Um comentário de um amigo meu no facebook me deu a oportunidade de desenvolver uma historinha sobre soldados e barro. É mais ou menos assim. O soldado novo, com pouco tempo de quartel, suja a pele de barro quando vai ao campo; mas quando se trata de um velho soldado, já calejado e experiente, o barro passa através da pele e entra na corrente sanguínea.
Tem gente que sobrevive ao quartel mas não vive a vida militar. Por isso, ter anos e anos de serviço não garante o barro na veia. Para isso, é preciso que o militar tenha um coração que aguente bombear sangue e terra. Isso quer dizer que ele tem que ser forte para suportar os dissabores, as contrariedades e dificuldades da vida militar e mesmo assim, ter o entusiasmo de enfrentar os desafios.
É difícil vencer as dificuldades. Mais fácil é fechar os olhos e deixar as coisas como estão, fazer de conta que os problemas não existem, deixar de consertar o errado porque as coisas sempre foram assim.
Barro na veia não significa resignação, mas a aceitação do sacrifício. A terra no sangue representa o amor à Instituição e a firme determinação de consertar o que está ruim e em melhorar o que está bom.
Então, velhos companheiros, que nossa couraça nos proteja dos perigos, mas que ela sempre deixe passar a terra que precisamos em nossas veias.
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