sábado, 7 de novembro de 2020

O FIM DA ARCÁDIA - Fábio Gonçalves e Paulo Briguet

 O FIM DA ARCÁDIA

A morte dos Estados Unidos e a esperança da Terceira América


Fábio Gonçalves e Paulo Briguet

4 de Novembro de 2020 às 19:46

Uma vitória de Biden-Harris significaria o fim da civilização norte-americana tal como a conhecemos — e uma imensa responsabilidade para o Brasil


“And this be our motto: In God is our trust.”


“Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.”

(Mt 28, 20)



O grande historiador Paul Johnson diz em seu clássico “Tempos Modernos” que o Estados Unidos eram a última Arcádia do mundo soterrado nos escombros da Primeira Guerra — escombros sobre os quais marchavam, nos anos 20 e 30, as hostes uniformizadas do Duce, do Führer e do Tzar Vermelho.


Arcádia era uma região mítica da Grécia, terra de deliciosos jardins, de regatos frescos, de chão relvado e gado manso, de pastores poetas a tanger a lira diante de suas musas. Terra de não haver crime, por não haver inveja.  


A Arcádia era um mundo à parte, mundo eternamente resguardado das inesgotáveis guerras e dissensões que destruíam as demais pólis helênicas. Era, com efeito, o bastião último da beleza, da justiça e do saber.


Escusando o que há aí de utópico, de irrealizável, de mera imagem, pode-se dizer que a analogia do historiador é procedente.


As duas Guerras Mundiais acabaram com uma civilização. Material e psicologicamente — e sobretudo psicologicamente.


Os tanques, as metralhadoras, os caças, as bombas e os gases venenosos fizeram soçobrar a Europa dos reis, das aristocracias, dos valores nobres e, sobretudo, da cosmovisão cristã.


Pois, embora desde pelo menos o século XVII o Deus cristão houvesse morrido para a gente dos grandes círculos intelectuais, das universidades e das lojas maçônicas, a massa popular, homens e mulheres dos campos e das pequenas cidades, era eminentemente cristã: ia às missas, comemorava os santos, vivia os tempos litúrgicos, desfilava em procissões, rezava antes do jantar.


Esse mundo ruiu como a Nossa Senhora de Dresden, onde Bach tocara suas Paixões.


Mas ainda havia a terra dos cristãos que, séculos antes, no início da debacle, fugiram das pendengas europeias, atravessaram o Mar Oceano, assentaram-se em paragem nova, desconhecida, ergueram ali suas vilas com suas igrejas, plantaram seu algodão e seu tabaco — muito à custa de cativos, o que em um tanto lhes desabona a história —, enfrentaram nativos e bisões para desbravar o seu oeste, negaram-se a dobrar o pescoço aos abusadores metropolitanos, derramaram sangue por justiça, e, capitaneados por grandes pais, construíram a nação mais livre e próspera de todos os tempos.


A nação mais livre e próspera era a última Arcádia senão da civilização cristã, pelo menos de alguns de seus valores que a besta materialista e as feras revolucionárias vinham grassando no Velho Continente.


E, de fato, os americanos — ou parte deles —, com a riqueza de suas fábricas e a força dos seus marines, foram o arrimo da ordem mundial nas últimas décadas, a Pax Americana. Eles — ou parte deles — não deixaram tombar os últimos templos greco-romanos e nem permitiram que se proibisse, de uma vez por todas, o cantar das Boas-Novas na praça pública.


No entanto, as mesmas pestes que corromperam por dentro o corpo da cristandade europeia, desde o começo do século XX chegaram também à América — em navios, aviões e sinais de rádio.


E a juventude — ou parte dela — foi se adoentando. Por conseguinte, deram ouvidos à cantilena de um Marcuse, de um Foucault, de um Alinsky; aplaudiram a derrota da pátria no Vietnã; torceram pelo sucesso do “modelo soviético”; levantaram faixas e cartazes pelo sexo livre, pelo divórcio, pelo aborto. Eram já como os franceses, os alemães, os russos.


No início dos anos 70, um jornalista e escritor brasileiro chamado Paulo Francis, opositor da ditadura militar e simpatizante do trotskismo, mudou-se para os Estados Unidos — e lá encontrou justamente essa juventude que se voltava contra a própria civilização em que nasceu.


Em 1972, Francis lançou um pequeno livro intitulado “Nixon x McGovern ― As Duas Américas”, no qual analisa os perfis dos dois candidatos à Casa Branca nas eleições daquele ano. Na visão do autor brasileiro, o democrata George McGovern representava a plataforma mais esquerdista já vista numa eleição presidencial americana. Como se sabe, a vitória de Nixon sobre McGovern no pleito de 1972 foi esmagadora: o republicano conseguiu a reeleição sendo o mais votado em 48 dos 50 estados. No entanto, dois anos depois, o que parecia impossível aconteceu: em 1974, Nixon renunciou à Presidência para escapar de um processo de impeachment, em decorrência do escândalo Watergate.


A Outra América mencionada por Francis ― a América esquerdista, contestadora, identitária e contracultural ― sofreu uma fragorosa derrota nas urnas, mas se vingou com a queda de Nixon. Trinta e quatro anos depois, na primeira eleição de Obama, essa finalmente América chegou à Casa Branca; sofreu um revés inesperado com a vitória de Donald Trump em 2016, e agora voltou disposta a tudo para reconquistar o poder central, cavalgando o corcel flamejante do BLM e surfando no vagalhão do vírus chinês.


Na verdade, a personagem da Outra América tem dupla identidade; é semelhante ao deus Janos, aquele que tem uma face voltada para frente e outra voltada para trás. Agora, vemos o rosto combalido de Joe Biden ― que lembra o protagonista do filme “Um Morto Muito Louco” ―, mas, do outro lado, logo vislumbraremos o sorriso maléfico da medusa Kamala Harris, representante da ala radical que tomou de assalto o Partido Democrata nas últimas cinco décadas. Não se enganem, meus amigos: se Biden, mergulhado em escândalos pessoais e na visível demência dos sentidos, chegar à Casa Branca, a verdadeira mandatária será Harris (que, por sinal, como vice, presidirá o Senado). Se olharmos com os olhos da inteligência, não será difícil descobrir que esse monstro de duas cabeças tem traços de uma ditadura oriental.


Nem mesmo Francis seria capaz de imaginar a vitória de uma chapa tão bizarra quanto a de Biden-Harris. É como se McGovern tivesse voltado à vida e convocado Angela Davis para vice. Para piorar, como se estivéssemos em um roteiro de “House of Cards”, a dupla Zumbiden-Medusa crê-se vencedora de um pleito cercado de suspeitas de manipulação e fraude ― uma fraude que vem pelo correio.


Observando o mapa dos Estados Unidos, vemos que a extrema-esquerda chegou ao poder literalmente comendo pelas beiradas, promovendo a revolução cultural a partir dos grandes centros urbanos, com o apoio das milícias da mídia, das universidades e das Big Techs. A América profunda ― conservadora, empreendedora, patriota e, acima de tudo, cristã ― tornou-se refém da Outra América ― aquela patrocinada pelo bloco eurasiano e pelo bloco globalista, ambos unidos em um nó de serpentes.


Mas Paulo Francis se esqueceu de dizer em seu livro que não existem apenas duas Américas. Há uma terceira: a do Sul. E tudo leva a crer que nós, brasileiros, seremos os guardiões do último bastião do cristianismo no continente. Nenhum dos Paulos, o Francis ou o Johnson, poderia imaginar que um dia, por uma dessas vertiginosas ironias da história, o Brasil se tornaria a última Arcádia.


Alguém poderia dizer que estamos sozinhos. Sim, mas é bom lembrar que aqueles 11 discípulos também estavam.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Um herói desconhecido

Um amigo postou no WhatsApp.

Tudo corria bem no voo VASP 375 no dia 29/09/1988, saiu de Porto Velho, Rondônia, e fez escala em Cuiabá, Brasília, Goiânia e Belo Horizonte, de onde ele voaria para o Rio de Janeiro, aeroporto do Galeão, seu destino final.
Mas as coisas não aconteceram exatamente assim.
Decolando de Belo Horizonte, um passageiro se levantou e, armado com um revolver calibre .32, iniciou o sequestro da aeronave.
O passageiro, Raimundo Nonato Alves da Conceição, estava com raiva da política econômica brasileira, dos rumos do país, e por isso resolveu se vingar.
A vingança pretendida:
Sequestrar um avião e jogá-lo contra o Palácio do Planalto, bem no local onde fica o gabinete do Presidente.
Com isso, Raimundo pretendia matar aquele que ele considerava o grande vilão da história: Jose Sarney.
Pode parecer piada, mas a coisa foi feia. 
Exigindo que a porta da cabine fosse aberta, Raimundo atirou em um comissário.
Com a porta ainda trancada, Raimundo começou a atirar contra a cabine (as portas ainda não eram blindadas).
Um tiro acertou o piloto reserva na perna, fraturando-a.
O outro, acertou o painel.
Diante do risco que representava aquele homem atirando a esmo dentro de uma aeronave em pleno voo, o piloto abriu a porta e Raimundo anunciou seu plano, que representava a morte dos 98 passageiros e 7 tripulantes, fora possíveis vítimas em terra.
O piloto, Fernando Murilo de Lima e Silva, conseguiu avisar sobre o sequestro, acionando, o transponder da aeronave, o código que indica interferência ilícita.
Também conseguiu informar a torre de comando acerca dos planos envolvendo a Palácio do Planalto. 
Nesse momento, a 1ª vítima fatal do sequestro.
Quando a torre responde ao piloto, foi o co-piloto, Salvador Evangelista, quem fez menção de responder.
Provavelmente, um movimento brusco foi interpretado como reação.
O co-piloto foi morto na hora com um tiro na nuca. 
Com dois colegas baleados, um colega morto, surge o sangue frio e a perspicácia do grande herói dessa história: o piloto Fernando.
Ele percebeu que morrer seria inevitável, então começou um perigoso processo de convencimento com o sequestrador em busca de uma improvável solução.
Durante todo esse período, o Voo VASP 375 era seguido de perto por caças Mirage da FA, que tinham ordens de abater o voo, sacrificando os passageiros, caso surgissem indicações de que a aeronave seria usada contra algum prédio da capital.
Nesse ponto, o sequestrador toma outra decisão: exigiu que rumassem para São Paulo, provavelmente em busca de outro alvo.
O piloto Fernando novamente argumentou que o avião não tinha combustível para tanto.
Sugeriu então um pouso no Santa Genoveva, em Goiânia.
Enquanto a discussão se dava entre os dois, o piloto Fernando, disfarçadamente, rumou para Goiânia, afastando o avião de Brasília, cheia de potenciais alvos.
Por fim, diante da recusa de pousar em Goiânia, e das ameaças que só faziam crescer, o piloto tomou mais uma decisão.
Primeiro, ele tirou o avião do piloto automático e fez uma manobra chamada tonneau (manobra em que o avião dá uma volta completa ao redor de seu eixo).
Ele pretendia, com isso, fazer o sequestrador cair e, assim, tomar a arma dele, mas isso não deu certo.
Depois, ele partiu para a cartada final: o parafuso, manobra em que o avião perde a sustentação e cai de bico, girando as asas como um pião.
A ideia do piloto era descer 9 mil pés durante a manobra, fazer o sequestrador cair e imediatamente efetuar o pouso em Goiânia. 
Anos depois, Fernando falou:
"Eu pensei, como vou morrer mesmo, vou arriscar. Parti para o tudo ou nada. Já que vou morrer, vou morrer brigando porque, pelo visto, ele não ia me deixar pousar.”
Fernando conseguiu fazer cair o sequestrador e pousar com tranquilidade.
Mas ele logo se recuperou e seguiu com o sequestro.
Era perto de 13h45 quando o pouso ocorreu.
Em terra, as negociações continuaram. O aeroporto foi cercado por agentes do EB e da PF, que quase invadiram a aeronave, mas foi, novamente, o piloto Fernando quem deu rumo às coisas. 
Ele convenceu o sequestrador a pedir um avião menor, com bastante combustível, e com essa 2ª aeronave, ir em busca de sua vingança.
O sequestrador aceitou, mas exigiu que Fernando seguisse pilotando, o que o piloto aceitou.
Sua vida em trocar de 103 sobreviventes. 
Todos os feridos foram atendidos em hospitais de Goiânia.
Nessa nova negociação, o sequestrador foi baleado pela equipe especial da Polícia Federal.
Fernando, o piloto reserva e o comissário baleado não corriam risco de morte. 
Nem o sequestrador, nas informações prestadas pelo hospital. Misteriosamente, 3 dias depois, Raimundo Nonato morreu de forma estranha, segundo consta, foi vítima de anemia falsiforme.
No fim, o piloto Fernando, grande herói do sequestro, conseguiu salvar 104 vidas e evitou que tivéssemos um 11 de setembro muito antes das Torres Gêmeas.
Por seu feito, foi condecorado com a Ordem do Mérito Aeronáutico, a mais alta distinção honorífica do Comando da Aeronáutica. 
Contudo, nunca recebeu qualquer palavra de agradecimento do Presidente Sarney, que se quedou calado acerca do sequestro.
 _“Ele nunca me dirigiu a palavra. Nunca me agradeceu. Mas não tenho mágoa. Estou tranquilo com minha consciência e sei que fiz meu papel”_ 
E, até hoje, as manobras que o piloto Fernando efetuou naquele 29/09/1988 não são reconhecidas pela Boeing, que afirma categoricamente SER IMPOSSÍVEL FAZÊ-LAS EM UM BOEING 737-317.
O capitão Fernando provou serem possíveis.
É que esse herói pouco conhecido, o piloto Fernando, morreu ontem, em Búzios, aos 76 anos de idade.
Morreu com o crédito enorme de ter salvado 104 vidas e de ter agido, quando muitos não fariam nada. 
Por isso, essa singela homenagem.
Que o comandante Fernando vá em paz, e que fique sua lição de altruismo, em tempos tão duros de egoismo e individualismo.

