Agora há pouco, comecei a ler um dos artigos do RBPI, que trazia já, no seu título, uma crítica explícita às chamadas elites brasileiras. Eu também tenho minhas críticas a esse grupo, mas elas vão ao contrário do pensamento hoje dominante. Há tempos que a antiga oligarquia agrária deixou de existir em nosso país; hoje, ela só existe no mundo das publicações acadêmicas e dos panfletos partidários ideológicos que dela se alimentam para justificar os absurdos que cometem.
As elites de hoje não vêm do campo, mas do espaço urbano; sua riqueza vem da indústria e dos serviços; sua origem, não raras vezes, confunde- se com a da classe média brasileira.
Em resumo, boa parte da elite veio de baixo; subiu pelos seus méritos e não é justo associá-la a esquemas de dominação do proletariado.
Tais esquemas existem, não em supostas associações burguesas mas, sobretudo, de maquinações sindicais.
As maquinações se repetem nas passeatas panfletárias, manifestações cretinas de supostos estudantes e trabalhadores. Supostos porque essa gente nem estuda, nem trabalha; os chamados movimentos sociais se movem, mas não são representantes da sociedade.
Antes, eles são oportunistas em busca de poder, de privilégios, de uma boquinha do Estado. E quem paga essa conta, somos nós, legítimos trabalhadores e estudantes da classe média.
Daí, vem a minha crítica às elites brasileiras, que não reagem a esses esquemas de dominação, que buscam preservar-se pela cumplicidade e o silêncio.
Diante disso, pouco nos resta senão o dever de reagir.
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