Essa história do metrô de Higienópolis tem rendido textos e mais textos de blogueiros dos mais sortidos.
Não sou de São Paulo e nem sei onde fica Higienópolis. Pelos blogs e mais blogs que li, imaginei um bairro murado, de burgueses endinheirados e egoístas, daqueles que não gostam de pobre e têm pavor de serem assaltados nos engarrafamentos.
Claro que não é nada disso, mas houve blogueiros que atiçaram o fogo com querosene.
Numa segunda leitura, em blog de gente mais séria, fui informado que se tratava de uma ação de moradores ricos e influentes do bairro que não queriam ser incomodados com a obra do metrô. O erro seria o governo dobrar-se à pressão desse pessoal.
Dai, eu mesmo me indignei e escrevi contra a administração pública que atende os interesses de um grupo poderoso e prejudica os mais fracos.
Mas o assunto rendeu mais e mais textos. Agora, parece que todas as alternativas acima estão erradas.
Nossos campeões da ecologia e dos direitos humanos teriam pego uma matéria, juntado-a com outra, batido num liquidificador e usado uma peneira para separar o que convinha daquilo que não lhes interessava.
Uma vitamina de mentiras para alimentar os incautos!
Dizem que o peixe morre pela boca. Eu digo que os blogueiros morrem pelos textos. Nessa matriz de fatos e versões, há quem esqueça que tudo fica gravado, acessível a quem procura. E quem procura, acha.
Não dá mais para apagar os inimigos de hoje da foto de ontem. Também não vale mais repetir mil mentiras para torná-las verdade.
Blogueiro, não torne seu blog uma arma! A vítima pode ser você.
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