FIM

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Fim de várias empresas

Se você tem um emprego e sua empresa ainda está operando, seja muito grato

PORQUE?

1. Victoria's Secret declarou falência.
2. A Zara fechou 1.200 lojas.
3. La Chapelle fechou 4391 lojas.
4. Chanel é descontinuado.
5. Hermes é descontinuado.
6. Patek Philippe interrompeu a produção.
7. Rolex interrompeu a produção.
8. A indústria de luxo do mundo desabou.
9. A Nike tem um total de déficit de US $ 23 bilhões  se preparando para a segunda etapa das demissões.
11. O fundador do AirBnb disse que, devido à pandemia, 12 anos de esforços foram destruídos em 6 semanas.
12. Até a Starbucks também anunciou o fechamento permanente de 400 lojas.


A lista continua

Veja o cenário econômico dos EUA:

Nissan Motor Co. pode fechar nos EUA

1. Maior empresa de aluguel de carros (Hertz) entrou em falência - eles também possuem a Thrifty and Dollar
2. Maior empresa de caminhões (Comcar) entrou em falência - eles têm 4000 caminhões
3. A empresa de varejo mais antiga (JC Penny) pediu falência - e foi adquirida pela Amazon por centavos
4. O maior investidor do mundo (Warren Buffet) perdeu US $ 50 bilhões nos últimos 2 meses
5. A maior empresa de investimentos do mundo (BlackRock) está sinalizando um desastre na economia mundial - eles administram mais de US $ 7 trilhões
6. O maior shopping da América (Mall of America) parou de efetuarr pagamentos de hipotecas
7. Companhia aérea mais respeitável do mundo (Emirates) demitindo 30% de seus funcionários
8. Tesouro dos EUA imprimindo trilhões para tentar manter a economia em suporte de vida
9. Nº estimado. de lojas de varejo fechando em 2020 - 12.000 a 15.000. A seguir, estão os grandes varejistas que anunciaram o fechamento:

- Gap 
- Victoria's Secret
- Banho e Corpo
- Forever 21
- Sears
- Walgreens
- GameStop
- Pier 1 Importações
- Nordstrom
- Papiro
- Chico's
-
- Modell's
- A.C. Moore
- Macy's
- Bose
- Art Van Furniture
- Olympia Sports
- K Mart
- Cafés e padarias especializados
e muitos mais

As reivindicações de desemprego atingiram uma alta histórica de mais de 38 milhões - o desemprego é superior a 25% (dos 160 milhões de trabalhadores, cerca de 40 milhões estão desempregados). Sem renda, a demanda do consumidor está caindo drasticamente e a economia entrará em queda livre. Este é apenas EUA ...

Sob o peso da nova pandemia do corona muitos gigantes estão enfrentando a crise do fracasso. Cinco meses de pandemia criaram MUITA dívida e dezenas de milhares de empresas faliram. Se você tem negócios e sua empresa ainda está lá, e não há cortes de pagamento ou demissões, trate bem sua empresa e seu cliente. Os seres humanos estão enfrentando a pandemia que não pode ser controlada. A segunda metade de 2020, é o desafio da força e relacionamento corporativos

2020 é sobre sobrevivência. Cuide de si e de seus entes queridos. Seja feliz com o que você tem!

domingo, 5 de julho de 2020

ACABOU O DISCURSO DE QUE NÃO EXISTE EVIDÊNCIA PARA HIDROXICLOROQUINA.

Vale a pena ler o que escreve o Paolo Zanotto, D.Phil.      @epimeme


A Ciência sempre mostrará a canalhice da $iência...

Nos resta agora Responsabilizar os mandantes dos assassinatos $ientíficos...

Por Paolo Zanotto

ACABOU O DISCURSO DE QUE NÃO EXISTE EVIDÊNCIA PARA HIDROXICLOROQUINA.

Já são 49 estudos (29 revisados) cujo total revelam resultados "muito positivos" usando o HCQ como profilaxia pré e pós-exposição e principalmente no tratamento precoce. A ciência diz que tratar precocemente é a chave para acabar com hospitalizações e morte.

Os mais recentes e importantes:

Estudo retrospectivo de 2.541 casos de Detroit: redução de até 71% da mortalidade no tratamento precoce com HCQ + AZI:

https://doi.org/10.1016/j.ijid.2020.06.099

Estudo retrospectivo de 3737 casos de Marselha: redução de 50% da mortalidade, redução de evolução para UTI, do tempo de clareamento viral e nenhuma morte abaixo de 60 anos sem efeitos adversos relevantes no grupo de HCQ + AZI.

https://doi.org/10.1016/j.tmaid.2020.101791

Estudo Metanálise de 105.040 casos de 20 estudos em 9 países: redução da mortalidade em até 3x nos grupos tratados precocemente com HCQ + AZI: 

https://doi.org/10.1016/j.nmni.2020.100709

Não existe nenhum estudo desfavorável à HCQ atualmente que tenha a mesma força das evidências acima colocadas. Nenhum.

E AGORA?!? 🤔🤔🤔

A turma das “evidências” vai continuar a negar o óbvio ou vão assumir que a negativa tem cunho político?

Vejam todos os estudos em:

https://c19study.com/

domingo, 28 de junho de 2020

Felipe Flamenghi: Chamem o Freixo!

CHEGA! 
NÃO DÁ MAIS PRA APOIAR O BOZO.
ESSE CARA PERDEU O JUÍZO!

Onde já se viu, fazer funcionar a transposição do Rio São Francisco? Ta louco? Aquilo estava parado, há quase 20 anos, por um motivo: Era um ótimo projeto para desviar dinheiro com licitações fraudulentas, junto das empreiteiras "amigas". Como é que acaba com uma "boquinha" dessas? 

E outra, vai levar água para o Nordeste, irrigar o sertão do Ceará, terra da dinastia Ferreira Gomes? Que palhaçada é essa, Biroliro? Já não bastava as usinas de dessalinização, ainda vai mandar mais água? Vai morrer gente afogada! E o cabresto da fome? Vai amarrar aonde? 

Esse cara não merece ser presidente. Não sabe fazer política; fica cumprindo promessas. Parece bobo! E em 2022? Vai prometer o que? Se não deixar os problemas, como é que vai "vender" soluções? 
A seca do Nordeste já está lá há séculos; faz parte da cultura sertaneja. Grandes compositores já escreveram sobre ela. Quem ele pensa que é, para acabar com um patrimônio histórico brasileiro? Genocida!!

É por isso que não sobra dinheiro pra ajudar a Globo, para financiar nossos artistas, para comprar o Congresso. Fica gastando com essas bobagens, pra melhorar a vida do povo, e esquece o que é importante. 

Como se não bastasse, ainda quer acabar com a emoção dos jipeiros, asfaltando a Transamazônica. Já cobriu mais de 90Km que nunca tinham visto piche. 

Não dá pra apoiar! 
Cadê o MBL para nos salvar? Joice, Frota, Freixo... Alguém ajuda, por favor! Desse jeito o Brasil não aguenta!
Bem que eles avisaram... 

Felipe Fiamenghi - 27/06/2020

sábado, 27 de junho de 2020

O que aprendi com o curso para antifascistas da Juventude Socialista

https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/polzonoff/o-que-aprendi-com-o-curso-para-antifascistas-da-juventude-socialista/

O que aprendi com o curso para antifascistas da Juventude Socialista

Durante 6 dias e ao longo de 3 horas diárias, me dediquei ao curso “Entenda o Fascismo para ser Antifascista”, da UJS. O que aprendi me deixou assustado.

Terça-feira, dia 9 de junho, 19 horas. Ajeito o laptop no colo e sigo os links que me levam à primeira aula do curso “Entenda o Fascismo para ser Antifascista”, promovido pela União da Juventude Socialista, a Fundação Maurício Grabois e a Escola de Formação Política Castro Alves, todas ligadas ao PCdoB de Manuela d´Ávila, Jandira Feghali e Flávio Dino. Serão seis aulas ministradas por professores de instituições federais. É a atividade assalariada nas universidades que permite que eles deem este curso, recebendo ou não, para legitimar intelectualmente a ação dos violentos grupos antifa. Mal posso esperar.

A fim de me enturmar, solto um “Boa noite, camaradas” no chat. O clima ali é de união hostil contra aqueles que os alunos consideram fascistas – ou seja, todos que não concordam com eles. Os slogans gritados no chat vão desde o vazio “Todos pela democracia” até o ameaçador “Fogo nos fascistas!”.

Para a primeira aula, assistem ao vídeo introdutório da bela Manuela d´Ávila incríveis 6 mil pessoas (número que diminuiu bastante ao longo do curso). Aliás, quando o rosto de Manu aparece na tela, num close que ressalta seus melhores traços, a turma virtual irrompe numa explosão de coraçõezinhos e declarações de amor pela ex-deputada.

Mas agora silêncio que as aulinhas vão começar.

