segunda-feira, 3 de março de 2014

Falta alguém rosnar de volta

De ontem para hoje, a água ferveu menos no bule, mas não foram os EUA que baixaram o fogo.
Acontece que Putin não é maluco nem burro. O butim da Ucrânia não vale o diesel de seus tanques ou o emprego de seus concidadãos. Se o nacionalismo é um forte argumento, prestígio político e economia também importam e há muito a perder em jogadas desastradas.
Dinheiro, credibilidade e muitos outros fatores entram na equação e se o presidente russo é um jurista-espião de formação, também é um sujeito vivido e sabido em cálculos políticos.
Continuo com minha opinião. Para Putin, basta deixar que a facção ucraniana pró-russa faça seu trabalho. Para que invadir aquilo que lhe será entregue mais tarde?
Eu me alinho com a Carmem, que estranha que a maior potência do planeta não rosne de volta para os latidos do bicho grande e feroz que Putin mantém na coleira.
Latir e rosnar também valem no jogo político. É bom ter um bicho grande e feroz na coleira. Ele nem precisa morder, só intimidar.
Os EUA teriam que mostrar os dentes com cuidado, sim, para não escalar a crise; mas é preciso pelo menos rosnar, porque o silêncio é convidativo para quem é muito ousado ou pouco ajuizado.
Não se pode dar corda a político ambicioso.
Chamberlain que o diga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário