domingo, 6 de fevereiro de 2011

Começa, que demora é essa?

"Começa, que demora é essa?" Vira e mexe, minha filhinha canta essa frase para mim. Basta um pequeno atraso e pronto! Lá vem ela reclamando, exigente, querendo as coisas rápido, no ritmo dela. Bem feito para mim! Quem mandou ter filho tarde?


Mas a pressa da minha filha representa mais do que a queixa de uma criança. Para mim, ela simboliza o ritmo de uma nova geração, que hoje se esparrama pelos caixões de areia dos parques infantis.

O mundo de 2030 será dirigido por gente apressada e muito bem informada. Ela será o resultado da maior revolução de todos os tempos: a criação da Internet!

Um recente "Arquivo N ", programa da GloboNews, apresentou um resumo da evolução da tecnologia da informação nos últimos trinta anos. É algo espantoso e que nos permite concluir que vivemos uma revolução tecnológica que se desdobrará na ruptura de alguns valores.


Até alguns poucos anos, as pessoas desejavam computadores cada mais potentes. Hoje, mesmo as máquinas mais modestas já oferecem capacidade de sobra em processamento e armazenamento de dados. Daí, o alvo do desejo se deslocou para a interligação dos equipamentos em redes de alta velocidade de transmissão de dados.


O mundo atual é o das redes sociais, do Facebook e do Orkut. Sinceramente, não me recordo do último jornal impresso que comprei. Eu me mantenho atualizado lendo as resenhas de notícias, os portais e os blogs. Já não é mais sequer preciso assistir aos telejornais. O acesso instantâneo à informação está ao alcance de um link.

Isso não quer dizer que o rádio e televisão estejam obsoletos, muito pelo contrário. Mas houve mudanças no cenário da batalha por corações e mentes.


Aos manipuladores do passado lhes digo para tomar cuidado com o que dizem e escrevem Já não se pode mais publicar qualquer coisa impunemente, escorado pelo esquecimento do público. Tudo está gravado, disponível e difuso pela grande rede mundial de computadores. Isso é bom, pois a liberdade do pensamento exige responsabilidade de cada um de nós.

Por fim, à minha filha e aos donos do mundo de 2030, só posso lhes dizer que canja de galinha e um pouco de calma não fazem mal a ninguém. É bom que o futuro chegue sem tanta pressa.

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