1ª aula: “Laboratórios ideológicos do imperialismo estadunidense”
A primeira aula é precedida pela fala de uma “mestre de cerimônias” muito empolgada, que já chega citando Marx e dizendo que o curso é extremamente necessário porque “não basta compreender a realidade, é preciso transformá-la”. Ela diz ainda que “ficar em casa [na pandemia] é ser contra Bolsonaro” e que o coronavírus “está matando pobres, negros e jovens”.

A tudo isso o professor João Quartim de Moraes ouve com certo enfado. Ele é um senhor de fala mansa, comunista-raiz, ex-dirigente do grupo guerrilheiro Vanguarda Popular Revolucionária. E sua aula, até pelo título, tem aquela aura de revolução intelectual de um tempo nem tão distante assim em que a esquerda se dedicava aos estudos.

Como a aula se intitula “Ovo da serpente: origens teóricas e históricas do fascismo”, o professor acha por bem fazer toda uma semiótica do ovo. Ao citar regimes autoritários, ele menciona o nazismo, as monarquias e os liberais (!). Mas não fala nada de Stalin, Mao, Pol Pot ou de um Hoxha. Diante da omissão, alguém no chat pergunta se o stalinismo pode ser considerado fascista. A resposta dos outros alunos é “tem gado na área”.

Durante uma hora e quarenta minutos, João Quartim de Moraes expõe toda a história do fascismo italiano com uma riqueza de detalhes impressionante. Nomes e datas e pormenores vão se somando numa tentativa clara de encontrar semelhanças entre a Itália dos anos 1920 e o Brasil de 2020. Em certo momento, o professor faz um elogio contido ao que Mussolini realizou “de bom” – isto é, todas as leis trabalhistas que serviriam de inspiração para a nossa CLT. Mas ele é inteligente, percebe a gafe e logo se retrata.

Num momento de lucidez que causou alguma revolta aos raros alunos que estavam prestando atenção à aula (a maioria estava preocupada com o certificado do curso), João Quartim de Moraes reconheceu que o presidente Jair Bolsonaro “pode até ter mentalidade fascista, mas não é fascista, senão [este] curso não estaria sendo realizado”.

Mas logo depois a lucidez dá lugar a algumas falas cheias de teias de aranha. “O fascismo é a ditadura terrorista do capital financeiro”, diz ele, para logo em seguida emendar com uma teoria da conspiração segundo a qual o então presidente da França Nicolas Sarcozy matou o ditador líbio Muamar Kadafi “para se livrar de dívidas”.

Até que o professor se vê numa encruzilhada. Ao descrever o fascismo italiano desde os seus primórdios, ficam claras as muitas semelhanças entre a Itália de Mussolini e a União Soviética de Stalin. Encurralado pela própria incoerência, ele então se sai com uma análise etimológica da palavra “totalitarismo” que, para João Quartim de Moraes, não se aplica ao regime soviético porque foi “inventada nos laboratórios ideológicos do imperialismo estadunidense”. Sendo mais específico, por Hannah Arendt, que ele chama de “cientista política do dólar”.

2ª aula: Mas e o certificado?
Dia novo, aula nova. Mas os clichês são os mesmos. A simpática Márcia Carneiro, professora no departamento de história da UFF, vai falar sobre “O integralismo de ontem e hoje”. A ideia dos organizadores foi certamente a de associar Jair Bolsonaro a Plínio Salgado, líder do integralismo, visto por muitos como uma espécie de fascismo tupiniquim. Mas algo dá errado.

Porque Márcia Carneiro é uma apaixonada pelo assunto. Ela conta que estudou história justamente porque a avó era integralista. Seus olhos brilham de entusiasmo – não só pela história familiar, mas também pelos próprios ideais integralistas que ela deveria estar rejeitando. O carinho com que a professora trata o assunto não passa despercebido pelos alunos que, no chat, começam a reclamar da falta de críticas mais enfáticas ao integralismo.

Neste dia a aula começa com 4 mil alunos. Muitos dos quais não estão ali para aprender, mas para ensinar a professora. Quando Márcia Carneiro diz, por exemplo, que o integralismo não era racista, os alunos se revoltam. Começam a reclamar da didática. Que a professora fala rápido demais. Essas coisas.

A professora fala, fala, fala. E qualquer semelhança com os dias atuais vai ficando cada vez mais distante. Até que ela é obrigada a recorrer, novamente, às intenções. “O bolsonarismo seria um integralismo piorado”, diz ela, sem explicar o motivo, mas finalmente arrancando aplausos dos alunos – que, aliás, não param de perguntar do certificado.

Por fim, a única associação que Márcia Carneiro consegue fazer entre o integralismo e os dias de hoje é subjetiva. “A extrema-direita já teve intelectuais muito bons. Não eram como os de hoje”, diz ela, se rasgando em elogios a Miguel Reale – pai de um dos autores do impeachment contra Dilma Rousseff.

Para os alunos, isso é um absurdo. Além de exaltar a inteligência de um intelectual “fascista”, a professora não lhes dá nada que justifique o desejo revolucionário, violento e antidemocrático antifa.

3ª aula: Problemas técnicos
A terceira aula, intitulada “Fascismo e neofascismo no século XXI”, seria ministrada por Fábio Palácio, doutor em Ciência da Comunicação pela ECA/USP, Professor de Jornalismo da UFMA e diretor da Fundação Maurício Grabois. Seria, porque problemas técnicos impediram que o saber do professor transbordasse pela YouTubesfera.

Palácio tenta falar, mas áudio e vídeo falham. A única coisa que deu para escutar é que Trump é representante do neofascismo. A “mestre de cerimônias”, toda constrangida, pede desculpas. O intérprete de libras fica de mãos abanando. A transmissão é interrompida e sou obrigado a ver vídeos que falam da União da Juventude Socialista. No chat, os alunos dão dicas para resolver o problema. “Tira o computador da tomada e liga novamente”, diz um. “Tira o fone de ouvido”, sugere outro.

Depois de meia hora de tentativas e fracassos, chega-se a um impasse. A aula será ou não remarcada? Vamos tentar mais uma vez. E outra. E outra. Sem querer, a aula se torna uma alegoria do próprio comunismo, a “experiência que nunca foi posta em prática de verdade”.

4ª aula: “Não se pode ser branco sem ser racista”
A quarta-aula, ministrada em plena noite do Dia dos Namorados, é a mais belicosa de todas. Intitulada “Lições de antiracismo para ser antifascista”, ela é dada por Gabriel Nascimento, da Universidade Federal do Sul da Bahia, para quem “a luta política de hoje é mais difícil” do que no tempo do fascismo.

Para Nascimento, que cita nomes a torto e a direito, sempre enfatizando a raça das pessoas, “brancos não são todos racistas, mas estão num país racista, então são racistas dentro da racialidade”. Entenderam? Nem eu. Incrível perceber como o jargão acadêmico vazio molda o raciocínio dessa intelectualidade que, sem jamais arriscar nada, estimula as pessoas a saírem às ruas e lutarem pelos valores que eles, intelectuais, defendem.

Os 2 mil alunos que assistem à aula comigo ouvem coisas como “a universidade é um espaço brancocêntrico”, “o capitalismo é o gerador do fascismo”, “a democracia burguesa é a mentira do capitalismo”, “o racismo tem origem na Idade Média”, “não há racismo sem capitalismo e não há capitalismo sem racismo” e “miscigenação é eugenia”.

A tudo isso os alunos ouvem expressando concordância entusiasmada. Alguém no chat fala em Thomas Sowell, mas Gabriel Nascimento ignora. Ele prefere dizer que a escravidão no Brasil não acabou por causa da luta dos abolicionistas (“aliados brancos”, no linguajar dele), e sim por causa das insurgências dos escravos. Ou ainda que o humanismo é uma coisa horrível, porque o conceito nasceu na Idade Média, quando os europeus passaram a se considerar “mais humanos do que os outros”. Oi?

A aula termina com o professor dizendo que é impossível ser branco sem ser racista e lendo o poema “Não Vou Mais Lavar os Pratos”, de Cristiane Sobral. O poema fala de uma mulher, talvez uma empregada doméstica, que descobre os livros e, por isso, não vai mais se humilhar lavando os pratos sujos da casa. O que revela bastante dessa esquerda identitária que se afastou dos trabalhadores porque considera o trabalho físico algo indigno.

5ª aula: Populismo judicial
Esther Solano, que ministra a aula “Bolsonarismo e neofascismo”, é socióloga e professora da Unifesp. Mais importante do que isso: ela não ri. Em nenhum momento de sua exposição ela demonstra qualquer tipo de leveza. Compreende-se: para ela, a luta política é séria. É a própria tradução da vida, como ela dará a entender mais tarde.

Na segunda semana do curso, a audiência caiu bastante. Não mais do que 1,7 mil pessoas começam assistindo à aula da professora especializada em antibolsonarismo, para quem o fascismo de hoje é um “fenômeno psicossocial” que se traduz na “política movida pelo ódio e pela aniquilação”.

Os que toleram a aula ouvem que a direita, ou melhor, a extrema-direita é aquela que “não suporta a existência do diferente”. Diante do que eu só consigo pensar nos gulags, na Revolução Cultural chinesa, na Stasi, nos pelotões de fuzilamento da Revolução Cubana – em todas essas pungentes demonstrações de tolerância à diversidade de pensamento que a esquerda nos deu ao longo do século XX.

Para Solano, “todos os apoiadores de Bolsonaro são fascistas, burros ou movidos pelo ódio”. Quais os sinais disso? É evidente. Bolsonaro é “neoconservador e neoliberal” e faz um governo marcado pelo “pauloguedismo”, cuja maior característica é a “retirada de direitos dos trabalhadores”. Mais: Jair Bolsonaro e os “fascistas” só chegaram ao poder depois de uma luta contra a corrupção marcada pelo “populismo judicial”.

O ponto mais interessante da aula foi quando ela, sem demonstrar constrangimento, disse que a “política é maior do que o privado, a família e a igreja”. O problema de Bolsonaro e de seus apoiadores, portanto, estaria no fato de ele querer mudar isso. Ou, nas palavras dela, “promover a ‘privatização da vida’, considerada pelos protofascistas como a solução”.

Diante do que sou obrigado a evocar o célebre lema de Mussolini: “Tudo no Estado, nada contra o Estado e nada fora do Estado”. Será que a professora não percebe? Tento chamar a atenção dela no chat. Nada. Mando pergunta por e-mail. Nada. E, enquanto espero por uma resposta, ainda sou obrigado a ouvir que “o isolamento [por causa da pandemia] é direito, não privilégio”.

Esther Solano ao menos teve coragem de dizer que a esquerda precisa fazer uma autocrítica urgente e se afastar das pautas identitárias. Segundo ela, a aproximação da esquerda com essas questões alheias à luta de classes foi “usada para fortalecer a direita”.

6ª aula: “Elementos de fascistização”
Chego, enfim, à última aula. À proverbial cereja do bolo. Ao ler a ementa da aula “Lições de fascismo e antifascismo”, que pretende apontar “quais lições podemos tirar das experiências de resistência do passado”, imagino estratégias de guerrilha urbana, de propaganda, como montar barricadas sem a ajuda dos pais, essas coisas.

Mas infelizmente sou brindado com um tedioso monólogo lido pelo professor italiano Gianni Fresu, professor de Filosofia Política na Universidade Federal de Uberlândia e (atenção!) membro fundador e Presidente da International Gramsci Society Brasil.

