politicamente correto gritam seus bordões, repetem que os ribeirinhos serão prejudicados, que a região não suporta a vinda de tantos trabalhadores, que não há água e esgoto para tanta gente e contam aos berros que a represa inundará os cemitérios ancestrais de civilizações arcaicas que repousam sob a floresta intocada.
Alguns índios cuidadosamente selecionados viajaram para Londres, onde tiraram suas fotos e fizeram seus discursos catastrofistas para o aplauso da claque de plateias também cuidadosamente selecionadas.
Ora, a represa não será tão grande assim e o Brasil precisa de energia. Felizmente, fomos abençoados com um potencial hidráulico que atende às nossas necessidades. Veja que as alternativas seriam queimar carvão, gás e óleo em termelétricas ou partir para outras usinas nucleares.
Quanto ao álcool, acho que um pouco de capitalismo sério não faria mal a ninguém. Nada de privatizar os lucros e nem socializar os prejuízos. Produção de álcool é atividade industrial e ponto final. Nesse aspecto, a engenharia genética pode dar uma força para os produtores e multiplicar a capacidade alcooleira do Brasil. Já que a viabilização do álcool combustível passa pela ampliação da produção, uma ideia seria investir em novas áreas produtoras no cerrado brasileiro ou mesmo na savana africana.
Temos tecnologia para isso, o que devemos aos cientistas que ignoraram os berros histéricos dos politicamente corretos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário