sexta-feira, 3 de junho de 2011

Pastoral da Terra

A edição da Folha de São Paulo do dia 31 de maio publicou uma entrevista com Dom Pedro Casaldáliga, fundador da Comissão Pastoral da Terra e do Conselho Indigenista Missionário.

Transcrevo três perguntas do reporter e as respectivas respostas do bispo.

"Reporter: Qual é a situação dos conflitos agrários?
Bispo: Simplificando, com uns traços panorâmicos, poderíamos dividir o nosso Brasil em três. Primeiro, o Brasil hegemônico, que está a serviço do agronegócio, depredador, monocultural, latifundista, excluidor dos povos indígenas e do povo camponês. Fiel à cartilha do capitalismo neoliberal. Uma oligarquia política tradicionalmente dona do poder e da terra.

Reporter: Quem fica do outro lado?
Bispo: O povo da terra indígenas, camponeses da agricultura familiar, ribeirinhos, extrativistas, sem terra consciente de seus direitos e organizado em diferentes instâncias de sindicato, de associação e respaldado por grupos militantes solidários do movimento popular, das pastorais sociais, de intelectuais e artistas, de universitários, de certas ONGs.

Reporter: Quem é o terceiro grupo?
Bispo: É uma maioria média desinformada ou mal informada, que não vincula as lutas do campo com as lutas da cidade, no dia a dia da sobrevivência. Que não percebe ainda que a reforma agrária é uma luta de todos."


O Bispo é um ardoroso adepto da teologia da libertação e enxerga um mundo maniqueísta, povoado, de um lado, por exploradores ricos e malvados; e, do outro,  pelos pobres, pessoas simples e boas.

No meio dos dois polos, o bispo posiciona o resto dos brasileiros, nós, que deveremos ser convencidos da justiça de sua luta. Muitos aceitam esse tipo de manipulação ideológica, mas vamos adiante.

A revista Veja desta semana publica a matéria "Uma reserva de miséria", que mostra o abandono dos fazendeiros expulsos de suas terras na Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima.

Os ex-fazendeiros de Roraima, que Dom Pedro Casaldáliga chamaria de latifundiários inescrupulosos, hoje são favelados da periferia de Boa Vista. Não eram tão ricos assim, portanto.

Para mim, a situação em Roraima mostra o padrão de justiça social que a Pastoral da Terra idealiza para nosso país. 


Considero o bispo um retrógrado e me surpreendo como a ideologia marxista conseguiu se disseminar na Igreja Católica no Brasil.

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