Foi como entrar numa máquina do tempo e voltar para a oitava série, quando ouvia o saudoso professor Valdir falar em colonialismo e imperialismo – conceitos para lá de anacrônicos, mas que, para Fresu, continuam motivando o fascismo por aí.

Ele praticamente repete a aula de João Quartim de Moraes, acrescentando apenas o sotaque que lhe dá um quê de “lugar de fala”. Lá pelas tantas, minha atenção é recompensada pela confissão involuntária de que o “fascismo passou por uma fase esquerdista nacionalista”. Aguço os ouvidos, na esperança de que finalmente ouvirei um professor falar das incríveis e explícitas semelhanças entre o fascismo e o comunismo. Mas não foi dessa vez.

Ecoando novamente a primeira aula, Fresu diz que “Bolsonaro não é fascista, mas tem elementos de fascistização”. Ou seja, tudo aquilo contra o que os antifas lutam existe, se existe, no mundo das intenções, das aparências, da realidade acadêmica que, como sabemos, é uma fantasia à parte.

Velhos clichês
E assim termina o curso “Entenda o Fascismo para ser Antifascista”, promovido pela União da Juventude Socialista. A principal lição que aprendi foi a de que os velhos clichês esquerdistas que faziam a cabeça da juventude quando a minissaia era um escândalo e antes da queda do Muro de Berlim continuam por aí, recitados desavergonhadamente por intelectuais que acreditam que o papel do Estado é o de regular as relações humanas. Exatamente como o fascismo.

Como bônus, aprendi ainda que, na condição de homem branco, sou inerentemente racista e, por consequência, fascista. E que o capitalismo, que tirou milhões de pessoas da pobreza ao longo do século XX, é uma invenção dessa gente má que insiste em defender o direito à vida privada.

Ah, sim, e que Jair Bolsonaro não é fascista nem vivemos num regime fascista. Mas ele anda e fala e provavelmente pensa como fascista. Por isso todos os que estão ocupados em trabalhar e ganhar a vida honestamente e não saem às ruas para lutar contra o fascismo são, na verdade, fascistas.

Alexander Hamilton, honra e fuzis

Alexander Hamilton, honra e fuzis
 Fábio Prieto 
 27/06/2020  


O articulista Sergio Moro (Revista Crusoé) invoca Alexander Hamilton para lembrar que, de acordo com o Federalista 78, o Judiciário é o menos perigoso dos poderes, porque não controla nem a espada, nem o tesouro. Por isto, não vislumbra razão para “intervenção militar constitucional”.
É oportuno rememorar que Alexander Hamilton, capitão de artilharia na Guerra da Independência – chegou a ajudante-de-campo de George Washington -, estudou Direito e exerceu a profissão. Era ilustrado e experiente. O seu Federalista 78 vai além da ideia acima e subscreve a citação de Montesquieu: “não há liberdade se o poder de julgar não for separado dos poderes legislativo e executivo”. Hamilton argumenta que o Judiciário, pela sua “debilidade natural”, pode ser “dominado, acuado ou influenciado pelos poderes coordenados”.
A profecia de Hamilton ganhou grande destaque a partir do século passado, quando manipuladores de urnas perceberam que o Judiciário “dominado, acuado ou influenciado”, era atalho conveniente para o exercício discricionário do poder. Pequeno grupo de juízes poderia fraudar a vontade cívica de milhões de eleitores.
Nos Estados Unidos, há verdadeira batalha eleitoral pelo controle da Suprema Corte e dos demais tribunais. Em outros países, facções partidárias cometeram a imprudência de dominar, acuar e influenciar a magistratura profissional, depois entregue à direção hipertrofiada de novas elites judiciárias, que, em retribuição à clamorosa erronia, promoveram o sequestro da política.
O Brasil assiste ao torneio de bacharéis a respeito do artigo 142, da Constituição. Para o articulista Moro, preocupado com cogitações sobre “intervenção militar constitucional”, “precisamos dos militares, mas não dos seus fuzis e sim dos exemplos costumeiros de honra e disciplina”.
Também partido político incomodado com o alarido dos bacharéis teria procurado a Justiça, para saber o que devem fazer as Forças Armadas em caso de grave convulsão social. Isso lembra a reflexão do ministro Francisco Rezek, em julgamento no Supremo Tribunal Federal, no sentido de que o sistema processual brasileiro é “uma caricatura aos olhos do resto do mundo”. Vamos ensinar à História que as multidões dissidentes e revoltosas podem ser contidas por oficial de justiça, segundo a jurisprudência?
Diante da quimera bacharelesca, os militares permaneceram sóbrios. Pela razão constitucional de que sabem o que fazer, se o País entrar em convulsão interna – o que ninguém vislumbra ou deseja.
Os bacharéis precisam ler o Federalista 78 até o fim. E segui-lo devotadamente. Hamilton ressalta os benefícios sociais da “integridade” e da “moderação” do Judiciário. “Homens ponderados de todas as categorias devem valorizar tudo que tenda a gerar ou fortalecer esta têmpera nos tribunais, pois nenhum homem pode ter certeza de que amanhã não será a vítima de um espírito de injustiça que hoje o beneficia”.
Crentes nesta justiça legítima, os militares – como os civis – nunca questionaram ordem de prisão de oficial general. Vice-Almirante reformado foi acusado, processado, preso e condenado na Lava Jato sem a mínima preocupação dos quartéis. O Judiciário, como qualquer poder civil ou militar, é legitimado pela fundamentação de suas decisões.
Seria preocupante, não para os militares, mas para a cidadania indefesa que não tem fuzis, se algum tribunal resolvesse perseguir oficiais generais só por serem oficiais generais. Aí seria o caso, primeiro, de ponderar que nem criminosos notórios são tratados como criminosos notórios. Nem devem ser. O julgamento depende da legitimidade e da consistência das provas no processo judicial.
É do senso comum de justiça que não se trata alguém discricionariamente por simples capricho, antipatia ou preferência partidária. Se o rito é igual para todos, qual seria o ganho institucional na discriminação só contra oficiais generais? A sabedoria de Hamilton no Federalista 78: “Para evitar um julgamento arbitrário dos tribunais, é indispensável que eles estejam submetidos a regras e precedentes estritos, que servem para definir e indicar seu dever em cada caso particular que lhes é apresentado”.
O articulista Moro é exato quando lembra os “exemplos costumeiros de honra e disciplina” dos militares. As urnas soberanas fizeram a escolha de quatriênio pela recusa ao desarmamento, ao aborto e à descriminalização das drogas, além da proposta de melhoria da gestão da Amazônia. O ex-Ministro nomeou, com consciência tranquila, para cargos no Ministério da Justiça, simpatizantes do desarmamento, do aborto, da descriminalização das drogas e da doutrina pan-amazônica do buen vivir.
Não se preocupe o articulista Moro com os fuzis. Os militares devem ter lido o Federalista 78 por inteiro, no qual é lembrado que é “princípio do governo republicano” que “o povo tem o direito de alterar ou abolir a Constituição estabelecida sempre que a considerem incompatível com a própria felicidade”. Nenhum soldado leal se coloca acima da felicidade do povo soberano.
 
Fabio Prieto é desembargador, ex-presidente do TRF3. Diretor Conselheiro da International Association of Tax Judges. Grande Oficial da Ordem do Mérito Militar do Exército. Ordem do Mérito Militar da Marinha e da Aeronáutica.

O assassino Che Guevara: retrato de um covarde.

Rodrigo Constantino

“Há aproximadamente 48 anos, Ernesto “Che” Guevara recebeu uma grande dose de seu próprio remédio. 
Sem qualquer julgamento, ele foi declarado um assassino, posto contra um paredão e fuzilado.  Historicamente falando, a justiça raramente foi tão bem feita. 
O ditado “tudo o que vai, volta” expressa bem essa situação.

“Execuções?”, gritou Che Guevara enquanto discursava na glorificada Assembléia Geral da ONU, em 9 de dezembro de 1964. 

 “É claro que executamos!”, declarou o ungido, gerando aplausos entusiasmados daquele venerável órgão.  

“E continuaremos executando enquanto for necessário!  

Essa é uma guerra de morte contra os inimigos da revolução!”

Ocorreram 14.000 execuções por fuzilamento em Cuba até o final de década de 1960. 
José Vilasuso, um cubano que à época era promotor dos julgamentos comandados por Guevara, fugiu horrorizado e enojado com o que presenciou.  Ele estima que Che promulgou mais de 400 sentenças de morte apenas nos primeiros meses em que comandava a prisão de La Cabaña. 
Um padre basco chamado Iaki de Aspiazu, que sempre estava à mão para ouvir confissões e fazer a extrema unção, diz que Che pessoalmente ordenou 700 execuções por fuzilamento durante esse período.

O próprio Che admitiu ter ordenado “milhares” de execuções durante o primeiro ano do regime de Fidel Castro.

Felix Rodriguez, o agente cubano-americano da CIA que ajudou a caçar Che na Bolívia e que foi a última pessoa a interrogá-lo, diz que Che, em sua última conversação, admitiu “algumas milhares” de execuções.

“Eu não preciso de provas para executar um homem”, gritou Che para um funcionário do judiciário cubano em 1959. 

“Eu só preciso saber que é necessário executá-lo!

A mais popular versão da camiseta e do pôster de Che, por exemplo, ostenta o slogan “Lute Contra a Opressão” sob sua famosa face. 

Essa é a face de um homem que fundou um regime que encarcerou mais de seu próprio povo do que Hitler e Stalin, e que declarou que “o individualismo deve desaparecer!”.

Nenhuma pessoa em seu perfeito juízo vestiria uma camiseta estampando o rosto de Che. 

E nenhuma pessoa decente toleraria essa camisa em seus arredores.

Mas como um sujeito horrendo, vazio, estúpido, sádico e epicamente idiota conseguiu um status tão icônico? 

“Estou aqui nas montanhas de Cuba sedento por sangue”, escreveu Che para a sua esposa abandonada em 1957. 

 “Querido pai, hoje descobri que realmente gosto de matar”, escreveu logo depois.

O detalhe é que essa matança de que ele gostava muito raramente era feita em combate, o que ele gostava mesmo era de matar à queima-roupa homens e garotos amarrados e vendados.

Dentre suas perturbadas fantasias, a mais proeminente era a implementação de um reino continental stalinista. 

Para atingir esse ideal, o jovem problemático almejava “milhões de vítimas atômicas”.

O perturbado jovem argentino também era arredio e desprezava todos ao seu redor: “Não tenho casa, não tenho mulher, não tenho pai, não tenho mãe, não tenho irmãos. 

Meus amigos só são amigos quando eles pensam ideologicamente como eu”.

*Ernesto “Che” Guevara* era o vice-comandante, o carrasco-chefe e o principal contato da KGB em um regime que proibiu eleições e aboliu a propriedade privada.

A polícia desse regime, supervisionada pela KGB e empregando a tática da “visita da meia-noite” e do “ataque pela manhã”, capturou e enjaulou mais prisioneiros políticos em proporção à população do que Stalin e executou mais pessoas (em uma população de apenas 6,4 milhões) em seus primeiros 3 anos no poder do que Hitler (que comandava uma população de 70 milhões) em seus primeiros 6 anos.

O regime que Che Guevara ajudou a fundar confiscou a poupança e a propriedade de 6,4 milhões de cidadãos e tornou refugiada 20% da população de uma nação até então inundada de imigrantes e cujos cidadãos haviam atingido um padrão de vida maior do que o padrão daqueles que residiam em metade da Europa. 

