A Venezuela sofre a maldição do petróleo, da riqueza fácil, ao alcance das mãos. As camadas ricas que governaram o país antes de Chavez desinteressaram-se em desenvolvê-lo, em promover a ascensão dos mais pobres. Deram motivos para serem banidos da vida política.
O dirigismo autoritário de Chavez num primeiro momento melhorou, sim, vida dos pobres, mas acomodou-se nos altos preços do petróleo, não dinamizou a economia venezuelana e matou a capacidade produtiva daquele país.
Maduro é a expressão mais nítida da imbecilidade de uma esquerda a la cubana, que chafurda numa ideologia fracassada, que promove a igualdade do povo tornando todos igualmente pobres.
Mas nem todos são tão pobres assim. Na Venezuela, e aqui mesmo no Brasil, há os mais iguais que os outros, os que enriquecem seus bolsos enquanto expropriam a riqueza alheia.
Pior que o autoritarismo cruel, disposto a impor-se pela violência, é a perversidade da corrupção. O autoritário sempre pode se escudar moralmente no conceito de lutar por um ideal; o corrupto não. Ele é antes de tudo um hipócrita, um ladrão desprezível que enche seus bolsos enquanto vomita palavras de ordem.
O autoritário e o corrupto se completam. No mínimo, um ajuda o outro; e ambos se beneficiam pelo silêncio cúmplice de idiotas fanatizados pela ideologia. Todos grudam na pele do Estado, como carrapatos no couro do boi. Arruinam o presente e matam o futuro do País.
Basta desse silêncio bovino! Não será fácil remover esses parasitas do governo, ainda mais quando tantos fingem que não veem, não escutam e nada falam. Não é fácil, mas temos que tentar e tem que ser agora, enquanto ainda podemos arrancar o podre da nossa pele sem termos que enfrentar a desgraça de uma luta armada.
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