Quem lê a Folha de São Paulo pode até ficar zangado ou indignado, mas jamais surpreendido. Seu conteúdo segue o que a imagem da propaganda indica.
A Folha é escrita para leitores jovens, descabelados, ecologicamente e politicamente corretos, que andam de paletó e calça jeans elegantemente rasgadas, em suas bicicletas bacanas pels ruas paulistanas.
O jornal criou o estereótipo de uma multidão de publicitários recém formados enchendo o centro de São Paulo. Sonhou a imagem e acredita no sonho.
Daí, a Folha defende a diversidade sexual, o aborto, os black blocks, a partidarização do ensino, a Cracolândia, o desarmamento, a bondade dos criminosos e, acima de tudo, o PT.
A Folha gritou "não vai ter golpe" e agora grita "fora, Temer".
Ah, a Folha ama o PT de verdade, de paixão operária e sindical, e escreve para quem ela acredita que seja o seu leitor mais importante: aquele jovem antenado, descolado, defensor da Justiça Social e formador de opinião.
Nos anos de Lula e Dilma, a Folha bombou pela estrada rumo pote de ouro no fim do arco íris.
Só que havia uma pedra no caminho. O PT roubou, mas roubou muuuuito. Pior, os petistas foram pegos e não deu para disfarçar. Todo mundo viu que o ouro do arco íris foi para o partido da estrelinha.
Hoje teve eleição e o PT foi derrotado. Mais do que derrotado, dizimado, nocauteado. Tipo Maguila contra Holyfield. Dificilmente, o lutador de vermelho se levantará antes do fim da contagem.
Agora, vem a pergunta: será que existe mesmo uma multidão de jovens descabelados, de paletó e calça jeans rasgada enchendo o centro nervoso de São Paulo com suas bicicletas descoladas?
Parece que a Folha terá mesmo que acordar do seu lindo sonho e cair na real.
E é bom abrir logo o olho, pois tá ficando tarde.
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