O regime de Che Guevara também destroçou — por meio de execuções, encarceramentos, expropriação em massa e exílio — virtualmente cada família da ilha cubana.

Com apenas uma semana no poder, Che já havia abolido o habeas corpus.

Além de afirmar que evidências judiciais eram detalhes burgueses arcaicos, ele complementava garbosamente dizendo que “executamos por convicção revolucionária!”.

Apesar de seus fãs dizerem pomposamente que ele foi um médico formado, ninguém até hoje, após inúmeras tentativas, conseguiu localizar qualquer histórico sobre seu diploma de medicina.

 Logo após ser capturado na Bolívia, Che admitiu para o comandante da operação, o Capitão Gary Prado, que ele *não era médico,* mas tinha “algum conhecimento de medicina”.

Mais do que sua crueldade, megalomania e estupidez épica, o que mais distinguia Ernesto “Che” Guevara de seus companheiros era sua manhosa covardia.

Suas tietes podem ficar zangadas o quanto quiserem, bater a porta do quarto, cair na cama, espernear e chorar abraçadinhas com o travesseiro, mas o fato é que Che se entregou voluntariamente ao exército boliviano e a uma distância segura.

 Foi capturado em ótimas condições físicas e com sua arma completamente carregada.

Com seus homens fazendo exatamente o que ele ordenou (lutando e morrendo até a última bala), um Che ligeiramente ferido evadiu-se do tiroteio e se entregou com um pente cheio de balas em sua pistola, enquanto choramingava manhosamente para seus capturadores:

*“Não atirem! Sou Che! Valho mais para vocês vivo do que morto!”.*

O prazer que Che Guevara tinha em matar cubanos só era possível porque esses cubanos estavam completamente indefesos no momento.

 Amarrados e vendados, de preferência.

E dessa forma eles eram alinhados de frente para o pelotão de fuzilamento e executados.

Porém, quando o cenário se alterou e as armas de fogo estavam em posse de outros, o argentino tremeu de medo.”

*Covarde, incompetente e assassino: esses são alguns adjetivos adequados para definir o maior ídolo de nossas esquerdas. Lamentável!!!

LEGITIMIDADE, ESTABILIDADE E LEGALIDADE, NESSA ORDEM

LEGITIMIDADE, ESTABILIDADE E LEGALIDADE, NESSA ORDEM
General de Brigada Reformado Luiz Eduardo Rocha Paiva (Diretor de Geopolítica e Conflitos do Instituto Sagres)
Legitimidade, Estabilidade e Legalidade. Esses três conceitos foram repetidos, como um mantra, pelo General Villas Bôas quando comandou o Exército Brasileiro (2015 - 2018) e exerceu uma liderança positiva e de alto nível na política nacional.
Eram anos de muita tensão e pressões vindas de várias origens, umas instando pela intervenção militar e outras por temerem, tanto essa possibilidade, quanto uma escalada da crise política por iniciativa da esquerda radical, então encastelada em altos escalões do governo.
À primeira vista, o mantra parecia ter como destinatários os intervencionistas. Ledo engano, pois ele também se destinava a tranquilizar a imensa maioria de brasileiros genuinamente democratas e a alertar à esquerda radical de que não seria admitida qualquer iniciativa contra as três cláusulas pétreas com que o Exército garantiria, de fato e de forma sutil, que o processo político em desenvolvimento transcorresse de forma pacífica e ordeira.
Hoje, o Brasil vive um novo embate político, mesclado com a crise sanitária provocada pela pandemia do Covid19. Nele, é visível a manipulação da lei em prol de interesses políticos, deslegitimando a legalidade e escalando as crises política e sanitária para um conflito entre os Poderes da União. Esse quadro compromete o equilíbrio e a harmonia dos três pilares do regime republicano democrático. 
Assim, o país está caminhando para a instabilidade político-social, com risco de ruptura institucional e convulsão social, ou para a submissão a uma espécie de ditadura da toga. Essa iminente possibilidade é comentada e deplorada por autoridades, inclusive do meio jurídico. Ora, membros da Alta Corte não são eleitos pelo povo para legislar e governar - essas não são suas atribuições. Além disso, os atuais ministros não contam com a confiança da nação, haja vista seguidas e questionáveis atitudes e decisões por vários deles cometidas ou tomadas.
Interpretar e usar a lei com propósitos políticos para desestabilizar e, eventualmente, alijar do poder o atual governo, aliando-se a interesses inconfessáveis da liderança patrimonialista fisiológica, é tornar ilegítimo o instrumento legal, ou seja, deslegitimar a lei e ameaçar a estabilidade.  
Para enfrentar essa aliança do atraso e dos antivalores é preciso agir com sabedoria, ouvir assessores não radicais, com visão estratégica, equilíbrio e inteligência emocional, bem como dar exemplos de temperança e cidadania. Nas crises atuais, desprezar a manobra indireta e bater de frente contra adversários poderosos é dar munição para as lideranças carcomidas da velha política e seus aliados, expondo a autoridade do cargo a contestações e colocando em risco a unidade política e a paz social. 
O Brasil vive um momento de risco para a legalidade, a legitimidade e a estabilidade.
O agravamento dessa complexa e grave situação imporá decisões patrióticas de caráter moral, passíveis de questionamentos quanto à legalidade, mas imprescindíveis para neutralizar a cleptocracia instalada nos altos escalões do poder. São decisões imperiosas para evitar um mal maior, se a omissão e a covardia moral resultarem em danos inaceitáveis ao cidadão e à nação. O Brasil não pode continuar refém dessa gente! 
Diante de uma eventual escalada do conflito entre os Poderes da União, que possa levar o país à anomia, à ruptura institucional e a uma grave convulsão social, só as FA têm poder de fato, mas não legal (não há lei que as autorize a tomar a iniciativa), para impor uma solução legítima que preserve a lei e a ordem, em consequência, a estabilidade. Um conflito dessa natureza ameaça a unidade política e a segurança nacional, portanto diz respeito à Defesa da Pátria, missão que as FA cumprirão, igualmente, contra ameaças internas. E não seria para implantar um novo regime militar, mas sim para restaurar os Poderes Constitucionais, vitimados pela evidente falência de sua autoridade, resultante de um conflito de tamanha magnitude.  Daí a ordem de valor legitimidade, estabilidade e legalidade.
Quando a lei positiva é usada para respaldar desígnios ilegítimos, cai por terra a justiça, esta sim cláusula pétrea. Se as leis também o fossem, o Brasil ainda seria colônia, não seria república e Jango, Brizola e o Partido Comunista Brasileiro teriam implantado uma República Comuno-Sindicalista no Brasil em 1964. 
Quando os interesses vitais da nação estão e jogo, como disse e diria de novo Camões: “Cesse tudo o que a musa antiga canta, que outro valor mais alto se alevanta!” (Os Lusíadas).

domingo, 5 de abril de 2020

Mesma tempestade, barcos diferentes

Recebi esta mensagem pelo WhatsApp e não sei quem a escreveu.

Ele foi Perfeito! Repito, Perfeito... 
Cada um sabe de sua vida e de sua situação. Então, não julgue! 

--------------
"Me irrita essa frase “estamos no mesmo barco”
Não, não estamos. Não seja ridículo. Estamos na mesma tempestade, mas não no mesmo barco. O seu barco pode afundar.. e o meu não, e vice versa. 

Pra alguns a quarentena tá sendo ótima! Momento de reconexão.. trabalho tá indo suave, etc

Para alguns tá sendo uma crise!

Para outros uma paz... tempo de descanso. Férias.

Para outros tempo de tortura: “como vou pagar minhas contas?!”

Alguns estão preocupados com qual ovo de Páscoa vão comer hoje.. kinder ou Lacta.. 

Alguns estão preocupados se vai ter pão pra comer até o final da semana, se o arroz e o feijão serão suficientes.

Alguns estão no home office na fazenda.. outros estão catando lixo pra sobreviver.

Alguns querem voltar trabalhar porque não tem mais dinheiro.

Alguns querem matar quem quer voltar trabalhar porque ele não tá pensando em dinheiro, afinal ele já tem uma reserva não precisa se preocupar com isso. 

Uns estão com Fé em Deus que veremos muitos milagres ainda em 2020.

Outros dizendo que o pior nem chegou.

Então...Não amigo, nós não estamos no mesmo barco. Estamos passando pelo mesmo momento mas com percepções, experiências e necessidades COMPLETAMENTE diferentes. E sairemos cada um de um jeito desta tempestade.

Por isso neste momento é muito importante enxergar além do que se vê. Enxergar além de partido político, além de religião, além do próprio umbigo... não menospreze a dor do outro porque você não a sente, não julgue a vida boa do outro porque você não sabe o que ele passou pra chegar lá... simplesmente não julguem.

Julguemos menos. Tanto o que não tem, quanto o que tem de sobra. Tanto o que quer voltar trabalhar, quanto o que quer ficar em casa.

 Afinal.. estamos em barcos diferentes irmão! Fale por você..."

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Relato de um doente pelo Coronavírus

Observação: Esse é um relato que obtive no Quora. Não sei quem foi que o redigiu, mas é assustador.

Para mim, começou com dor de garganta e gânglios inchados. Depois veio uma dor de cabeça horrível, febre, dores no corpo, calafrios e fadiga extrema. Eu também tive uma crise de diarreia, mas que não durou muito. Então parece que você está melhorando. A tosse seca se torna muito mais grave. Você tem falta de ar. Você tosse até seus pulmões doerem e a garganta ficar esfolada. É uma tosse forte.

O vírus parece desencadear uma resposta sistêmica primeiro, mas depois se instala nos pulmões. Ele paralisa os cílios responsáveis ​​por varrer partículas nos pulmões. A tosse é improdutiva. Já estou muito cansado de tossir.

A experiência de minha esposa foi semelhante à minha de várias maneiras. Dois dos meus filhos ficaram cansados ​​por um dia e superaram tudo. Meu filho de 5 anos perdeu o apetite, dormiu por alguns dias e seu tímpano explodiu devido à pressão. Os gânglios do pescoço estavam inchados. Foi assustador.

Um dia eu estava bem preocupado com minha esposa porque a febre dela continuava subindo. Chegou a quase 39 graus e eu dei a ela ibuprofeno e Tylenol. Ela também sentia calafrios e estava tão cansada que mal conseguia se mexer. Ela tem diabetes tipo 1, o que aumenta o risco de complicações graves. Minha esposa agora tem a tosse seca implacável. Ela ainda está com os gânglios inchados, mas estão diminuindo um pouco. Sua febre se foi e os níveis de energia melhoraram, embora ela ainda durma mais e não volte à força total. Ela se sente cansada, mas não destruída como estava há 6 dias.

Como tenho artrite inflamatória grave, tomo Planquenil (hidroxicloroquina) e Losartana diariamente. Eu também tenho asma e pressão alta. Meu risco de complicações com risco de vida é extremamente alto. Alguns estudos demonstraram que o Planquenil e a Losartana ajudam no tratamento do COVID-19. Eu acredito que tomá-los me manteve fora do hospital. Mas mesmo com essas drogas eu me senti péssimo. Como mencionei antes, ainda tenho tosse seca. Não tenho mais falta de ar, mas esse vírus permanece por um longo tempo.

