sexta-feira, 21 de junho de 2013

bandido e mocinho

Quando era criança, era fácil escolher um lado. Era o xerife contra o bandido; a turma do forte contra os índios; os aliados contra os nazistas… Claro que tudo mudou. Mais tarde descobri que o bandido roubava mas também era gente boa; que os índios brigavam para não serem massacrados e até os alemães, quando não eram da SS, podiam ser bacanas.Vá lá, a vida é a cores, não em preto e branco.
Afirmo e reafirmo: sou contra as manifestações. Elas interrompem o trânsito, atrapalham a vida de muita gente, não têm uma pauta exequível de reivindicações, ameaçam as instituições e são um perigo com a democracia.
É perigoso brincar com fogo. A turma do MPL é inconsequente e seu discurso simplesmente ridículo.Além de tudo isso e acima de tudo, quero que a turba da arruaça vá para a cadeia e pague os prejuízos que causou.
Minha posição contra os protestos estava bem consolidada quando o MPL resolveu cair fora porque os manifestantes já não permitiam que a petezada tomasse conta. Rasgaram as bandeiras do PT e um desses democratas de vermelho desceu a lenha na careca de um jovem, confundido com skinhead. O garoto apareceu todo ensanguentado no jornal de ontem e sei que muito jornalista se frustou quando descobriu que não foi a polícia, mas um petista que machucou o rapaz.
Agora, vem outra notícia. Depois que o MPL tirou seu time,  os militantes da imprensa começaram a chamar os marginais de baderneiros e não têm mais o mesmo entusiasmo de antes em retratar os protestos. Dá uma vontade de ver essa cambada da mídia vermelha se ferrar!
Não gosto de hipocrisia, mas também não gosto das manifestações. E agora? Torcer para quem?
Era mais mesmo mais fácil quando eu era criança.

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