Também descobri que usar um umidificador no quarto em que estou ajuda a facilitar a respiração. O ar seco é difícil para os pulmões doentes. Também tomei Mucinex, que afina o muco e torna a tosse mais produtiva. Existe uma versão genérica que é barata. Bebi uma boa quantidade de água para evitar a desidratação. Minha esposa me fez percussão manual no peito e nas costas. Com a mão fechada, ela bate moderadamente no meu peito. Isso afrouxa a congestão e o muco nos pulmões, para que possa tossir de maneira mais produtiva. Parece ajudar.

Agora estamos enfrentando a relativa calma antes da tempestade.

Uma crise econômica e social nos espera, principalmente para aqueles que vivem nos EUA e na China.

terça-feira, 24 de março de 2020

Para facilitar o entendimento: ( dos idiotas )

Um amigo postou esse texto no Whatsapp.
Só não entende quem não quer.


Para facilitar o entendimento: ( dos idiotas ) 

👉Zezinho tem uma empresa e emprega 20 funcionários. 
👉Cada funcionário ganha 2500,00. 
👉Logo, Zezinho tem um gasto de 50.000,00 mensais com sua folha salarial.
👉Com a quarentena do Corona Vírus, Zezinho vai ficar 4 meses sem poder abrir sua empresa. 
👉O presidente perguntou: " Zezinho, você vai conseguir arcar com 4 meses de salário dos seus funcionários (200 mil reais) se a sua empresa não estiver produzindo?"
👉Zezinho: "Infelizmente não, senhor presidente".
👉Para Zezinho não falir e deixar 20 pessoas desempregadas, o presidente sugeriu a suspensão temporária dos contratos de trabalho dos funcionários na seguinte condição: "Cada funcionário receberá um salário mínimo. O governo custeia a metade e a empresa a metade."
👉Lembrando que após o restabelecimento da normalidade, os contratos de trabalho serão retomados com as mesmas condições atuais. 
👉Pedrinho é funcionário de Zezinho e durante a quarentena está 24 horas com a TV ligada na Globo.
👉Pedrinho achou um absurdo ganhar só um salário mínimo durante esse período. 
👉Acendeu seu baseado e foi pra varanda do Minha Casa minha vida bater panela e gritar "Fora Bozo".
👉Com a repercussão negativa da imprensa golpista que enganou Pedrinho, o presidente cancelou a MP.
👉Trajado com sua camisa do Che Guevara, Pedrinho pergunta ao presidente: "Como fica minha situacão a partir de agora? Quem poderá me salvar, Bozonaro?"
👉"A partir de agora, Pedrinho, você irá negociar diretamente com o seu patrão."
👉Pedrinho então pega o Seu iPhone que comprou em 20 parcelas no último Natal e manda um zap pro Zezinho: "bom dia, Seu José"
👉"Bom dia, Pedrinho. Estava mesmo querendo falar com você. Por favor, venha ao escritório"
👉Ao chegar no escritório com máscara cirúrgica, Pedrinho se senta na mesa do patrão, limpa as mãos  com álcool em gel e ouve:
👉"Infelizmente não vou conseguir pagar o salário de todos vocês. Pra não fechar a empresa, vou manter somente a Paula, a Fernanda e o Ricardo. O restante infelizmente vou ter que demitir. Assine aqui.

quinta-feira, 19 de março de 2020

A CULPA É DO PCC - PARTIDO COMUNISTA CHINÊS

A CULPA É DO PCC - PARTIDO COMUNISTA CHINÊS
Por Rodrigo Silva, fundador do @spotniks

A culpa pela pandemia de Coronavírus no mundo tem nome e sobrenome. É do Partido Comunista Chinês. E se você ainda tem alguma dúvida a esse respeito, precisa dar uma lida nessa thread.

1. De acordo com oficiais chineses, o primeiro caso de COVID-19 aconteceu no dia 19/11/19 e o primeiro indivíduo a testar positivo para a doença apresentava sintomas em 8/12/19. Segundo o The Lancet, o paciente zero foi exposto ao vírus no dia 1/12/19.
https://www.msn.com/…/the-first-covid-19-case-o…/ar-BB119fWJ

2. A falta de condições sanitárias de um mercado de animais silvestres em Wuhan, prática comum num país que não oferece segurança alimentar, foi fundamental para o surto. Só depois do SARS-CoV-2, tardiamente, o governo chinês prometeu acabar com a prática.
https://edition.cnn.com/…/china-coronavirus-wild…/index.html

3. Um artigo publicado em 2007 por médicos de Hong Kong já alertava que havia reservatório de coronavírus em morcegos e que o hábito do sul da China de "comer mamíferos exóticos" era uma "bomba relógio". Mas essa bomba não se resume à vigilância sanitária.
https://cmr.asm.org/content/20/4/660

4. A China é uma ditadura sem liberdade de expressão, de imprensa, política e religiosa, com opositores e ativistas de direitos humanos reiteradamente presos, torturados e condenados a campos de reeducação. Foi nesse país que o SARS-CoV-2 se espalhou.
https://oglobo.globo.com/…/human-rights-watch-china-ve-os-d…

5. Em 2002, as informações sobre um outro coronavírus, o SARS-CoV, foram reprimidas pela ditadura chinesa, condenando centenas de pessoas à morte. Tardiamente, o Partido Comunista admitiu os erros e demitiu o ministro da Saúde e o prefeito de Pequim.
https://www.nytimes.com/…/the-sars-epidemic-epidemic-china-…

6. Como a preocupação de ditaduras é com a estabilidade do regime, e não com o bem-estar da população, sem enfrentar grandes resistências, o governo chinês teve com o SARS-CoV-2 os mesmos incentivos para novamente negligenciar uma pandemia de coronavírus.
http://www.ejinsight.com/20200124-why-the-dictatorship-mak…/

7. No dia 30 de dezembro de 2019, quando a COVID-19 adoeceu 7 pacientes em um hospital de Wuhan e um médico, Li Wenliang, tentou avisar outros médicos, a polícia chinesa o obrigou a assinar uma declaração de que seu aviso constituía "comportamento ilegal".
https://www.nytimes.com/…/01/wo…/asia/china-coronavirus.html

8. Li Wenliang e outros sete médicos de Wuhan foram obrigados a assinar um documento admitindo "espalhar mentiras". Isolado no trato de seus pacientes, sem amparo oficial, Li acabou contraindo coronavírus e falecendo, aos 34 anos.
https://foreignpolicy.com/…/coronavirus-xi-jinping-chinas-…/

9. Entre o início de dezembro e 19 de janeiro, o Partido Comunista Chinês minimizou o surto a um problema local, limitado a um pequeno número de clientes de um mercado de Wuhan. Qualquer que fosse a causa da doença, "não era nada parecido com SARS".
https://www.scmp.com/…/six-more-hong-kong-patients-hospital…

10. Ainda em 26 de dezembro, um técnico de um laboratório contratado por hospitais disse que sua empresa recebeu amostras de Wuhan e chegou a uma conclusão impressionante: as amostras continham um novo coronavírus com uma similaridade de 87% com a SARS.
https://www.independent.co.uk/…/coronavirus-china-outbreak-…

11. No dia 24 de dezembro, uma amostra do SARS-CoV-2 retirada de um paciente foi enviada a um laboratório para o sequenciamento do genoma. Os resultados estavam prontos 3 dias depois, mas as autoridades de Hubei ordenaram que as amostras fossem destruídas.
https://github.com/…/nCovM…/blob/master/archive/jpg/2100.jpg

12. Em janeiro, a polícia ainda controlava as informações, tratando o coronavírus como um boato. Em Wuhan, esse era o discurso oficial: "A polícia apela a todos os internautas para não fabricarem rumores, não espalharem rumores, não acreditarem em boatos".
https://www.washingtonpost.com/…/chinese-doctor-has-corona…/

13. Cabe lembrar que o Partido Comunista Chinês promove o maior ato de restrição à liberdade de expressão da História. 50 mil censuradores participam do processo de controle da internet no país, conhecido como o Grande Firewall da China.
https://gking.harvard.edu/…/how-censorship-china-allows-gov…

14. Na China, são oficialmente proibidos serviços como Gmail, Google, Facebook, Youtube, Wikipedia, Reddit, Instagram, Twitter e WhatsApp. Como o governo monitora os aplicativos permitidos, controla todo o conteúdo online e o tráfego de informações. https://en.wikipedia.org/…/Websites_blocked_in_mainland_Chi…

15. O Partido Comunista também controla todas as redações de jornal do país. Segundo a Reporters Without Borders, em 180 países listados, a China é o 177º em liberdade de imprensa. Não há acesso no país à BBC, NYT, The Guardian, WSJ, Reuters, TIME, NBC...
https://rsf.org/en/ranking_table

16. Controlando a internet e os veículos de imprensa, o Partido Comunista Chinês não teve qualquer dificuldade em atrapalhar o fluxo de informações da população sobre o coronavírus, colaborando ativamente para que o surto se transformasse numa pandemia.
https://www.nytimes.com/…/asia/china-coronavirus-censorship…

17. Li Wenliang, o médico whistleblower do início dessa thread, só foi liberado da prisão em 3 de janeiro, depois que assinou um documento assumindo a prática de "atos ilegais". Li contou à CNN que sua família se preocuparia se ele perdesse a liberdade.
https://edition.cnn.com/…/coronavirus-doctor-whi…/index.html

18. Outro médico, Wang Guangbao, admitiu mais tarde que a especulação sobre um vírus semelhante à SARS era forte nos círculos médicos no início de janeiro, mas que as detenções dissuadiram muitos, inclusive ele próprio, de falar abertamente a respeito.
https://www.washingtonpost.com/…/early-missteps-state-secr…/

19. Em fevereiro, dois jornalistas chineses, Fang Bin e Chen Qiushi, desapareceram depois de trabalharem na cobertura do coronavírus em Wuhan e denunciarem as supressões de informações do governo. Qiushi entrou no topo da lista da One Free Press Coalition.
https://www.bbc.com/news/world-asia-china-51486106

20. A China só declarou emergência em 20 de janeiro. Quando Wuhan foi isolada três dias depois já era tarde: o vírus estava sendo espalhado por todo país, levado pelos 400 milhões de chineses que se preparavam para viajar para comemorar o Ano Novo Lunar.
https://en.wikipedia.org/wiki/2020_Hubei_lockdowns

21. Durante quase 2 meses, enquanto o vírus se alastrava, o Partido Comunista Chinês aprisionou e intimidou médicos e jornalistas, controlou o fluxo de informação, minimizou os riscos do surto, não ampliou leitos de UTI, nem combateu mercados silvestres.
https://www.nytimes.com/…/coronavirus-china-journalists.html

22. Xi Jinping, presidente da China, comentou publicamente pela primeira vez sobre o SARS-CoV-2 apenas no dia 20/01, mas já no dia 7/01, 13 dias antes, durante uma reunião do partido, ele admitiu, num discurso interno, conhecimento "do novo coronavírus".
http://www.qstheory.cn/dukan/qs/2020-02/15/c_1125572832.htm

23. Nesses 13 dias, enquanto negava o surto, o Partido Comunista organizou duas grandes reuniões em Hubei e reuniu mais de 40 mil famílias num banquete em massa em Wuhan, na tentativa de bater um recorde mundial. Xi Jinping poderia ter evitado a pandemia.
https://edition.cnn.com/…/china-coronavirus-xi-j…/index.html

24. Apenas no dia 4 de fevereiro, assim como com a SARS em 2002, o Partido Comunista Chinês admitiu as “deficiências e dificuldades na resposta à epidemia”, e prometeu "melhorar nossas habilidades em lidar com tarefas urgentes e perigosas".
https://www.bbc.com/news/world-asia-china-51362336


25. Mesmo dois meses depois do surto começar, depois da OMS pedir repetidamente às autoridades chinesas dados sobre a saúde dos profissionais médicos de Wuhan, o governo chinês ainda tinha dificuldade em ser transparente com a comunidade internacional.
https://www.washingtonpost.com/…/28064fda-54e4-11ea-80ce-37…
Repetindo as trapalhadas do Politburo soviético no acidente nuclear de Chernobyl, em 1986, o Partido Comunista Chinês é o grande responsável por negligenciar um surto então local, reiteradamente ignorado pelas autoridades, transformando o novo coronavírus numa pandemia global.
Reprisando os erros da SARS em 2002, a ditadura chinesa deixou o mundo novamente à mercê de seus caprichos, pagando por suas irresponsabilidades, sem nenhuma garantia de que seja capaz de combater exemplarmente novos surtos nos próximos anos, dizimando populações inteiras.
E é exatamente por isso que a culpa pelo novo coronavírus tem nome e sobrenome, e que é tão importante responsabilizar os autores políticos dessa pandemia. Inúmeras pessoas inocentes morrerão nas próximas semanas graças à ineficiência de uma ditadura. A História será implacável.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

A "triste" história de Tarso Genro e o "malvado" Ustra.

A "triste" história de Tarso Genro e o "malvado" Ustra.

A COMISSÃO DA VERDADE FICOU DECEPCIONADA COM A HISTÓRIA ABAIXO.

*TARSO GENRO

Paulo Boccato, blog do Augusto Nunes:

Tarso Genro era um jovem que acabara de completar 17 anos quando do contra-golpe de 1964 mas "se achava" o “revolucionário” porque já fazia das suas no Rio Grande do Sul àquela época!
Então, meio paranoico, achando que iriam atrás dele, em um “planinho” mirabolante que só existia mesmo na cabeça dele, se vestiu de mulher (‘PRENDA’ COMO DIZEM NO SUL) e fugiu para o Uruguai pela fronteira, coisa que por óbvio, ele nega (fuga travestido de "prenda" não é auto-exílio) e que termina incrivelmente…
A família então foi procurar uns amigos de longa data, moradores da mesma rua, quase vizinhos, uma família de MILITARES do EXÉRCITO que ouviram os pedidos de clemência dos genitores para que o rapaz pudesse voltar do auto-exílio.
Os "malvados" milicos, ao investigarem, descobriram que, rigorosamente, os serviços de informação da “repressão” não apenas nada tinham contra o jovem Tarso Genro como nem sabiam quem ele era!
Ele não acreditou na palavra da família que o contatou no Uruguai, tipo: “mas como? Então, não tenho importância alguma? É uma armadilha para me pegarem!”
Não apenas e tão somente os "malvados milicos" reafirmaram que nada havia contra ele como se prontificaram, junto a família (fardados desalmados!), a escoltá-lo de volta ao lar, pegando-o junto à fronteira, coisa que foi feita.
No caminho, os dois irmãos, gaúchos, Oficiais do EB, gostaram muito daquele rapaz idealista e achando que toda aquela efervescência revolucionária, típica da pós-adolescência, necessitava de uma dose de disciplina militar, o convenceram a entrar... aonde?
No Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva - NPOR- de Santa Maria, no Grupo Mallet, coisa que de fato aconteceu, pois Tarso Genro é mesmo Oficial R/2 da Arma de Artilharia do EB, tendo se formado e possuído como padrinhos os tais dois irmãos Oficiais do EB…
Sabem quem era um destes Oficiais a quem Tarso Genro, mais de 30 anos depois, então Ministro da Justiça, acusou de ser "torturador" e que foi um dos responsáveis por trazê-lo de volta à família e colocá-lo no NPOR de Santa Maria?
CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA!
E o mesmo me confirmou esta história toda.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

A revolta do Leblon

“A Revolta do Leblon: O colunista Renan Santos ironiza a nobreza artística que não aceita a dureza dos novos tempos”

 2 de Fevereiro, 2020

“Eu sei o que fizemos na sua casa, na Barra da Tijuca” , disse um irado Zé de Abreu em seu twitter. “Vou-lhe desmascarar”, arrematou. O ator e militante global referia-se a sua ex-amiga Regina Duarte, agora Secretária de Cultura do regime fascista de Jair Bolsonaro. Em sua mente transloucada, expor uma colega, em nome do combate ao fascismo, é mais que demonstração pública de virtude: é uma necessidade.

Zé de Abreu é a vítima mais aparente de uma endemia que assola a classe artística brasileira — a carioca em especial —, nestes estranhos tempos de política em redes sociais. É o elitismo arrogante de uma nobreza decadente, enfermidade mais letal — porém menos infecciosa — que o coronavírus que se espalha pela Ásia. E dele, infelizmente, não temos como fugir.

Marcelo D2, cantor pop, já havia “dado uma das suas” ao propor uma simpática inscrição de suásticas — à faca — na testa de direitistas liberais. Esse não parece ter cura. Foi ovacionado no twitter, sem objeções, por jovens influencers que lhe tem como herói na luta por algo que não sabem descrever. Mas casos como o seu não são tão frequentes.

“Os sintomas da empáfia decadente costumam ser mais blasé. Um bom vídeo de protesto organizado por Paula Lavigne, filmado diretamente do Leblon, é uma técnica mais comum. Globais fazem rosto de reprovação, texto em off comendo solto, pianinho nojento mandando a trilha sonora: quem nunca apreciou?

Temos também modalidades menos pirotécnicas como notas públicas, abaixo assinados, fotos-protesto no Instagram (para as gerações mais novas) e convescotes regados a vinho no apartamento de alguma celebridade. Tudo vazado para a imprensa — como tem que ser — com ares de espontaneidade e,  por que não?, estilo e brejeirice.

O desespero com que essa classe encarou a chegada de uma das suas, Regina Duarte, a um governo considerado inadequado dá o tom de uma melancólica queda que ainda não conseguem aceitar. Não apenas uma queda em audiência, faturamento e relevância, mas também da corte ensolarada que até ontem era ovacionada nas ruas e praças. Morreu seu estilo de vida.

A nobreza artística carioca nunca encontrou paralelo. Vivendo em seu mundo particular, rodeando a Rede Globo, ela era, antes de tudo, uma turma de amigos, um clube fechado e exclusivo. Recebiam altos salários, conviviam nos mesmos bares, praias e restaurantes. Tinham seus líderes, suas tribos, seus rituais. Eram felizes — amados pelo povo —, e nada poderia lhes fazer mal.

Construíram, desde os tempos da ditadura, uma perspectiva muito particular de Brasil — profundamente carioca —, que se refletia nas temáticas das telenovelas e em suas leituras sobre o que eram as prioridades do país. Não viam que em meio às suas elocubrações sobre “o morro e o asfalto” havia um povo, complexo, que não se resumia à antiga capital imperial.”

“Como nobreza, souberam servir ao seu rei. Foi nos tempos de Lula presidente que sorveram o néctar das leis de incentivo — devidamente mediadas por Paula Lavigne, mecenas do dinheiro público. Viram também seu sonho elitista de Brasil se desfraldar na forma de “políticas públicas” — ou propaganda que acalentava seus peitos. Percebiam, na realidade, a projeção de seus delírios de Chardonnay. Tempos dourados que precederam a queda.

As jornadas de 2013 serviram de prenúncio para uma revolução que lhes apeou do poder. Em 2016 caiu não apenas Dilma, mas o mundo das artes que lhe servia de suporte. Percebam: foi no ano seguinte, 2017, que a chamada “guerra cultural” atingiu seu ápice. Ali surgiu o “342 artes” e as iniciativas políticas mais agressivas da nobreza decadente. Em resumo, propunham brioches após a queda da bastilha. Ainda propõem. Mal sabiam que o povo — ou público, como preferem — já vivia do pão que o diabo amassou.

Derrotados em 2018, adentraram no debate com uma perspectiva muito particular: a de que o estrangulamento de verbas para suas iniciativas era uma “sabotagem à arte”. É notável que teçam, enquanto nobreza, uma natural titularidade sobre verbas ligadas ao setor. Era fato dado, expressão de Estado de uma configuração social que julgavam imutável.

Sejamos sinceros: escandaliza-os mais a ausência de dinheiro do que o nazismo de botequim de Ricardo Alvim. Arte, pra eles, é quintal de casa com despensa cheia. A festa que não pode acabar.

O chororô e a deselegância com que atacam Regina Duarte — incluo aí Carolina Ferraz — nos mostra que a nobreza do Leblon não cairá sem luta. Haverá indiretas, sabotagens e muito apartamento lotado em saraus antifascistas. A resistência promete. Ao final da festa, regressarão para suas casas, eufóricos, para tomar um revigorante banho de coliformes fecais enquanto maquinam soluções para problemas que jamais ousaram viver.

GAZETA DO POVO

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Corrupção do Judiciário

Folha de São Paulo 
Conrado Hübner Mendes

A corrupção do Judiciário é institucional e não se confunde com corrupção do juiz
Ela está traduzida em leis, em barganhas fisiológicas e na cultura que a normaliza; nenhum pacote anticorrupção trata dessa aberracao.

8.jan.2020 às 2h00
 EDIÇÃO IMPRESSA

Magistocracia rima com pornografia. Não a pornografia que desperta fantasias do governo federal, tão comprometido com a inocência das crianças que tem combatido políticas de prevenção de gravidez precoce e abuso sexual. Nem ao sexo dos juízes. Rima com as práticas obscenas do Poder Judiciário mais caro do mundo num dos países mais desiguais do planeta.

Não há ano em que a orgia magistocrática decepcione. O Prêmio JusPorn precisa ser criado para agraciar os destaques de 2019. Como vinheta, proponho: “Nenhuma nudez judicial será castigada. Toda desfaçatez magistocrática será premiada”.

Na categoria “salário-ostentação”, venceu juíza pernambucana que recebeu cheque de R$ 1 milhão e 290 mil em sua conta. A menção honrosa ficou para o juiz mineiro que levou R$ 762 mil. Um recorde a ser superado em 2020. Numa carreira em que 70% dos membros viola o teto constitucional, quebrar recordes é motivação.

Na categoria “gaveta mais cara da República”, o prêmio é repartido pela dupla Toffux. São diversos exemplos, mas gosto de lembrar da ação pendente desde 2010 que questiona lei estadual do Rio de Janeiro. A lei criou a juízes fluminenses toda sorte de penduricalhos (“fatos funcionais”, em magistocratês).

Carlos Ayres Brito votou pela inconstitucionalidade da lei em 2012. Luiz Fux pediu vista. Devolveu o caso no apagar das luzes de 2017. Em dezembro de 2018, Toffoli resolveu pautá-lo para 2019. Dois dias depois, tirou de pauta. Ao longo de 2019, nenhum novo andamento. Há quase dez anos, o Rio de Janeiro paga os benefícios. Toffoli se rendeu. O próximo presidente é Fux.

Na categoria “caravana cosmopolita”, as viagens de Toffoli a eventos institucionais em Buenos Aires e Tel Aviv ganharam destaque. Não pelas viagens em si, mas pela comitiva de assessores que o acompanharam e os gastos que incorreram.

Na categoria “ninguém segura a mão de ninguém”, ganhou a associação de juízes federais que produziu o detalhado estudo “Verbas conferidas à magistratura estadual”. O objetivo não era denunciar a injustiça absoluta dos benefícios a juízes estaduais, mas a injustiça relativa: o juiz federal não ganha como o juiz estadual. Isso fere o orgulho de um magistocrata.

Essa competição pelo melhor salário atormenta todas as subcategorias da magistocracia: juiz federal, juiz estadual, advogado da União, procurador da República, promotor de justiça, procurador do Estado, defensor público. Uma dinâmica que incentiva a espiral de volúpia patrimonialista sob o escudo da autonomia financeira.

Na categoria “poesia magistocrática”, o prêmio é repartido entre a juíza Renata Gil, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, e Augusto Aras, procurador-geral da República. Conseguiram captar a distinção magistocrática em poucas palavras. 

Ao defender que não é o momento de discutir salário de juiz, Gil confessou: “Nós queremos tratar os magistrados como um funcionário como outro qualquer?” E completou: “Se somos diferentes, não podemos entrar na formatação remuneratória do servidor comum”.

Augusto Aras indignou-se com a ideia de se reduzir férias de dois meses da magistocracia. A carga de trabalho, afinal, seria “até certo ponto desumana”. As “férias” são truque conhecido da magistocracia. Além do recesso, têm direito a dois meses de férias. Não costuma servir para descanso, mas para “vendê-las” e aumentar renda.

A corrupção do Judiciário não se confunde com a corrupção do juiz que vende sentença. Este costuma ser “punido” com aposentadoria compulsória. A corrupção do Judiciário é institucional. Está traduzida em leis, em barganhas fisiológicas e na cultura que a normaliza. Nenhum pacote anticorrupção trata dessa aberração.

Um juiz que estoura o teto ou recebe benefício indevido enriquece ilicitamente. Só de auxílio-moradia por cinco anos, foram mais de R$ 250 mil cada um. Não seremos ressarcidos.

Esta é apenas a faceta rentista e perdulária da magistocracia. Ocupam o topo 0,1% da pirâmide social brasileira. Outras colunas tratarão das facetas autoritária, autárquica, autocrática e dinástica.

Conrado Hübner Mendes
Professor de direito constitucional da USP, é doutor em direito e ciência política e embaixador científico da Fundação Alexander von Humboldt.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Você poderia ter ouvido um alfinete cair.

"O secretário de Estado do JFK, Dean Rusk, estava na França no início dos anos 1960, quando DeGaulle decidiu se retirar da OTAN.  DeGaulle disse que queria que todo o exército dos EUA deixasse a França o mais rápido possível.  Rusk respondeu: "Isso inclui aqueles que estão enterrados aqui?"
 DeGaulle não respondeu.  Você poderia ter ouvido um alfinete cair.
 Quando na Inglaterra, em uma conferência bastante grande, o arcebispo de Canterbury perguntou a Colin Powell se nossos planos para o Iraque eram apenas um exemplo de "construção de império" por George Bush.
 Ele respondeu dizendo: "Ao longo dos anos, os Estados Unidos enviaram muitos de seus melhores rapazes e moças em grande perigo para lutar pela liberdade além de nossas fronteiras. A única quantidade de terra que solicitamos em troca  foi o suficiente para enterrar aqueles que não retornaram ".
 Você poderia ter ouvido um alfinete cair.
 Houve uma conferência na França, onde vários engenheiros internacionais participaram, incluindo francês e americano.  Durante um intervalo, um dos engenheiros franceses voltou à sala dizendo: "Você ouviu o último truque bobo que Bush fez? Ele enviou um porta-aviões à Indonésia para ajudar as vítimas do tsunami. O que você pretende fazer com eles?"  ?
 Um engenheiro da Boeing levantou-se e respondeu em voz baixa: "Nossos porta-aviões têm três hospitais a bordo que podem atender várias centenas de pessoas; eles têm energia nuclear e podem fornecer energia de emergência para instalações em terra; eles têm três cafeterias com capacidade para  Alimente 3.000 pessoas três refeições por dia, elas podem produzir vários milhares de galões de água doce a partir da água do mar todos os dias e têm meia dúzia de helicópteros para transportar vítimas e feridos da terra para o convés.Temos onze desses navios.  Quantas França tem?
 Você poderia ter ouvido um alfinete cair.
 Almirante da Marinha dos EUA  UU.  Ele participou de uma conferência naval que incluía almirantes americanos.  EUA, Inglaterra, Canadá, Austrália e França.  Durante o coquetel de recepção, um grande grupo de oficiais, que incluía funcionários da maioria desses países, conversou em inglês enquanto tomava um drinque quando um almirante francês reclamou subitamente que, enquanto os europeus precisam aprender muitas línguas, os americanos  Eles apenas aprendem inglês.  Então ele perguntou: "Por que sempre temos que falar inglês nessas conferências em vez de falar francês?" Sem hesitar, o almirante americano respondeu: "Talvez seja porque britânicos, canadenses, australianos e americanos fizeram acordos para que  você não precisava falar alemão ".
 Você poderia ter ouvido um alfinete cair.
 E essa história se encaixa perfeitamente com o exposto acima ...
 O major do exército americano Robert Whiting, um senhor de 83 anos, chegou a Paris de avião.  Na alfândega francesa, demorou alguns minutos para localizar seu passaporte na bagagem de mão.  "Já está na França, senhor?"  perguntou o funcionário da alfândega sarcasticamente, o Sr. Whiting admitiu que já havia estado na França.  "Então você deve saber o suficiente para ter seu passaporte pronto", respondeu o funcionário da alfândega novamente.  Ao que o Sr. Whiting respondeu: "A última vez que estive aqui, não precisei mostrá-lo".  O funcionário da alfândega já com uma voz mais alta disse: "Impossível. Os americanos sempre precisam mostrar seus passaportes à chegada à França!"  Então o major Whiting americano lançou um olhar longo e duro aos franceses e explicou em voz baixa: "Bem, quando cheguei à praia de Omaha Beach no dia D em 1944 para ajudar a libertar este país, não consegui encontrar um único francês para  mostre-lhe um passaporte. "
 Você poderia ter ouvido um alfinete cair."

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Como Tantos Foram Enganados Por Tanto Tempo Por Tão Poucos

Publicado no Estadão de 7 de janeiro de 2020

Stephen Kanitz...
"Como Tantos Foram Enganados Por Tanto Tempo Por Tão Poucos

A esquerda no Brasil é extremamente pequena. 

Não passam de 1 milhão de intelectuais frustrados, jornalistas jovens e inexperientes, professores universitários preguiçosos e jovens arrogantes que acham já capazes de salvar o mundo.

A direita é dezena de vezes maior, composta por 5 milhões de empreendedores, 8 milhões de profissionais liberais, 12 milhões de supervisores, contramestres, operadores logísticos que produzem todo dia bens e serviços para a sociedade .

Por isso não tem tempo para se dedicarem de segunda a sexta ao esquerdismo, quando protestam é no domingo .

A família Mesquita que controla pelo menos o editorial do Estadão escreve hoje leitura obrigatória:

“O impeachment da presidente Dilma Rousseff será visto como o ponto final de um período iniciado com a chegada ao poder de Luiz Inácio Lula da Silva.

Quando a partir de 2003, a consciência crítica da Nação ficou anestesiada. 

A partir de agora ( recusam citar Bolsonaro ) , será preciso entender como foi possível que tantos tenham se deixado enganar por um político que jamais se preocupou senão consigo mesmo, com sua imagem e com seu projeto de poder

Por um demagogo que explorou de forma inescrupulosa a imensa pobreza nacional para se colocar moralmente acima das instituições republicanas

Por um líder cuja aversão à democracia implodiu seu próprio partido, transformando-o em sinônimo de corrupção e de inépcia. 

De alguém, enfim, cuja arrogância chegou a ponto de humilhar os brasileiros honestos, elegendo o que ele mesmo chamava de “postes”.

 Nulidades políticas e administrativas ( como economistas como Dilma, Mantega, Coutinho, Barbosa, Gabrielli, Mercadante, Haddad, Buarque) que ele alçava aos mais altos cargos para demonstrar o tamanho, e a estupidez, de seu carisma.

Muito antes de Dilma ser apeada da Presidência já estava claro o mal que o lulopetismo causou ao País. 

Com exceção dos que ou perderam a capacidade de pensar ou tinham alguma boquinha estatal, os cidadãos reservaram ao PT e a Lula o mais profundo desprezo e indignação. 

Mas o fato é que a maioria dos brasileiros passou uma década a acreditar nas lorotas que o ex-metalúrgico contou para os eleitores daqui. 

Fomos acompanhados por incautos no exterior.

Raros foram os que se deram conta de seus planos para sequestrar a democracia e desmoralizar o debate político, bem ao estilo do gangsterismo sindical que ele tão bem representa. ( Assistam O Irlandês no Netflix)

Lula construiu meticulosamente a fraude segundo a qual seu partido tinha vindo à luz para moralizar os costumes políticos e liderar uma revolução social contra a miséria no País.

Quando o ex-retirante nordestino chegou ao poder, criou-se uma atmosfera de otimismo no País. 

Lá estava um autêntico representante da classe trabalhadora, um político capaz de falar e entender a linguagem popular e, portanto, de interpretar as verdadeiras aspirações da gente simples. ( Como Obama)

Lula alimentava a fábula de que era a encarnação do próprio povo, e sua vontade seria a vontade das massas.

O mundo estendeu um tapete vermelho para Lula. 

Era o homem que garantia ter encontrado a fórmula mágica para acabar com a fome no Brasil e, por que não?

bastava, como ele mesmo dizia, ter “vontade política”. 

Simples assim. 

Nem o fracasso de seu programa Fome Zero nem as óbvias limitações do Bolsa Família arranharam o mito. 

Em cada viagem ao exterior, o chefão petista foi recebido como grande líder do mundo emergente.

Mesmo que seus grandiosos projetos fossem apenas expressão de megalomania, mesmo que os sintomas da corrupção endêmica de seu governo já estivessem suficientemente claros, mesmo diante da retórica debochada que menosprezava qualquer manifestação de oposição. 

Embalados pela onda de simpatia internacional, seus acólitos chegaram a lançar seu nome para o Nobel da Paz e para a Secretaria-Geral da ONU.

Nunca antes na história deste país um charlatão foi tão longe. 

Quando tinha influência real e podia liderar a tão desejada mudança de paradigma na política e na administração pública, preferiu os truques populistas. 

Enquanto isso, seus comparsas tentavam reduzir o Congresso a um mero puxadinho do gabinete presidencial, por meio da cooptação de parlamentares, convidados a participar do assalto aos cofres de estatais. 

A intenção era óbvia: deixar o caminho livre para a perpetuação do PT no poder.

O processo de destruição da democracia foi interrompido por um erro de Lula: 

julgando-se um kingmaker, escolheu a desconhecida Dilma Rousseff para suceder-lhe na Presidência e esquentar o lugar para sua volta triunfal quatro anos depois. 

Pois Dilma não apenas contrariou seu criador, ao insistir em concorrer à reeleição, como o enterrou de vez, ao provar-se a maior incompetente que já passou pelo Palácio do Planalto.

Assim, embora a história já tenha reservado a Dilma um lugar de destaque por ser a responsável pela mais profunda crise econômica que este país já enfrentou, será justo lembrar dela no futuro porque, com seu fracasso retumbante, ajudou a desmascarar Lula e o PT. 

Eis seu grande legado, pelo qual todo brasileiro de bem será eternamente grato.